Fanfic: Breathing Your Love. | Tema: Romance, Drama, Hot. (Rebelde, RBD, TVD, entre outros).

CAPÍTULO TRINTA E NOVE:

S E U   M A I S   N O V O   L A R

          Alfonso foi o primeiro a sair do elevador, tirando logo os seus sapatos e as meias, e só então a atenção de Maite foi desviada para fora do mesmo e de olhos levemente arregalados ela observou a “casa” de Alfonso. Sim, o elevador já parava dentro da casa dele e só subiam ali os que tinham a senha, poucas pessoas, Maite imaginou. Quando o elevador se fechou, ela viu uma antessala que tinha as paredes revestidas em uma madeira mogno, uma mesa e um belo arranjo de flores que dava para uma sala enorme revestida em uma parede de vidro que lhes mostrava uma visão ampla de uma Nova Iorque iluminada. Ela viu também uma escada circular que dava acesso a uma área ainda mais alta do loca. Ela olhava tudo encantada, era tão luxuoso e maravilhosamente bonito que dava gosto de ver.

— Siga-me. — Ele ordenou e assim ela o fez, caminhando por um corredor largo que tinha algumas portas trancadas. Ele parou em frente a última do corredor e Maite viu que além de todo aquele espaço, havia mais uma entrada que ela não pode ver onde ia dar, pois seguiu Alfonso e franziu o cenho ao entrar com ele em um quarto. Era bonito, pequeno e simples. Havia uma cama de casal muito bem arrumada no centro, um criado mudo ao lado da mesma, branco e preto, como tudo ali ao redor. — O que achou desse quarto, querida? — Indagou e ela ficava mais confusa a cada segundo que se passava.

— É belo. Simples e belo. — Respondeu neutra e ele sorriu falsamente, guiando-a até o closet do local. Ela entrou e o seu queixo caiu levemente diante do que viu. Era enorme, maior até que o quarto em si, que ela imaginou ser o menor cômodo da casa. Lá estavam todos os tipos de roupa que ela podia imaginar. Vestidos sociais, de marca, luxuosos e das mais diversas cores, em sua maioria escuras e neutras, era o que ela mais via ali. Tudo muito organizado e realmente lindos. Haviam sapatos também de marcas, de vários modelos, roupas intimas, blusas, casacos, calças, camisolas, tudo... Ela olhou tudo e em seguida virou-se para ele. — Certo, isso já foi longe demais. O que está armando, Alfonso? Por que me trouxe aqui, por que está me mostrando essas coisas? — Ele riu, despreocupado, estava encostado na lateral da porta do closet, os braços cruzados sobre o peitoral, que estava coberto apenas por uma camisa social, enquanto a observava. Então descruzou os braços e deu alguns passos em sua direção, com um olhar penetrante em direção a Maite, que não recuou.

— Porque aqui, meu bem, será o seu mais novo lar. — Nos primeiros segundos ela apenas o encarou, neutra, então em seguida começou a gargalhar gostosamente. Ele, já começando a ficar irritado, franziu o cenho.

— Ah, Alfonso, às vezes você se supera na graça, sério! Agora me diga o real motivo que o fez me trazer aqui.

— Oh, querida Maite! Não acredita em mim? Pois olhe bem pra minha cara e veja se eu estou brincando. — Ele ficou perigosamente bem próximo a ela, que naquela vez recuou. Os olhos dele transbordavam ódio. — Você irá se casar comigo. — Falou, lentamente. O sorriso dela foi se fechando aos poucos ao ver que, para o seu azar, ele não estava brincando. — Assinará um contrato e será minha esposa! — Ela forçou um sorriso, se afastando.

— Não, não, não! Está maluco, só pode. — Concluiu.

— Não querida, eu não estou ficando maluco.

— Alfonso, pare com isso. Pare agora. — Ela estava começando a sentir medo. Só a probabilidade de casar com aquele homem a apavorava, imagina na prática.

— Vamos ligar os pontos, certo? Veja se eu não sou um ótimo jogador e esperei o momento certo pra te atacar. — Ela engoliu a seco, esperando. — Todos esses meses... Pensou que eu havia esquecido do nosso joguinho, meu bem? Que eu havia esquecido que destruir você estava no primeiro lugar da minha lista de desejos? Pensou que uns sexos com você me fariam desistir de vencer esse jogo, querida? Pensou que eu estava me apaixonando e por isso tran/sei com você? Falei a você do meu pai, deixei que me desse aquele abraço, ouvi seus conselhos e mais, deixei com que se misturasse com a minha família naquela empresa por que eu estava me apaixonando e por isso deixei o jogo de lado? — Ele riu amargo. — Eu sou Alfonso Herrera, Maite. Eu não me apaixono, jamais nutriria sentimentos por você, por ninguém. E quando se trata de você é ainda pior. Porque se declarou a minha inimiga. — Ele cuspiu as palavras e ela nem sabia o que dizer, sua garganta doía cada vez mais a medida que ela engolia o choro. — Mas com essa doença do meu pai, uma ideia genial passou pela minha cabeça. O maior sonho dele é me ver casar e, misteriosamente, ele adora você! — Disse, irônico. — Ele irá morrer, Maite. Quero que morra ao menos com o seu sonho realizado.

— Eu não vou me casar com você. — Afirmou, seca. — A causa é nobre, mas a ideia é suja.

— Você não tem opção, Green. — O ódio emanava no local. Ele deu um passo para frente, ela recuou, mas então sua panturrilha bateu no recamier do closet e se desequilibrou, ele puxou-a pela cintura, mas depois de se equilibrar ela se afastou prontamente, empurrando-o enojada.

— Você não vai me obrigar a casar com você, Alfonso! — Ela aumentou o tom de voz, possessa.

— Claro que não obrigarei, meu bem. Você terá que escolher, vou ser bonzinho e te dar duas opções. — Naquele momento, ela o odiava tanto que só queria avançar em seu pescoço e arranca-lo. Maite esperou. — Ou você se casa comigo assinando o contrato e claro, aceitando tudo que eu lhe impor no mesmo, ou... — Ele fez uma pausa dramática. O mesmo desabotoava a camisa despreocupado. — Ou, misteriosamente, o hospital que a sua mãe está se tratando fechará e todos os outros que estão ao seu alcance, não abrirá as portas pra vocês. Ou seja... Ela morrerá.

Maite recuou dois passos atordoada. Ela ficou pálida, seu coração acelerou, ela sentiu como se estivesse recebido uma faca em cheio bem no seu estômago, seus olhos se encheram de lágrimas e elas caíram. Ele riu. Ela o mirou com nojo, ódio. Parecia que só agora, o jogo estava começando. Então ela percebeu que entrara no inferno desde o dia que conhecera Alfonso Herrera.