Fanfic: Um olhar de amor AyA (Adaptada) | Tema: AyA - Ponny

Ela estava mudando muitas coisas em sua vida, certo? Então pararia de fugir. Não mais recuaria diante de uma ameça. E ela se imporia e conseguiria o que quisesse, quando quisesse.

Como ela queria Alfonso!

Não poderia estar pensando isso, sabia que não deveria pegar esse caminho, mas...

- Que inferno - acabou murmurando.

Alfonso ergueu uma sobrancelha e ela esforçou-se a encará-lo.

- Não acredito que estou prestes a dizer isto. - ela engoliu em seco e apertou as mãos n afrente do corpo em um gesto nervoso. - Na verdade, nem sei como dizer.

- Você sabe como deixar um homem em suspense - ele comentou em um tom um pouco rouco.

Anahi respirou fundo e forçou-se a falar.

- Talvez devêssemos ter apenas um caso.

- Um caso?

Ela podia sentir o rubor percorrer sua pele.

- Claro. Como você disse, por que não? - O nervosismo a fazia balbuciar. - Ontem à noite foi ótimo e você estava certo, eu estava um pouco bêbada e provavelmente teria acordado hoje me sentindo estranha com tudo aquilo. Mas não estou bêbada agora.

- Não - ele disse sem afastar seu olhar intenso dela - Você não está.

- Decidi ficar para ajudar. Pelo restante das sessões de fotografia. Não vou arrumar a mala de novo e procurar você para me despedir. Não importa o que aconteça, você pode contar comigo.

Deus, que situação estranah! Por que ele não a agarrava e pegava logo o que ela estava tentando, de forma patética, oferecer?

- Nós dois obviamente temos uma ligação. Somos adultos e não estamos sendo forçados a nada. Parece fazer sentido que, enquanto eu estiver aqui, nós possamos apenas, bom, aproveitar isso.

- Está dizendo que quer transar comigo?

Ela quase teve um org**** com o som rouco da voz dele... e o que ele dissera.

- Estou. - a palavra saiu trêmula de desejo. - Muito.

Ele sorriu com a palavra roubada de seu bilhete de café da manhã.

Ela podia sentir, podia ver o quanto ele a desejava. E, ainda assim, ele não a estava puxando para junto do corpo, não a estava possuindo bem ali entre as fileiras de videiras sob o luar.

- De todas as coisas que eu pensei que você me diria hoje, Anahi, essa não estava na lista.

Sério? Ela havia se matado para dizer tudo o que pensava e ele pretendia ser digno de novo, não pretendia?

Não, não e não!

- Me beije de novo.

- Prometi a mim mesmo que não tomaria de você nada que você não quisesse me dar.

- Eu quero beijar você. Quero que você me beije. Passei o dia todo querendo que você me beijasse.

Alfonso segurou a mão dela, subiu correndo os degraus da entrada e chutou a porta da frente, sem parar na sala de estar, mesmo que significasse esperar mais alguns segundos pelo prazer pelo qual ansiava. Ele a queria em uma cama, do jeito que imaginara por 48h seguidas, nua e corada de desejo - e prazer - com ele.

No final, pareceu que havia cruzado metade do país só para chegar ao quarto, mas finalmente eles estavam lá. Alfonso fechou a porta e trancou-a, antes de se forçar a largar a mão de Anahi e afastar-se alguns centímetros.

- Tem certeza de que quer fazer isso?

- Tenho.

Ela não havia hesitado, mas ele insistiu.

- Certeza absoluta?

- Sim.

Mais uma vez, não houve hesitação, apenas uma irritação crescente nos olhos dela por ele estar se contendo. Mas ele gostava demais dela para se arriscar a magoá-la de alguma forma.

- Depois que começarmos, não vou conseguir parar. Eu quero tanto você.

Com isso a fraca irritação nos olhos dela foi afastada pela necessidade, e els se dilataram com a força de sua excitação.

Ele não queria assustá-la - não queria que sentisse medo nunca mais - mas ela precisava saber.

- É sua última chance de mudar de ideia.

Antes que ele pudesse recuperar o fôlego, os dedos dela enroscarm-se em seus cabelos e a boca dela estava na dele, a língua apertando-se contra a dele. Ele a levantou nos braços e a colocou na cama, sem afastar sua boca nem um segundo. Não havia elegância nem doçura nos beijos deles.

Como poderia, se os dois eram puro desejo?

A ideia de comportar-se como um cavalheiro sumiu rapidamente. Tudo o que importava era Anahi. Venerar o corpo dela.

E amá-la.