Fanfic: Um olhar de amor AyA (Adaptada) | Tema: AyA - Ponny

  Que inferno.

  Alfonso já havia feito uma boa cota de loucuras, participado de várias sessões de sexo acrobático. Porém, nenhuma daquelas noites chegara aos pés de ver Anahi ter um org**** na banheira. E não havia um único corpo de modelo que tivesse um grão da sensualidade que impregnava cada célula do lindo corpo nu de Anahi. Ao olhar para baixo percebeu que a toalha estava tremendo em suas mãos.

  Alfonso esforçou-se para ficar calmo. Não devia ter ficado no banheiro, sabia disso. Porém, não conseguia evitar. E também não achava que ela quisesse realmente que ele saísse. Ainda assim, uma vozinha de racionalidade lhe dizia que deveria dar a toalha a ela antes que ela se secasse sozinha. Entregou a toalha e ela agarrou o tecido antes de erguer o olhar para encontrar o dele.

  - Sr. Gostosão?

  Ele viu a surpresa aparecer no rosto dela pela forma que o havia chamado. Sr. Gostosão.

  - Você está falando comigo, né? - ele perguntou, feliz em vê-la abrir outro daqueles belos sorrisos que quase o faziam desmaiar.

  - É um belo apelido, não acha? - Antes que ele pudesse responder, ela avisou: - Você precisa soltar a toalha.

  Ele sabia disso. Mas, que diabo, não tinha certeza de que conseguiria se lembrar do próprio nome naquele momento. Como poderia ativar o cérebro o suficiente para tirar os dedos da toalha?

  - Sinto muito.

  Ele realmente sentia muito, em especial por que ela se enrolou com rapidez na grande toalha.

  - Essa banheira é ótima.

  Ele com certeza parecia um idiota parado ali, sem conseguir responder. Por acidente, havia visto quando ela dera a si mesma o que parecera um org**** maravilhoso, e tudo o que ela tinha a dizer era que a banheira era ótima?

  - Não sei se a banheira teve alguma coisa a ver com isso - ele disse por fim.

  Adorava o som daquela risada dela, adorava o fato de que soava mais cristalina a cada vez que a ouvia.

  Ela encolheu os ombros ao passar por ele, prendendo a toalha em um ponto entre seus seios incríveis.

  - Um homem nunca deve subestimar o poder de um jato bem colocado - foi a resposta de Anahi quando caminhou até o espelho e começou a pentear os cabelos com os dedos.

  Como ele continuou parado ali, observando-a pelas costas, ela ergueu uma sobrancelha, olhando para o espelho.

  - Tenho certeza de que você está cansado.

  De jeito nenhum. Ele não estava cansado. Estava excitado. Como nunca estivera antes.

  - Não preciso dormir muitas horas.

  Ela balançou a cabeça e virou-se para ele.

  - Bom, eu preciso - Com isso, ela saiu do banheiro e caminhou até a porta que dava para o corredor.. - Boa noite.

  Ele seguiu, obediente, para a porta, muito depois de já ter passado da hora de deixá-la sozinha.

  - Boa noite.

  Apesar de sua ereção ainda estar pulsando dentro das calças, quando passou por ela, o beijo que queria lhe dar não a faria implorar por outro org****. Não, o que queria mesmo era dar um beijo na testa dela. Queria dar-lhe um beijo gentil que a fizesse saber que estava segura com ele. Que ela sempre estaria segura com ele.

  Porém, não recebera permissão para aquele beijo e sabia, por instinto, que era melhor não fazer nada que ela não houvesse oferecido. Estava na metade do corredor quando a ouviu dizer:

  - Sr. Gostosão?

  Ele novamente abriu um sorriso ao escutar o apelido que lhe dera - tinha que ser um bom sinal, certo? - e voltou-se.

  - Sim?

  Apesar do apelido, ela parecia séria de novo. Muito séria.

  - Obrigada. Por tudo que você fez esta noite.

  Ele sentiu um aperto no peito com aquelas palavras sinceras. E como o "obrigada por tudo que você não fez" que ela não estava dizendo, palavras não ditas que soavam com tanta clareza quanto aquelas expressas em voz alta.

  - Você não precisa sair da casa de hóspedes e ir para a casa do seu irmão. Acho que não tem problema você ficar aqui no final do corredor, em vez do outro lado do vinhedo. Ele esperava que ela quisesse dizer que se sentia mais segura com ele na casa, em vez de sozinha, e respondeu:

  - Durma bem.

  - Acho que vou dormir bem mesmo.

  E, assim, a porta foi fechada e ele ficou olhando durante bastante tempo para o lugar onde ela estivera.

  Alfonso Herrera não havia percebido que, naquela noite, sua vida mudaria para sempre. Mas havia mudado. Porém, o mais incrível - chocante - era que ele não estava nem um pouco interessado em lutar contra aquela mudança. Em vez disso, estava se preparando para uma luta diferente ... pelo coração de Anahi.