Fanfic: MEU ROMEU | Tema: Vondy
Capítulo Trinta
E-mails e Zen – Part. 4
P.O.V Dulce
O sonho me toma me leva de volta há um tempo quando tudo que eu estava tentando fazer era esquecer. Ou me lembrar. Nunca pude descobrir qual dos dois. O homem beija meu pescoço enquanto aumenta o ritmo. Longas estocadas profundas. Faço todos os sons certos, mas não estou nem perto.
—Dulce, olha para mim.
Não posso. Não é assim que funciona. Olhar para ele destrói a ilusão, e, por mais frágil que seja, a ilusão é tudo o que tenho.
— Dulce, por favor.
Eu o empurro e o deito de costas. Assumo o controle. Eu o cavalgo com desespero. Tento fazer ser mais do que é. Ele grunhe e agarra meu quadril, e sei que está quase no fim. Passa suas mãos sobre mim, reverente e amável. Não mereço isso. Como ele não sabe disso ainda?
— Dulce, por favor, olha para mim.
Sua voz é toda errada. Eu me mexo mais rápido, para ele não conseguir falar. Quando ele grunhe e para, não sinto satisfação. Apenas alívio. Finjo goza/r e caio sobre seu peito. Mesmo que ele me envolva com seus braços, a distância entre nós aumenta.
Escuto seu coração. Tão forte. Rápido e inconstante. Sem medo de amar. O som é estranho para mim. Saio de cima dele e pego minhas roupas. Ele segue cada passo meu com os olhos.
— Você não pode ficar?
— Não.
Ele bufa. Está cansado dessa resposta. Eu também.
— Só me diga uma coisa. — Ele se senta.
— O quê?
— Alguma vez você vai pensar apenas em mim quando fizermos amor? Eu paro, depois coloco a camiseta. Odeio ser tão óbvia.
— Dulce, ele te deixou.
— Eu sei.
— Supera isso.
— Estou tentando.
— Ele está do outro lado do mundo e eu estou aqui. Eu te amo. Há muito tempo. Mas nunca vai fazer diferença, né? Não importa quanto eu queira.
Ele se levanta, coloca a cueca. Movimentos bruscos e frustrados. Não o culpo. Ele merece mais. Eu me sento na cama. Derrotada. Isso começou com rancor, mas agora quero que funcione. Não quero ser a perturbada. Mas não está funcionando. E o alívio que sinto por magoar outra pessoa em vez de ser magoada faz com que eu me odeie. Ele está parado na minha frente, e, quando eu o abraço, ele me aperta forte.
— Não consigo acreditar que Christopher Uckermann está me ferrando mesmo quando ele não está aqui.
A simples menção de seu nome me dá um aperto no peito. Eu me afasto e passo os dedos sobre suas linhas franzidas, tentando soltá-las.
— Sinto muito. Sei que é um clichê completo, mas não é mesmo você. Sou eu.
Ele ri.
— Ah, eu sei disso. — A expressão dele suaviza. — Ainda assim, espero que você acabe com isso algum dia, Dul. Espero mesmo.
Faço que sim e olho para seu peito.
— Eu também.
Então ele me beija gentil e lentamente, e eu quase choro porque quero me sentir diferente.
Ele apoia a testa contra a minha.
— E espero que o canalha perceba que largar você foi à coisa mais idiota que ele já fez.
Ele me leva até a porta e me beija mais uma vez.
— Te vejo de noite, no teatro?
Faço que sim e me despeço. E, simples assim, voltamos a ser namorados no palco apenas. É melhor desse jeito. Quando parto, juro não me meter mais com inocentes. Entre, trepe, saia. Sem compromisso. O amor é uma fraqueza. Não é a única coisa que Christopher me ensinou, mas é a coisa de que mais me lembro. Quase caio da cadeira quando desperto. Meu coração bate furiosamente, pulsando a minha culpa. Jesus, que horas são? Olho para o relógio. Dez e quarenta e cinco. Dormi na minha mesa por uma hora. Minha boca está seca e, quando o quarto gira, eu me lembro de que bebi uma garrafa inteira de vinho. Eu grunho e me afasto da mesa, meu corpo todo protestando enquanto me levanto e vou ao banheiro. Tomo uma ducha rápida e escovo os dentes quando uma pontada de medo aparece no meu estômago.
Mandei um e-mail para ele. Mandei um e-mail e disse que deveríamos conversar. Não estou nada pronta para que isso aconteça. Se ele disser qualquer coisa que tente desculpar seu comportamento eu vou acabar socando ele na cara. Sei disso. Enxugo meu cabelo com a toalha e nem me importo em escovar antes de colocar meu pijama favorito e rastejar para a cama. Abro um livro e tento ler, mas meus olhos estão turvos. Eu os esfrego e suspiro. Estou tensa, excitada e bêbada. Porr/a preciso transar.
Não me lembro do último cara que me deu prazer. Literalmente. Não tenho idéia de qual era seu nome. Matt? Nick? Blake? Sei que é uma sílaba só. O sei-lá-que-nome era um amante adequado, mas não me fez goza/r. Poucos deles fazem. Eles alimentam meu ego e me fazem esquecer por um tempo, mas nunca me fazem sentir como Christopher fazia. Eles também nunca arrancaram meu coração do peito e o rasgaram em milhares de pedacinhos. Então, tudo bem.
Meu telefone toca. Sei que é Christian querendo me contar sobre o mais recente pedaço de mau caminho que ele descobriu no clube.
Pego o telefone e aperto o botão de atender.
— Escuta, rainha da pista, estou bêbada, excitada e sem clima de ouvir sobre os bonitões que não vão trepar comigo. Então, pelo amor da minha vagin/a abandonada, pede outro Cosmo e, por favor, vai se foder.
Há uma pausa e uma tosse incerta.
— Eu ficaria satisfeito em foder, mas, se faz diferença, eu não ia falar sobre pintos. Estou muito mais interessado em ouvir sobre sua pobre vagin/a abandonada. Como ela anda? Não ficamos cara a cara há um tempinho.
O calor toma minha bochecha. Eu não devia ter mais nenhuma vergonha perto dele, ainda assim, parece que sempre consigo encontrar um pouco mais.
— O que você quer Christopher?
— Bem, considerando que você está bêbada e excitada, eu bem que gostaria de estar à distância de um toque. Se isso não for possível, só queria conversar. Recebi seu e-mail.
Esfrego os olhos. Não tenho paciência para o charmezinho dele esta noite.
— Sei. O.k.
— Sábado à noite seria ótimo. Obrigado.
— Não me agradeça ainda. Há uma grande chance de não conseguirmos passar a noite sem eu jogar algo em você, mas acho que as coisas não podem ficar muito piores entre nós, né?
Ele ri.
— Não sei. Houve vezes em que fomos menos civilizados do que somos agora. Ainda assim, aprecio a chance de melhorar o clima. Ele fica em silêncio. E eu também. Costumávamos ser capazes de conversar ao telefone por horas. Agora, mal conseguimos passar um minuto sem o desconforto se estabelecer.
— Então, você só ligou para falar isso? Porque podia ter falado amanhã.
Há silêncio por um momento. Então ele diz:
— Eu liguei para te dizer uma coisa que não podia esperar até amanhã.
Um arrepio corre pela minha espinha.
— E o que é?
— Eu só precisava te dizer... Sinto muito, Dul.
Paro de respirar e aperto meus olhos quando uma tempestade bizarra de emoções se forma dentro de mim. Essas palavras. Essas palavras simples e poderosas.
— Dulce? Está me ouvindo?
— Acho que não. Soou como um pedido de desculpas, mas na sua voz.
Ele suspira.
— Sei que você não me ouviu pedir desculpas o suficiente durante nosso relacionamento e sinto muito por isso também. Mas, antes de passarmos mais um dia juntos, eu tinha de dizer isso. Estava me matando não falar.
No meu choque, eu quase não percebi o quão enrolada está à fala dele.
— Christopher, você estava bebendo, não estava?
— Um pouquinho.
— Um pouquinho?
— Bem, bastante, mas isso não tem nada a ver com o fato de eu estar me desculpando. Eu deveria ter feito isso no momento em que vi você no primeiro dia do ensaio, mas... Você não queria escutar. E, bem, você estava assustadora.
— Você não viu meu cabelo depois que saí do chuveiro. Ainda estou assustadora.
— Bobagem. Aposto que está linda.
Ele está bem bêbado. Ele só me elogia quando está perdendo a sensibilidade nos dedos.
— O que está bebendo?
— Uísque.
— Por quê?
— Por que... Por causa de você. Bem, de você e de mim. E do beijo.
Definitivamente por causa do beijo. Não digo a ele que bebi uma garrafa inteira de vinho pelo mesmo motivo.
Ele suspira.
— Jesus, Dulce. Beijar você? — ele grunhe. — Tenho fantasias com isso há três anos, nenhuma delas se compara ao que aconteceu hoje.
Sua voz fica tão baixa que nem sei se ele ainda está falando comigo.
— Senti saudade do seu beijo. Muita.
Saco. Não posso ouvir isso.
— Christopher, por favor...
— Eu sei que não deveria dizer nada disso, mas estou bêbado e sinto saudade e... Já falei que estou bêbado?
Eu rio, porque do nada ele é meu amigo novamente. Mas sei que não é real e não vai durar.
— Vai dormir Christopher.
— Tá, bela Dulce. Boa noite. E não se esqueça de que eu sinto muito. Por favor.
Sorrio, apesar de tudo.
— Você sabe que vai ter uma ressaca gigante de manhã, né?
Ele ri.
— Alguma coisa que eu disse esta noite fez você me odiar um pouquinho menos?
— Talvez.
— Um pouquinho ou muito?
— Um pouquinho.
— Então valeu à pena.
continuo ? Estão gostando?
Autor(a): coxinha
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Capítulo Trinta e Um Fingindo P.O.V Dulce Hoje Nova York Teatro Graumann No dia seguinte, as desculpas de Christopher ainda estão ecoando no meu cérebro quando caminho para o ensaio. Achei que ele se desculpar me daria alguma sensação de fim, mas não deu. Em vez disso, me gerou uma estranha ansiedade efervescente. Solto a respi ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 45
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Hels Postado em 03/04/2016 - 03:08:40
PARA TUDO! Eu AMO esse livro, até tinha pensado em fazer uma adaptação vondy. Não acredito que você fez, acho que vou chorar - de felicidade obviamente - quero ver as treta se formarem, sempre achei Ethan e Cassie muito vondy hahahaha.
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cmsvondy Postado em 20/03/2016 - 22:03:35
Eu tenho mais tempo para ler aos finais de semana mas o máximo que você conseguir postar é ótimo !!!!
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lalah Postado em 20/03/2016 - 19:56:07
para mim, vc postava todo dia :)
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lalah Postado em 20/03/2016 - 19:55:52
Amei, continua!
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cmsvondy Postado em 20/03/2016 - 02:38:56
Continua sim, concerteza !! Estava arrasada achando que você tinha abandonado a fic, fiquei muito feliz que voltou !!!!!!
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lalah Postado em 19/03/2016 - 20:45:00
continua baby
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cmsvondy Postado em 19/03/2016 - 16:53:00
Continuaaaaaa
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thaysaantana Postado em 19/03/2016 - 15:44:55
Começando hj!
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cmsvondy Postado em 04/01/2016 - 22:25:02
Volte a postar por favor !!!!!!
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cmsvondy Postado em 08/11/2015 - 01:07:07
Continua