Fanfic: Encanto - Mine-DyC --Finalizada | Tema: Vondy
A correria nos bastidores era assustadora. Para cima e para baixo, havia gente carregando coisas, falando por pontos de microfones e rádios, perguntando, precisando... Dulce olhava ao redor perdida, sem saber o que fazer. Era, suspostamente, a assistente da banda, porém parecia muito mais uma estátua que enfeitava os corredores. Talvez as pessoas não pensassem em colocar a "namorada do pablo " para trabalhar. Já havia se passado vários dias depois da foto do restaurante e a história se espalhara como uma doença contagiosa. E despistar todos os fotógrafos para chegar na casa de Christopher sem ser vista estava cada vez mais difícil.
Distraída demais, não percebeu que a porta atrás se abrira. Apenas sentiu alguém puxando-a para dentro de uma sala. Abriu a boca para gritar, mas uma mão abafou sua voz. Quando pensou em se debater, ouviu uma voz doce ao seu ouvido dizendo para se acalmar. Seu corpo entendeu a ordem, mas seu coração disparou. Não ficava próxima dele assim há tanto tempo - desde o parque - e já tinha se acostumado com a falta de seu toque.
Devagar, ele se afastou, permitindo com que ela se virasse para olhá-lo. Ele já estava pronto para o show. Os cabelos penteados de uma forma que ela achava estar bagunçados, uma blusa preta que apertava seus braços malhados e um brilho nos olhos que ela ainda não havia visto. Christopher estava voltando aos palcos depois de muito tempo e a felicidade desse fato saiam pelos seus poros.
- Você parecia meio perdida ali fora. - ele disse se justificando, meio tímido.
- E essa era a melhor maneira de me tirar dali, imagino. - Dulce ironizou.
- Desculpe, não sou o mais criativo.
- Eu preciso ir... tenho que trabalhar. Pelo menos tentar, antes que vocês me demitam – ela falou sem se mover.
- E eu preciso saber o que você quis dizer quando disse que eu tinha aparecido nos seus pensamentos. A gente não se fala, não se vê. Você vive na minha casa, mas parece que mora há milhas de distância. – Christopher começou a falar, sua voz controlada e os olhos nervosos.
- Não, Christopher...
- Você precisa me contar, Dulce! Porque a minha mente vaga por todas as possibilidades disso e é como se eu estivesse perdendo a razão. Você tem noção de quantas vezes eu já parei na porta do seu quarto no meio da noite para te perguntar isso? Quantas vezes eu quis te impedir de sair com o pablo? Quantas vezes eu....
- Christopher, para! – Candy suplicou – Todas as vezes que você parou na porta do meu quarto, eu vi, porque eu também não conseguia dormir. Todas as vezes que eu saia com o pablo, eu torcia pra que você impedisse. Mas você não pode comparar essas coisas entre nós porque é diferente, Christopher.
- Diferente? Candy...
- Pra mim, mesmo com todos os problemas e brigas, você foi como o príncipe encantado numa armadura reluzente que me salvou de um destino terrível. Mas pra você eu sou o troféu, não uma pessoa.
- Então você tem sentimentos e eu não. Sou um monstro cuspindo testosterona? – Christopher perguntou irritado.
Dulce ficou em silêncio. Christopher se aproximou dela, a respiração pesada com a raiva latente que corria por todo seu corpo.
- Você não pode definir o que eu sinto, menina. – ele disse entre os dentes – Eu posso! E te digo agora que eu vou sufocar e matar cada sensação inútil que me dominar quando você estiver por perto.
Christopher saiu batendo a porta com força, deixando-a sozinha na sala. As lágrimas enchiam seus olhos, mas ela não derramaria uma sequer. Esperou tempo o suficiente até ouvir que eles se preparavam para entrar no palco, e saiu. Sentia frio, mesmo com todo o calor que estava ali.
pablo colocou o pé na escada, mas parou e voltou atrás como se tivesse esquecido algo. E esqueceu. Dulce foi surpreendida com um beijo rápido nos lábios, no qual ela sequer teve tempo de fechar os olhos.
- Para dar sorte. – ele disse com tom de justificativa e subiu no palco.
Com os gritos misturados com as músicas, Dulce viu a noite passar rapidamente. Os afazeres e as palavras de Christopher, que ecoavam em sua cabeça, lhe fizeram companhia.
Quando o show terminou, eles estavam suados, cansados e felizes. Dava para ver o brilho nos olhos de cada um, a emoção na pele. Em meio a cumprimentos e abraços, pediram a Dulce para esperar e foram direto para os camarins tomar banho. Christopher, porém, não a olhou.
E mais uma vez, ela estava só.
Por pouco tempo, já que logo depois cinco meninos agitados e perfumados pulavam pelos corredores.
- Nós vamos sair para comemorar. – tomaz sorriu. – Está dentro, gata?
- Você sempre pergunta isso para as mulheres, né? – pollito implicou.
- Claro, por mim tudo bem. – Dulce falou, tentando não rir.
- Aproveitem por mim. – Christopher disse colocando as mãos nos bolsos, indo até a saída da casa de show a passos curtos.
- Como assim você não vai, cara? A gente sempre comemora o primeiro show de uma nova turnê. – poncho ficou surpreso.
- Ainda não é uma turnê, poncho. – ele retrucou, saindo sem olhar para qualquer dos seus amigos.
pablo abraçou Dulce pela cintura e ela sentiu o frio aumentar.
- Ele só precisa de um tempo. – pollito falou preocupado – Vamos indo, então? No caminho a gente resolve.
- pablo, nós precisamos conversar. – Candy sussurrou no ouvido dele.
- Vão na frente, falando com as fãs. – ele disse para os outros – Nós já vamos logo atrás.
Todos concordaram em silêncio, e foram até o lado de fora. Mais gritos e flashes. Dulce não conseguia imaginar como alguém poderia gostar daquilo. pablo continuou segurando-a, assim seus rostos estavam próximos.
- O que houve? Você está tensa. – ele perguntou.
- pablo, a gente não pode mais continuar. – ela disse devagar – Eu não posso mais continuar.
- Não sabia que beijava tão mal. – pablo brincou.
- Claro que não! Você é... perfeito. Mas não dá pra mim, desculpa.
E dizendo isso, Dulce saiu na direção oposta da bagunça, sendo seguida por Rob.
- Deseja ir a algum lugar, senhorita? – ele perguntou, alcançando-a.
- Para casa, por favor. – ela respondeu – Só me leve para casa.
Quando Dulce chegou sozinha, Christopher já estava lá. Entrou com os sapatos nas mãos, provavelmente porque não podia segurar seu coração com elas. A cada passo ela podia sentir que o seu corpo inteiro reagia. Procurou-o na sala, mas não o achou. Talvez fosse um sinal de que deveria deixar tudo como estava. Subiu as escadas na ponta dos pés, para não fazer barulho. E quando seu pé saiu do último degrau, a porta do quarto de Christopher se abriu, revelando-o com apenas uma toalha azul marinho enrolada na cintura.
- Pensei que você fosse sair com os caras. - ele disse confuso, deixando implícito a frase "pensei que você fosse sair com o pablo ".
- Eu também pensei, mas... eu mudei de ideia. - Dulce gaguejou nervosa.
"Talvez seja melhor desse jeito. Sem camisa, limpinho e...."
- Eu vou pedir comida japonesa, se quiser... - Christopher ofereceu, recendo apenas um aceno positivo - Ok.
Virou as costas para entrar no quarto novamente, mas a voz de Dulce o parou no meio do caminho:
- Eu terminei com o pablo. - ela disse rapidamente - Essa brincadeira estava indo longe demais e eu não... não podia, não podia mais.
Como as palavras lhe deram uma sensação de alívio, Dulce apenas continuou falando:
- Eu não podia mais fingir que estava apaixonada por ele, não podia mais beijá-lo vendo o seu rosto e imaginando se você me trataria com tanto carinho... se me tocaria com tanta delicadeza. Eu não podia mais sonhar a noite com você desejando beijos que nunca te dei, toques que nunca trocamos. Como eu também não posso continuar aqui, Christopher, sufocando esses sentimentos e ignorando essa situação toda e...
As palavras morreram.
No instante seguinte, seus lábios estavam levemente pressionados pelos de Christopher, que pareciam apenas sugar o gosto salgado das lágrimas que rolavam dos olhos dela ao mesmo tempo que sentia o gosto doce de sua boca entreaberta. Uma mão foi na cintura dela numa carícia lenta e torturante enquanto a outra segurou-lhe a nuca firmemente. Ele sentiu o corpo de Dulce tremer, como se fosse um sinal de permissão, e aprofundou o beijo. Ele podia senti-la tensa, com dúvidas e lutando para controlar seus desejos e, mesmo assim, ela parecia tão rendida. Não chegava a ser uma inocência pura e cega, inexperiente. Era algo doce e envolvente que o faziam querer mais e mais. Nos curtos intervalos para respirar, Dulce sugava seu lábio inferior, Christopher puxava os dela numa mordida.
E por mais que ele quisesse continuar aquilo, sentir a pele quente, o contorno do corpo, beijar cada espaço que havia ali, ele não podia. Não de toalha na porta de seu quarto, não com uma parte da sua mente gritando que ela lhe pertencia. Se começasse, não saberia parar, não acharia desculpas o suficiente. Então ele afastou seu rosto, mas não seu corpo. Não estava pronto para isso. Abriu os olhos por poucos segundos até ver que Dulce mantinha os dela fechados e os lábios inchados pelos beijos trocados, e logo fechou-os novamente.
- Eu... - Candy tentou falar num sussurro.
- Eu sei. - Christopher lhe deu um selinho - Eu sei.
- Você ainda está de toalha. - ela disse rindo baixinho, fazendo com que os dois abrissem os olhos.
- Deveria ser você assim, não acha? - ele brincou.
- E a comida japonesa? - Candy mudou de assunto e Christopher concordou se afastando.
- Vou pedir a comida enquanto você... - engoliu a seco pelas imagens formadas em sua mente - toma um banho e te encontro na sala.
Dulce sorriu e, corando de vergonha, deu um selinho rápido nele e saiu em disparada para o quarto, trancando a porta. E Christopher, controlando a lembrança do momento vivido a pouco e as cenas que sua mente gritava para que acontecesse logo, foi para o quarto se arrumar e pedir seu jantar.
Vinte minutos depois, Dulce descia as escadas com os cabelos molhados, vestindo short preto e uma camiseta. O sorriso envergonhado no rosto dela fezChristopher sorrir também. A comida estava arrumada na mesinha de centro da sala e algumas velas também estavam acesas.
- Você é rápido, né? – ela perguntou.
- Posso ser lento e paciente também. – ele respondeu, rindo marotamente.
- Multifuncional.
Christopher passou a mão pelo rosto dela, como se estivesse vendo se ela era real.
- Vamos ao nosso primeiro encontro, então? – Christopher disse apontando para a almofada.
- Ah, então você usa roupas no primeiro encontro. – Dulce brincou.
- Sou um menino de família, só tiro a roupa depois do casamento, mocinha. – os dois riram – Milady....
Entre sushis, rolinhos primavera e beijos roubados, a noite passou rapidamente. Quando perceberam, o sol já começava a exibir seus primeiros raios ultrapassando a janela. Dulce olhava para a paisagem do lado de fora tentando se concentrar na beleza da cena enquanto Christopher beijava o pescoço dela e mordidas leves no lóbulo direito.
- Adoro quando sua pele fica assim. – ele sussurrou passando o dedo pelo braço arrepiado da garota.
- Ela parece gostar de ficar assim. – Dulce suspirou.
Os beijos foram traçando um caminho do pescoço até a boca, quando o celular de Christopher tocou. Ele bufou, se afastando lentamente dela enquanto pegava o aparelho na mesinha. O nome de pollito aparecia na tela.
- Espero que você tenha uma boa desculpa para me ligar às 5 e meia da manhã. – ele falou.
Então ele ficou mudo. Dulce levantou-se da almofada.
- Estou indo para aí. – desligou o telefone.
- O que aconteceu, Christopher? – ela perguntou.
- pablo está no hospital. – ele respondeu – Ele foi esfaqueado.
Autor(a): Anna Uckermann
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 11
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cmsvondy Postado em 04/11/2015 - 01:10:09
Muitooo linda essa fanfic, parabéns foi mega bem escrita, a história foi incrível !!!! Ameei
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stellabarcelos Postado em 22/10/2015 - 00:56:14
Amei muito! Muito lindo! Parabéns
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ana_vitoria_gadelha_de_souza Postado em 21/10/2015 - 17:32:36
Postado
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marianasvs Postado em 20/10/2015 - 22:47:47
CONTINUAAAAAAAAAAAAAAA MDS, VICIEI, CONTINUA
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Dulce Amargo Postado em 20/10/2015 - 19:47:16
Continuaaaaaaaa
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stellabarcelos Postado em 20/10/2015 - 15:21:29
Eles não podem conseguir fazer nada com ela!!! Por favor! Continua
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stellabarcelos Postado em 20/10/2015 - 05:14:33
Leitora nova chegando agora! Haha tô louca pra você continuar! Postaaaaa
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heloise_savinon_uckermann Postado em 20/10/2015 - 03:59:46
Meus* sofrendo* desse* faz* meu* simplesmente tudo* teclado loco eu hein pirou na batatinha ta louco
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heloise_savinon_uckermann Postado em 20/10/2015 - 03:53:06
Criatura eu TO chorando aqui com menús bebés sorprendo desde jeito. Gosto de fanfics Assim q me faxes chorra de emoção,qué faz ter Raiva quando algo da errado,ou seja,que mechem com me u emocional,e essa é simplemente tu do isso!! Quando se le essa web VC pensé "O MUNDO PRECISA LER ISSO" e é ISSO q eu desejo q varios leitores venham aqui ler essa Coisa MARAVILLOSA e se emocione tbm......CONTINUUUAAA esto u ansiosa para os próximos capítulos bjinhos:)
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Juju Uckermann_ Postado em 19/10/2015 - 13:11:55
Continuuaaa!!!! Q fofos :))!