Fanfic: Um olhar de amor AyA (Adaptada) | Tema: AyA - Ponny

  O que quer que a mãe de Alfonso houvesse lhe ensinado, ela com certeza esquecera a lição de deixar uma garota nua sozinha para recuperar a compostura. Pois, em vez de deixá-la sair da banheira e vestir-se em paz, ele deixou um olhar de apreciação passear para cima e para baixo na pele nua dela. As mãos dela coçavam para tentar cobrir mais partes do corpo. Mas de repente outro pensamento a assaltou. A garota nua na cama de Alfonso era muito mais magra que Anahi e não demonstrara vergonha nenhuma ... Por que ela, Anahi, tinha de ter vergonha de suas curvas? Além disso, ouvira muitas vezes, de certa pessoa, que precisava perder peso. Pois nunca mais faria regime. Por ninguém. Manteria os músculos e as curvas, muito obrigada.

  Vestindo aquela fantasia de coragem de novo, ela disse:

  - Ainda estou nua, sabia?

  - Com certeza - ele afirmou, demonstrando enorme prazer com a situação dela.

  Por que ela não estava mais irritada com ele? OU, mais importante, por que não estava com medo? Ele era muito grande. Muito maior do que ela. As mãos poderiam lhe fazer um enorme estrago. Sem falar das outras partes do corpo dele que podiam machucá-la...

  E, ainda assim... não sentia medo dele. No início, ficara preocupada em entrar no carro dele, mas, depois, quando ele havia começado a falar da família, aquela preocupação desaparecera. Anahi havia tentado forçá-la a reaparecer na cozinha, quando ele insistira em ver o machucado em seu rosto, mas a verdade era que ela não fugira por medo de que ele a machucasse. Não, ela queria fugir por causa de um medo completamente diferente. Medo de sua própria reação à ele. Do quão forte e imediata havia sido.

  E lá estava ela, nua e molhada na água que esfriava rápido, ainda sentindo aquela reação. Mais do que nunca, na verdade. Irritada consigo mesma por conta dessa sua estranha fraqueza e com Alfonso por ser tão obstinado, ela disse, com uma boa medida de sarcasmo:

  - Você não entende muito bem quando recebe um toque, não é?

  Ele sorriu, um bonito sorriso que provocou uma reação estranha na barriga dela.

  - Sou melhor com pedidos diretos.

  - Saia.

  Ele sorriu de novo e, depois, deu uma boa gargalhada.

  - Quer uma toalha primeiro?

  - Então, com melhor você quis dizer terrível?

  A resposta dele foi entrar mais no banheiro em vez de sair. Puxou uma toalha grossa e peluda do suporte aquecido.

  - Aqui está.

  Ele segurou a toalha longe o suficiente para que ela tivesse que se levantar, sair da banheira e andar até ele para alcançá-la.