Fanfic: Breathing Your Love. | Tema: Romance, Drama, Hot. (Rebelde, RBD, TVD, entre outros).

CAPÍTULO DEZESSETE:

P E S A D E L O S    P E S S O A I S 

          Naquela mesma noite, Alfonso achara a carteira de Maite jogada no sofá da sua sala e satisfeito por ter algumas informações valiosas ali dentro, ele decidiu levar para casa e claro, investigar sobre a mesma, já que por incrível que parecesse, ele ainda não havia feito isso pelo seu tempo corrido que o ocupava por completo. Chegou em casa por volta das nove e quarenta e sua fiel empregada já não estava mais lá, como sempre ele estava sozinha naquele enorme prédio e já estava se acostumando com tudo isso. A solidão passou a ser a sua única companhia desde que Anna veio a falecer, parecia ironia pensar naquilo, dizer aquilo, mas era verdade.

Depois de um longo banho, Alfonso saiu de lá com a toalha enrolada na cintura, pensativo. Vestiu apenas um short de dormir e foi para o seu escritório com seu celular e a carteira de Maite na mão. O mesmo era relativamente grande, completamente revestido em madeira, passava a todos um tom de antiguidade e serenidade, cada detalhe simples formava um belo lugar, aquilo era o que Alfonso era por dentro. Toda a decoração da casa, indiretamente, tinha um pouco dele. Sentando-se na sua cadeira confortável, ele abriu a carteira, sem nenhum peso na consciência. Primeiro pegou a sua identidade, havia uma foto dela bem mais jovem, parecia ter uns dezesseis a dezessete anos. Olhava atentamente cada detalhe da foto, era bela, mas não tanto quanto é atualmente e mais uma vez, ele se encontrava perdido, admirando secretamente aquela maldita filha da mãe que parecia um anjo.

Virando a identidade, ele leu o seu nome todo: Maite Perroni Green Lancaster. Era um nome forte, uma mulher elegante, não entendia o porquê dela morar no Harlem. Um lugar tão pobre, comparado a tudo que ele já estava acostumado a ver. Mas naquele momento ele não estava nem pensando nisso, o que realmente lhe chamará atenção, fora aquele nome... “Lancaster”. Ele já havia ouvido falar dele e algo lhe dizia, que o que havia por trás desse sobrenome, não era coisa boa. Sua filiação se dava por: Mayara Perroni Lancaster e Javier Green Lancaster. E mais uma vez aquela impressão de reconhecimento passou por ele... Javier Lancaster. Não conseguia lembrar, mas tinha aquele nome em mente... Pesquisaria sobre isso depois. Sua data de nascimento era 09/03/1995. E o seu nome, os dos seus pais e a sua idade foi a única informação útil que ele pode encontrar ali. Olhando nas divisões da carteira, ele achava apenas alguns papeis, um cartão com um número de alguém que ele não se interessou em olhar, uma boa quantia de dinheiro que ele se perguntou de onde ela tirou, já que pelo que ele soubera, era tão pobre, e por fim, uma foto.

A foto de uma menininha. Ele observou a mesma com atenção e não pode deixar de notar que tirando os belos olhos azuis e o nariz que diferente do arrebitado de Maite – o que lhe oferecia um ar ainda mais irritante para ele – era pequenino, a menina era a cópia de Maite.  Se perguntou se ela teria uma filha, mas os seus seguranças rondaram a sua casa e não passaram a informação de que havia alguma criança na casa, disseram apenas que viam a morena, uma mulher mais velha que julgavam ser a mãe da mesma e hora ou outra um rapaz desconhecido por todos. E a cada segundo que passava analisando as coisas sobre Maite, mais aquela mulher o instigava. Virando a foto, ele leu o que estava escrito atrás da mesma: “Maria Alice – 11 meses e meio”. Porém ainda assim, não havia nada de esclarecedor naquilo. Intrigado, ligou seu notebook e mandou um e-mail para Enzo, seu amigo e investigador pessoal, e em seguida para Candice, sua fiel aliada para tudo.

O primeiro fora direto e simples, sabia que no dia seguinte, teria tudo sobre a vida de Maite nas mãos, o amigo era ótimo no que fazia e muito prestativo.

De: Alfonso Herrera

Para: Enzo Bennet

Assunto: Investigação

Data: 24/04/2015 22:13

Boa noite, Bennet.

Quero que consiga pra mim tudo sobre Maite Perroni Green Lancaster, filha de Mayara Perroni Lancaster e Javier Green Lancaster. Não deixe nada escapar, me passe até os mínimos detalhes.

Grato.

Alfonso S.H.H

CEO, Herrera. Empire Center Herrera’s.

Já o segundo fora mais subjetivo, e mesmo depois de dizer que não estava a fim de responder perguntas sobre o que queria com o currículo da mesma, sabia que no dia seguinte, teria que responder a um verdadeiro interrogatório da irmã mais nova.

De: Alfonso Herrera

Para: Candice Herrera

Assunto: Maite Green

Data: 24/04/2015 22:16

Boa noite, Cindy.

Consiga pra mim, por favor, o currículo de Maite que ficou na mão do meu pai. Ou melhor, a cópia dele. O mesmo sentirá falta se pegar o original e eu não estou afim de responder perguntas sobre o que quero com o currículo da mesma já que ela já está contratada. Também peço para que me conte tudo que descobrir sobre ela.

Grato.

Alfonso S.H.H

CEO, Herrera. Empire Center Herrera’s.

Guardando tudo de volta na carteira de Maite, sem antes tirar uma cópia da foto da pequena criança que encontrara na carteira da mesma, por precaução, quem sabe um dia não precisaria daquilo, ele saiu do escritório, em direção ao seu quarto, mas antes de chegar lá, pegou um uísque na sua adega e tomou duas doses seguidas, como de costume, antes de ir para o seu quarto deitar, numa tentativa que sempre falhava de dormir bem; Seus pesadelos pessoais não permitiam.

Já Maite, do outro lado de Manhattan, chegava em casa exausta, depois de um interrogatório cheio de acusação e ódio da sua mãe sobre onde ela estava trabalhando ou o que ela estava fazendo para tirar dinheiro assim do nada e pagar a primeira parcela de um tratamento que ela recusava de todas as formas a fazer. Isso, tirando o fato dela estar quase enlouquecendo por ter perdido a sua carteira. Não pelos documentos, nem pelo dinheiro, por mais que precisasse muito do mesmo, mas sim pela foto da sua menina. Da sua Maria Alice. Tendo quase total certeza de que havia ficado na sala de Alfonso, ela estava um pouco mais tranquila. Mas apenas um pouco, afinal tinha medo do que o mesmo poderia fazer se achasse aquilo e quisesse a prejudicar de alguma forma, com o que vira ali.

Tentando afastar os pensamentos ruins da mente, dentre eles, claro, Alfonso Herrera, ela tomou um banho demorado e depois de tomar apenas um café, fez sua higiene pessoal, tomou o remédio que sempre tinha que tomar se quisesse ter uma noite tranquila – sem pesadelos, sem ataques histéricos por tudo de ruim que lhe acontecera no passado e deitou na única cama da sua pequena casa – pegando no sono em seguida.