Fanfics Brasil - Capitulo 03 Encanto - Mine-DyC --Finalizada

Fanfic: Encanto - Mine-DyC --Finalizada | Tema: Vondy


Capítulo: Capitulo 03

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Capítulo 3



Meia hora depois, ela estava descendo as escadas, vestindo uma camisa social azul e uma cueca samba canção preta. Os cabelos longos e molhados batiam-lhe nas costas e o perfume de jasmins e rosas impregnou a sala no momento em que ela chegou. Christopher virou o rosto em sua direção assim que sentiu o cheiro e teve que se segurar para não sorrir. Ela parecia ser tão delicada e era tão linda que às vezes ele precisava lembrar-se de que não queria mais amar.

- Você deve estar com fome. – ele disse fazendo um gesto para que ela se sentasse no grande sofá.

À sua frente, havia uma bandeja com vários sanduíches e uma jarra de suco. Fora tudo o que Christopher conseguira fazer sozinho, já que não queria acordar a empregada - mais uma vez. Os olhos da garota brilharam, mostrando o tamanho de sua fome. Ele imaginou quanto tempo ela não comia decentemente e sentiu suas defesas abaixarem só um pouco. Não precisava ser um idiota com ela.

- Vamos começar pelo básico. – ele disse, entregando-lhe um sanduíche – Qual é o seu nome?

A garota pareceu pensar por um momento, analisou o sanduíche e pareceu decidir que era melhor ser alimentada e tratada bem, do que sofrer tudo novamente.

- Dulce. – ela disse vagamente

- Brasileira, não é? - Christopher perguntou – Seu sotaque não é muito forte, mas ainda assim... E você falou em português ainda pouco.

- Sinto muito. – ela disse, bebendo um pouco do suco.

- Não precisa se desculpar. O Brasil é um país lindo e nossas fãs brasileiras são... Intensas demais para serem esquecidas. – ele brincou.

- Disso eu sei. Minha irmã só conseguia falar de vocês, pensar em vocês. – ela comentou e logo seu olhar ficou perdido.

Em algum lugar distante, os pensamentos dela vagavam e era possível perceber que não havia alegrias nas lembranças. Fantasmas lhe assombravam e não parecia haver uma maneira de tirá-la desse mundo. Christopher esperou até que seus olhos voltassem para o mundo real e chegou um pouco mais perto.

- Sente falta? Dela? Do seu país? Sua família? – ele perguntou com um tom de voz baixo, deixando sua voz mais grossa.

- Sim. Mas, preciso aprender a lidar com isso, essa saudade não vai acabar. – Dulce respondeu, sacudindo a cabeça e, com ela, as lembranças.

- Porque você me pertence, agora. – não fora uma pergunta.

- Porque não há mais irmã ou família para quem voltar e matar essa saudade do meu peito. – a garota disse amargamente e o olhou: – Mas disso você entende, certo? Você perdeu sua namorada e...

Christopher levantou-se abruptamente e seu semblante preocupado e tocado pela história da garota mudou para uma expressão quase feroz. Ela não o havia ofendido, nem dito alguma mentira, mas, ainda assim, ninguém deveria falar o fato em voz alta perto dele. Ouvir só tornava tudo mais doloroso, mais real.

- Dói, eu sei. – ela falou, se levantando também para encará-lo.

- Fique quieta. – Christopher avisou entre os dentes.

- É por isso que você se meteu naquele lugar. Para esquecê-la! Tirar a imagem dele da sua mente e...

- CALA A BOCA! CALA A BOCA, GAROTA! – e, num piscar de olhos, ele estava segurando-a por um braço, com mais força do que esperava fazer.

Dulce deu um longo grito de dor e tentou se livrar, mas ele apertou mais um pouco. Era nela que ele descontaria toda sua raiva, mas não tudo de uma vez. Um pouco a cada dia. Se sua alma definharia a cada amanhecer, ele se certificaria que a dela também fosse para o mesmo caminho.

Pelo menos foi o que ele pensou naquele momento, embora, lá no fundo, soubesse que não era capaz de chegar a tal ponto.

- Nunca mais você vai tocar nesse assunto ou, eu juro, que você vai desejar ter sido comprada por qualquer um daqueles homens. – ele grunhiu e a soltou.

Mesmo assustada, ela o encarou. Se ele era inconstante, ela também seria. Precisava arrumar um jeito de sair daquela situação e só desistiria quando todas as suas possibilidades fossem esgotadas.

- Se acabou com suas ameaças, eu gostaria de me retirar. – ela disse friamente, segurando o braço machucado. Já estava roxo antes, naquele momento deveria estar ficando seriamente preto.

Respirando pesadamente, Christopher concordou com a cabeça e ela saiu andando calmamente. Christopher jogou o copo na parede assim que ela sumira de vista.
Atormentado, era isso o que ele estava. Sempre fora o suficientemente centrado, sempre soube o que quis. Mas, há menos de quatro horas, ele se sentia numa montanha russa sem fim.

Dulce se trancou no quarto e caiu na cama. Lutou contra seus pensamentos e medos; lutou contra seu choro, também, até fechar os olhos e cair num mundo de sonhos turbulentos.

(...)

Christopher havia acordado cedo demais. Mal havia dormido, na verdade. E assim que o sol surgiu, ele ligou para pollito. Poderia falar com qualquer um dos amigos, mas ele o entenderia de forma mais rápida e não o julgaria tanto. Mas não adiantou acordar o amigo tão cedo. Já passava das dez da manhã pollito não havia aparecido, ainda.

No momento que ouviu o carro estacionar, Christopher correu para a porta e esperou o amigo sair. O contraste de um para o outro era grotesco: pollito permanecia arrumado, com o rosto liso e o sorriso brincalhão no rosto; enquanto Christopher estava desarrumado, com o cabelo grande demais, a barba por fazer e a expressão séria era apenas piorada pelas olheiras.

- Que merda você fez agora, Urckermann? – pollito já perguntou enquanto entrava na casa, sem esperar o dono do lugar – Você sabe que me tirou da cama quando não devia... E ainda me veio com essa história de leilão, lírio, comprar. Quanto você bebeu na noite passada para parar num leilão de flores!?

- Você pode me ouvir? – Christopher pediu impaciente.

pollito deu de ombros e se jogou no sofá. Christopher sentou numa poltrona e, esfregando os olhos para tentar espantar o sono, começou a explicar tudo o que aconteceu, nos mínimos detalhes. Conforme a história era contada, o sorriso do garoto sumia de seu rosto. Quando terminou, pollito estava apoiando o rosto nas mãos, de cabeça baixa.

- Deixa eu ver se entendi: você entra num leilão e banca o herói, depois vira o bandido misterioso e resolve virar o herói pra depois voltar a ser o bandido. Um momento de hiatos e você muda de mocinho para A Fera? Bêbado e bipolar, Urckermann? – pollito começou a falar, o que fez Christopher levantar-se exasperado:

- E você pensa que eu gosto de estar assim? pollito, olha pra mim!

- Está melhor do que a última vez que te vi. – ele disse, tentando ficar sério – Tinha um homem com voz grossa e gogó em cima de você, lembra?

Christopher resmungou uma série de palavrões e pollito riu, quebrando um pouco o clima ruim.

- Cadê a garota?

- No quarto de hóspedes.

Sem dizer mais uma palavra, pollito foi até a cozinha e pediu para a empregada preparar uma bandeja de café da manhã. Foi preciso esperar alguns minutos, mas quando estava pronto, ele mesmo pegou a bandeja de comida e rumou em direção à escada. Christopher o olhava perplexo demais, mas ele o ignorou. Queria conhecer a garota e desfazer a péssima impressão que o mal humorado havia deixado.

Bateu na porta duas vezes e logo a porta se abriu.

pollito bem que tentou segurar a expressão de surpresa, mas não era conhecido como a pessoa mais sutil do mundo. A menina também tentou, mas não conseguiu. Seu olhar era assustado, mas seu sorriso era irônico.

- Ah, ótimo! Agora eu sou o brinquedinho de toda a banda e mandaram o pior de todos primeiro. Pensei que fossem mais inteligentes. – ela disse ácida, estava pronta pra lutar.

- Eu sou o pollito, mas acho que você já percebeu. – ele falou rindo – E eu vim aqui pra comer... Com você. Não... você!

O olhar assustado piorou e ele viu que a garota era uma péssima atriz. Achando graça, ele foi entrando no quarto enquanto ela ia se afastando. Fechou a porta com o pé e colocou a bandeja na cama.

- Vem cá, menina. – pollito a chamou – Não vou te morder, te amarrar na cama ou fazer você engasgar com um morango. O bipolar você já conheceu, eu sou O irresistível. Aproveite enquanto me tem por perto.

Contagiante. Essa era a palavra que Dulce procurava para definir pollito. Tentou reunir toda a coragem que tinha lhe sobrado e foi até ele. Sentando-se na cama a uma distância segura, a garota estendeu a mão para pegar um corpo de leite. Não esperava que o braço dela estivesse cheio de marcas roxas. Quando Dulce percebeu, era tarde demais. pollito já avançara e segurava sua mão enquanto analisava os ferimentos. Seu sorriso sumiu.

- Não me diga que foi o Christopher. – ele pediu com a respiração pesada.

- Não. – Dulce respondeu calmamente, não era uma mentira completa – Pensei que conhecesse seu amigo.

- Ele se tornou um desconhecido quando a natalia morreu. – pollito explicou, entretido com as marcas.

Devagar, seus dedos foram traçando cada mancha negra estampada nos braços frágeis da menina. Não doía, mas, de certa forma, Dulce ainda se sentia incomodada. Talvez porque não sentia um carinho daquele jeito há séculos.

- Foram os sequestradores. – ela começou – Gentileza é uma palavra que eles desconhecem.

- Esqueça o que passou, candy. – pollito segurou as mãos dela entre as suas – A gente vai dar um jeito. Acho que era isso o que o Christopher queria te falar. Agora, coma! Vou ligar para os caras, eles precisam ver você. Acredite, vai ser fácil ignorar o zangado lá embaixo.

- Vou tentar.

- E eu vou ligar para o pablo trazer algumas roupas pra você. Ele é a moça da banda, vai saber direitinho. – ele disse, se levantando – E haja o que houver, não acredite em nenhum de nós. E se alguém disser que tem permissão para ter mais de uma esposa, é mentira! Aposto que sem as roupas do script>document.write(Liam) você fica bem irresistível, cuidado para não se tornar, minha senhora.

Piscando marotamente, ele saiu e a deixou com um sorriso pequeno nos lábios. Se o objetivo de pollito era fazê-la se sentir, havia conseguido. E, mesmo sem saber o que esperar de um dia inteiro com os cinco homens com rosto de meninos, Dulce não teve tanto medo assim.



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Autor(a): Anna Uckermann

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Capítulo 4 Dulce não viu pollito ir embora porque continuou trancada no quarto o resto do dia. Cora, a empregada, lhe levou algumas refeições e foi algumas vezes até lá para ver se precisava de algo. A senhora não era do tipo carinhosa, mas ainda assim não podia dizer que era tratada mal. Frieza e distância e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • cmsvondy Postado em 04/11/2015 - 01:10:09

    Muitooo linda essa fanfic, parabéns foi mega bem escrita, a história foi incrível !!!! Ameei

  • stellabarcelos Postado em 22/10/2015 - 00:56:14

    Amei muito! Muito lindo! Parabéns

  • ana_vitoria_gadelha_de_souza Postado em 21/10/2015 - 17:32:36

    Postado

  • marianasvs Postado em 20/10/2015 - 22:47:47

    CONTINUAAAAAAAAAAAAAAA MDS, VICIEI, CONTINUA

  • Dulce Amargo Postado em 20/10/2015 - 19:47:16

    Continuaaaaaaaa

  • stellabarcelos Postado em 20/10/2015 - 15:21:29

    Eles não podem conseguir fazer nada com ela!!! Por favor! Continua

  • stellabarcelos Postado em 20/10/2015 - 05:14:33

    Leitora nova chegando agora! Haha tô louca pra você continuar! Postaaaaa

  • heloise_savinon_uckermann Postado em 20/10/2015 - 03:59:46

    Meus* sofrendo* desse* faz* meu* simplesmente tudo* teclado loco eu hein pirou na batatinha ta louco

  • heloise_savinon_uckermann Postado em 20/10/2015 - 03:53:06

    Criatura eu TO chorando aqui com menús bebés sorprendo desde jeito. Gosto de fanfics Assim q me faxes chorra de emoção,qué faz ter Raiva quando algo da errado,ou seja,que mechem com me u emocional,e essa é simplemente tu do isso!! Quando se le essa web VC pensé "O MUNDO PRECISA LER ISSO" e é ISSO q eu desejo q varios leitores venham aqui ler essa Coisa MARAVILLOSA e se emocione tbm......CONTINUUUAAA esto u ansiosa para os próximos capítulos bjinhos:)

  • Juju Uckermann_ Postado em 19/10/2015 - 13:11:55

    Continuuaaa!!!! Q fofos :))!


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