Fanfic: Encanto - Mine-DyC --Finalizada | Tema: Vondy
Pablo saia do hospital sorrindo abertamente, sendo protegido pelos seus seguranças. Os flashes e os repórteres perguntando sobre tudo, incluindo Dulce, eram ignorados com confortantes “Estou bem” e “Foi só um susto”. Mesmo sendo tarde da noite, eles estavam plantados na portaria, como urubus em busca de carniça.
No sofá, abraçados, Dulce e Christopher assistem tudo ao vivo pela TV. Aliviados por pablo entender o que tinha acontecido e não desabafar na frente de todos os segredos mais sujos da banda. Uma semana havia se passado desde que pablo fora ferido e eles ainda não tinham a solução para os problemas que só pareciam surgir com mais força. Então Dulce havia sido trancada em casa e Christopher ficava com ela o máximo de tempo que conseguia.
- Nem parece com alguém que levou uma facada. – Christopher comentou rindo quando pablo fingiu tropeçar, quase matando a enfermeira, que o acompanhava, de susto.
- Vocês todos são loucos demais para serem comparados com alguém. – ela disse, tentando disfarçar que também havia se assustado com aquilo.
- Ele é mesmo um....
Christopher começou a falar, mas foi interrompido quando Dulce sentou-se no sofá rapidamente, com os olhos arregalados. Ela havia perdido a cor como se tivesse visto um fantasma na televisão. Colocando a mão no rosto dela, tentando fazer com que seus olhos desgrudassem da tela, Christopher dizia palavras de conforto, misturadas a perguntas preocupadas.
- Candy. – ele chamou – Dulce, olhe pra mim! O que houve? Me diga o que aconteceu.
Piscou algumas vezes até conseguir fazer com que sua visão se tornasse mais clara. Viu o rosto de Christopher perto do seu, aquela velha ruga se formando em sua testa e então olhou para a tela novamente. Tinha sumido.
- Eu... um dos homens. – ela disse nervosa – Atrás do pablo, ele estava...
- Calma, não dá para entender nada do que você está falando.
- Um dos homens! UM DOS HOMENS QUE ME SEQUESTROU! Ali! Atrás do pablo! – de repente as palavras saíram sem controle, de forma histérica.
Christopher pegou o controle e voltou um pouco o vídeo, segurando a mão da garota, sentindo-a tremer. E quando ela saltou novamente, com as lágrimas descendo de seu rosto livremente, ele soube que não havia sido um erro, fruto de sua imaginação. Aquilo era real.
- Qual deles? – Christopher perguntou, sentindo o ódio crescer dentro de si.
- Aquele ali. – a garota disse engasgada – O careca de blusa preta.
- Você tem certeza, Candy? – ele estava sério, muito sério.
- Depois de tudo o que ele fez comigo naquele cativeiro, você acha mesmo que eu poderia me confundir? Esquecer? – ela falou tentando se controlar, mas até sua pele gritava por socorro.
Christopher fechou a mão no controle, tentando controlar a si próprio. Não queria saber o que aquele homem havia feito a ela, mas sua imaginação flutuava por campos sombrios. E ele sentia que se não perguntasse, nunca conseguiria ficar em paz. Por isso virou-se para ela, com maxilar tenso, os olhos escurecidos pelo tormento de vê-la fragilizada.
- O que esse homem te fez?
Dulce soltou a mão de Christopher que a segurava e se levantou. Era ela quem estava atormentada, rodeada por fantasmas. De costas para Christopher, ela respirou fundo e começou a contar.
- Ele é conhecido como “O Médico” e é provavelmente a razão pela qual ninguém queria ficar doente no cativeiro. Quando eu cheguei, junto com as outras mulheres, foi ele quem nos recepcionou. Não posso esquecer do sorriso dele quando colocou os olhos em mim.
Ela parou por um minuto e ouviu Christopher ir até sua direção, mas se esquivou ao toque dele. Não queria senti-lo enquanto sentia as lembranças. Seria como cortar ao meio sua tábua de salvação... o que Christopher pareceu entender perfeitamente bem.
- Eu fui a primeira chamada para “a consulta”, é quando ele avalia e examina cada uma, separando por grupos. Quando entrei na sala e a porta se fechou, pensei que morreria naquele lugar. Ele pediu pra que eu tirasse a roupa e como eu estava assustada demais para me mexer, ele mesmo fez isso e me jogou na maca e ....
Ela caiu ajoelhada no chão, com as mãos tapando o rosto enquanto continuava narrando. Até que Christopher foi até ela, segurando-a pelos ombros, envolvendo-a numa concha com seu próprio corpo, quebrando qualquer barreira. Trazendo-a para a realidade.
- Shiii, passou. – ele sussurrava – Esses momentos acabaram, meu amor. Ele nunca mais vai te tocar, te machucar. Você está a salvo.
- Você não percebe, Christopher? – Candy disse virando-se para ele – Foi “O Médico” que esfaqueou o pablo. Quem mais saberia poupar os órgãos vitais? Quem mais?
Foi preciso segurar o rosto dela com as duas mãos para que ela ficasse quieta.
- Ele poupou o pablo e não conseguiu chegar perto. Nem vai. – Christopher disse.
- Ele não quer mais o pablo. – a garota falou – Com todos os boatos sobre nós, ele está percebendo que não é o pablo quem cometeu um erro grave.
- Esqueça isso. – ele mandou – A essa hora ele já percebeu que o melhor é ficar longe de nós, longe de você.
Dulce concordou enxugando as lágrimas. Christopher, por sua vez, se aproximou para beijá-la levemente nos lábios e a sentiu fugir um pouco. Abriu os olhos novamente e, sem se afastar, começou a falar:
- Não faça isso! Não se atreva a fugir de mim novamente.
- Eu...
- Não me importa o que aconteceu, isso não vai mudar o que sinto. Dulce, você não é um produto que eu comprei e descobri que veio com um defeito! – ele disse, fazendo com que Dulce entendesse o que ele estava pensando.
- Defeito? Não, ele não me estuprou naquela mesa. – Candy disse – Ele me tocou de um jeito que eu peço todos os dias para Deus me ajudar a esquecer, ele me disse coisas que... Mas eu era a fonte de muito dinheiro e ele não pode. Ele não pode “me testar” como fazia com todas as outras.
- Não pense que isso vai deixar tudo melhor para ele quando a morte chegar. – Christopher falou, abraçando-a.
- Eu sei que não vai.
- Um dia eu vou conseguir tirar cada sensação dele em sua pele e suas preces serão atendidas. – Christopher prometeu, puxando-a para um beijo lento e delicado que Mégara correspondeu distante, se afastando pouco depois.
- Acho melhor eu ir dormir. – ela disse pedindo desculpas – Boa noite.
- Boa noite, meu amor. – Christopher desejou enquanto ela subia as escadas com o coração na mão por ouvi-lo chamando-a de amor pela segunda vez; por não se sentir pronta para chamá-lo de "amor" ou permiti-lo efetivamente em sua vida.
Christopher esperou até ter certeza de que a garota não desceria mais e pegou o telefone. Discou o número de pollito e esperou chamar até quase cair, quando a voz do amigo o fez desistir. E, sem pausas, nem mesmo para ouvir as frases de exclamação de pollito, ele narrou toda a história. O homem, o que ele havia feito com Dulce, e a suposição da garota que aquele fora o homem que esfaqueara pablo.
- Acho melhor chamarmos a polícia, Christopher. – pollito disse por fim.
- E colocar um alvo nas costas dela? pollito, esses caras podem estar na polícia! – ele contrapôs.
- Ainda estamos com a cabeça quente, vamos contratar mais seguranças e tentar viver em paz, podemos ver se eles vão esquecer tudo o que aconteceu.
- Tudo bem. – Christopher bufou.
- Vá dormir, amigo. Tem sido dias malucos. – pollito falou calmamente e Christopher desligou o telefone.
Não restou outro caminho se não ir dormir. Na cama, não conseguia deixar de pensar que com os boatos, aquela gente poderia estar do lado de fora da casa, esperando ver algum sinal da garota ali. Dulce não sairia mais, nem mesmo para o jardim. E, fechando os olhos, sonhou com o dia que ela estaria finalmente segura.
No quarto de hóspedes, Dulce se debatia na cama, tentando se libertar de um sonho que a prendia.
“Abra os olhos” – ela dizia a si mesma enquanto uma mão pálida se aproximava.
Ela se exprimia num canto qualquer, tentando se esconder na parede. Impedir que ele chegasse mais perto.
“Abra os olhos, vamos” – sussurrou mais uma vez, mas a mão ganhou um dono e o rosto do Médico se formava claro, com seus dentes amarelados e seu olhar lascivo.
Começou a chorar, alto e em bom som, desesperada. Podia sentir o bafo dele, podia sentir sua pele queimar. Gritou com toda força que podia, toda força que seus pulmões conseguiram somar.
“Dulce, abra os olhos.” – já não era sua voz, era a voz calma e rouca de Christopher e, com um esforço enorme, gritou mais uma vez, abrindo os olhos para ver o rosto dele no quarto iluminado.
Sentiu seu corpo ser levantado por Christopher e aquecido por ele.
- Foi só um pesadelo. – ele sussurrava, acariciando seus cabelos.
- Eu sei... eu sei.
Ficou assim, sendo embalada como uma criança, até se acalmar. Ele murmurava a canção que havia cantado no hospital, agora sem letra. Ela já sabia. Ficou tempo o suficiente naquela posição até sentir o sono chegar. Christopher percebeu isso também, deixou-a acomodada na cama.
- Fique. – ela disse ficando levemente corada – Por favor.
Christopher sorriu e afastou o cobertor ao passo que Dulce se afastou para dar espaço. Deitou a cabeça no travesseiro e Dulce fez o mesmo, reta na cama, sentindo o corpo dele ao seu lado. Soltando o riso pelo nariz, Christopher ergueu o braço, tocando-a.
- Talvez você queira provar do maravilhoso e irresistível travesseiro, Christopher Urckermann. – ele disse teatralmente, apontando para o próprio peito.
Se fosse possível, ela corou um pouco mais e se aconchegou no peitoral dele, respirando fundo o perfume amadeirado que saia de sua pele. Christopher segurou sua cintura, aquecendo a mão fria debaixo da blusa do baby doll que ela usava.
- Viu? O melhor da região.
- Te digo o meu parecer quando eu acordar. – ela disse, sonolenta demais para debater mais alguma coisa, caindo logo na terra sem sonhos, enquantoChristopher a vigiava.
Autor(a): Anna Uckermann
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 11
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cmsvondy Postado em 04/11/2015 - 01:10:09
Muitooo linda essa fanfic, parabéns foi mega bem escrita, a história foi incrível !!!! Ameei
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stellabarcelos Postado em 22/10/2015 - 00:56:14
Amei muito! Muito lindo! Parabéns
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ana_vitoria_gadelha_de_souza Postado em 21/10/2015 - 17:32:36
Postado
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marianasvs Postado em 20/10/2015 - 22:47:47
CONTINUAAAAAAAAAAAAAAA MDS, VICIEI, CONTINUA
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Dulce Amargo Postado em 20/10/2015 - 19:47:16
Continuaaaaaaaa
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stellabarcelos Postado em 20/10/2015 - 15:21:29
Eles não podem conseguir fazer nada com ela!!! Por favor! Continua
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stellabarcelos Postado em 20/10/2015 - 05:14:33
Leitora nova chegando agora! Haha tô louca pra você continuar! Postaaaaa
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heloise_savinon_uckermann Postado em 20/10/2015 - 03:59:46
Meus* sofrendo* desse* faz* meu* simplesmente tudo* teclado loco eu hein pirou na batatinha ta louco
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heloise_savinon_uckermann Postado em 20/10/2015 - 03:53:06
Criatura eu TO chorando aqui com menús bebés sorprendo desde jeito. Gosto de fanfics Assim q me faxes chorra de emoção,qué faz ter Raiva quando algo da errado,ou seja,que mechem com me u emocional,e essa é simplemente tu do isso!! Quando se le essa web VC pensé "O MUNDO PRECISA LER ISSO" e é ISSO q eu desejo q varios leitores venham aqui ler essa Coisa MARAVILLOSA e se emocione tbm......CONTINUUUAAA esto u ansiosa para os próximos capítulos bjinhos:)
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Juju Uckermann_ Postado em 19/10/2015 - 13:11:55
Continuuaaa!!!! Q fofos :))!