Fanfic: Breathing Your Love. | Tema: Romance, Drama, Hot. (Rebelde, RBD, TVD, entre outros).

CAPÍTULO TRINTA E QUATRO:

A P E N A S   U M   J O G O

          — ESSE AQUI É O TAL ARROGANTE HERRERA? — Leighton literalmente gritou com o celular na mão e Maite pulou com o susto, rindo em seguida.

— Ai, sua maluca, que susto! — Leighton soltou um risinho. Já eram uma da manhã e as duas, apesar de cansadas, conversavam feito loucas desde a hora que Leigh entrou, tomou um banho e comeu. Assuntos eram o que não faltava entre as duas e agora, estava na parte mais... quente, digamos assim. — E sim, é ele!

— Meu Deus, Maite! Você tá reclamando de barriga cheia, mulher! Mesmo esse cara sendo o maior arrogante do mundo, se eu fosse pra cama... Ou melhor, pra o seu escritório, sua limusine ou pra um restaurante, se é que você me entende, com ele... Seria a mulher mais feliz do mundo! Que cara gato. — Maite revirou os olhos. — Não, espera aí, gato é pouco. Ele é... Maravilhoso!

— Ah, Leigh, não é pra tanto... Para de ficar elogiando esse... Metido, arrogante e... Aqui é ele também? — Ela perguntou e a mesma sorriu, assentindo. — E lindo! Arg, esse cara me irrita. — Ela falou fechando a página que Leigh abrira no seu navegador pelo celular para pesquisar sobre o Herrera.

— Por que fez isso? Eu tenho que ver mais fotos desse homem, dessa família com essa genética maravilhosa, vem aqui, vamos conversar sobre estes homens...

— Casado. Noivo. Solteiro e cafajeste. E o Alfonso.

— Pode ser o Alfonso mesmo. — Ela falou e Maite a olhou rapidamente, os olhos arregalados.

— Ah, é... Boa sorte! — Disse tentando esconder o seu incomodo ao ouvir aquilo e Leighton gargalhou. Tão alto que Maite corou violentamente.

— Eu só estou brincando, priminha! Mas você precisava ver a sua cara, eu não vou roubar seu garanhão não, mas se um Herrera estiver na minha, vou com tudo. E olha, vou te dar um conselho e espero que pense sobre isso... Eu sei que ainda não está apaixonada por ele por causa desse jogo todo que eu acho muito massa e excitante, mas que querendo ou não é perigoso pois até eu estou confusa sobre em quem deve confiar depois de tudo que me contou, se é nessa velha misteriosa ou no gostosão ricaço arrogante, porém, de coração May, eu decido que faça uma escolha. Sei que está confusa e sei que apesar de dizer que odeia esse Herrera, uma parte pequena desse seu coração aí nutre algo por ele. Você ainda não sabe e não vai assumir, mas eu sou sua prima, eu te conheço. Só... Se decida. Ou você será a Maite filha da puta que ajuda a velha a destruí-lo. Ou será a Maite que se envolve emocionalmente com ele e a sua família. Em ambos os casos, o sexo está incluso, porque de longe nota-se a química que vocês dois tem. Mas o afeto... Esse aí, só está incluso em um, Tita. E você sabe muito bem em qual...

— Você só tem dezoito anos mesmo? Não, sério. É só dezoito? — Leigh riu.

— Tenho uma mente genial, né? Eu sei. — Piscou jogando os cabelos para o lado, teatralmente. Maite revirou os olhos e então lembrou de Alfonso e que se ele estivesse ali, com certeza teria alguma punição para aquele ato, então sorriu sem perceber e negou com a cabeça.

— Eu sei disso, Lê... É que, bom, eu preciso do dinheiro da Petrova, ela que está pagando o tratamento da minha mãe e... — Leigh revirou os olhos. — Eu sei que ela é um monstro, Leigh, mas ela é a minha mãe! A minha única família tirando você, o Noah e a... a minha menininha. — A mais nova suavizou a expressão e esperou Maite continuar. — Eu só entrei nessa pelo dinheiro.

— E se você realmente fizesse o Alfonso se apaixonar por você de verdade? Não bancando a interesseira, mas... Se vocês se apaixonassem, não teria dinheiro? Por Deus, Maite, ele é o magnata do país. O mais importante. Se vocês realmente se amassem... Ele te ajudaria.

E pela primeira vez, Maite se calou e pensou naquela possibilidade. Uma vida ao lado do Herrera. Do insuportável, arrogante, lindo e estranhamente triste Herrera... Certamente não daria certo. Eles eram opostos. Ele a odiava. Ela o odiava. Assim que tinha que ser. Mas por quê? Por que uma desconhecido havia imposto isso a eles? E se ela tentasse... Daria certo?! Mas como se livraria de Petrova? E se contasse a Alfonso? Oh, ai sim, o ódio só aumentaria... Mas e se... Maite suspirou. Se, se, se. Não era nada certo, ela não poderia arriscar. Então de mais uns poucos minutinhos conversando, elas foram deitar. Maite dormiu no sofá e cedeu a cama que geralmente era ocupada para sua mãe a Leigh. O dia seria cheio e ela só teria poucas horas de sono, já era de madrugada, só rezava para não chegar atrasada.

Mas parecia que o universo estava conspirando contra ela e com certeza, seria demitida. Quando o táxi parou em frente a empresa, ela saiu do mesmo correndo, dez minutos atrasadas. Não três, não cinco, não seis. Dez. Chamou o elevador, o mesmo estava no último andar, demoraria muito. Raios! Olhou a porta da escada... Vinte e dois andares, só poderia ser brincadeira. Então, ela correu em direção a escada e subiu, subiu e subiu, parando já ofegante em uma andar que ela não soube dizer qual era, olhou o elevador, ele descia, era a sua chance, então foi até lá e apertou o botão. Esperando agoniada, o mesmo chegou e ela entrou. Lá estavam Alejandro e Christian, ela os mirou sem graça e entrou.

— Ér... Bom dia. — Disse meio ofegante.

— Bom dia! — Responderam juntos e ela se encostou na lateral do mesmo, nervosa.

— Atrasada?! — Christian indagou com um quase sorriso no rosto.

— É, dez minutos, agora já deve ser quatorze, pra o meu querido chefinho são dez horas, vou ser demitida, ai meu Deus! — Eles riram de leve.

— O papai não vai deixar. Fique tranquila. — O moreno respondeu. Então o silêncio que se fez depois daquilo foi tenso. Maite suspirou e olhou os irmãos cabisbaixos.

— Olha... Vai doer, mas o tempo é o senhor de tudo. Ele não vai trazer a cura desse sofrimento, não vai fazer a dor sumir. Mas ele diminui, ele faz com que a ideia de viver sem quem você ama ao seu lado seja aceitável. Vocês irão entender que infelizmente esse dia chegaria e que só nos resta aceitar e aproveitar. Aceitar porque nada vai mudar, por mais que na maioria das vezes queiramos mudar tudo. E aproveitar porque vocês estão tendo a chance de um aviso prévio. De repente seria impactante, mais doloroso. — Ela respirou fundo, décimo nono andar. Eles a olhavam atentos. — E vocês não estão sozinhos nessa, tem um ao outro e mais, tem as próprias família de vocês. Terão de ser fortes, por vocês, por suas família e por ele. — Ela riu fraco.

— Por quem é forte todos os dias, Maite? — Alejandro perguntou, direto. E ela o mirou com o cenho levemente franzido. — Dá pra ver a dor nos seu olhar, por mais poderosa e desaforada que pareça ser, seu olhar não esconde, bela moça. — Falou respeitosamente. Christian assentiu e ela pareceu pensar por alguns segundos. Vigésimo primeiro.

— Eu acho que... Eu... — Então ela sorriu, antes que chorasse ali mesmo. — Sou forte pela esperança, rapazes. Pela esperança de que um dia tudo dê certo. — Vigésimo segundo. O elevador apitou, a porta se abriu. Eles deram de cara com Alfonso de costas para os mesmos e Christopher de frente para o mesmo, ele falava algo, eles ouviram.

— [...] é apenas um jogo, Christopher. Já te disse mil vezes que jamais me apaixonaria por uma pessoa como ela... Por Deus! Green é uma mulher corajosa, bela, mas que foi feita apenas pra diversão. Para sexo, jogos. No momento eu jogo com ela, brinco com ela também... Ninguém sabe o dia de amanhã. Possa ser que eu canse, sei lá...

Alejandro e Christian negaram com a cabeça, Maite paralisou ali mesmo. Doera ouvir aquilo, ah sim... Fora como uma facada. Ela pôs a mão na porta que já ia se fechar. Algo no olhar arregalado do seu irmão mais novo fez Alfonso olhar pra trás, mirando os olhos magoados de Maite. Algo em sua expressão mudou por alguns segundos. Então toda a esperança que Maite tinha de tentar algo, por menos que fosse com Alfonso, além do jogo, não daria certo.

O destino não estava a favor deles. Era em vão lutar.

Esses dois =/ tantos conflitos, em?! Sou má às vezes, desculpem kkk.

Até amanhã.

Beijos <3