Fanfic: Empezar desde cero (Mini AyA) | Tema: Ponny

Alfonso: Elas chegam às três horas mamãe! – falou ao telefone, andando de um lado para outro na sala da casa que um dia foi deles como um casal.

Ruth: Que bom meu filho! Finalmente terá de volta a sua família! – Alfonso sorriu.

Alfonso: Eu vou lutar pra tê-la de volta mamãe.

Ruth: Ela te perdoará, vamos ter fé filho! – Alfonso precisaria muito mais do que fé, ele sabia disso – Não esquece que domingo quero vocês aqui... quero todos os meus netos reunidos. - disparou feliz. Ruth amava Anahí como filha, e ficou mal quando ela foi embora. 

Alfonso: Estaremos mamãe! Preciso desligar e terminar de acertar as coisas por aqui. Tem de estar tudo perfeito pra quando o amor da minha vida chegar! – disparou ansioso. Despediu-se da mãe após prometer mais uma vez que no domingo estaria na casa dela.

Conferiu a sala, estava impecavelmente limpa. Foi até a cozinha e conferiu pela milésima vez a geladeira e a dispensa, repletas de guloseimas para as crianças e também chocolates, que Anahí amava.

Ele não esquecera de colocar vários vasos com violetas brancas, as preferidas de Anahí. Agora era só aguardar ela chegar. Estava mais ansioso por ver a mulher do que as crianças.

 ***

A campainha tocou e Alfonso deu um pulo do sofá. Eram elas, tinha que ser. Caminhou a passos largos até a porta e antes de abrir passou as mãos no rosto. Ele estava nervoso. Fazia três anos que não a via desde a discussão em que ele a acusara injustamente, que duvidou da paternidade de sua filha. Respirou fundo tentando se acalmar e abriu a porta.

Anahí estava ali na sua frente, de costas para a porta, falava algo com duas meninas. Abriu um sorriso bobo, tinha duas meninas, duas princesas. Assim que percebeu que a porta atrás de si estava aberta, sabia que ele estava parado logo atrás dela. Respirou fundo e se virou.

Alfonso: Oi Any! – a puxou para um abraço, Anahí permaneceu imóvel. O cheiro dele invadiu suas narinas e ela sentiu suas pernas amolecerem. Alfonso a segurou. Ela se afastou rapidamente, falando apenas um oi tímido.

Ele olhou para as meninas ali paradas. As duas tinham os olhos azuis de Anahí. Manuela era sua cópia, linda, perfeita e delicada. Estava enorme. Ao lado uma menina da pele branquinha, cabelos negros e olhos azuis, uma boneca. Sua caçulinha. Abaixou-se e abriu os braços. As duas meninas se agarraram nas pernas da mãe.

Anahí: Não vão dar um abraço no papai? – perguntou ternamente. Sophia agarrou mais nas pernas da mãe, ficando atrás de Anahí. Manuela apenas balançou a cabeça.

Alfonso se sentiu um monstro ao ver as duas filhas com medo dele. Anahí suspirou e se abaixou ficando da altura das meninas.

Anahí: Lembra o que conversamos em casa? – as duas assentiram – o Alfonso – apontou para ele – é o papai de vocês...

Sophia: Eu quero o papai José – disse chorosa, com um bico nos lábios.

Manuela: Eu não gosto dele – apontou para Alfonso.

Alfonso disparou a chorar e Anahí sentiu dó. Ele sabia que era o único culpado disso.

Alfonso: Andou colocando minhas filhas contra mim? E quem é José? – olhou friamente para Anahí.

Anahí: Eu nunca falei mal de você pra elas, você é um idiota! – disse irritada. – E eu não devo satisfações a você querido! – disparou ironicamente.

Alfonso: Você ainda é minha mulher!

Anahí: Por pouco tempo! – empinou o nariz.

Alfonso abriu passagem para que ela entrasse. Cada uma das meninas agarrou uma das mãos da Anahí e entrou. Assim que colocou o pé naquela sala, as lembranças voltaram com força e Anahí travou. Lembrou-se das lagrimas, das acusações, dele a expulsando dali. Manuela se encolheu mais e começou a chorar, pedindo por colo. Será que ela também recordava? E Sophia estava muda, olhando receosa para Alfonso.

Ele bem que tentou se aproximar, mas elas pareciam dois bichinhos acuados. Levaria tempo para conquistar as filhas. Antes de conquistar as meninas, precisava falar com Anahí e convence-la a ficar ali, vivendo com ele.