Fanfic: Encanto - Mine-DyC --Finalizada | Tema: Vondy
Um gemido leve foi ouvido e Dulce tentou se mexer... sem sucesso. Como ele poderia perdê-la assim, com algo tão fácil de se prevenir quando tantas coisas mais perigosas ameaçavam suas vidas?
- Calma, meu amor. – ele sussurrou ao ver o esforço que ela fazia – Vai ficar tudo bem.
Se era temperatura o problema inicial, ele resolveria isso. Carregando-a no colo enquanto fazia orações aleatórias para que Deus o ouvisse e a segurasse no mundo por mais algum tempo, Christopher foi até seu carro. Colocou a garota no banco de trás e foi rapidamente ligar o aquecedor no máximo que podia, fechou as portas e pegou o celular.
- Aqui é Christopher Urckermann e isto é uma emergência. – ele disse antes que a mulher pudesse dizer mais alguma coisa – Encontrei minha namorada no cais, desacordada e fria. Acho que é hipotermia e desidratação.
Tentando controlar o desespero dele, a mulher pediu o endereço exato que foi dado com rapidez e o orientou.
- Senhor, por favor, tente aquecê-la enquanto a ambulância está a caminho. – ela disse.
- Já estou fazendo isso, o aquecedor do carro está ligado, mas ela continua fria. – a voz dele começava a falhar e ele tentava controlar as lágrimas que começavam a querer fugir de seus olhos.
- Use o seu corpo como aquecedor natural, junto com o ar quente isso fará com que ela recupere um pouco a temperatura normal. O socorro chegará logo.
Seus dedos tremiam, mas não de frio. Desabotoou sua própria camisa, tirou o cinto de suas calças jeans surradas e tirou-a também. O ar dentro do carro estava quente demais e podia sentir seu corpo suando, mas ela estava ali do mesmo jeito. Devagar, ele subiu a blusa que ela usava e seus shorts. Não achou necessidade de tirar também as roupas íntimas, e mesmo tendo-a tão perto daquele jeito, sua mente, sequer, pensou em outra possibilidade. Queria-a viva.
Pressionando Dulce entre o banco e seu próprio corpo, ele a envolveu e deixou que suas lágrimas se transformassem nas preces que ele já não tinha força para fazer. Christopher podia sentir o coração dela bater fracamente, sentia sua pele fria ficar morna encostando na dele como numa carícia, como que para lembrá-lo do quanto ela era importante. E quando a pele dela ficou quente e a batida de seu coração teimava a ficar um pouco mais forte, a sirene de uma ambulância fora ouvida ao longe.
Ele respirou aliviado.
No momento que precisou se afastar, porém, sentiu dificuldade. Um paramédico lhe disse que tudo ficaria bem, que ele precisava se vestir enquanto outros dois colocavam ela numa maca envolvida por um cobertor térmico.
- Hipotermia controlada, inanição e desidratação. - um deles disse - Pulsação fraca e a respiração dela está pesada demais.
Silêncio.
Christopher já estava vestido.
- O pulmão está fraco. Vamos logo.
- O senhor pode nos seguir com seu carro. - o paramédico mais novo falou e sem esperar mais Christopher pulou no veículo, seguindo a besta berrante que levava Dulce.
E assim ele fez. O caminho inteiro concentrado na garota.
Um alvoroço ainda se fazia presente na porta do Hospital, fãs e fotógrafos ainda queriam notícias de pablo. A ambulância estacionou e logo os médicos se colocaram a trabalhar, ninguém parecia se importar com a vida que saia dali. Não até verem o carro de Christopher ser estacionado com velocidade, cantando pneu e alertando a todos.
A porta se fechou no momento que viram que a garota na maca era ninguém mais, ninguém menos que Dulce. Christopher foi abordado por todas as pessoas que falavam ao mesmo tempo com perguntas repetitivas e sem criatividade. Flashes e microfones, gritos histéricos e ele só queria passar pela porta e ir encontrá-la.
- O que aconteceu?
- Ela está bem?
- Vocês estão juntos?
- A Dulce traiu o pablo com você?
- Vocês tem algum envolvimento no acontecido com seu amigo?
Christopher não respondeu e, com ajuda de alguns seguranças do próprio hospital, conseguiu passar por todos. Perguntou a cada enfermeira que viu pelo caminho, mas elas apenas lhe mandavam esperar.
pollito apareceu na sala de emergência minutos depois, esbaforido e preocupado. Os boatos já rodavam o hospital inteiro e ele simplesmente não acreditou quando viu Christopher sentado com o olhar perdido na parede da sala de espera.
- Como ela está? – ele perguntou quando chegou perto do amigo.
- Não sei, aparentemente ninguém aqui sabe. – Christopher respondeu cansado e colocou as mãos no rosto.
Devagar, pollito se aproximou do amigo e colocou um braço em seu ombro, num meio abraço. Christopher suspirou e, mesmo sem chorar mais, sua dor era óbvia.
- Ela estava nos meus braços, pollito. Tão fraca, tão fria. – ele sussurrou para o amigo. – Eu... não posso perdê-la.
- E não vai. Ela é tão teimosa quanto você. – pollito falou tentando acalmá-lo.
Christopher concordou e ficou em silêncio mais uma vez, esperando. E esperou muito para que alguém fosse com uma notícia. Até que uma mulher baixinha com os cabelos negros veio com o rosto sério para perto deles.
- Vocês estão com... Dulce savinon? – ela perguntou e os dois levantaram rapidamente.
-Sim, como ela está? Por favor, não me diga que ela... – Christopher começou a se desesperar, mas a médica ergueu a mão.
- Ela está bem. Vai precisar ficar no soro essa noite e está com uma sonda de oxigênio para ajudá-la a respirar melhor, mas ela vai ficar bem. No entanto, eu tenho que dizer que foi por pouco. Ao que parece, um amigo dela seguiu as instruções da atendente e conseguiu aquecê-la antes do pior acontecer.
Christopher concordou quieto.
- Mas como pode, Doutora? Alguém sentir tanto frio a ponto de sofrer uma hipotermia tão severa? Não é como se estivéssemos no Alasca. – pollito perguntou confuso.
- O corpo não está acostumado, pelo que percebi ela é uma estrangeira. Isso acontece com muito mais frequência do que parece, e somado com a desidratação severa, piorou a situação. – ela respondeu.
- Quando posso vê-la, Doutora? – Christopher quis saber, ansioso, nervoso demais para se controlar.
- Ela está fraca e...
- Nosso amigo levou uma facada e nos deixaram visitá-lo. Se ele ficar mais um minuto nesse salão, ele vai surtar. – pollito interveio.
- Quarto 657. Não a deixe agitada. Ela precisa descansar. – ela, por fim, concordou e no segundo seguinte, Christopher já estava se esgueirando para o elevador aberto.
Com o coração aos pulos, ele chegou à porta branca que tinha o número 657 pendurado numa placa de metal. Sabia que ela ia recusá-lo, mas tinha que tentar. Precisava tentar porque simplesmente precisava dela. Então, sem bater, ele entrou.
Deitada na cama de olhos fechados e ligada a alguns fios e monitores, ela estava pálida e com a aparência fraca, parecia estar dormindo um sono sem sonhos, apenas em paz.
Ele se aproximou silenciosamente e ficou ao lado dela, na cama. Com uma mão, acariciou o rosto, sentindo a pele quente, o sangue circulando livremente pelas suas veias. Doía vê-la daquele jeito, respirando com dificuldade, mas ao menos ela ainda respirava. Ele poderia passar a vida ali daquele jeito. Então Dulce abriu os olhos e ele viu que existia um jeito melhor de passar a vida.
- Hey... – Christopher disse sorrindo.
- Hey. – ela respondeu, dando um sorriso fraco em troca.
- Você nos deu um baita susto.
- Me desculpe. – a voz fraca dela fazia aquele pedido ser irrecusável. – Eu pensei que fosse o melhor.
Christopher aproximou o rosto do dela, o cenho franzido.
- Eu parecia melhor antes de você aparecer? – ele perguntou – Não é melhor, não desse jeito.
- Christopher...
- Não vamos falar disso agora. – ele disse colocando um dedo nos lábios dela – Você só precisa saber de uma coisa agora: eu não vou deixar você.
Como se tivesse vontade própria, o dedo dele começou a contornar os lábios dela, como se ele também tivesse o direito de sentí-lo. Os olhos desceram pelo rosto dela, desejando-os também. Todo o seu corpo desejava e clamava por aquela boca. Christopher encostou os próprios lábios ali, roçando levemente, sentindo o aroma dela, o gosto dela.
- Eu te beijaria agora, mas provavelmente não conseguiria parar. – ele sussurrou com a boca ainda encostada na dela – Você precisa descansar.
- Eu sei. – Candy disse – Fica comigo?
-Ficaria mesmo que você não quisesse. – Christopher riu.
Com certa dificuldade, ele conseguiu se acomodar na cama de solteiro do hospital, colocando Dulce sobre seu peito, acariciando os cabelos dela com cuidado. Então, notas de uma melodia vieram na sua mente e ele percebeu que aquela música dizia tudo o que ele queria dizer naquele momento. Num tom de voz baixo e rouco, ele começou a cantar como se fosse apenas uma canção de ninar.
As I'm leaving the one I want to take
Forgive the urgency but hurry up and wait
My heart has started to separate
O coração de Dulce acelerou e, em resposta, Christopher a segurou mais forte. Ele fechou os olhos, deixando que as palavras saíssem tranquilamente e não se preocupou se estava desafinando ou não. A mulher em seus braços não se importava. Estava perdida demais naquele fato, tão perdida quanto ele.
Be my baby
Oh, oh, oh. Oh, oh, oh
Be my baby
I'll look after you
Era um pedido sincero. Era o que ele queria. Queria ela para ele, tê-la pra sempre. Queria protegê-la de tudo e de todos. Ser dela e ela ser dele. Sem compras ou leilões. Por escolha.
- Christopher … - ela choramingou, apertando-o mais contra si.
Will you won't you, be the one I always know
When I'm losing my control, the city spins around
You're the only one who knows, you slow it down
Ah, como ele estava perdido. Todo esse tempo, vagando pela cidade a procura de algo que o fizesse parar, até que a encontrou. Demorou para admitir, mas não conseguia mais esconder a verdade. Ela havia o salvado naquele dia e nos dias seguintes. Ele queria, agora, salvá-la.
Continuou cantando, sussurrando as palavras no ouvido dela, passeando com suas mãos pelo corpo coberto apenas com aquela camisola de hospital. Sentindo-a verdadeira, sentindo-a perto. A melhor coisa que acontecera em sua vida.
My love she leans into me
This most assuredly counts
She says most assuredly
Dulce levantou o rosto, sentindo a necessidade de ver o dele. Apoiada nele, olhando em seus olhos brilhantes, ela sentia mais do que a mão grossa que brincava com seu pescoço. Ela o sentia. Mais próximo do que nunca.
You've begun to feel like home
What's mine is yours to leave or take
What's mine is yours to make your own
Oh, oh, oh. Oh, oh, oh
Be my baby
Cada palavra era verdadeira demais para ser ignorada. Ele estava entregando a ela sua casa, suas coisas, seu coração. Com a mão que não tinha a seringa de soro, Dulce fez um carinho no rosto de Christopher. As lágrimas desciam de seu rosto como se não quisessem mais ser contidas. Ele estava dando a ela mais do que esperava.
- Eu quero ser sua, Christopher. – Candy sussurrou quando ele terminou a canção – Só sua.
Christopher deu um selinho, segurando o desejo de tomá-la ali, de tirar seu fôlego do mesmo jeito que ela havia tirado o seu.
- Que bom. – ele disse no mesmo tom. – Porque eu já sou seu.
Autor(a): Anna Uckermann
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Pablo saia do hospital sorrindo abertamente, sendo protegido pelos seus seguranças. Os flashes e os repórteres perguntando sobre tudo, incluindo Dulce, eram ignorados com confortantes “Estou bem” e “Foi só um susto”. Mesmo sendo tarde da noite, eles estavam plantados na portaria, como urubus em busca de carniça. N ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 11
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cmsvondy Postado em 04/11/2015 - 01:10:09
Muitooo linda essa fanfic, parabéns foi mega bem escrita, a história foi incrível !!!! Ameei
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stellabarcelos Postado em 22/10/2015 - 00:56:14
Amei muito! Muito lindo! Parabéns
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ana_vitoria_gadelha_de_souza Postado em 21/10/2015 - 17:32:36
Postado
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marianasvs Postado em 20/10/2015 - 22:47:47
CONTINUAAAAAAAAAAAAAAA MDS, VICIEI, CONTINUA
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Dulce Amargo Postado em 20/10/2015 - 19:47:16
Continuaaaaaaaa
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stellabarcelos Postado em 20/10/2015 - 15:21:29
Eles não podem conseguir fazer nada com ela!!! Por favor! Continua
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stellabarcelos Postado em 20/10/2015 - 05:14:33
Leitora nova chegando agora! Haha tô louca pra você continuar! Postaaaaa
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heloise_savinon_uckermann Postado em 20/10/2015 - 03:59:46
Meus* sofrendo* desse* faz* meu* simplesmente tudo* teclado loco eu hein pirou na batatinha ta louco
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heloise_savinon_uckermann Postado em 20/10/2015 - 03:53:06
Criatura eu TO chorando aqui com menús bebés sorprendo desde jeito. Gosto de fanfics Assim q me faxes chorra de emoção,qué faz ter Raiva quando algo da errado,ou seja,que mechem com me u emocional,e essa é simplemente tu do isso!! Quando se le essa web VC pensé "O MUNDO PRECISA LER ISSO" e é ISSO q eu desejo q varios leitores venham aqui ler essa Coisa MARAVILLOSA e se emocione tbm......CONTINUUUAAA esto u ansiosa para os próximos capítulos bjinhos:)
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Juju Uckermann_ Postado em 19/10/2015 - 13:11:55
Continuuaaa!!!! Q fofos :))!