Fanfic: Breathing Your Love. | Tema: Romance, Drama, Hot. (Rebelde, RBD, TVD, entre outros).

CAPÍTULO QUARENTA E OITO:

 F E I T O S   U M   P A R A   O   O U T R O.

         Depois de um tempo se recuperando, sem se afastar de Leighton, Chuck riu sem vontade alguma e a morena franziu o cenho.

— És um anjo ou um demônio, menina inconsequente?

— Do que está falando, Bass? — Indagou. — Está delirando?

— Um dia me atira na piscina. No outro me salva dela... Precisa se decidir, querida... — Ele falou com a voz grosso e então abaixou a cabeça. Tentou debochar, mas parecia triste demais pra isso.

— O que aconteceu? — Ela indagou, baixando a guarda por um momento.

— Acho que me afoguei, mas estou em dúvida, será que estou ficando maluco? — Debochou e ela revirou os olhos.

— Não estou falando disso, imbecil. Eu perguntei o porquê de... De você não está sendo você agora.

— De eu não estar sendo eu? — Indagou com a sobrancelha levemente erguida e um sorriso de canto no rosto.

— É. Um idiota, babaca, arrogante, mauricinho nojento, irritante e tals.

Chuck riu pelo nariz. — Você também não me parece tão mal assim no momento e bom... Está realmente muito gostosa assim, encharcada, com essa roupinha colada no corpo.

— Nossa, como você é idiota! Agora que já o salvei, vou sair daqui antes que me arrependa de ter feito isso. — Ela falou enquanto levantava tentando esconder o rubor na pele e ele riu, segurando-a pela mão.

— Fique. — Foi um pedido simples. Uma única palavra, mas que com aquela voz grossa, rouca, fez todo o corpo de Leighton se arrepiar.

— Fi-ficar, pra que? — Indagou.

— Nem eu sei, mas quero que fique. Só tem nós dois aqui, ninguém vai ver e ninguém precisa ficar sabendo que estamos juntos.

É, aquele dia seria longo.                                                                                                                            

[...]

        A manhã de domingo chegou ensolarada. Ninguém, definitivamente, entendia o clima de Manhattan, porém sabiam que quando os climas começavam a variar naquela proporção, o outono estava chegando. As árvores do Central Park já ganhavam mais cores, mais vida. As folhas já começavam a cair. Era uma bela estação, e Maite adorava ela. Outono e inverno eram as suas estações preferidas. E era justamente aquela bela paisagem que ela observava passando rapidamente pelos seus olhos enquanto ia com Alfonso Herrera, em sua Ferrari. Ele liberara seu motorista naquele dia e pegara um dos seus carros para levar Maite até a mansão da sua família. No caminho, eles não disseram nada. Talvez, nada mais precisava ser dito. Eles iriam fazer o que juntos, faziam de melhor – que no caso, não era sexo – iriam fingir. Maite estava perdida em seus pensamentos, até que a Ferrari parou e ela observou o lugar ao seu redor. Na frente deles, havia um muro imenso, imponente, era branco. Uma grade preta enorme e bonita, com o nome “Herrera” feito de metal em cima, que chegava a brilhar, era a entrada do local. Quando o portão foi liberado e os portões correram para os lados se abrindo, ela olhou maravilhada e abismada com todo aquele local. Quando Alonso falara “casa” naquele dia que a convidou, ele estava sendo, realmente, muito modesto. A propriedade dos Herrera era imensa!

Seu olhar foi logo desviado para a parte lateral do caminho que eles trilhavam, havia um jardim enorme, completamente florido, com uma área de lazer, com até um parquinho, cheio de brinquedos e árvores, o que deixava o lugar fresco e prazeroso. Enquanto Alfonso dava a volta na fonte de água luminosa, cercada por uma gigante estrada de pedras, que era a passagem de carros, ela viu que do outro lado, o jardim também se fazia presente, e então ela viu que aquela paisagem continuava também no fundo da mansão. A Ferrari parou, a porta da mansão feita em madeira mogno que chegava a brilhar se abriu e em seguida, a porta do carro fez o mesmo, eram os mordomos. Um deles ofereceu-lhe a mão para ela descer e depois de passar um olhar para Alfonso respirando fundo, ela pegou a mesma, descendo do carro. Ela olhou a mansão por um instante, parada em frente a escadaria que dava acesso a mesma e era feita de mármore branco. A mansão devia ter, no mínimo, uns três andares. A mesma tinha um estilo colonial em tons claros, clássicos e muito bonitos de se ver. Ela viu refletores posicionados em frente a mesma, que no momento estavam desligados, mas que ela imaginou que de noite, deixavam o ambiente ainda mais belo com suas cores. Então aquela era a Torre Branca... Maite concluíra, lembrando da pesquisa que havia feito com Noah.

Ela não teve muito tempo para observar, pois Marie e Alonso já os esperavam no topo da escada, os sorrisos iluminavam todo o local e Maite sorriu de lado, gostava deles. Então sentiu a mão de Alfonso segurar sua cintura e em um beijo terno – para os que observavam – em seu cabelo, ele sussurrou: “Haja naturalmente”. E ela tentaria. Os próximos minutos foram apenas de uma recepção calorosa e ao entrarem na mansão, Maite conseguiu ficar ainda mais encantada. A família Herrera os esperavam na sala da frente e só deu tempo dela reparar na escadaria enorme que bifurcava na metade, levando aos dois lados da mansão, também em mármore branco, sutil. E pelos olhares que vos lançavam, ela viu também que todos ali, além de Marie, Alonso e claro, as crianças, sabiam que aquilo dali era uma farsa. Christian estava parado no pé da escada, mirando-a com um sorriso terno no rosto, sua mão estava pousada na cintura de uma mulher que ela jurou ter visto, embora não se lembrasse ao certo, onde. Era bela, como todos ali. Branca, com cabelos castanhos, de olhos azuis e algumas sardinhas na bochecha que as deixavam fofa. Ela olhava Maite com uma certa curiosidade e parecia muito à vontade com o toque gentil do noivo. Ao lado deles, estava Alejandro de mãos dadas com Anahí, ela sorriu para os dois que sorriram de volta, não tinham nada contra Maite e o mais velho, por sua vez, nutria um carinho diferente pela mesma, como se ela fosse sua irmã.

De relance, ela viu um Christopher chegar na sala, despreocupado, com os cabelos molhados e uma toalha branca apoiada nos ombros, ele usava uma sunga azul e ela não deixou de reparar que Alfonso não era o único homem muito... Gostoso, ali não. Atrás dele, Blair e Matthew apareceram sorrindo e fazendo barulho. Só em ouvir a voz deles, Maite sorriu. Odiava o fato de adorar toda aquela família – com exceção a Alfonso e Ximena, claro – e por trás, está jogando contra o própria parente deles... Blair usava um maiô bonitinho rosinha claro, dos Backyardigans. Os cabelos lisinhos com cachinhos nas pontas estavam molhados e nos pés, ela usava uma sandalinha com um elástico no fundo, também do desenho animado que a menina adorava. Já Matthew, usava também uma sunga, era verde, do Ben10 e ele estava descalço. A felicidade dos dois era notável de longe e Anahí viu quando os olhos de Blair brilharam ao ver Maite.

— TITIIIII! — Ela gritou e Marie se sobressaltou, a cena arrancou risos de alguns dos Herrera que observavam a cena, quando viram Blair se jogar nos braços de Maite, espevitada e a mesma recebe-la com carinho. Quando a mesma ergueu o tronco pelo impacto se desequilibrou levemente e Alfonso logo a segurou pela cintura. Automaticamente, ela virou-se para olha-lo, sentindo Blair abraçar o seu pescoço e assim que os olhares se encontraram eles ouviram um barulho de foto e em seguida, um flash invadiu a vista dos mesmos. Alfonso negou com a cabeça e confusa, Maite olhou pra frente retribuindo o abraço de Blair e beijando os cabelinhos da mesma, mesmo molhados.

— Nossa, gente, desculpa, peguei essa câmera antiga do papai e pelo jeito ela tá ótima. — Candice falou descendo as escadas animada, eles estranharam, há tempos não haviam assim. — Olha que foto linda! Meu Deus, eu sou demais! Até pra fotógrafa eu sirvo. — Comentou marota e Maite viu que a câmera era daquelas que tiravam a foto e revelavam na mesma hora, não chegou a ver a foto, pois a voz de Anahí lhe tirou a atenção.

— Blair, tem que abraçar a titia mais devagar, meu amor, senão machuca. — A menina ouviu a voz da mãe e se afastou um pouco mirando Maite, que riu de leve ao sentir o toque da mão da menina na sua bochecha.

— Eu chuquei voxê, titi? — Perguntou fofinha e Maite negou.

— Não, meu amor, está tudo bem.

Disse meiga e ouviu alguém bufar em protesto. Ao olhar para o lado viu Ximena, apenas com a parte de cima do biquíni e uma canga branca amarrada na cintura. A morena apertou os olhos ao ver aquele projeto de va/dia abraçar Alfonso esfregando os seios nele, que retribuiu o abraço meio sem graça, mas sério. Então ao se afastar, Ximena lançou um olhar maléfico a Maite, rindo debochada e a mesma ergueu a sobrancelha na direção da mesma, enquanto Matthew se aproximava dela, sorrindo bonitinho. Se Ximena queria brincar, ótimo, o dia seria longo e Maite não via a hora das provocações começarem. Então desviou o olhar da mesma e se abaixou na frente de Matthew, cumprimentando o mesmo com um beijo na testa. De relance viu que Blair puxava a bermuda de Alfonso, buscando a atenção do tio, que riu disfarçadamente e olhou pra baixo.

— O que quer, pequena pestinha? — Ele falou descontraído.

— Colo, titio. Da colo a eu. — Pediu fofa e ele revirou os olhos, sendo incapaz de negar, Alejandro riu observando. Assim como Alonso, ao ver o filho pegar Blair no colo e abraça-la do jeito dele e Maite olha-lo encantada, Alfonso não notou aquele olhar, porém o seu pai notava tudo. Inclusive, o fato deles serem feitos um para o outro.