Fanfic: Sempre vou ser sua FÃ - Adaptada - portinon | Tema: portinon

  Fui para o banheiro e Dulce foi para outro que ela disse que tinha nos fundos da casa. Era o de visitas. 

   Fiquei muito tempo tomando um banho beeeeeem gelado. Juro que se não fosse tão tarde, eu iria embora pra casa, de tanta vergonha que eu estava.  

    Mesmo depois de ter terminado o banho, fiquei um bom tempo no banheiro. Eu estava sem coragem de encarar Maite.

    Depois de um bom tempo voltei para o quarto e para meu desespero, a luz do quarto estava acesa e Dulce estava sentada na cama olhando pra mim. 

Dulce: Any...

Anahí: Oi Dul... 

     Ela esperou que eu chegasse perto e me puxou levemente pela mãos, abriu as pernas e me abraçou sentada mesmo e eu estando em pé.

Dulce: Você me desculpa?

Anahí: Desculpar pelo que Dul? A culpa é minha...

Dulce: Não existe culpa sua! Você estava fazendo algo por mim... Queria pedir desculpas por ter te deixado constrangida.

Anahí: Tudo bem... só estou com vergonha... - disse olhando pra baixo.

    Ela levantou meu queixo para eu olha-la. 

Dulce: Não precisa Any! 

    Ok... não precisava? Olha situação que eu estava... ela sentada, com as pernas abertas, me abraçando em pé na frente dela! Ela não estava contribuindo em nada.... Ou estava? Nossa, ela era tão fofa! Ela me olhava com aqueles olhos de gatinho do Shrek.

Dulce: Olha... prometo que hoje não vou fazer mais nada ok? 

   Ela disse "HOJE"?

Anahí: Tudo bem!

Dulce: Se eu fizer alguma coisa que esteja te deixando constragida, você me avisa que eu paro na hora! Eu sou carinhosa assim mesmo e pode ser que ao seu modo de ver, eu esteja passando dos limites! Eu não quero que você fique chateada comigo, portanto me avise se você não gostar de algo!

Anahí: Eu não vou ficar chateada Dul! Lógico que não!

Dulce: Que bom!

    Ela levantou e continuou abraçada comigo.

Dulce: Vamos dormir agora! E agora, é dormir MESMO! - disse rindo.

     Enquanto ela foi apagar a luz, eu deitei na cama. Quando ela deitou na cama, ela me abraçou e me deu um beijo demorado no rosto. 

Dulce: Boa noite minha menina dos olhos azuis...

Anahí: Boa noite... - pensei se deveria falar mesmo, mas não resisti - minha Ruiva encatandora!

    Ela sorriu e me puxou para mais um beijo. Fechei os olhos e fiquei me desfrutando do que me restara aquela hora: sentir sua respiração e seu abraço. Já estava ótimo não estava?

   Apesar da ansiedade e coração disparado, não demorei muito pra dormir.

    Dormi e sonhei que estava transando com a Dulce na minha cama do meu quarto no Brasil. No próprio sonho eu dizia "não devo fazer isso!", "não posso", "não quero". Por mais que a sensação naquele momento fosse boa. Eu não consgeuia ver muito do sonho, não estava muito nítido. Mas eu sabia o que estava acontecendo.

    Acordei com um carinho nos meus lábios. Abri os olhos devagar e me deparei com o rosto de Dulce sorrindo pra mim com um olhar cheio de ternura. Ela estava apoiada por abraço pra ficar só com o tronco e cabeça em cima de mim e com a outra mão, acariciava delicadamente meus lábios. 

Dulce: Bom dia ... - disse sorrindo. 

   Eu sentia seu hálito matinal. Mew, como até isso dela era bom? Fiquei até com vergonha de falar com ela tão perto de mim, assim sem escovar o dente. Eu não tinha a mesma graciosidade que ela tinha.

Anahí: Bom dia! - falei. Não iria ignora-la, lógico. E assim, não pude deixar de soltar um sorriso.

Dulce: Dormiu bem? - continuando a acariciar meus lábios. Será que eu deveria avisa-la que eu estava começando a ficar constrangida? Será que era um teste? Mas eu não queria que ela parasse...

Anahí: Dormi...

Dulce: Que bom... estava tão linda dormindo...

     Aquele olhar... Calma, respira Anahí... Aquele olhar ... era assim que ela olhava para o Rodrigo... um olhar apaixonado! Será que era coisa da minha cabeça?

Anahí: Voce dormiu bem...?

Dulce: Que pergunta! Óbvio! Você podia dormir aqui todo dia né?

    Eu sorri. Me deu uma vontade de joga-la na cama e enche-la de beijos. Porque ela era tão fofa assim comigo?

Anahí: Bom... quando o Rodrigo não estiver aqui, eu posso vir, se você quiser, é claro...

Dulce: Eu quero!

     Eu sorri e ela me deu um beijo no rosto e eu a virei para que eu também beijasse seu rosto.

Dulce: Eu gostei de dormir com você do meu lado... você é tão carinhosa comigo! Mesmo ainda ficando constrangida, mas eu entendo o motivo... Mesmo assim, você me fez sentir muito bem...

Anahí: Você não se sente assim com o Rodrigo?

Dulce: Ah... nós transamos sempre que ele está aqui... Eu o amo e amo ficar com ele... Mas ele, sei lá... ele tem o jeito dele! É mais fechado... mais  na dele! É o estilo dele, eu sei, mas eu sinto falta de receber carinho também! Ele não me impede de nada nem rejeita nada que eu faço... mas às vezes eu gosto de receber também!

Anahí: Sério Dul? Ele parecia ser carinhoso com você - eu disse, mesmo não concordando muito.

Dulce: Ele é carinhoso! Mas o jeito dele, então não é o tempo todo... Sei lá, talvez eu esteja pedindo demais!

Anahí: Você é namorada dele, é obvio que pode pedir demais!

Dulce: Já conversei com ele a respeito disso, mas é o jeito dele né fazer o que...

    Fiquei a olhando e seu olhar tinha tristeza. Ela amava Rodrigo, isso era óbvio, mas cada vez mais eu tinha a certeza do que eu pensava sobre os 6% de amor que ele dedicava a ela enquanto Maite dava logo uns 99%.

Anahí: Você merece amar alguém que te ame de verdade...

Duce: Ele me ama de verdade Any... mas do jeito dele!

Anahí: Mas não é justo que você se sinta triste quando pensa em tudo isso! Você se dedica por inteiro pra ele! Não é justo que ele permita que você se sinta assim por causa dele!

     Os olhos de Dulce encheram de lágrimas e eu fiquei sem graça. Ela deitou-se de lado na cama e eu fiz o mesmo a abraçando.

     Ela não chorou, mas ficou em silêncio. Apertei ela bem forte em meu abraço e lhe dei um beijo no rosto.

Anahí: Ah Dul.. Ele te ama, eu sei... só quero que você seja feliz...

Dulce: Obriagada Any...

    Ela ficou em silêncio no meu abraço durante um bom tempo. Comecei a fazer carinho em seus cabelos e no seu rosto. 

    Era estranho ver aquela mulher sempre forte daquele jeito, tão frágil em meus braços. Ela que a poucos instantes estava me deixando louca por tanto carinho, estava ali em meus braços suplicando por atenção. Tive vontade de protege-la e lhe fazer feliz. De repente tudo ficou confuso da minha cabeça. Lembrei das cenas de nós duas durante a noite e pensei naquela cena que estava acontecendo. Fiquei morrendo de medo que aquilo atingisse nossa relação no trabalho. E se ela pensasse melhor e se sentisse constrangida por nossa noite, ou pelo quase choro? Fiquei morrendo de medo. Apesar de tudo, eu guardei tudo isso pra mim e continuei lhe dando carinho que era o que ela mais precisava naquele momento.