Fanfic: Breathing Your Love. | Tema: Romance, Drama, Hot. (Rebelde, RBD, TVD, entre outros).

CAPÍTULO TRINTA E CINCO:

P E R T O   D E M A I S    

          — Expondo a nossa intimidade assim, Herrera? — Ela falou se fingindo de inabalável, sua sobrancelha estava levemente erguida, havia um sorriso amargo em seus lábios.

— Não está em posição de gracinhas, Green.

— Ah não?! Estou em posição de que então? De sexo não é, de jogo também não. Trabalho não está incluso na sua listinha do “para o que a Green serve”. Então me diga, Herrera, em que posição estou agora? — Indagou. Estava irritada.

— Está na posição de minha secretária. Minha secretária atrasada, por sinal.

— Então adiante o meu lado, o nosso. Se for me demitir, adiante, não tenho tempo a perder. — Enfrentou. Alfonso apertou os olhos na sua direção.

— Vá para a sala. Agora. — Ordenou e ela riu debochada.

Maite virou-se para Christian e Alejandro os cumprimentando com um aceno básico com a cabeça que eles prontamente retribuíram e então saiu do elevador, lançando um sorriso doce a Christopher, fechando a cara para Alfonso e desfilando até a sala. Parou na porta, esperando seu querido chefe para abri-la e quando o mesmo parou ao seu lado, ela continuou olhando para frente, ignorando-o. Ele abriu a mesma e os dois entraram, ela seguiu rapidamente para a sua mesa.

— Está toda irritadinha porque eu não estou apaixonado e nem nunca vou me apaixonar por você, é querida Green?

— Não seja ridículo, Herrera. Sua paixão é o que eu menos quero, acredite. De você eu não espero mais nada de bom. — Afirmou rígida sem mira-lo e ele riu.

— Então qual o motivo do estresse? Eu que devia estar estressado aqui.

— O motivo do estresse, Herrera, é você me ofender daquela maneira, me tratar como uma bonequinha manipulável de luxo que está a sua disposição para sexo e jogos ridículos! Eu não sou a sua vadia, porr/a. Não me trate como elas. — Ela virou-se bruscamente para ele, falando com raiva, seus cabelos chicotearam no ar pelo movimento brusco e ele a observou, sério.

— Nunca te chamei de vadi/a.

— Não precisa, aquilo ali já disse tudo. Mas sabe... — Ela se aproximou em alguns passos, ficando cara a cara com ele. — Eu não estou nem aí. Não estou nem aí pra nada que venha de você, porque pra mim você é exatamente isso: Um nada. — Citou, fria, os narizes quase se encostando. Ele respirou fundo, irritado.

— Não me provoque, Maite. — Falou com a voz rígida. Ela riu debochada.

— Ou você vai fazer o que? Contar ao mundo que me comeu mais de uma vez agora? Eu não estou nem aí.

— Menina insolente, sabe que eu estou no topo, por que insiste em me enfrentar?! — Ele indagou, Maite estava tão perto. Perto demais. Céus!

— É que eu adoro quando grita o meu nome todo irritadinho, me excita... — Ela sussurrou no pé do ouvido dele e sorriu ao sentir todo o seu corpo se arrepiar. Então ela aproximou os lábios dos dele, provocando. E em seguida se afastou. — E agora, é importante que saiba: Nunca mais tocará em mim.

Afirmou e Alfonso, pela primeira vez, não soube o que dizer. Um a zero pra Maite, que desfilou até a mesa, rebolando. Ele apertou os punhos e decidiu não dizer nada, a sua vingança seria melhor, ah sim! Seria. Era só deixar o tempo agir por si só. “Nunca mais tocará em mim” Além de insolente era tola. Por Deus! O que ele não sabia era que Maite era o orgulho em forma de gente e por dois longos meses, o que ela falou aconteceu. Ele não tocou nela e pu/ta que pariu, ele estava entrando em desespero. A maldita o provocara todos os dias, roupas apertadas, definindo seu belo corpo. Como ele queria arrancar todas aquelas peças, puxar aquele cabelo, que agora, estavam com as pontas tingidas de loiro e completamente liso, sem mais ondulações por hora. A filha da mãe estava conseguindo o enlouquecer, mas Alfonso era esperto, armara todo o seu jogo sem que ela percebesse.

Os encontros “casuais” na rua eram motivos de flashes. Os dois saindo juntos de restaurantes e outros locais privados, depois de reuniões, também eram motivos de flashes. Flashes esses, que eram ótimos para Alfonso: Divulgava Maite e ele. A sua futura noiva! Seria mais fácil todos acreditarem no futuro noivado planejado por Alfonso, tendo registros de que havia realmente um relacionamento ali. Capas de jornais e revistas, notícias mais acessadas em sites, Maite viu tudo isso, mas ignorou. Jamais associaria as coisas, mal sabia ela o que estava por vir...

Esses dois meses foram difíceis para Maite. Sua mãe saiu do hospital depois de duas cirurgias problemáticas e claro, armou uma enorme confusão pela presença de Leighton na sua casa, a menina tivera que sair de lá, ou então, o estado de Mayara só pioraria já que ela tinha que ficar em repouso absoluto, sem estresses. Maite alugou um apartamento para Leigh com o dinheiro que ganhara e a menina estava gostando de morar sozinha; a mesma conseguira um emprego em uma lanchonete perto do local que Maite trabalhava, assim como o seu apartamento, as duas se viam com frequência, todos os dias, com exceções a finais de semana. E agora, Leighton finalmente conseguira uma bolsa em uma das universidades mais requisitadas de Manhattan, estava feliz. Fizera uma prova difícil, concorrera com diversos alunos e esses dois meses de estudo e muita dedicação foram o suficiente para ela passar. Mal sabia ela o que o destino a reservava ali. As aulas já iam começar, entraria atrasada, mas as aulas extras compensaria todo o tempo perdido, ela estava ansiosa.

Para os Herrera, foram meses de aceitação da doença terminal de Alonso. O sofrimento era inevitável, mas eles superariam aquilo juntos. Candice, era a que mais estava abalada, ou pelo menos a que mais aparentava estar. Hora ou outra os irmãos a viam chorando e a consolavam, mas aquilo não era o suficiente: Ela queria o seu pai para sempre ao seu lado. Mesmo sabendo que aquilo não aconteceria. O silêncio de Marie ainda assustava a todos, ela não chorara mais desde o dia da reunião em família, não brigara, não gritara, nada. Nesses meses eles participaram de duas comemorações, o aniversário de Anahí, em Maio, e o do seu marido, que por coincidência também fora em Maio. A comemoração não foi como as outras, o ânimo faltava mesmo quando eles faziam de tudo para ser diferente. O luto viera com antecedência, aquilo sim matava Alonso.

Mas já estava na hora do destino agir a favor deles... Por mais cruel e imprevisível que fosse às vezes, ele também trazia coisas boas. Novas esperanças. Maite era uma delas para aquela família, apesar de ninguém ainda ter percebido aquilo.