Fanfic: Breathing Your Love. | Tema: Romance, Drama, Hot. (Rebelde, RBD, TVD, entre outros).

CAPÍTULO QUINZE: 

Q U E R I D O   H E R R E R A!

          — Aqui. Essa será a sua primeira função. Jogue fora todas que forem dos anos passados e organize por data todos os arquivos desse ano apenas. Tem até o fim do seu expediente, que como já devem ter te passado, é até às oito e meia da noite, pra me entregar isso.— E largou uma pilha de pastas cheias de papeis na mesa dela que arregalou os olhos e o mirou estática.

— Mas isso tudo? É... É impossível.

— A minha antiga secretária conseguia. Se não aguenta, pede demissão, querida Green. — E foi então que ela entendeu o jogo dele.

— Ah, então é assim que quer brincar? Quer que eu peça demissão? Ok, mas vamos ver quem desiste primeiro, Herrera.— Disse e lentamente pegou a primeira pasta da pilha, abrindo-a e começando o trabalho, elegantemente. Como se não estivesse nem um pouco desesperada por ter tanto a fazer, em tão pouco tempo. Sorrindo e tendo a certeza de que ela não conseguiria, Alfonso voltou para a sua mesa, antes de dar uma olhada numa Blair distraída desenhando e cantarolando uma música infantil irritante.

O tempo foi passando e hora ou outra, Alfonso observava uma Maite concentrada fazendo o que ele mandara e logo Candice chegou na sala chamando Blair, que já estava quase cochilando na grande poltrona da sala para almoçar. A menina saiu animada ao ver a tia e o irmão, dizendo um “tau titio e titi” que arrancou o riso de Maite e um aceno básico de Alfonso. O silêncio que se fez depois que a menina saiu chegou a ser tenso, mas Maite estava concentrada demais para se importar com isso. Quando deu exatamente meio dia e meia, Alfonso se pronunciou.

— Não sei se percebeu, mas já são doze e meia, sua hora de almoço.

— Sim, percebi.— Respondeu sem ao menos mirá-lo e aquele foi o único diálogo que tiveram naquela manhã. Ele não estava nem aí se nem almoçar, ela queria. Às uma da tarde, foi ele quem saiu sem dizer nada, provavelmente ia almoçar, só então Maite suspirou aliviada por não estar mais na presença dele e pegou seu celular, no mesmo já havia uma mensagem e como esperado, era de Noah.

“E então, como está sendo o primeiro dia de trabalho? Já matou o Herrera?” - Noah.

Ela riu e digitou rapidamente antes de voltar a trabalhar. “Eu sou a mais nova secretária dele, e não, ainda não matei o meu querido chefinho, mas daqui pro final do dia, quem sabe...”  - May.

Antes que Alfonso chegasse, Candice entrou na sala com Matthew e Blair novamente e a atenção de Maite foi desviada para os três. Matt e a pequena Blair se lambuzavam e dividiam um sorvete de chocolate com cobertura de morando em um copinho.

— Ér... Licença. Alfonso está no horário de almoço, não é?

— Sim, saiu faz uns vinte minutos.

— Droga... Eu preciso atender uns clientes e bom, não posso fazer isso com eles lá na minha sala.

— Pode deixá-los aqui, eu os olho com prazer. — Ela disse. — Digo... Se a senhorita tiver confiança, né...

— Não, tudo bem. Vou te dar esse voto de confiança porque sinceramente não encontro o monstro que Alfonso tanto fala em você.— Maite riu sem graça. — Matt essa é a tia Maite e você e sua irmã ficarão um pouquinho com ela, até o tio Poncho chegar, ok? E daqui a pouco eu venho te pegar, tá bom?

— Tá bom, tia. — Matthew olhou pra Maite sorrindo de canto e ela retribuiu o sorriso.

— Podem sentar ali, que daqui a pouco eu venho. E Maite... Obrigada. — A morena apenas assentiu e viu quando Candice saiu apressada da sala. Passou o olho nos pequenos que subiam no sofá e depois de Blair finalmente conseguir subir, tomavam o sorvete sossegados, Matthew como irmão mais velho era o encarregado de dar o mesmo na boca da pequena que aceitava se bom grado e ainda assim conseguia melar um pouco a boquinha.

Então sorrindo, continuou trabalhando. Ficou satisfeita consigo mesma quando viu que já estava chegando na metade em algumas horas, estava tão concentrada que nem ligava pra fome, apesar do seu estômago, a altura do campeonato, já roncar. Uns quinze minutos depois, ela ouviu Matt a chamar e quando olhou o menino viu que eles já haviam acabado o sorvete e Blair virava o copinho na boca, consequentemente a melando toda.

— Oh meu Deus! — Ela riu se aproximando dos dois rapidamente. — Acabou, meu bem, não faz isso que mela a roupinha.— Tirando o copinho da mão de Blair com delicadeza, ela jogou o mesmo fora. — Vamos lavar as mãozinhas, os dois, pra não sujarem mais a si mesmos e as coisas do tio chato também.— Matthew riu e os dois deram as mãos a ela na mesma hora que fez uma caretinha pois agora também estava suja.

Chegando no banheiro, ela lavou primeiro as mãos de Matt que lhe agradeceu e esperou as duas para sair do banheiro. Pegando Blair no colo e sentando-a na pia de mármore do local pra ficar mais fácil a lavagem, só que antes de abrir a torneira, a pequena sapeca passou a mão no rosto de Maite, sujando-a e gargalhando em seguida.

— Ah, sua sapequinha! Pare com isso... — Ela riu quando a menina tentava fazer a mesma coisa, só que agora ela se afastava. Porém seus braços não escaparam da menina, já que ela tinha que segurá-la. Depois de mais alguns segundos, Maite finalmente conseguiu limpar a pequena sapeca e depois de enxugar as mãos dos dois, lavou seus braços e quando estava prestes a limpar o rosto também, algo, ou melhor alguém a assustou.

— Que raios está fazendo? — Maite pulou com o susto e rapidamente olhou pra trás dando de cara com um Alfonso sério, que quase riu do rosto sujo da mulher.

— Ela tava limpando a gente, tio. A Blair se sujou toda com o sorvete e sujou ela também... — O menino riu, meio tímido por Alfonso, que observou Maite atenciosamente.

— Ah, entendo... Acho melhor você limpar esse rosto direito antes que as pessoas passem a te confundir com uma palhaça. — Debochou. — Vamos meninos, deixem ela se limpar sozinha aí e sentem ali, quietos, por favor.

— Hahaha, como você é engraçado.

— Mais respeito, mocinha de dois anos que se suja com um sorvete! Sou seu chefe.— Disse saindo andando e Maite revirou os olhos e assim que terminou de limpar o rosto, voltou para sala, mirando as duas crianças quietinhas no sofá, sem nada pra fazer e descontente com aquilo, pegou mais duas folhas, dois lápis e os entregou. Eles pegaram animados, mas Matthew olhou para o tio, como se ele fosse brigar.

— Pode desenhar, gatinho. Ele é chatão, mas se ficarem quietinhos, não vai brigar.— Falou baixinho e piscou pro menino que sorriu e como a irmã, começou a desenhar. Alfonso fingiu que não ouviu e continuou trabalhando.

— O que é isso?— Maite indagou por impulso assim que viu uma quentinha em cima da sua mesa, surpresa.

— Não me faça nem responder isso porque os meus sobrinhos estão na sala. — Alfonso disse sem tirar os olhos da tela do notebook e ela revirou os olhos sem que ele visse, ou pelo menos foi isso que pensou.

— O senhor que trouxe? — Indagou e viu quando ele bufou. — Não vou comer, tem veneno aí.

— Não, ainda não cheguei a colocar, mas fale mais alguma coisa que irei fazer isso e te obrigar a comer. E não pense que me preocupo com você, é só que eu não quero ninguém passando mal na minha empresa por ser irresponsável. — Maite bufou e sentando-se na cadeira, comeu tudo rapidamente e não pode negar que estava muito bom.

Dali em diante, a tarde foi tranquila. Cheia, Maite pode realizar o seu trabalho ainda com mais eficiência. Tirando umas briguinhas de Blair e Matthew, que logo eram resolvidas pela repreensão de Alfonso, o silêncio se fez na sala. Em seguida, o pequeno voltou para a sala da tia dando um tchau animado a Maite, em especial, gostara da mesma. Blair acabou dormindo no sofá também revestido de couro da sala do tio, sob os olhares de Alfonso e Maite, que sempre se pegavam olhando um ao outro hora ou outra também.

No fim da tarde, Alejandro foi pegar a pequena e a levou dormindo para casa, agradecendo ao irmão e a Maite por cuidarem deles. O silêncio reinou depois disso e as oito e quarenta e sete, a morena caminhou até Alfonso com uma pasta bem reduzida de papéis, com tudo que ele pedira já pronto e o mesmo ergueu a sobrancelha ao ver a pilha de papéis a sua frente.

— Acabou? — Indagou, disfarçando bem a surpresa pela eficiência da mulher.

— Não, imagina, vim aqui pra você tirar uma foto e vê se tá bonitinho. — Ironizou estressada pelo dia cansativo e ele riu irônico, se encostando na cadeira novamente e cruzando os braços em frente ao peitoral.

— Mais respeito aí, ou será que a todo momento vou ter que ficar te lembrando que sou o seu chefe?

— Não, querido Herrera, não precisa! E olha, meu bem, já são oito e quarenta e oito, ou seja, meu expediente já acabou. Agora você é só você mesmo!— Ela disse irônica e ele assentiu.

— Entendo. Agora fique sabendo que eu não vou te pagar por minutos, horas, o que seja extras que fique aqui não, está ficando porque quer.

— Pois é, e não estou te pedindo nada!— Disse e revirou os olhos. — Agora eu já vou! Passar bem, querido Herrera.

A mesma caminhou até a sua mesa novamente, vestindo seu blazer e pegando a sua bolsa. Sem olhar para Alfonso, foi até a porta e se surpreendeu, consequentemente, se assustando, quando sentiu um braço forte enlaçar a cintura antes que ela chegasse até a porta e puxa-la brutalmente para si, ainda de costas.

O toque firme foi o suficiente para a sua respiração ficar ofegante. Ao sentir a respiração do seu querido chefe no seu pescoço e em seguida a barba mal feita roçando ali, ela ficou excitada; e tudo só piorou ao perceber que ela não era a única excitada ali. 

Eitaaaa! Segura esses dois, Braseeel!

Mentira, segura não, soltaaaa!