Fanfic: Breathing Your Love. | Tema: Romance, Drama, Hot. (Rebelde, RBD, TVD, entre outros).

CAPÍTULO VINTE E SETE:

T E M P E S T A D E    F O R M A D A

           O resto da semana veio mais calma para ambas, apesar de terem muito trabalho. A mãe de Maite parou de tentar o suicídio a partir do momento que passou a ser monitorada de forma mais “agressiva”, de dia a noite. Só então a morena ficou mais tranquila. Depois da noite que tivera com seu chefe, tudo voltara ao normal. Desaforos, provocações, mas nada muito sério. Petrova ficou mais contente e aliviada ao saber que Alfonso já estava atraído por Maite; sabia que seria difícil o mesmo se apaixonar, afinal, passara anos com Anna e no fim fez o que fez, mas algo lhe dizia que com Green daria certo, que aquela mulher iria fazer com que ele se apaixonasse e depois, claro, iria o destruir. Para o Herrera Iceman, estava difícil conviver com aquele traseiro remexendo para ele, descaradamente. Mas as suas rotinas estavam cheias de trabalho, então, por hora, não iria fazer Maite pagar por suas provocações.

Os primeiros meses do ano de 2015 dos Herrera foram até relativamente mais calmos do que eles poderiam imaginar, mas eles já deveriam saber que quando se trata dessa família, tempos bons e de calmaria não dura muito. Foi em uma manhã calorenta, que quase todos os Herrera – todos os irmãos, as mulheres de cada um, Marie, Ximena – prima de segundo grau e Edward – primo de primeiro grau dos irmãos – com a sua mulher Isabella Swan – estavam reunidos em uma das salas grandes de reunião dos mesmos.

— Ora, Edward, queria toda a família reunida aqui, por um milagre conseguiu, agora fala logo que temos que trabalhar. — Alfonso disse sério como sempre e viu quando o mesmo suspirou.

— Bom, eu não se ao certo como começar a falar isso porque realmente será um baque para todos nós e eu não sei se foi uma boa ideia chamar a Marie aqui, mas...

— Ed, está me deixando nervosa, diga logo por favor. — Marie disse com o coração apertado. Todos estavam apreensivos quando ele começou a falar, as mãos do mesmo tremiam e todos notaram aquilo. Ele era o único em pé em volta da enorme mesa retangular da sala e Bella, como sua mulher era chamada por todos, se levantou dando a mão a ele, passando-o força. Eram muito unidos.

— Fazendo uns exames de rotina do meu tio Alonso, para ver como ele realmente estava depois do acidente, descobri que... As coisas estão mais sérias do que esperávamos e não se trata do acidente e sim de... De uma doença. — Todos arregalaram os olhos e Marie pôs a mão no coração, Alejandro deu a mão a ela, tentando lhe passar a força que ele nem sabia que teria depois de ouvir o resto.

— De que doença, exatamente, estamos falando, Edward? — Anahí perguntou, séria. Ela era a cópia de Alfonso em forma de mulher. Forte, fria, impiedosa e claro, apaixonada pela família.

— Estamos falando de... — Ele fraquejou e naquela altura do campeonato, Candice já chorava. Christopher abraçou-a de lado beijando a sua testa e sussurrando um “calma” do seu ouvido mesmo antes de ouvir o resto.

— Câncer. — Isabella disse por fim, ela tinha a mesma personalidade de Anahí, por isso as duas não se batiam muito. Mas apesar de se demonstrar fria, seu coração também fraquejava. O choro de Candice aumentou no ombro do irmão que apertou os olhos abraçando-a. Marie já chorava abraçada a Alejandro. Dianne deu a mão a Christian que estava paralisado. Ximena estava de olhos arregalados, sem acreditar. Anahí mirou o marido que apesar de estar sério tinha os olhos marejados e pôs uma mão na perna dele, apertando-a em forma de conforto. Alfonso se manteve sério na mesma posição que iniciara a reunião: Os braços cruzados no peito, observando a todos e atento das palavras.

— Tem cura? — Foi a única coisa que ele perguntou, o tom rígido. Todos olharam Edward e quando o mesmo derrubou as lágrimas que segurava, Christian não aguentou e começou a chorar também, silenciosamente, com Dianne lhe abraçando com força.

— Câncer no cérebro é ainda pior que os outros pelo seu crescimento acelerado das células que se espalham por todas as regiões do corpo. Se ele for descoberto no início, ainda temos uma pequena chance de retirá-lo, mas... Eu realmente sinto muito e eu estou dizendo tudo isso friamente porque não tem outra forma de dizer sem desabar e eu não quero isso... — Bella falou, os olhos castanhos marejados. — O dele já está em fase terminal.

— Não! Não, não, não.... — Candice falou chorando, seu rosto já estava vermelho, Christopher chorava também.

— Cindy, por Deus, calma... — O irmão falava.

— CALMA? É O NOSSO PAI, CHRISTOPHER. — Ela levantou de uma vez, afastando a cadeira com rapidez e batendo na mesa, não queria aceitar, não iria aceitar.

— Candice... — Anahí tentou.

— O MEU PAI VAI MORRER! OH MEU DEUS! MEU DEUS! — Ela se afastou deles, andando de um lado para o outro na sala. Os soluços eram sofridos, Anahí abaixou a cabeça sem querer demonstrar que seus olhos também estavam marejados. — Ed, Ed, eu estou implorando, pelo amor de Deus, encontre uma cura, salve-o. Nós temos dinheiro, vamos até o inferno se preciso, mas temos que conseguir uma cura! — Ela implorou em frente ao primo.

— Cindy... Estamos falando de milhares de anos de tentativa de progressos, de busca de curas... Não há. Eu faria de tudo, eu juro que faria. Somos os Herrera! Todos nós faríamos algo, todos iriamos até o inferno para buscar a cura, para salvá-lo, mas não existe... — Ele limpou as lágrimas. — Céus, venha cá! — E dizendo isso puxou a prima para si, abraçando-a com cuidado e chorando ainda mais ao sentir as lágrimas dela no seu pescoço e ouvir os seus soluços sofridos, junto a suas fungadas.

Não tinha nada mais a ser dito. Eles já haviam entendido e o sofrimento tomou toda a sala. Alfonso levantou, era o único que não chorava. Inacreditável, todos pensavam. Até Ximena, que era frívola, se comoveu.

— Era só isso? — Alfonso indagou e todos o miraram atônitos. Candice quis xingá-lo e ela não era a única.

— SÓ ISSO, ALFONSO? O NOSSO PAI VAI MORRER, PORR/A! — Candice não xingava, não sem motivos, mas ela estava desolada, de coração partido. O que veio depois, calou a todos, não os choros, claro, mas os deixaram sem palavras, apenas vendo ele sair da sala em seguida.

— Exatamente, Candice. Essa é a única certeza que nós temos: Ele vai morrer. Independentemente do que façamos, do que dissermos; chorar não vai mudar isso. Jamais mudou, por que mudaria agora? Por que somos os Herrera? — Ele pausou. — Sermos quem somos não muda tudo. Não a morte. E um dia ela chega pra todo mundo, só nos resta aceitar.

E saiu. Mesmo sabendo que havia pegado pesado, que havia dito aquilo, mesmo quando ele era o primeiro a não aceitar aquilo, mas ele era Alfonso Herrera. Não demonstrava sentimentos, não se abalava com nada. E se iludindo consigo mesmo, ele achava que ia vivendo.

Porém agora era impossível negar: A tempestade já estava formada.

Olá, meninas! Vou postar mais um hoje com uma cena meio fofa de Herroni.

E é, os tempos de calmaria estão indo embora. Logo, logo, o primeiro ataque definitivo de Alfonso será revelado pra vocês e creio que algumas vão gostar, mas lembrem, é apenas um jogo... Pelo menos no começo.