Fanfic: Empezar desde cero (Mini AyA) | Tema: Ponny

Anahí se negou a ver Alfonso enquanto esteve no hospital. Assim que ganhou alta implorou aos pais para a levarem a Monterrey. Não queria ver Alfonso, muito menos que ele chegasse perto dela. Ainda mais quando soube pela enfermeira que a acompanhou na ambulância que ele desejou que perdesse os bebês.

Nunca o perdoaria por tanta frieza. Alfonso dizia que a amava, mas não era o que parecia. Para Anahí, se ele a amasse tanto quanto jurava amar, aceitaria os gêmeos, mas ele os renegava como se fossem a pior coisa do mundo. E ainda tinha as traições. Como ele foi capaz de tanto? Quem ama não trai e Alfonso não fazia parte disso. Anahí se sentia humilhada, como se nunca fora capaz de satisfazê-lo, como se fosse pouca coisa.

Nos primeiros dias em que esteve em Monterrey recebeu muito carinho e cuidados da mãe. José aparecia na casa para visita-la todos os dias. Anahí estava amando todo aquele carinho e bajulação. Apesar de ter traído José, ele havia a perdoado e a cercava de mimos. Passava horas conversando com ele. As meninas imploravam a mãe para voltar a namorar José, para que ela ficasse com ele e fossem uma verdadeira família.

Manuela e Sophia passaram a ir quinzenalmente ver o pai. Manuela ia a contragosto. A convivência dela com Alfonso não era fácil, e toda vez que voltava da casa do pai, parecia que sentia mais raiva dele. Teria que imediatamente procurar ajuda e levar Manuela a um psicologo. Isso não poderia continuar assim, ela não poderia odiar tanto o pai, mesmo ele tendo lhe causado mal. Anahí nunca falara mal do pai a nenhuma das filhas. 

***

Anahí já estava no oitavo mês de gravidez. Estava enorme e mal conseguia andar. José a cercava de carinhos, corria atrás de todos os desejos que ela tinha. Perdeu a conta de quantas vezes acordou com ligações de Anahí que pedia algo para ele. Teve desejos absurdos como pizza de brigadeiro com atum, sanduiche de padaria com recheio de presunto, queijo e nutella, entre outros. Um pior do que o outro, mas José trazia todos.

Alfonso aparecera algumas vezes, conversava com ela sobre as filhas, passava dois ou três dias em um hotel da cidade e ia embora. Ele havia pedido várias vezes perdão, jurando que cuidaria dos gêmeos como se fossem seus filhos. Anahí procurava nas palavras dele algum tipo de arrependimento e as vezes acreditava, outras jurava que era apenas uma forma dele deixa-la distante de José.

Anahí estava resistente. Da ultima vez que veio Alfonso trouxe um presente para as filhas e para os gêmeos. Implorou, ajoelhou-se na frente de Anahí para ela cancelar o pedido de divorcio e voltar para ele. Na ocasião Anahí pediu um tempo, e já faziam três meses. Alfonso estava respeitando esse tempo.

Ela havia decidido ter os gêmeos, que seriam um casal, ali em Monterrey. Queria estar próxima da mãe e de José quando os bebês nascessem. Percorreu os olhos pelo quarto que estava todo branco com detalhes em amarelo e tons pasteis. Havia dois berços ali também. Um para Arthur, seu príncipe, e outro para Júlia, sua princesinha.

Não estava nem com José nem com Alfonso. Estava sozinha, teoricamente. Amava Alfonso, mas tudo o que ele havia feito com ela, todas as lágrimas que havia derramado, a dor que sentiu quando soube que por várias vezes ele quis que os gêmeos morressem, não poderia perdoar jamais. E se perdoaria, seria difícil conviver com ele. Do contrario, voltar com José não tinha impedimentos, a não ser por ela mesma, que se sentia mal por ter o traído e indigna do amor dele outra vez.

Xxx: Posso entrar? – pediu com um sorriso nos lábios. Anahí que estava de costas não precisou se virar. Ela conhecia aquela voz doce. Virou-se sorrindo.

Anahí: Claro que pode... O que achou? – perguntou, abrindo os braços. Caminhou até ele com dificuldade e o cumprimentou com um beijo no rosto e um abraço.

Xxx: Ficou lindo! Não vejo a hora deles estarem aqui... – falou levando uma das mãos até a barriga dela. Anahí fechou os olhos ao sentir aquele toque. Sentia falta dele, mas não era certo estar com ele, não depois de tudo. – Trouxe algumas coisas, não resisti quando fui ao shopping pela manhã. – estendeu a ela três sacolas.

Anahí caminhou até a cadeira de amamentação e sentou para ver o que tinha dentro das sacolas. Abriu um sorriso enorme ao ver um body azul onde havia uma coroa e estava escrito “príncipe do papai” e outro rosa, igual, com os dizeres “princesa do papai”. Ainda havia um vestidinho rosa bebê para Júlia e uma calça jeans com uma blusa gola polo para Arthur. Anahí olhou para o homem a sua frente emocionada. Ultimamente chorava por tudo, estava uma manteiga derretida. Se uma borboleta passasse voando na sua frente, bastava para ela chorar.

Anahí: Obrigada José! São lindos! – exclamou feliz. Ele se aproximou dela, e se ajoelhou a sua frente, segurando as mãos dela.

José: Toda vez que Alfonso vem aqui te ver, insistir para que volte pra ele... eu quero morrer, machuca. - beijou as mãos dela – Sei que se eu pedir mais uma vez pra ficar comigo, casar... vou estar dando murro em pedras... – Anahí abriu a boca, iria falar algo, mas José impediu – Entendo sua indecisão princesa... Independente do que aconteceu, da traição... Eu te conheço e sei o que se passa nessa cabecinha – ele sorriu e ela também – Machucou muito, mas o amor que eu sinto por você é maior... Saiba que eu vou estar sempre, sempre esperando por você, sabe disso não sabe? – ela assentiu sorrindo e emocionada – Amo você, amo nossos filhos...

Anahí: Obrigada por me entender, pela paciência, por tudo... Eu não mereço todo esse seu amor, carinho, dedicação... – falou chorando. José levantou-se beijou sua testa e secou as lágrimas. Sentou ao lado dela, no braço do sofá e a abraçou.