Fanfic: Um olhar de amor AyA (Adaptada) | Tema: AyA - Ponny

Anahi quase nunca tinha achance de falar de seu amor pelo quilting. Pelo que se lembrava, só fizera com as participantes da associação de quilting, havia muitos e muitos anos. Ela sentia uma falta terrível daquelas mulheres ... e da paixão que compartilhavam. Foi provavelmente por isso que se ouviu dizendo a Alfonso:

  - Comecei quando perdi uma grande amiga da faculdade em um acidente de carro. Ela era uma "quilteira" apaixonada. A mãe dela tinha uma loja na cidade. Foi a maneira que achei para manter minha ligação com ela. E me deu outra coisa em que pensar. O movimento das mãos e da agulha, as combinações de tecido e as formas, a construção de algo que eu podia criar. Às vezes quase posso senti-la me observando lá de cima com um sorriso.

  - Tenho certeza de que ela faz isso.

  Ela se assustou com as palavras de Alfonso. havia mesmo dito tudo aquilo para ele? De alguma forma, ele conseguira que ela falasse de sua paixão pelo quilting, um assunto que encheria de tédio qualquer homem do mundo.

  Ela não ficou nada confortável ao perceber que Alfonso tinha se tornado a exceção. E que era muito bom compartilhar suas ideias com alguém que realmente a ouvisse.

  Estava sendo idiota, deixando-se acreditar que aquela fantasia de sentar-se com um homem maravilhoso no topo de um morro em Napa Valley tinha algo a ver com sua vida real.

  Não tinha.

  Ela apoiou o sanduiche e forçou-se a encará-lo, mas, antes que conseguisse dizer alguma coisa, ele declarou:

  - Ah, não. Essa não é uma boa expressão.

  Ela não ia sorrir. Não havia espaço para sorriso quando ela estava prestes a definir a situação com ele, quando estava prestes a esclarecer a posição dos dois.

  - Por que você está sendo gentil comigo?

  - Eu gosto de você.

  O brilho que as palavras dele causaram era forte demais. Quente demais. Enquanto se esforçava para afastá-lo, ela comentou:

  - Você não me conhece.

  - Estou começando a conhecer.

  Sem pausas. Sem palavras suaves. Sem tentar seduzi-la até concordar com ele. Ele não percebia o quanto suas respostas honestas estavam deixando tudo mais difícil para ela?

  - É isso que você faz?

  - O que estou fazendo?

  - Você continua me ajudando, fazendo meu café da manhã, pedindo ao Christian para ser gentil comigo o dia todo.

  Ele franziu as sobrancelhas e ela percebeu que ele estava confuso.

  - Há algo de errado com querer fazer você sorrir?

  Ah. Por que ele teve que dizer aquilo?

  Ela não conseguia pensar em nenhum outro homem que quisesse apenas fazê-la sorrir. Nem mesmo o homem com quem se casara. Frustrada consigo mesma por ser tão fraca - por derreter tão facilmente - ela se esforçou a questioná-lo mais uma vez:

  - Entendo se você gosta de salvar pessoas, mas ...

  - Não sou um santo. Sempre vou cuidar da minha família, mas nunca saí procurando por mulheres que precisassem ser salvas. E não foi por isso que pedi para você ficar.

  A voz baixa de Alfonso interrompeu a acusação que ela fazia e ela se viu incapaz de desviar o olhar da expressão séria dele. Sentiu-se uma cretinapor fazer tudo o que podia imaginar para evitar que acontecesse algo muito, muito idiota, como ela se apaixonar por ele.

  - Olha Alfonso, você tem sido muito gentil mesmo. - Apesar de ter demorado para entregar a toalha a ela na noite anterior, Anahi acrescentou em pensamento, corando. - Mas nós não vamos fazer ... bom ... você sabe.

Ela meio que esperava ( emeio que queria) que ele dissesse que ela estava errada. Que eles iam, na verdade, acabar fazendo bom-você-sabe- se ela ficasse muito mais tempo por perto. Em vez disso, a expressão dele ficou mais séria.

  _ Mais cedo, quando estávamos no vinhedo, quando pedi que você ficasse, você não queria. Porém, eu não desisti até você acabar cedendo.. - Alfonso passou uma mão pelo cabelo, deixando perceber que estava chateado consigo mesmo. - Eu nunca vou querer força-la a fazer algo que não queira, Anahi. Nunca vou querer tomar algo de que você não queira me dar.

  Era a deixa perfeita. A chance dela dizer que nunca tivera a intenção de ficar, de deixar claro que não havia ligação entre eles e de que estava na hora de pegar a estrada. En tão por que se ouviu dizendo "eu queria ficar"?

  A verdade pura daquela afirmação ressoou dentro de seu plexo solar. Pelo jeito, a verdade não ligava se ela queria que aquilo fosse verdade ou não.

  - Eu quero ficar - ela repetiu em um tom mais firme.

  Sim, queria passar mais tempo comAlfonso. Não devia, mas queria. O sorriso dele voltou mais suave, e de alguma forma mais poderoso.

  - Que bom. Você estava dizendo alguma coisa sobre nós não fazermos ...?

  Ela deveria ter dado uma resposta rápida, algo para colocá-lo em seu lugar. Mas bem naquele momento, com o sol de Napa Valley brilhando sobre ela e as videiras, não lhe restava nada além da honestidade.

  - Não tenho a amizade de um homem há muito tempo.

  Ele ficou em silêncio por um longo momentoe, embora o frio em sua barriga a mantivesse olhando para o horizonte, ela podia sentir o olhar dele.

  - Eu ficaria honrado em ser seu amigo, Anahi.

  Ela sentiu que prendia a respiração. Gostava tanto dele que era quase impossível não agarrá-lo e beijá-lo. Certa de que ele conseguia ouvir-lhe o bater do coração, que estava tão alto para seus prórpios ouvidos, em vez de beijá-lo Anahi teve que contentar em susurrar:

  - Eu também gosto de você.

* Meninas estou adorando os comentários de vocês, continuem, isso dá ânimo pra postar a história. No próximo capítulo tem beijo, segurem os corações de vcs <3 Anahi é meio insegura e confuasa mesmo pelo passado que teve, mas logo o Sr.Gostosão Herrera dá um jeito nisso. Vou tentar postar mais dois capítulos hoje pra vcs curtirem o beijo logo ;***