Fanfics Brasil - Encontros & Desencontros Doce Adolescência Amarga

Fanfic: Doce Adolescência Amarga | Tema: Jovens. Amor. Vingança. Sonhos.


Capítulo: Encontros & Desencontros

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@Casa de Juliana.
Eram por volta das três horas da tarde quando Livia e Thais chegaram por La. E do alto de sua janela, em uma das melhores suítes da casa, Juliana Bittencourt avistou quando elas entraram e assim desceu para a sala recebe-las.
Juliana: até que enfim. Que demora.
Livia: minha avó estava me enchendo porque a minha ... – Ela parou de falar. –
Thais: a suuua ... ?
Livia: ãanr, a minha mãe quer me levar pros Estados Unidos, mas eu não quero ir. – Ela sorriu. –
Thais: Acabei de voltar de La. Não quero saber de United States por um bom tempo. – Ela fez uma cara de convencida. –
Juliana: vamos focar na festa? ... Livia você tem certeza que seus avós não vão estar em casa hoje?
Livia: teeenho. Eles vão pra um jantar onde só vai ter coroa. Eles fazem isso todo mês e só voltam no dia seguinte, sempre a tarde.
Juliana: até La a sua casa vai estar impecável. – Ela sorriu. – Precisamos comprar algumas coisas. E os convites? Você resolveu isso Thais?
Thais: é claro que sim, né.
Juliana: você não convidou aqueles garotos, não é?
Thais: ãanr ...
Juliana: que droga Thais, eu fui bem clara quando disse que não queria que eles fossem.
Thais: eu não podia deixar de convidar o Pedro; agora que ele esta tão próximo de mim. – Ela sorriu feito boba.
A Livia riu.
Livia: perto de você? Só se for por telepatia né garota? Ele nem liga pra você.
Thais: Nossa, e como vai o seu namoro? Aaaahé eu havia me esquecido que você não tem um. – Ela sorriu. –
Livia: engano seu, eu to ...pegando um gatinho ai.
Thais: aaah, claro. – Ela riu ironicamente. – Quem?
Livia: você não conhece.
Thais: é porque ele não ...existe? – Ela riu. -
Juliana: Já cheeega. Temos muito o que resolver.
Ela conseguiu conte-las, e assim elas foram atrás dos preparativos da primeira festa do ano, antes das aulas começarem.


Juliana Bittencourt, Livia e Thais eram as três garotas mais populares do Colégio Felício Costa. E digamos que não eram de grande caráter.
~ Juliana era filha de dois empresários e morava em São Paulo desde sempre, embora tenha ido para a Europa quando tinha 15 anos passar uma temporada. Mas ninguém entendeu o motivo da sua viagem repentina. No ano passado, quando já estava no meio do ano letivo, ela retornou ao Brasil completamente diferente, desde roupas e cabelo, até o seu comportamento. E desde então ela é a garota mais cruel e popular da escola, embora ela sempre esteja armando planos contra quem entrou ou entra em seu caminho, a maioria da pessoas de pouca personalidade quer estar em seu grupo, só pelas vantagens ou pela sua fortuna.
~ Livia vivia o drama de sempre ter os seus pais viajando á negócios. Eles eram pesquisadores então sempre estavam na estrada atrás de novas descobertas e sem escolha, Livia acabava ficando na casa dos seus avós em São Paulo. Os seus anos escolares não poderiam ter sido melhores. Toda a popularidade e vantagens havia mexido com a cabeça dela. Mas uma noticia inesperada surgiu. Sua irmã, a qual ninguém sabia da existência e que era um ano mais nova que ela, iria voltar para o Brasil depois de um bom tempo estudando teatro em Paris e iria morar com ela, junto com seus avós. Livia teve um colapso, pois digamos que sua irmã não era o tipo descolada e para ela isso poderia prejudicar a sua popularidade no Colégio. Sem falar que Livia sempre teve uma ponta de inveja quando ela tirava um D e sua irmã um A+. Isso pesava também.
~ E finalmente Thais. Ela era filha de uma renomada bailarina da cidade e por influência resolveu seguir os passos da mãe, mas para Thais não bastava ser uma bailarina, ela queria ser a melhor e na maioria das vezes dava um jeito de prejudicar todas aquelas que lhe apresentavam uma ameaça; No Colégio, a sua vida era de regalias, pois o diretor do colégio era seu padrasto. Mas embora ele tivesse todo esse poder, ela mal se importava com ela mesma, mas sim com Pedro, ela era apaixonada por ele desde seus 13 anos, eessa paixão surgiu de um ou dois beijos que os dois deram em uma festa casual na casa de uns amigos. É claro que para Pedro, aqueles beijos não significaram muita coisa, mas para ela, ele era o grande amor de sua vida e ela seria capaz de tudo para tê-lo.



@Casa de Gabriela.
A casa parecia enorme com todos os móveis ainda nas caixas. Os poucos moveis já nos lugares eram os básicos: Uma Tv, um sofá, algumas coisas na cozinha e as camas. O resto estava sendo arrumado aos poucos por Helena e Catarina.
Catarina: Eu acho que precisamos de mais móveis, essa casa é gigante.
Helena: você gostou? – Ela disse com receio. –
Catarina: É claro que sim mãe. É numa cidade grande, eu vou poder fazer a minha faculdade de letras e tenho mais chances de me destacar aqui – Ela sorriu. –
Helena: Eu fico feliz que você esteja animada. Não posso dizer o mesmo da Gabriela.
Catarina: ah, ela vai se acostumar.
Helena: Eu acho que fui muito preciptada. Ela teve que sair da academia, deixar a escola e também os amigos. Eu acho que devia ter esperado um pouco.
Catarina: Mãe, ela só esta assim porque acha que tudo isso é passageiro. Ela ainda não sabe que ... – Helena a interrompeu. –
Helena: Shiiu ... Eu não quero falar sobre isso aqui, ela pode ouvir.
Catarina: mas mãe, uma hora você vai ter que contar que você e o papai ... – Ela foi interrompida por Helena mais uma vez. –
Gabriela estava descendo a escada nesse instante quando Helena cortou Catarina.
Helena: Gabi, que bom que saiu do quarto.
Gabriela: eu vim assistir alguma coisa aqui em baixo, já que a minha televisão não esta instalada.
Helena: em breve tudo vai melhorar querida. Eu prometo.
Gabriela: é claro que sim. Quando o papai voltar de viagem eu vou poder convencer ele a mudar essa idéiaredicula de mudar pra uma cidade grande.
Helena: tudo bem, mas enquanto ele não volta. O que acha de ir ao Shopping? Depois podemos passar em algum lugar e comer alguma coisa.
Gabriela: odeio compras, você sabe.
Catarina: Então não compra, sobra mais credito no cartão.
Gabriela: Cala boca.
Helena: meninas.
Gabriela: Eu vou trocarde roupa, to cansada de ficar nessa casa mesmo.
Ela subiu.
Catarina: Mãe, você não acha melhor contar agora?
Helena: Catarina, não se meta nesse assunto. Eu sei o que estou fazendo. Ela só precisa de um tempo para se acostumar, só isso.
Helena também subiu temendo a sua própria ideia, enquanto Catarina previa que esconder o jogo não era a melhor solução.


Helena, Catarina e Gabriela davam boas vindas á um novo bairro e uma nova vida em São Paulo. Helena era da carreira de medicina e conheceu o pai das meninas quando ainda era muito jovem, e não demorou muito para o pequeno romance engatar em um relacionamento mais sério, bem mais sério. Um tempo depois Catarina nasceu e mais tarde Gabriela. Antes do casamento e de toda a responsabilidade parecia fácil viver a dois, mas a realidade apareceu completamente diferente, as brigas surgiram e também as mentiras, Helena se viu vivendo um terror em casa, e a única solução foi a separação. Depois de conseguir transferência para um Hospital de São Paulo, Helena viu que nada mais a prendia na outra cidade, então ela tomou a decisão de se mudar. Embora Catarina aceitasse bem a história, Gabriela não se conformava e ainda nem sabia dessa segunda parte da história.
~ Gabriela e Catarina eram completamente diferentes em relação a algumas coisas. Gabriela sonhava em ser uma bailarina conhecida pelo mundo, dança era sua verdadeira paixão, enquanto Catarina vivia no mundo das letras, com suas histórias e seus dramas. Gabriela era o tipo rebelde, e Catarina mais madura. Gabriela não gostava da idéia de morar em São Paulo, ela tinha toda uma vida na outra cidade; seus amigos, sua escola e principalmente a academia de Ballet. Mas ela ainda mantia a esperança de que poderia convencer seu pai a acabar com toda essa palhaçada, ela tinha um Gênio forte. Enquanto Catarina estava simplesmente adorando a idéia de morar em São Paulo. Nada poderia estragar aquele momento pra ela. Nada e nem ninguém ...


@Casa de Pedro e Vitória.


Já havia se passado um mês que os Vieira havia ocupado uma casa em um dos bairros mais calmos e refinados da cidade. E a mais ou menos esse tempo, Vitória não saiu do quarto direito. Mudar de cidade não foi nada fácil pra ela, principalmente porque ela sabia que seus pais estavam apenas se mudando devido os negócios.
Em um dos seus passeios para a cozinha, ela foi barrada pelos seus pais. O que era estranho porque eles estavam alegres.
Ligia: Filha, precisamos conversar.
Ela não esboçou reação.
Ligia: Já faz praticamente um mês que você não sai de casa. Porque não vai conhecer a cidade?
Vitória: Eu não tenho amigos pra isso.
Alberto: aaah, o que é isso. Segunda feira começa as suas aulas, você vai conhecer muita gente. Eu tenho certeza.
Vitória: okeey, enquanto isso eu vou ficar dentro de casa. – Ela sorriu ironicamente.
Ligia: porque não saímos nós três?
Vitória: próxima piada por favor.
Ligia: não é uma piada. Podemos ir jantar ...ou, podemos ir comprar algumas coisas para o seu quarto, você não estava querendo uma tv nova?
Vitória: olha, vocês não precisam ficar me comprando com essas coisas pra eu gostar daqui. Eu não gosto daqui, eu não quero ter amigos aqui, eu gostava dos meus outros amigos. Eu não quero ficar aqui;
Ligia: Vitória, todos nós temos que nos acostumar com mudanças.
Vitória: aaaah é? Então entenda essa mudança pai. Eu C-R-E-S-C-I, eu não sou mais uma criança que vocês arrastavam para qualquer lado como uma boneca, eu cansei disso.
Ligia: Pelo fato de crescer que era pra você entender o nosso lado, nós estamos fazendo isso por você; Pra sustentar os seus caprichos Vitória.
Vitória: os meus caprichos ou sua ganancia?
Alberto: Vitória!
Vitória: olha, quer saber; Eu vou dar uma volta.
Ela pegou um casaco que estava em cima do sofá e seguiu andando para a porta batendo o pé, quando se esquivou e a abriu para sair, deu de cara com Pedro, seu irmão mais velho.
Pedro: Vitória, que saudade de você.
Vitória: Peeeedro.
Ela correu e o abraçou.
Pedro: Como você esta? Esta gostando de São Paulo?
Vitória: Sinceramente? Eu estou péssima e eu odeio aqui.
Ele riu.
Pedro: Qual é?
Vitória: vamos La pra cima. – Ela revirou os olhos e ele já entendeu. –
Pedro: mãe, pai. – Ele sorriu e os abraçou.
Ligia: como foram as férias?
Pedro: ótimas. – Ele riu. – agora deixa eu ir convencer a minha irmãzinha á ir numa festa comigo hoje.
Vitória: não, não, não, não ...
Pedro: sim, sim, sim, vamos ...
Ele a puxou La pra cima e eles foram para o quarto dela.
Vitória: Eu não quero sair.
Pedro: a hora que eu cheguei você parecia bem disposta a sair de pijama mesmo. – Ele olhou as vestes dela, e os dois riram. –
Vitória: o papai e a mamãe estão me enchendo, eu precisava respirar.
Pedro: mais um jantar de negócios?
Vitória: Não Pedro, essa viagem, não vê? Quando você pediu, eles deixaram você vir morar aqui em São Paulo com a vovó. Eu só queria ficar La, com os meus amigos. Eles não entendem. – Ela disse decepcionada.
Pedro: Vitória, é diferente. Eu sou mais velho que você, e a vovó precisava de uma companhia aqui. Com quem você iria ficar La?
Vitória: Então porque eles não podiam ficar La também? Porque tinham que vir pra ca?
Ele respirou fundo.
Pedro: Olha, aqui tem tantas coisas legais, porque não tenta? Você pode se surpreender. E eu prometo que te levo visitar seus amigos nas férias.
Ela olhou pra ele com aquela carinha de cachorro abandonado.
Vitória: Promete?
Ele riu.
Pedro: é claro.
Ele abraçou ela.
Pedro: e agora o que acha de uma festinha?
Vitória: que festa?
Pedro: umas garotas La do Colégio vão dar uma festa pra comemorar no final das férias; E ai me convidaram, e eu estou te convidando.
Vitória: Uaaau, e você é tão popular assim?
Pedro: aah, sabe como é né. – Ele fez uma cara de convencido. –
Vitória: idiota. – Eles riram. –
Pedro: Eu vou me arrumar, ta? Você vai adorar meus amigos. – Ele sorriu. –
Ela retribuiu o sorriso e ele foi para o seu quarto desfazer a mala e também procurar uma roupa para a festa mais tarde.


Ligia e Alberto eram dois funcionários de uma grande empresa multinacional. Os dois viviam atrás de promoções para melhorar as condições financeiras e por isso acabavam deixando seus filhos Pedro e Vitória loucos com essas transições. Vitória era filha de Elisa e Pedro filho de Alberto. Foi difícil aceitar a situação quando eles se conheceram, mas com o passar do tempo eles acabaram se acostumando. E por coincidência tinham a mesma idade, isso fez com que os dois se tornassem irmãos e alem disso melhores amigos. Vitória gostava se desenhar, embora a sua mãe não desse muita bola pra isso. As duas tinham um péssimo relacionamento, já que sua mãe se importava apenas com o trabalho. Eu não posso dizer que Pedro e Alberto se deferenciava alguma coisa, já que ele nunca havia apoiado Pedro em seus sonhos. E o dessa vez, era tocar. Ele tinha comprado uma Guitarra a pouco tempo, e tirava uns sons, algo que particularmente, seu pai odiava.
Pedro se mudou pra cá quando tinha apenas 11 anos, e foi ai que conheceu os garotos. E é claro que também conheceu as meninas, como Thais e Julia. O que as duas tinham em comum? Somente uma coisa: eram completamente apaixonadas por ele. Mas ele não sentia completamente a mesma coisa pelas duas, pela Julia ele até sentia uma atração, mas pela Thais o lance era apenas conseguir as regalias, por ela ser enteada do diretor, ela o livrava de muitas confusões e por mais que ele “sentisse” alguma coisa pela Julia, a Thais servia com refugio, e ele não queria perder isso.
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@Casa de Bernardo.
A noite já estava caindo, e no relógio já marcavam 19h00. Bernardo estava assistindo tv no seu quarto, quando seu celular tocou. Ele avistou o visor e era uma chamada de Fernanda, sua namorada.
Bernardo: Alôo?
Fernanda: err; Bernardo, nós precisamos conversar.
Bernardo: sobre?
Fernanda: Sabe, o nosso relacionamento não esta como eu esperava.
Bernardo: Como é? Você esta me dando um fora?
Fernanda:err; É, é.
Bernardo: Ninguem me da um fora.
Fernanda: Desculpa, mas ...
Bernardo: Quer saber, tudo bem. Eu já tinha me cansado de você mesmo.
Ele desligou na cara dela, revirou os olhos e voltou assistir Tv.


Bernardo não era o garoto mais romântico do Colégio. Ele e Fernanda haviam ficado um bom tempo juntos, mas ele não era o tipo de cara que demonstrava sentimentos. E talvez esse tenha sido o motivo pelo qual Fernanda quis romper o relacionamento. Agora que estava sozinho, Pedro só pensava em se divertir.
A separação de seus pais, talvez fosse o principal motivo pelo qual ele havia se tornado fechado daquele jeito. Um mês com a mãe, outro mês com o pai. Toda aquela mudança havia o transformado e no final, ele mesmo sofria com aquilo. Ele apenas tinha seus amigos para se apoiar, e o seu baixo, que ele arriscava tirar algumas notas as vezes.


@Casa de Vitória e Pedro.
Pedro e Vitória estavam prontos para ir, alguns retoques aqui e ali e tudo estava pronto. Entraram no carro e seguiram.
Pedro: to morrendo de fome sabia? Que tal agente passar no Mc?
Vitória: Espero que os daqui sejam tão bons quanto os de La u_u
Ele riu.
Pedro: São sim. – Ele pegou o celular. – Eu vou ligar pros meninos e dizer que eu vou me atrasar um pouco.
Ele discou o numero do Bernardo primeiro. Chamou, chamou, chamou e chamou, quase caiu na caixa postal, mas no ultimo segundo ele atendeu.
Bernardo: E ai?
Pedro: E ai bonitão, já ta na festa?
Bernardo: to colocando o tênis. – Ele riu. -
Pedro: Você vai passar na casa da Fernanda?
Bernardo: Fernanda? – Ele riu. – é uma piada né?
Pedro: Não entendi.
Bernardo: Eu terminei com ela hoje.
Pedro: E porque ...? Eu pensei que gostasse dela.
Bernardo: aah, cansei.
Pedro: Você não muda mesmo né?
Bernardo: Não ... – Ele riu. –
Pedro: Bom, eu vou dar uma parada no Mc e depois vou pra La.
Bernardo: Ta, então agente se vê na festa.
Pedro: bele. Tchau
Eles desligaram. E assim Pedro e Vitória foram para o Mc.



@Casa de Amanda e Livia
Eram 20h, e a data marcada no convite para inicio da festa eram as 21h. Livia estava na sala, esperando impacientemente que seus avós fossem logo para esse tal jantar. Os dois estavam andando de um lado para o outro, procurando tudo o que precisavam.
Ela: você já pegou tudo?
Ele: as chaves do carro?
Ela: Estão aqui.
Ele: então podemos ir.
Livia: Já vão? – Ela disse ansiosa. –
Ela: Sim. Livia, a Amanda vai chegar amanha. Por favor, receba ela bem, tudo bem?
Livia: ta bom, ta bom. Agora eu acho melhor vocês irem. – Ela sorriu e os acompanhou até a porta. –
Ele: Qualquer coisa você ... – Ela o interrompeu. –
Livia: Eu ligo. – Ela sorriu. – Eu sempre ligo, não é? Agora vão.
Os dois estranharam o comportamento dela. Mas de uns tempos pra ca ela estava mesmo estranha, então não se importaram muito. Não era mais uma novidade. Eles entraram no carro e seguiram rumo o jantar daquela noite. E assim que dobraram a esquina, Livia tirou o roupão de banho que estava escondendo o seu vestidinho preto super curto. Enquanto discava o numero da Juliana no celular, pegou o seu salto que estava em baixo da mesinha e foi colocando. Quando Juliana atendeu, Livia disse que a casa já estava liberada.
A festa ia começar ...


 


@Casa de Felipe.
Felipe havia acabado de colocar o tênis, quando a campainha tocou, ele pegou um casaco e desceua escada correndo.
Felipe: tchau mãe, pai.
Rita: Onde você vai Felipe?
Felipe: err; numa festa com os meninos. É da escola. – Ele riu. –
Rita: tome cuidado.
Felipe: Eu sempre tomo. – Ele piscou e depois riu. –
A campainha tocou novamente e ele correu abrir, quando abriu a porta se deparou com Guilherme vestido para matar. Ele riu.
Felipe: Onde você vai?
Guilherme: na festa.
Felipe: vestido desse jeito? Todo metido? – Ele disse isso enquanto saia e fechava a porta. –
Os dois seguiram para o portão.
Guilherme: sabe como são as meninas da nossa escola né?
Felipe: Mas e a Carina?
Guilherme: Cara, eu só fiquei com ela umas vezes.
Felipe: dois meses.
Guilherme: que seja. Eu não tenho nada com ela.
Felipe: mas ela tem com você. – Ele riu. –
Guilherme: Eu ainda to na pista, sacou? – Ele fez uma dancinha e os dois riram. –
Felipe: Já ligou pros meninos?
Guilherme: Eu pensei que eles fossem vir aqui.
Felipe: agente combinou de se encontrar La.
Guilherme: óootimo, agora vamos ter que ir de taxi.
Felipe tossiu de propósito se mostrou as chaves do carro do seu pai.
Felipe: Não quando o meu pai me empresta do carro.
Guilherme: aaaah, o certinho do grupo sempre fica com o carro. – Ele disse com uma voz engraçada. –
Felipe: Qual é? Meu pai confia em mim, ta?
Guilherme: O mundo todo confia em você. Você nunca cometeria uma louca Felipe. – Ele riu. – vaaamo.
Ele ficou pensativo e depois entraram no carro seguindo rumo a festa. Guilherme estava impossível, ele sempre ficava animado com festas ou coisas do tipo.



Felipe e Guilherme faziam parte do grupo.
Felipe era o mais normal do grupo. Junto de Pedro, ele descobriu que gostava muito de tocar, e os dois se reunia as vezes para tirar alguns solos. Felipe era o mais quieto do grupo, e por esse motivo os garotos viviam zuando com a cara dele, ele até tentava mostrar que podia ser como eles, mas sempre acabava falhando. Ele era atencioso e o que mais pensava nas conseqüências no grupo. Geralmente ele amenizava as confusões. Ele morava com seus pais, e sua família era típica. Por isso ele era o mais normal do grupo.
Já Guilherme era completamente diferente, todo atirado, animado e bobão. Ele se mudou pra cá com a sua mãe e seu padrasto logo que sua mãe se separou do seu pai, não foi tão difícil pra ele, já que ele era grande o bastante para entender o que estava se passando na época. Namorar não fazia o estilo dele, e embora todo aquele jeito livre atraísse muitas meninas no seu pé, ele não tinha firmado relação com nenhuma ainda, por opção é claro. O negócio dele era beijar e nada mais. Guilherme foi integrante de uma pequena banda no passado, quando ele ainda tocava bateria, mas depois que a banda acabou ele nunca mais arriscou tocar. Ele estava enferrujado e não se interessava mais em tocar.


@Mansão de Jéssica.
Já eram quase 21h. Jéssica estava sentada no sofá com suas pantufas cor de rosa vendo Tv, e enquanto assistia, lixava a sua unha. Bruno logo desceu as escadas todo animado e muito bem vestido também. Ele foi até a Jéssica cantarolando uma musica e mexeu em seus cabelos.
Bruno: maaaninha, como estou? – Ele deu uma voltinha.
Ela olhou com desprezo.
Jéssica: Legal.
Bruno: Qual é Jéssica? Vai ficar assim comigo pra sempre?
Jéssica: você fez a cabeça do papai pra não me deixar ir estudar no exterior, como você quer que eu fique?
Bruno: Eu não queria você longe.
Jéssica: todas as minhas amigas foram Bruno.
Bruno: mas na nova escola você vai fazer novos amigos. E é perto de casa e também você não vai embora. Como eu ia cuidar de você do outro lado do pais?
Jéssica: Eu acho que não preciso mais de cuidados né? Eu cresci,dãar.
Ele riu.
Bruno: ta vendo. Como eu ia conseguir ficar longe de você? Só você me anima irmãzinha.
Ele apertou as bochechas dela e ela quase teve um ataque.
Jéssica: gaaaaaroto. – Ela jogou a almofada nele. –
E ele riu.
Bruno: fica bem comigo vai? Por faaavor. – Ele implorou. –
Ela olhou pra ele ainda durona, mas derreteu.
Jéssica: taa, ta bom.
Bruno: Eba – Ele beijou o rosto dela. -ta afim de ir numa festa?
Jéssica: que festa?
Bruno: uma garota que eu to ficando ai.
Jéssica: aah não, obrigada! – Ela revirou os olhos. –
Bruno: - ele riu.- ela é da sua nova escola, você deveria ir e fazer amigos.
Jéssica: você vai me deixar sozinha.
Bruno: Chame algumas amigas.
Jéssica: Não sei ...
Bruno: Para vai, vaaamos? Faz quanto tempo que você não sai pra se divertir? Veem comigo.
Ela pensou e fazia sentido. Ela deu um pulo do sofá super animada.
Jéssica: Eu vou me arrumar. – Ela disse seguindo para as escadas.
Bruno: Não demora. – Ele disse enquanto se jogava no sofá.-
@Meia hora depois ...
Bruno já estava criando raízes no sofá, quando Jéssica finalmente desceu as escadas, usando um vestidinho curto rosa com brilho, um salto meia pata cor de rosa e de acessório uma bolsinha cor de rosa. Rosa era a sua cor favorita, e eu acho que já deu pra perceber!
Bruno: Uaau, toda de rosa. Essa é a minha irmã. – Ele riu. –
Jéssica: você acha que vão gostar de mim?
Bruno: E quem não gosta de você, hein?
Ela riu. E ele foi abraça-la, mas ela recuou.
Jéssica: Cabelo é prioridade u_u
Ele riu.
Bruno: vaaamos.
Sairam. E entraram na Ferrari do Bruno, que era seu mais recente presente que seu pai havia lhe dado.


Bruno e Jéssica Albuquerque eram filhos do Empresário Julio Albuquerque, ele trabalhava em um grande ramo de alimentos e todo o trabalho duro lhe rendeu muitas economias. Eles estavam no Ranking das famílias com mais dinheiro e de mais poder na cidade de São Paulo. E todo esse dinheiro e a falta de tempo para se dedicar a sua família, fazia Julio pensar que podia comprar seus filhos com carros, roupas, jóias ... Mas na realidade o que Bruno e Jéssica apenas queriam, era um pouco de atenção. Havia muito sentimento reprimido. Já fazia dois anos que a esposa do Dr. Julio havia falecido, e os dois sentiam uma grande magoa do pai, devido a atenção que faltava em casa. Depois do falecimento da mãe, ficar junto se tornou impossível.
Bruno era o mais velho, ele procurava fugir dessa realidade, esquecer os problemas de casa e devido a isso não parava em casa, saia com amigos, arrumava garotas, bebia. Ele era o rebelde da casa, talvez fosse uma forma de chamar atenção do pai, ou uma forma de expressar a sua mal compreensão com todo o ocorrido. Mas embora fosse rebelde, quando se tratava de Jéssica, ele era cauteloso. Desdesempre ele vem cuidando dela, a protegendo de tudo. E isso o tornava ignorante para muitas coisas relacionadas á ela. Mas pra ele, era proteção. Ele a amava tanto, que até mesmo lutaria contra a vontade dela, se aquilo que ela desejasse não lhe fizesse bem.
Jéssica diferente das suas amigas, ela podia ter tudo. Seu pai sempre a mimou e a criou como se tudo dela fosse melhor, como se as outras pessoas sempre fossem inferiores á ela. Isso não era bom, porque ela se tornou uma pessoa esnobe, uma pessoa metida. Ela não dava bola pra qualquer garoto, e nem frequentava lanchonetes. O lance dela era comer salada, ficar na medida certa, e manter as unhas intactas, uma unha quebrada poderia se transformar na 3° Guerra Mundial. Sera que agora que mudou de escola, o seu jeito ia mudar? Espero que sim!



@McDonald’s
Após uma voltinha pelo Shopping e as compras serem interrompidas por uma ligação de emergência do Hospital. Catarina convenceu Helena a deixarem elas no McDonald’s para um lanchinho. E em seguida, ela foi para o Hospital.
Gabriela: ainda bem que você convenceu a mamãe a nos deixar aqui ... Sozinhas. Não aguento mais ela falando de todas as maravilhas da cidade e blablabla.
Catarina: - Ela riu. – você precisa relaxar, curte a cidade.
Gabriela: Impossivel.
Catarina: Quer saber, você vai ter que se acostumar.
Gabriela: Nem pensar. Eu vou fazer o papai mudar de ideia.
Catarina: nem se você quisesse. – Ela disse sem querer. –
Gabriela: O que?
Catarina: err; O papai ...ele, não vai mudar de ideia.
Gabriela: é o que vamos ver. – Ela insistiu. –
Catarina: vamos comer vai. – Ela riu. –
As duas seguiram para a pequena fila e esperaram. E naquele instante Pedro cruzou a porta. Gabriela olhou vagamente, mas não se importou muito. Ele seguiu para o final da fila, logo atrás de Catarina. Aos poucos a fila foi andando, Gabriela chegou a frente e fez seu pedido, logo depois foi Catarina e assim que pediram se sentaram em uma mesa no fundo. Pedro, que era o próximo, fez um grande pedido. Longos minutos se passaram, havia ocorrido um problema com uma das maquinas.
Naqueles minutos Gabriela já havia terminado seu lanche, e após jogar os restos no lixo, ela seguiu para o balcão entregar a bandeja. Naquele instante Pedro havia acabado de pegar o sua bandeja e quando Gabriela se aproximou ele se virou, derrubandoseu todo o refrigerante na blusa branca dela, que caiu com o empacto quando os dois se chocaram. Os dois paralisaram, todos ficaram olhando, tudo estava acontecendo em câmera lenta e a raiva a tomou.
Gabriela: Olha o que você fez seu idiota.
Ele ainda estava paralisado olhando pra ela; Ela não entendeu muito bem o motivo, mas quando olhou para a sua blusa notou que estava transparente. Chocada, ela fechou a jaqueta.
Gabriela: Seu pervertido.
Pedro: er; me ...me desculpe. Eu não vi você;
Gabriela: aaah, não me viu? “vou jogar refrigerante naquela garota de blusa branca“, aposto que combinou isso.
Pedro: Eu não combinei nada garota. Eu não vi que você estava atrás de mim e se você tivesse me pedido licença, nada disso estaria acontecendo.
Gabriela: aaah, agora você esta dizendo que eu sou mal educada?
Pedro: não, isso é você que esta dizendo.
Gabriela: olha aqui garoto ... – Ela foi interrompida pela Catarina, que chegou ali morrendo de vergonha. –
Catarina: Gabriela, que mico.
Gabriela: Olha o que esse idiota fez.
Catarina: isso não é motivo pra fazer barraco né? – Ela revirou os olhos. – me desculpa moço, minha irmã tem problemas.
Gabriela: Catarina!!!? – Ela disse inconformada. –
Pedro: sem problemas.
Gabriela: aaaah, agora ele é a vitima? Eu estou insopada aqui, Hellow!
Catarina: você quer ir parar numa delegacia? Eu acho que a mamãe não ia gostar nada e o gerente já esta perdendo a paciência.
Ela revirou os olhos.
Gabriela: vamos embora daqui logo.
Ela seguiu para a porta e acabou cruzando com a Vitória que estava entrando, sem se quer notar ela saiu e logo em seguida a Catarina a acompanhou.
Vitória entrou e avistou toda a bagunça no chão.
Vitória: Pedro? O que aconteceu aqui?
Pedro: eu derrubei sem querer refrigerante numa garota ai. E deu a maior confusão.
Vitória: poxa, até perdi a fome com a demora u_u
Pedro: exagerada como sempre né.
Ela revirou os olhos e os dois riram.
Vitória: vamos então?
Pedro: claaro.
Ele sorriu e os dois foram seguindo para o carro, mas antes que Pedro pudesse entrar, ele avistou a Gabriela e a Catarina, que pareciam discutir do outro lado da rua. Se sentindo um pouco culpado por tudo, ele entregou as coisas para Vitória, que ele havia pedido para embrulhar e foi até La.
Pedro: Licença?
As duas olharam e Gabriela cruzou os braços.
Gabriela: O que você quer? Não vê que estamos conversando?
Pedro: err; Eu queria te pedir desculpas e oferecer uma carona até em casa como forma de desculpa.
Catarina: nós aceitamos.
Gabriela: Catarina? Eu tenho orgulho, ta!?
Catarina: Quieta Gabriela. Eu estou sem dinheiro, só tenho cartão, já era pra gente estar em casa e a mamãe não pode nem sonhar com o que aconteceu, estamos em uma cidade que agente não conhece então fica quieta e aceita a carona dele.
Gabriela: Precisava mesmo tudo isso?
Catarina: Sim. – Ela virou para o Pedro. – Se não for atrapalhar, nós aceitamos.
Pedro: - Ele sorriu. – Não se preocupe. Vamos?
Eles seguiram até o carro e depois das apresentações e de algumas grosserias da Gabriela, eles seguiram.


@Casa de Livia e Amanda.
A casa já estava cheia, era gente para todo o lado bebendo e dançando. Livia estava rodeada de garotos do time de futebol, exibindo suas qualidades e suas pernas. Juliana estava esnobando seus seguidores, que mesmo assim não a deixavam em paz. E Thais estava contando os minutos para ver Pedro.
Enquanto isso La fora, Guilherme e Felipe haviam acabado de chegar. Eles estacionaram o carro do outro lado da rua e seguiram para a casa da Livia, que transbordava de pessoas até mesmo do lado de fora. Os dois entraram e tentaram se esquivar da multidão de pessoas até chegarem a cozinha para pegar alguma coisa para beber. Guilherme foi logo abrindo a geladeira e pegando uma cerveja, enquanto Felipe pegou um copo de refrigerante.
Guilherme: refrigerante?
Felipe: Eu estou dirigindo né?
Guilherme: tudo bem senhor certinho. – Ele riu. - mas eu não estou dirigindo, então eu posso. – Ele riu maleficamente.
Naquele instante, o Bernardo entrou na cozinha meio perdido.
Guilherme: cadê o Pedro?
Bernardo: Ele já esta vindo.
Felipe: E a Fernanda?
Bernardo: dessa daí eu não sei não. – Ele riu. –
Felipe: Essa daí é sua namorada ...
Bernardo: Era ...
Guilherme: você terminou com ela? – Ele disse cheio de esperanças. – Quer dizer que o meu companheiro de balada voltou? – Ele disse super animado.
Bernardo: Em grande estilo. – Ele sorriu maliciosamente.
Guilherme o abraçou estravazando. E naquele instante Thais entrou na cozinham fazendo com que Guilherme ficasse quieto apenas com um olhar.
Thais: Onde esta o Pedro?
Bernardo: Ele esta ... vindo.
Thais: vocês sabem se ele vai demorar?
Guilherme: Provavelmente não, ele marcou e sair com a Julia mais Tard ... – Felipe deu uma cotovelada nele. – Ai ...
Thais olhou para o Guilherme com um olhar mortal, e ele ficou se jeito. Sem dizer nada, ela saiu de La ainda mais estressada.
Felipe: Uaaau, você sabe mesmo estragar o dia dos outros. – Ele riu. –
Guilherme: aaah, eu sou sincero.
Ele riram e depois seguiram para a sala na espera de Pedro. Guilherme estava com a cerveja em mãos mexendo os quadris levemente para la e para ca, quando foi surpreendido por Carina, que apareceu por ali furiosa.
Carina: Porque não retorna as minhas ligações?
Guilherme: eer; Não tive tempo.
Carina: Eu não sou idiota, ta?
Ele respirou fundo.
Guilherme: Carina, nosso lance já foi. Olha, foi muito bom dar uns beijinhos com você, e sair todo mundo junto, mas eu tinha te falado que eu não sou de me “apegar”, entende? O lance agora é cada um seguir a sua vida.
Ele olhou a frente e viu Jéssica vindo.
Guilherme: E ai loirinha, ta afim de dançar? – Ele piscou pra ela. –
Jéssica: Nem morta. – Ela fez uma cara de nojo. –
E depois foi até Bruno, que estava cumprimentando uns amigos, pois os dois haviam acabado de chegar.
Ao ver a cena, Carina ficou ainda mais furiosa e começou a discutir com o Guilherme. Enquanto Bernardo estava conversando com uma garota por ali, Felipe ao ver a cena deprimente, resolveu dar uma volta pela festa, ou melhor resolveu se arriscar a passar pelo meio da multidão. Tinha tanta gente que estava difícil andar por ali.
@No lado de fora.
Uma garota meio diferente dos outros jovens acabava de chegar naquela casa. Ela portava uma mala pequena em mãos e outra de carrinho, estava usando uma saia xadrez azul até os joelhos, meias pretas e uma sapatilha antiga da mesma cor, um suéter verde de linho e por baixo uma blusa branca. Todos que estavam do lado de fora ficaram olhando para ela, mas ela nem notou, apenas tirou o grande óculos do rosto, limpou as lentes e tornou a coloca-lo depois disso conferiu o numero da casa. Realmente aquela era a casa que ela estava procurando, só não sabia o motivo de tanta gente e tanto barulho. Ela seguiu a dentro e deixou as malas em um canto da sala. Perdida, ela tentou procurar alguém conhecido, mas não reconhecia uma pessoa se quer ali dentro. Todos estavam bêbados, gritando, dançando e tudo estava ficando fora de controle, ela não sabia onde tinha ido parar.
Depois do sacrifício de passar pelas pessoas, ela chegou até a cozinha e foi ai que viu Livia sentada em cima do grande balcão no centro, conversando com alguns amigos. Ela estava rindo e se divertindo, mas a sua animação foi embora quando avistou Amanda. Ela desceu correndo e foi até ela.
Livia: O que você esta fazendo aqui?
Amanda: Livia ...Que saudades de você. – Ela a abraçou, mas Livia a empurrou. –
Livia: você não ia chegar amanha?
Amanda: Eu consegui um vôo adiantado;
Livia: Que ótimo. – Ela foi irônica. – você não pode ficar aqui.
Amanda: Porque ... ? E o que ta acontecendo aqui? Cadê a vovó e o vovô? – Ela estava confusa. –
Livia: Cale a boca. Escute bem, eu não quero ver você conversando com ninguém sobre o nosso ... “parentesco”. Ouviu?
Amanda: Eu não estou entendendo. Livia ... Como assim? ... O que ...
Naquele instante Felipe estava passando e pode ouvir com clareza as duas.
Livia: Olha bem para o pessoal dessa festa. Todo mundo bem vestido, todo mundo popular. E agora olha pra você. Olha essa sua roupa, seu cabelo, e esse óculos fundo de garrafa. Você não é descolada. E uma pessoa assim como você, tem que saber o seu lugar e não se misturar com quem não é do seu nível. Agora sai daqui, porque me da nojo olhar pra você. Saai! – Ela virou as costas e voltou com seus amigos. –
Enquanto Amanda saiu dali arrasada; Felipe ao observar a situação foi até a Livia inconformado.
Felipe: você podia ter sido mais educada com a garota.
Livia: Eu estou na minha casa, eu escolho quem entra e quem sai.
Felipe: sabe Livia. Existem pessoas que já nascem com caráter, existem outras que adquirem, já outras nem sabem o que é isso. Eu acho que você consegue ainda ficar bem abaixo dessa categoria. Licença.
Ele virou as costas e saiu da cozinha a procura de Amanda. Enquanto Livia ficou furiosa e saiu dali batendo o pé.
@De volta a sala.
Carina: você é um muleque Guilherme.
Guilherme: Não, você que se ilude demais garota.
Carina: você acha que você pode brincar com todo mundo? Quem você pensa que é.
Guilherme: Sabe qual é, eu quero espaço. ESPAÇO. E-S-P-A-Ç-O. Consegue entender? Você é grudenta. Isso é um saco.
Ela perdeu a cabeça.
Carina: AAAAAH, você quer espaço. É isso. – Ela foi falando e indo para cima dele, fazendo com que ele fosse se afastando. – Espaço, espaço, espaço. Incrivel você pedir isso Guilherme, porque pelo que eu me lembre, você pediu pra ficar comigo seu canalha.
Ele afastou e afastou e sem querer acabou esbarrando com o Bruno, que derrubou toda a sua bebida no chão.
Bruno: Qual é cara, presta atenção.
Guilherme: E se eu não quiser?
Bruno: Como é?
Jéssica se aproximou de Bruno na tentativa de acalma-lo, e reconheceu Guilherme.
Jéssica: Que ótimo, o idiota que deu em cima de mim.
Bruno: Como é que é? Foi ele que deu em cima de você? – Ele olhou para a Jéssica e depois para o Guilherme. – Com que direito você da em cima da minha irmã?
Guilherme: Ué, pede pro seu papaizinho fazer uma filhinha menos gostosa da próxima vez.
Bruno também perdeu a cabeça e grudou Guilherme pela camiseta.
Bruno: Eu vou acabar com você seu muleque.
Guilherme: vamos resolver isso La fora então.
Bruno foi empurrando Guilherme para fora da sala e ao ver toda a movimentação que envolvia seu amigo, Bernardo deixou a garota e foi atrás da multidão.


@La fora.
Felipe saiu La fora a procura de Amanda, e antes que ela pudesse atravessar a rua, ele correu e segurou seu braço de leve.
Felipe: você esta bem?
Era obvio que ela não estava bem. Mas tentou esconder que estava chorando.
Amanda: Eu estou ...err; quem é você? E o que quer?
Felipe: Desculpa. Meu nome é Felipe. Eu vi como a Livia tratou você La dentro, eu não achei certo. Eu vim aqui pra saber se esta tudo bem?
Amanda: Eu não quero falar sobre isso, ta?
Ela virou as costas e ele segurou seu braço novamente.
Felipe: Espera.
E naquele instante uma multidão saiu correndo para fora da casa para ver a briga, e alguns garotos esbarraram no Felipe, que o fez cair em cima de Amanda. Ela se desiquilibrou, mas ele a segurou e foi ai que tudo começou. Ela olhou pra ele de verdade dessa vez, e se encantou. Mas ele estava perdido olhando para os lados querendo saber o que aconteceu. Ele tornou a olhar pra ela, e ela estava paralisada olhando pra ele.
Felipe: Me desculpa, você esta bem?
Amanda: err; eu ...eu ... sim, eu to ótima.
Ele ajudou ela a se levantar e depois ouviu a voz de Guilherme.
Felipe: Guilherme? ... AH, não Guilherme ...
Ele saiu correndo passando pela multidão e viu que o Guilherme estava a ponto de brigar com o Bruno, ele tentou intervir, mas não conseguiria por muito tempo. Foi ai que o carro do Pedro estacionou ali na frente. Ao ver o Felipe e o Guilherme no meio da confusão, Pedro foi descendo do carro.
Gabriela: Ei garoto, onde você vai?
Pedro: ta acontecendo alguma confusão com um amigo meu. Eu já volto.
Ele foi até La.
Gabriela: ótimo. – Ela foi irônica. –
Vitória: vaaamos ...
As tres desceram do carro e seguiram até La.
Pedro: eeei, o que ta acontecendo aqui?
Guilherme: Esse idiota quer me bater.
Felipe: O que você fez Guilherme?
Guilherme: nada.
Bruno: ele derrubou minha bebida no chão e ainda chamou a minha irma de gostosa. Esse muleque vai se ver comigo.
Ele tentou partir pra cima do Guilherme, mas o Pedro impediu.
Pedro: Olha cara, desculpa nosso amigo ai. Ele é meio idiota. Não vamos resolver isso na vioência.
Jéssica: é Bruno, vamos embora daqui. Esquece isso.
Bruno: Esquecer? Nem pensar.
Os meninos estavam tentando amenizar toda aquela confusão, mas Bruno estava destinado a partir para a violência. Observando tudo aquilo de longe, Catarina perdeu a paciência e foi até La.
Gabriela: Onde você vai garota?
Catarina: cuidar da criançada. – Ela revirou os olhos. –
Ela passou pelo meio da multidão e entrou na roda.
Catarina: Oi, - Ela disse para o Bruno. – Eu não tenho a mínima idéia de quem você seja, e também não quero saber. Eu só sei que eu estou numa cidade que eu não conheço, passei a maior vergonha no McDonald’s lotado e estou numa festa cheia de pirralho. Provavelmente, você é bem mais velho que esse garoto, maior de idade né? E você sabe que se bater nele, você pode ser preso. Se a policia chegar aqui, eu e você seremos os únicos “adultos” do local e seremos responsáveis por deixar esses jovens bêbados e “drogados” e provavelmente seremos levados em cana. Eu acho que ninguém quer isso. Então vamos parar com a palhaçada, porque eu estou exausta e não vejo a hora de tomar meu banho e dormir. Sera que é pedir demais?
Todos se calaram. E o Bruno ficou olhando para a Catarina com cara de interrogação.
Catarina: agora, já chega né?
Ela foi saindo da roda e ele a seguiu.
Bruno: eeei, espera. Você não pode falar assim comigo.
Antes que ele pudesse dar mais um passo, Catarina o barrou.
Catarina: Se você insistir nisso, eu mesma chamo a policia.
Bruno: Eu tenho dinheiro o suficiente pra não ficar na cadeia nem por dois minutos.
Catarina: Eu tenho certeza que sim, por julgar pelas roupas. – Ela o olhou de cima a baixo. – Mas eu conheço um ótimo advogado, e você pode ter certeza que a sua pena pode ser bem prolongada se você continuar enchendo o meu saco. E nenhum dinheiro do mundo vai te tirar de La. É você que escolhe. – Ela pegou o celular. – Eu ligo pra ele agora se você quiser.
Ele olhou mortalmente pra ela.
Bruno: Isso não vai ficar assim.
Catarina: to morrendo de medo.
Ele virou as costas, grudou o braço da Jéssica e os dois foram para o carro. Enquanto ela seguiu para o carro de Pedro.
Catarina: será que você pode nos levar daqui? – Ela disse para o Pedro. –
Pedro: Claro. – Ele virou para a Vitória. – Eu vou levar elas, e já volto pra te buscar, tudo bem?
Vitória: ta né.
Ele sorriu e os três entraram no carro e partiram.
Felipe e Bernardo entraram junto de Guilherme novamente e tentaram o acalmar.
Guilherme: Não é justo, eu não fiz nada.
Felipe: você chamou a Irmã dele de gostosa.
Guilherme: Eu não sabia que era a irmã dele ...
Bernardo: você sabe que provocou o cara.
Guilherme: vocês estão contra mim também?
Felipe: Esquece isso vai.
Naquele instante a Vitória entrou na cozinha. Os três paralizaram e Bernardo deu um sorrisinho maroto para os dois.
Felipe: vêem, vamos esfriar a cabeça. – Ele puxou Guilherme de La, deixando Pedro sozinho com a garota. –
Ela estava procurando um copo que estivesse limpo em cima do balcão, quando Bernardo apareceu do seu lado com um copo. –
Bernardo: esta procurando isso? – Ele sorriu. –
Vitória: é um bom observador. – Ela pegou o copo. –
Bernardo: você é da escola? Nunca te vi por La.
Vitória: Não ... E me mudei a pouco tempo pra cá. Na verdade meu irmão é que conhece a dona da festa. Eu vim com ele.
Bernardo: aah, seu irmão. E ele esta por aqui ...? Só pra saber. – Ele disse cauteloso. –
Ela riu.
Vitória: no momento não ... Pooorque?
Ele se aproximou dela.
Bernardo: Boom, poderíamos aproveitar a ausência dele, e ... quem sabe ... – Ela o interrompeu. –
Vitória: Nãaao ...
Bernardo: Porque?
Vitória: Porque eu nem te conheço e você ta me parecendo muito estranho nesse momento.
Ele se afastou.
Bernardo: é, você tem razão. Vamos começar denovo?
Vitória: Por favor.
Bernardo: Oi, meu nome é Bernardo. E o seu?
Vitória: - Ela riu. – Vitória.
Bernardo: Encantado.
Ela riu e naquele momento seu celular vibrou. Ela pegou e era uma mensagem de Pedro, perguntando onde ela estava.
Vitória: Eu tenho que ir.
Bernardo: mas já?
Vitória: meu irmão. – Ela sorriu. –
Bernardo: E eu não posso saber seu numero?
Vitória: vamo deixar por conta do destino? – Ela sorriu e saiu da cozinha e foi ao encontro de Pedro La fora.
Pedro: Poxa, onde você estava?
Vitória: fui beber alguma coisa u_u
Pedro: ta -.- Eu vou falar com os garotos, ta?
Vitória: tudo bem, eu te espero no carro.
Ela seguiu para o carro e ele se afundou no meio da festa a procura dos garotos, e logo avistou os três encostados na parede.
Pedro: E ai.
Guilherme: fala Pedrão.
Pedro: Quais são as boas?
Guilherme: Eu briguei.
Felipe: nada.
Bernardo: tomei um fora.
Pedro: Você tomando um fora?
Bernardo: Acho que não sou mais o mesmo.
Guilherme: Qual é.
Pedro: Bom, só não vai brigar por causa disso. – Ele riu. –
Guilherme: eeei.
Pedro: de qualquer forma, eu já vou indo. Prometi pra minha mãe que não ia demorar.
Bernardo: Então é melhor ir logo, porque a Thais acabou de passar aqui te procurando.
Pedro: fuui.
Ele saiu mais que depressa dali, se esquivando no meio do pessoal e foi para o carro, sem que a Thais e por conseqüência a Julia o vissem. E assim ele partiu para a casa.
Enquanto os três ficaram mais alguns minutos e depois foram embora. Com toda aquela confusão, a festa havia ficado sem graça para eles.
A barulho durou ainda muito tempo e teve vizinho que ameaçou chamar a policia acabando com a festa.
O dia seguinte não ia ser fácil, mas ninguém ainda sabia disso.



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Autor(a): debsevelyn

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