Fanfic: Encanto - Mine-DyC --Finalizada | Tema: Vondy
A noite estava chegando quando um jovem policial adentrou a sala, vermelho e esbaforido. Ele arrumou na mesa um mapa gigante, um plano. Circulou cinco pontos diferentes, fez cálculos e colocou fotos de carros e homens no quadro branco.
- Detetive...
- Estes são os três pontos principais da organização e este é Eli, o chefe. – o policial começou a explicar – Eles têm quatro prostíbulos e um galpão abandonado. Na nossa investigação tem mais alguns pontos que eles usam para os leilões e trocar, mas não são certos. Não invadimos os prostíbulos porque temos que esperar a operação, mas esse galpão.... ele estava vazio quando fomos, então eles devem achar que estão seguros lá.
- O que estamos esperando? – pollito perguntou exaltado.
- Vão até lá e tragam eles. Organizem a tropa de resgate, o esquadrão de invasão. – o delegado ordenou.
- Como proceder com a missão?
- Permissão para matar. – o delegado falou e logo toda a delegacia estava agitada com homens se organizando e fazendo ligações, correndo contra o tempo.
- E nós? – poncho falou se levantando.
- Vocês ficam aqui e tentem lidar com a imprensa porque eles vão aparecer logo. Mantenha-os longe da operação, se quiserem ver seus amigos novamente. – falando isso, o delegado saiu da sala gritando ordens.
Como levados por um furacão, os policiais sumiram. Correndo contra os segundos, contra o perigo, contra a morte.
Dulce abriu os olhos lentamente e viu a luz fraca do sol se pondo. O cheiro de eucalipto espalhado pelo vento fresco continha algo como esperança. Os braços que lhe envolviam também. Quentes e receptivos, embalavam-na com um carinho que explodia por cada poro.
- Que bom que você acordou, dorminhoca. – ele sussurrou, rouco e sorridente.
A cabeça dela estava confusa. Não sabia bem o que fazer, como lidar com aquela situação. Seu corpo começara a doer e as forças que ela sentia lhe escaparam.Christopher a reergueu, colocando-a sentada na grama verde e serviu de apoio. Ele não parecia perceber que estava segurando uma garota mole e transtornada. Tinha algo que Dulce precisava lembrar, mas não conseguia. A razão pela qual seu corpo estava daquele jeito, pelo qual Christopher não lhe percebia direito.
- Christopher... – ela não reconheceu sua própria voz, estava cansada.
- Eu estava pensando que talvez devêssemos ir ao Brasil. Encontrar sua irmã, matar essa saudade que você está sentindo. Imagine, como será vê-la novamente, abraçá-la. Contar a ela que você namora Christopher Urckermann...
Dulce sentiu uma dor no peito e seus pulmões arderam. Christopher apertou seus braços ao redor dela, com muita força. Fechou os olhos de novo e de repente o aperto de Christopher parecia sufocá-la mais.
- Abra os olhos... – e a voz não era mais a de Christopher. – Abra os olhos!
O chão sujo e empoeirado do galpão ficou bem real para Dulce. Seu rosto estava arranhado graças a areia. E a mão que a segurava brutalmente não era a deChristopher. A cara gorda e gelatinosa que lhe encarava era conhecida, mas odiosa.
- Isso, minha querida. Sempre soube que você era fraca, mas você está se superando. Seu namorado nem sofreu nada porque você estava aqui, desmaiada. Vamos, tome isso. – o médico disse dando-lhe um copo de água para beber.
Ela engasgou, mas bebeu achando melhor engolir a água por vontade própria do que a força, novamente.
Ergueram Dulce pelos braços, colocando-a sentada numa cadeira de ferro. Juntando forças do lugar mais fundo de sua alma, ela ergueu a cabeça para olharChristopher. O rosto dele estava tenso e preocupado, mas não expressava dor, pelo menos não a física. No entanto, a preocupação de vê-la daquele jeito estava matando-o por dentro. Quando pensou em alguma coisa, seu olhar lhe calou. Era melhor o silêncio. Em sua mente ecoava as melodias cantadas por palavras avulsas e os dois tentavam achar um pouco de esperança.
Eli tomou a frente novamente e com a mão fechada em punho acertou Christopher no estômago novamente. Dulce não gritou, apertou os lábios com os dentes com tanta força que sentiu o gosto fraco de uma ou duas gotas de sangue. O garoto tão pouco fez barulho, apenas sorriu debilmente de dor e ironia.
- Está gostando disso, é? - Eli perguntou.
- Estou tentando fazer você ter um derrame de tanta raiva.
Eli ficou vermelho e, fazendo um sinal, fez com que dois dos seguranças avançassem para Christopher.
Um, dois, três socos no rosto.
Um, dois, três socos na barriga.
E Christopher sorria e ria histericamente.
Mais algumas tentativas foram feitas, porém Christopher permaneceu firme. A garota se contorcia e chorava a cada golpe, mas não emitia um som sequer. Ele tentava sorrir, mas seu rosto parecia não querer mais se mover para não sentir mais dor.
Eli ergueu a mão, ordenando que parassem o ataque. Dulce respirou fundo enquanto Christopher observava tudo tentando ficar acordado, atento. Algo estava errado e eles sabiam disso.
- Então você gosta de uma surra. Quase me tirou do sério, mas eu entendi perfeitamente qual é o seu ponto fraco.
Não! – Christopher gritou.
O barulho das correntes que lhe seguravam ecoou no galpão ao mesmo tempo que o velho cafetão se virava para Dulce.
- Levantem a garota.
Não que Dulce fosse incapaz de fazê-lo sozinha, mas o homem a pegou pelo braço com tamanha força que ela sequer precisou se esforçar para continuar de pé.
- Não! Ela não! Dulce não! Estou aqui, seu velho babaca! Fui eu que a comprei. Eu!
-Cale a boca, garoto. Você estava me divertindo tanto antes, não estrague nossa relação agora. – Eli rebateu – Minha doce Candy, acho que podemos deixar esse joguinho mais interessante. Então, vamos fazer um acordo.
- Estou ouvindo. – a garota falou, ignorando os altos protestos de Christopher.
Os olho azuis de Eli pareceram criar mãos e braços que a tocavam e a violavam por cada segundo que a observavam atentamente. Ele parecia pensar nos detalhes da proposta que iria fazer a fim de não perder nenhuma oportunidade. E quando o sorriso apareceu em seu rosto, Dulce soube que fosse qual fosse o preço para ver Christopher livre, ela pagaria.
- Eu ofereço a vocês dois a liberdade - disse o velho abrindo os braços num gesto quase redentor.
- Se?
Com calma, Eli passeou por entre seus capangas escolhendo três deles, colocando-os de frente para Dulce. O primeiro era magro e até um pouco bonito´, mas o rosto transbordava uma dureza de alma que a fez pensar que ele não era um dos homens mais piedosos que havia ali; O segundo era o brutamontes que se divertira machucando-a, segurando-a pelos cabelos, afogando-a. E o terceiro parecia uma junção dos outros dois, apenas um homem esperando para cumprir qualquer que ordem.
- Não! Dulce, olhe pra mim! Olha pra mim, meu amor! Não vale a pena. Isso não vale a pena. Por favor, Candy, não...
- Uma hora de divertimento com os meus rapazes e você pode sair daqui com seu namoradinho e nunca mais lembrar de nós. Mas, se vocês tentarem falar sobre nós para os policiais, nós voltaremos e não farei nenhum acordo.
Christopher podia sentir as bolhas de sangue se formando em sua garganta cada vez que ele gritava com mais força para a garota não aceitar. As lágrimas desciam pelo rosto de Dulce enquanto ela olhava para o homem e tudo ficava claro.
- Deixe-o ir agora.
- Não, não. Ele tem que assistir cada minuto. Estou realmente curioso para ver se o amor de vocês vai durar tanto ou se você vai bater na porta de uma das minhas casas pedindo abrigo porque o garotão ali não quis mais te tocar.
- Você vai deixá-lo em paz?
- Para todo o sempre – ele falou levantando a mão sorridente.
Pela primeira vez desde que aquela proposta havia sido feita, Dulce sentiu um pouco de alívio. Christopher estaria a salvo. Os olhos dele brilhavam com lágrimas tão doidas quanto as dela. Christopher já não tinha mais forças para se mexer e já havia sangue pingando de seus pulsos machucados pelas correntes. Dulce deu um passo e ninguém a segurou, então caminhou até o homem que a amava. Ela tocou então a barriga ferida dele.
- Candy...
- Shiii. Não diga nada. – ela engoliu o choro. – Eu te amo e...
- Por favor...
- Feche os olhos e não os abra até eu falar que acabou. Vou tentar ficar quieta, assim você não vai ouvir muita coisa.
Ele suplicou mais uma vez, mas ela virou-lhe as costas.
- Me desculpe, Christopher...
Autor(a): Anna Uckermann
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 11
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cmsvondy Postado em 04/11/2015 - 01:10:09
Muitooo linda essa fanfic, parabéns foi mega bem escrita, a história foi incrível !!!! Ameei
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stellabarcelos Postado em 22/10/2015 - 00:56:14
Amei muito! Muito lindo! Parabéns
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ana_vitoria_gadelha_de_souza Postado em 21/10/2015 - 17:32:36
Postado
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marianasvs Postado em 20/10/2015 - 22:47:47
CONTINUAAAAAAAAAAAAAAA MDS, VICIEI, CONTINUA
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Dulce Amargo Postado em 20/10/2015 - 19:47:16
Continuaaaaaaaa
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stellabarcelos Postado em 20/10/2015 - 15:21:29
Eles não podem conseguir fazer nada com ela!!! Por favor! Continua
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stellabarcelos Postado em 20/10/2015 - 05:14:33
Leitora nova chegando agora! Haha tô louca pra você continuar! Postaaaaa
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heloise_savinon_uckermann Postado em 20/10/2015 - 03:59:46
Meus* sofrendo* desse* faz* meu* simplesmente tudo* teclado loco eu hein pirou na batatinha ta louco
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heloise_savinon_uckermann Postado em 20/10/2015 - 03:53:06
Criatura eu TO chorando aqui com menús bebés sorprendo desde jeito. Gosto de fanfics Assim q me faxes chorra de emoção,qué faz ter Raiva quando algo da errado,ou seja,que mechem com me u emocional,e essa é simplemente tu do isso!! Quando se le essa web VC pensé "O MUNDO PRECISA LER ISSO" e é ISSO q eu desejo q varios leitores venham aqui ler essa Coisa MARAVILLOSA e se emocione tbm......CONTINUUUAAA esto u ansiosa para os próximos capítulos bjinhos:)
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Juju Uckermann_ Postado em 19/10/2015 - 13:11:55
Continuuaaa!!!! Q fofos :))!