Fanfic: Um olhar de amor AyA (Adaptada) | Tema: AyA - Ponny

Não demorou muito para o sol se pôr e as modelos estarem realmente exaustas.

- Vamos encerrar por hoje. - Alfonso avisou. - Ótimo trabalho, pessoal. - Ele fez questão de olhar para Anahi também, embora ela houvesse feito pouco para ajudar. - Muito, muito bom.

Anahi viu o quanto o elogio dele era importante para todos. Inclusive para ela.

- Meu irmão, Marcus, convidou todos nós para tomar drinques e jantar na casa dele esta noite. Ele apontou para a grande casa do outro lado do vinhedo. - Christian, por que não leva todo mundo para lá?

Sem que pedissem, Anahi ajudou as modelos a tirar os vestidos, dizendo a cada uma delas o quanto estava impressionada com o trabalho que fizeram.

- Como conseguem ficar paradas naquelas poses por tanto tempo?

Amanda já estava no telefone, mas Jackie, uma menina tímida e "mais velha" (que não tinha nem 21 anos, mas Anahi já aprendera que isso era ser quase uma anciã naquele meio), contou:

- Eu faço ioga.

O sorriso da menina era muito bonito e Anahi sorriu de volta.

- Foi bom ter você no set - Jackie afirmou. - Foi como ter minha mãe aqui para cuidar de nós.

Anahi conseguiu, de alguma forma, manter o sorriso. Ela era apenas nove anos mais velha que Jackie. E, ainda assim, supôs que a modelo estivesse certa. Se experiência de vida valesse de algo, elas teriam um século de diferença.

Christian carregou a enorme van com baús e araras de roupas e equipamentos de fotografia. Depois reuniu todo mundo.

- Você vem Anahi?

Ela estava tentada a ir com o grupo, em vez de ficar sozinha com Alfonso. Mas sentia-se suja. Mesmo que não tivesse roupas melhores para usar na casa de Marcus, o mínimo que podia fazer era ficar mais cheirosa. Um banho era absolutamente necessário.

- Vou ao toalete. Encontro vocês daqui a pouco.

Vou ao toalete.Por favor, até na maneira de falar ela parecia ser a mãe da Jackie.

Depois de todos saírem, ela se voltou para olhar Alfonso. Pensar nele a fazia derreter por inteiro. No início não o encontrou e, depois, percebeu que ele estava atrás de uma de suas grandes câmeras ... apontada para ela.

Por instinto, cobriu o rosto com a mão. Meu Deus, o que ele estava fazendo? E o que ele veria? Ele seria capaz de enxergar além do horrível machucado e ver que ela estava derretida por dentro? Ele veria como ela se sentia uma covarde por não ter ligado para a polícia ainda, por apenas se esconder ali com ele, as modelos e a equipe?

E ele veria que ela passara a gostar dele cada vez mais durante o dia todo, apesar de saber que não deveria sentir nada?

Irritada com ele (e consigo mesma por se importar), caminhou em sua direção. Ele já havia baixado a câmera quando ela disse:

- Achei que todos os equipamentos estavam guardados.

- Sempre me sinto melhor se fico compelo menos uma câmera. Só para o caso de aparecer alguma coisa que eu precise fotografar.

- Você não precisa me fotografar.

- Não consigo resistir à vontade de fotografar o que é belo. - ele respondeu suavemente antes de colocar a câmera na bolsa. - Desculpe não quis deixar você sem jeito. Espero que me perdoe.

O olhar dele - quente e suave, ainda assim cheio de um desejo que ele não se preocupava em esconder - fez com que ela percebesse o quanto estava sendo ridícula.

- É só que, com este machucado... - ela começou a dizer, erguendo a mão para escondê-lo.

No entanto, antes que pudesse continuar, ele disse:

- Você é linda.

A mão dela estava quase sobre o rosto quando percebeu que não precisava mais esconder o machucado. Porque ele não parecia achar que aquilo a deixava feia. E também não parecia achar que aquilo a fazia parecer fraca.