Fanfic: Um olhar de amor AyA (Adaptada) | Tema: AyA - Ponny

Andar devagar para a casa de hóspedes em meio à escuridão, apenas com o luar para iluminar o caminho, foi incrivelmente romântico. Muito mais romântico do que ela poderia permitir que fosse.

- Quando você começou a fotografar?

Na escuridão, ele lhe lançou um olhar que mostrava que sabia que ela estava querendo conversar amenidade.

- Eu costumava roubar a Polaroid do meu pai e irritar todo mundo com ela.

Ela sorriu ao imaginar um pequeno Alfonso documentando o mundo ao redor.

- Você sempre se concentrou em fotografar pessoas?

- Eu experimentei de tudo, mas no final, sempre achei as pessoas e suas emoções mais iinteressantes que o resto.

Durante o dia todo, ela havia tentado identificar a magia de Alfonso.

- Era isso o que você estava procurando hoje - Anahi disse de repente, ao entender. - Emoção.

Os olhos dela encontraram os dele e perceberam que, embora ela não fosse uma das modelos, era exatamente aquilo que ele estava provocando nela também.

- Você nos ajudou muito hoje.

Ela corou com o elogio.

- Fiquei feliz em ajudar de alguma forma. - Gesticulou em direção á propriedade. - Poder ficar aqui hoje foi maravilhoso. Foi como estar em um mundo de fantasia.

Eles chegaram à varanda e Alfonso abriu a porta para ela, sempre cavalheiro.

Ela parou de repente na sala de estar e ele trombou nela. O calor dele queimou-a e ela deu um pulo para longe.

- O que é tudo isso?

Uma arara de roupas, como as que guardavam as roupas das modelos durante a sessão de fotos, via-se no meio da sala. Estava cheia de roupas que pareciam que serviriam nela, em vez de serem meninas de 19 anos que eusassem pp e medem 1,80.

- Pedi que entregassem algumas coisas para você.

- Como fez isso? Esteve trabalhando o tempo todo, com mais dedicação que qualquer um.

Ela não se lembrava de tê-lo visto fazer intervalo, além do almoço. Mesmo quando o restante da equipe estava relaxando entre uma foto e outra, ele se mantinha ocupado arrumando tudo e analisando  o trabalho do dia.

- Você fica ótima de jeans, ótima mesmo, mas sei que não estava muito feliz em ir para a casa de Marcus hoje usando isso. Se tem algo que consigo é pedir a entrega rápida de roupas bonitas.

Ele era tão doce. E modesto. Mas...

- Não tenho dinheiro para pagar por estas roupas, Alfonso. Foi uma ideia adorável, mas não posso usá-las hoje.

- Me deixe fazer isso para você - ele pediu.

- Não posso.

Mas, ah, como queria. Mesmo na sua vida anterior, quando tivera dinheiro, nunca usara roupas tão maravilhosas.

- Você pode.- Ele não se aproximou, mas o calor de suas palavras percorreu a pele dela como uma carícia quando ele disse: - Não vou cobrar nada por isso depois.

Por instinto, ela sabia que ele estava dizendo a verdade. Ele nunca a manteria presa a nada. Então, por que isso quase a assustava mais?

Alfonso era ótimo. Mais que ótimo. Ela deveria deixar de agir como um gato nervoso, expondo as garras ao menor barulho. Acabou se sentindo uma ingrata em relação às roupas e pediu:

- Podemos recomeçar e fingir que acabamos de entrar?

- É claro.

Ele foi até a porta e segurou-a aberto. Para acompanhá-lo, ela saiu para a varanda e deixou que ele abrisse a porta para ela de novo.

- Uau, Alfonso! Que roupas lindas! Muito obrigada.

- De nada.

Anahi teve que se esforçar para se afastar dele, em vez de se aproximar. Mais uma vez, queria envolvê-los nos braços e beijá-lo. Ela nunca fora assim antes, vacilante entre um extremo e outro ... querendo fugir em um momento e correr para os braços dele em outro.