Fanfic: Breathing Your Love. | Tema: Romance, Drama, Hot. (Rebelde, RBD, TVD, entre outros).

CAPÍTULO QUATORZE:

S O F R E R Á   A S   C O N S E Q U Ê N C I A S. 

          — E por fim, o local que já conhece, é aqui que ficará...— Candice mostrou brevemente a sala de Alfonso pois Maite já conhecia e em seguida, virou-se pra ela.

— Certo, obrigada por me mostrar tudo.

— Escuta, eu espero que isso acabe logo...

— Perdão? Não entendi. — Maite franziu o cenho.

— Eu não sou uma pessoa má, mas eu passarei a ser se você mexer com o meu irmão, com a minha família. Eu nem sei quem é, nem o que fez, não sei o porquê do meu pai ter te dado esse emprego tão facilmente assim e eu espero que não seja pelo motivo que o meu irmão está pensando, mas é só isso que eu tenho pra te dizer: Não brinque conosco, Maite. Também sabemos brincar e agradeça a Deus por só Alfonso ter cismado com você até agora, porque se mais algum entrar em desavença com você... As coisas ficarão realmente sérias.— Candice falou apenas para intimidar Maite, mas eles não eram assim; ela não era assim.

— Olha, Candice, eu realmente não tenho nada contra vocês, nem com o seu irmão eu tinha, na verdade, mas ele é um grosso. Ele me acusou por algo que eu não fiz e ele decidiu jogar. Decidiu que queria me ver perder pra ele, eu não o conheço muito bem, mas conheço o suficiente para saber que ele nunca me deixaria em paz já que tirou a sua própria conclusão e me julga culpada por esse acidente, ou sabe-se lá Deus pelo que. Eu não vou fazer nada contra ele, contra vocês, se ele não fizer nada contra mim, contra a minha família.

— Atrapalho? — Alfonso indagou ironicamente entrando na sala dele, Maite revirou os olhos ao ouvir aquela voz e assim que virou deu de cara com duas criaturinhas que entravam correndo na sala.

— Titiaaa Cindy! — Matthew gritou e se jogou nos braços de Candice, toda atenção de Maite foi desviada a criaturinha que vinha logo atrás, correndo risonha também, mas diferente do menino, ela caiu no caminho, a sorte foi que o tapete macio da sala amorteceu a sua queda, mas mesmo assim a menina logo fez um biquinho de choro. Na mesma hora, mais por instinto mesmo, Alfonso e Maite se encararam com os olhos arregalados e se abaixaram na altura da pequena Blair, primeiro as mãos dos dois se encontraram e como se tivessem tomado um choque elétrico eles se afastaram prontamente, se atrapalhando e batendo a cabeça em seguida, testa com testa, o que arrancou a contagiosa gargalhada da pequena. Depois de fazer uma careta de dor, Maite sorriu para a menina, ignorando a carranca de Alfonso, que logo se levantou.

— Opa, pequena, machucou? — A menina negou com a cabeça, sapeca, passando as mãozinhas no rosto, ainda rindo. — Que sapeca, meu Deus! Levanta, bonequinha...— Maite segurou delicadamente a mão dela que levantou toda vermelhinha e em seguida fez o mesmo, sem conseguir tirar os olhos da pequena menininha, encantada.

— Não vai falar com a tia, Blair? — Candice indagou quebrando o clima que se fez, já que ninguém ali sabia o que dizer.

— Titi Cindy, taiu eu. — A menina contou. — Bateu a tabeça ali eies, titio Pancho e eia. — Maite riu do jeito fofo da menina, assim como Candice, que colocou Matthew no chão e se abaixando, deu um beijo terno da bochecha da Blair.

— A babá de confiança da Anahí teve um contratempo e hoje ocorrerá uma escolha de figurinos importantes para um desfile no seu atelier. Alejandro está cheio de trabalho e adivinha pra que sobrou a responsabilidade de cuidar desses dois? Você fica com Matthew e eu com a Blair, certo?

— Certo, maninho. Tenham um bom dia e procurem não se matar até o final dele.

— Vou tentar. — Os dois falaram na mesma hora e Candice negou com a cabeça saindo dali de mãos dada com o pequeno Matt.

— Tadê maninho, titio? — Blair indagou olhando o tio.

— Foi ali com a tia, mas daqui a pouco volta.

— Maisi eu? Num vou cum titi? — Alfonso suspirou sabendo o que vinha depois daquilo e Maite viu quando os olhinhos da menina marejaram e o biquinho mais uma vez se formou nos seus lábios.

— Não, Blair. Você não vai com a titia.

— Alfonso! — Maite o repreendeu, mas já era tarde demais, Blair já começara a chorar e a mesma negou com a cabeça, deixando a sua bolsa em uma poltrona de couro na sala, assim como o seu blazer e indo até a menina, pegando-a no colo sem pensar no que Alfonso iria dizer. — É mentira desse feio, querida. Logo, logo a tia Candice vem te buscar, tá bom?

— Titio feio? — Alfonso ergueu a sobrancelha pra Maite com as mãos na cintura, apenas observando a cena. A mesma riu.

— Muito feio! Agora para de chorar e vamos... Vamos... — Mais uma vez ele ergueu as sobrancelhas para Maite que o ignorou e passando os olhos pela sala viu vários papeis, lápis e cantas, inclusive na mesa que ela ocuparia como secretária. — Desenhar! Vamos desenhar. Fica aqui sentadinha, que a tia dá o papel e o lápis. — Então ela deixou a menininha que olhava curiosa pra ela na poltrona e a entregou uma folha de ofício e dois lápis com cores diferentes para a menina. Depois de entregar tudo, recebeu um lindo sorrisinho de Blair que começou a “desenhar” animada, apoiando o papel no “braço” da poltrona.

Então Maite sorriu ao ver que a menina já havia se acalmado. Um sorriso que logo se desfez ao sentir a mão de Alfonso lhe puxando brutalmente como se costume para si. Ela disfarçou a dor e segurou em sua boca um palavrão por Blair.

— Para de fazer isso, porr/a.. — Ela sussurrou bem perto dele, já que os corpos estavam colados, mais uma vez.

— Nem pense nisso, Green. Não tente se aproximar da minha família!

— Como pode ser tão idiota assim, em? Eu jamais faria mal a nenhum deles, tampouco com crianças, pelo amor de Deus... — Ela disse séria e ele pode sentir a sinceridade na voz dela, coisa que era rara. — Agora me solta! — Ela pediu rígida e ele foi soltando aos poucos, mas eles não se afastaram. Muito pelo contrário, continuaram se fuzilando com o olhar.

A filha da mãe era tão linda, Alfonso pensava. E ele sabia que aquela palavra era exageradamente usada quando se tratava de mulher, mas outras descrições como sexy, bonita e atraente eram muito vagas quando se tratava daquela menina insolente que ele tanto odiava e desejava. Ela era luminosa. Ele não tinha muitas exigências em relação a mulher, gostava delas em si, claro, afinal era um homem. Mas preferia as inteligentes, mal-humoradas, sensuais, habilidosas, determinadas e quentes.

Maite era exatamente assim e diferente de tudo que acontecia com as outras, a beleza dela o irritava. O irritava porque o seduzia insanamente. Desde o início, ela o incendiou e ele não sabia ao certo se aquilo era bom ou ruim. Porque a mesma vontade que ele tinha de atirá-la na cama, tinha de atirá-la de um prédio. Era estranho.

— Licença, a Blair est... Opa, desculpa atrapalhar. — Alejandro entrou na sala e rapidamente Maite e Alfonso se afastaram, isso não impediu o irmão Herrera mais velho de vê a cena e sorrir discretamente.

— Papaai. — A menina chamou e a atenção de todos foi desviada para a poltrona que ela estava. A pequena continuou sentada o que surpreendeu o pai, geralmente ela corria pra ele.

— Oi, meu amor.

— Oiá, desenho, papai. Titi deu pá eu. Éia. — Ela apontou pra Maite que riu sem graça para Alejandro, pensando que o mesmo ia se incomodar, mas ele apenas riu.

— Tá lindo, princesa! E bom... Eu vim garantir que estava tudo bem, que ela não estava aprontando, e trazer esses arquivos passados que pediu.

— Ela está quieta, fique tranquilo. E pode deixar esses arquivos ali em cima, por favor.— E assim Alejandro fez.

— Blair, o papai tem que voltar a trabalhar, mas daqui a pouco venho aqui de novo, tá bom?— A menina o mirou e em seguida mirou Maite que sorriu pra ela, assentindo.

— Titio e titi ficar aqui cum eu? — Alejandro riu e assentiu beijando a testa da menina carinhosamente.

­— Claro que vão, amor. Até daqui a pouco, te amo muito, pequena!

— Ama papai.— A menina riu marota e cumprimentando Maite e Afonso com um aceno de cabeça, Alejandro saiu.

A cena carinhosa fez Maite lembrar da filha, lembrar de William... Que sumiu. Simplesmente desapareceu, sem responder mais as suas mensagens, os seus e-mails, as suas cartas... Sim, até cartas ela mandara, já que agora morava no México. Observando Blair concentrada em seu desenho, ela tentava imaginar como sua pequena Maria Alice estava... Independente de como estivesse, o que ela mais desejava era que estivesse bem, feliz... Mesmo longe dela. Mesmo que nem se lembrasse dela...

— Green! — Alfonso chamou com um tom de voz mais alto e irritado, só então Maite o olhou, pulando com o susto.

Ele franziu o cenho ao mirá-la. De repente sentiu toda a dor que pode enxergar em seus olhos e não entendeu absolutamente nada quando viu lágrimas descendo pela sua bochecha, e mais: Quando ele se incomodou com aquilo. Hipnotizado naquele olhar, ele se aproximou e ergueu a mão na altura do rosto de Maite, a mesma se esquivou prontamente assustada e só então ele se deu conta do que ia fazer, secar as lágrimas dela e não, ele não queria aquilo. Maite só percebeu as lágrimas naquela hora, então secou-as prontamente, sem graça.

— Está aqui para trabalhar, não para admirar a minha sobrinha. Agora vamos adiantar que há muito serviço pela frente.

E revirando os olhos ela assentiu e passou por ele caminhando até a sua mesa e esperando instruções do mesmo, que virou lentamente pra ela, falsamente calmo.

— Nunca revire os olhos pra mim, baby. — Citou lentamente, a voz rouca e grave. Maite se remexeu desconfortável na cadeira ao perceber que ficara completamente molhada com aquelas simples palavras pronunciadas por aquele tão complexo e sexy homem. — Ou sofrerá as consequências depois.

E raios! Ela estava louca pra sofrer as consequências se viesse dele... E merda, aquele homem mexendo mesmo com a sua cabeça, ela ia enlouquecer, só podia!

Holaaa!

Só queria deixar claro aqui que a Blair fofura-em-forma-de-gente é completamente minha, obrigada pela atenção! kkkkk Beijos <3