Fanfic: Um olhar de amor AyA (Adaptada) | Tema: AyA - Ponny

  Anahi não acreditava que seu corpo houvesse decidido acordar para a vida agora. Naquela noite, mais do que em qualquer outra, ela deveria se concentrar em dormir, conseguir comida e decidir o que fazer depois. Em vez disso, estava deitada na banheira, pensando no Sr. Gostosão com seus olhos verdes e sorriso malicioso. Sem falar naquele corpo ridiculamente perfeito - alto, musculoso, com ombros largos. A frustração tomou conta dela. Tinha o mau pressentimento de que, se saísse daquela maravilhosa banheira, em vez de afundar na cama certamente luxuosa do quarto, ficaria se revirando no colchão com o desejo não saciado a noite toda.

  Não, que droga. Quando ela deixará o ex marido, jurara tomar conta de si mesma. Na época havia pensado que isso significasse apenas dinheiro, emprego e moradia. Estava claro, ela pensou, balançando a cabeça, cheia de culpa, que também significava que, se estava sentindo um desejo sem controle, teria que cuidar daquilo também. 

  Ela se remexeu na banheira com aquele pensamento um tanto chocante e, enquanto a água quente flutuava sobre suas curvas, tentou calcular havia quanto tempo não se divertia com sexo. Havia quanto tempo não podia explorar seu corpo e ceder às suas necessidades naturais. Havia quanto tempo tinha vergonha de seu apetite sexual?  Que bom seria se as respostas não fossem tão dolorosas. Não, ela não faria isso naquela noite. Não depois do que já passara. 

  O amanhã logo chegaria. Mas, aquela  noite... bem, talvez aquela noite fosse sua chance de começar a dar os passos muito necessários para reivindicar uma parte de si mesma que ela fora forçada a negar por muito tempo. 

  Ao fechar os olhos, forçando-se a relaxar mais na banheira quente, Anahi colocou as mãos logo acima dos seis e as manteve ali, sentindo o bater acelerado do coração. Devagar, desceu-as pelo peito, sobre os seios fartos, e conteve um suspiro ao notar as sensações de prazer surpreendentes que a percorreram. Costumava adorar que brincassem com seus seios, que uma língua os lavasse, que os lábios de um homem os sugassem e saboreassem. Anahi não recuperava essas fantasias havia muito tempo, mas, naquela noite, era apenas ela, suas mãos e aquela banheira com água quente. Não havia ninguém lá para lhe dizer que ela era uma vadia por gostar do que gostava. 

  Afogada nas lembranças sensuais havia muito enterradas, deixou seus pensamentos voarem para uma cena em que estava nos braços de um homem e a cabeça dele estava abaixada sobre seus seios. Depois, ele ergueu a cabeça, e ela engasgou quando uma corrente de excitação a atingiu entre as coxas. Porque o homem era igual a Alfonso. 

  Anahi deveria ter parado de se tocar naquele instante. Sabia que deveria ter tido o aut controle para sair da banheira e ter a noite de sono que precisava desesperadamente. Mas havia passado tanto tempo sem aquilo. Tempo demais. Estava com 30 anos e a caminho do seu apogeu sexual, certo? Era mais um motivo para ficar brava. Era mais uma parte de sua vida a reivindicar. Estava segura ali, naquela noite, tinha a chance de se sentir normal de novo, e aproveitaria.