Fanfic: Empezar desde cero (Mini AyA) | Tema: Ponny

Anahí: Mãe cheguei! – disse ao entrar na casa e foi tirando os sapatos. Sentou-se no sofá da sala, seu dia tinha sido exaustivo. Tombou a cabeça para trás, recostando-a no encosto do sofá.

Alice: Como foi no trabalho hoje filha? – se aproximou, sentando no sofá ao lado. Anahí ergueu a cabeça para fita-la.

Anahí: Cansativo – tombou a cabeça novamente e ergueu os pés na mesinha de centro – meus pés estão me matando hoje – reclamou – cadê as meninas? – perguntou de olhos fechados.

Alice: José as levou pra tomar sorvete – disse sorrindo. Alice não escondia para ninguém o quanto gostava do novo genro.

Anahí: Ele as mima demais – rolou os olhos – estou perdendo minha autoridade de mãe.

Alice: Não brigue com ele filha, ele ama nossas meninas como filhas – falou orgulhosa e Anahí assentiu – Chegou um envelope pra você hoje – avisou, lembrando. Alice foi em direção a mesa e apanhou as correspondências, separou a que era da filha – é do juizado – Anahí sentiu como se tivessem cravado um punhal em seu coração. Pegou o envelope que a mãe tinha nas mãos e estava lhe alcançando. Abriu imediatamente.

Anahí: Ele quer ver as meninas... – disse num sussurro. Seus olhos ficaram mareados. Alice sentou na mesinha de centro ficando de frente pra filha. Anahí respirou fundo, estava com medo de perder suas princesinhas.

Alice: Você sabe que é um direito dele não sabe? – tocou no braço da filha, como se lhe desse apoio. Anahí assentiu. Ouviram o barulho de carro e logo risadas que Anahí conhecia muito bem.

Anahí: Nenhuma palavra sobre isso mamãe – Alice a repreendeu com o olhar – pelo menos por enquanto – Alice concordou. Sabia que a filha precisava de um tempo para colocar as ideias no lugar. Anahí secou a lágrima que escorreu e sorriu quando a porta se abriu. Manuela entrou saltitando e correu até a mãe. Logo atrás entrou José, com Sophia no colo adormecida.

Manuela: Mamãe! – a abraçou, dando um beijo estalado na bochecha – eu tomei um sorvete grandão desse tamanho – contou abrindo os braços.

Anahí: Então acho que a sua cota de doces da semana foi pro espaço – disse fazendo cosquinhas na filha que fez uma carinha triste – e o senhor... – José se aproximou e selou sua boca com a dela. Anahí sorriu.

José: Oi amor! – sentou ao lado dela com Sophia no colo. A menina tinha pouco mais de dois anos. Manuela parou ao lado de José com os braços cruzados e com um bico nos lábios. Alice olhou a neta e riu.

Anahí: Oi gatinho – deitou a cabeça no ombro do namorado, deu uma olhada pra filha – Manuela tira esse bico da cara e vai tomar banho! – a menina continuou parada, olhou para a avó e depois para José. – Manuela eu não vou repetir! – disparou irritada. Alice levantou-se pegou Sophia do colo de José e pegou Manuela numa das mãos levando as netas para o quarto. Sabia que Anahí estava irritada com a intimação, e acabaria descontando a raiva nas filhas. José percebendo que tinha coisa errada, segurou o rosto dela entre as mãos e acariciou. Anahí deixou uma lágrima escorrer e ele a enxugou.

José: Quem deixou minha princesa triste? – perguntou carinhoso, dando um beijo em sua testa.

Anahí: Ele quer tira-las de mim... – falou com a voz embargada e se permitiu chorar. José a abraçou, acariciando suas costas. Ela não precisava falar nada, ele já sabia do que se tratava.

José: Ninguém irá tira-las de você meu amor... – beijou a cabeça dela – você sabia que um dia isso ia acontecer, é o pai delas, tem todo o direito...

Anahí: Que direito? – perguntou irônica encarando o namorado – ele rejeitou elas José, e agora vem querer dar uma de pai arrependido? – falou revoltada. Anahí sentiu um nó na garganta. Não queria vê-lo.