Fanfic: Um olhar de amor AyA (Adaptada) | Tema: AyA - Ponny

Anahi estava olhando o ex-marido, caído no chão, parecendo tão pequeno, quando os dedos de Alfonso acariciaram com calor e delicadeza seu rosto dolorido.

Ela voltou o olhar para ele enquanto ele a abraçava.

- Anahi, querida. Ele bateu em você. De novo.

Mas ela não se importava com o próprio rosto, não quando ainda conseguia ouvir o barulho assustadoramente alto de ossos batendo cada vez que Alfonso tinha acertado Rodrigo com o punho.

- Por favor, diga que não machucou sua mão.

- Sou feito de aço, não marshmallows, lembra? - ele disse com um sorriso. - São necessários mais do que alguns socos para machucar meus dedos.

Ela podia sentir a raiva e o medo pela segurança dela irradiando-se do corpo dele.

- Mãos sangrentas valem a satisfação de garantir que ele nunca mais se aproxime de você.

Ela sabia que Alfonso queria causar mais estragos em Rodrigo para compensar o que o ex-marido fizera a ela - não apenas o machucado no rosto, mas os anos de controle sobre ela... e a falta de amor.

Anahi pegou as duas mãos dele entre as suas e segurou-as perto do coração.

- Você disse que faria qualquer coisa por mim.

- Qualquer coisa - ele confirmou.

- Ele não vale a pena. Não vale mais da sua raiva. Não vale que você machuque mais as mãos na cabeça dura dele, já que precisa desses dedos em perfeito funcionamento para tirar suas belas fotos. Quero que você deixe a polícia assumir daqui para frente.

Um suspiro alto e frustrado saiu da linda boca de Alfonso.

- Para mim, é a morte deixá-lo escapar, Anahi. Sabendo que ele machucou você e não pagou por isso.

- Mas você vai fazer isso, não? Vai se afastar dele. Por mim.

Ela o viu ter uma batalha interna e o amou ainda mais pela maneira como ele queria cuidar dela.

Por fim, ele disse o que ela sabia que diria:

- Qualquer coisa, querida. Eu faria qualquer coisa por você.

Ela ficou nas pontas do pés para que sua boca ficasse colada na dele.

- Eu sei. E eu faria qualquer coisa por você.

Ela apertou os lábios contra os dele e, depois, sussurrou:

- Tudo.

Alguns segundos depois, ela pegou o celular que ele lhe entregou e chamou a polícia, pedindo que viesse logo. E, embora não fosse deixar Alfonso acabar com Rodrigo da maneira como ele claramente queria, não teve nenhum problema em deixá-lo amarrar seu ex-marido com uma corda bem forte. Apertou tanto que Rodrigo recobrou a cosciência.

Anahi e Alfonso ignoraram os gemidos dele e foram para a varanda, de onde ficaram observando-o enquanto esperavam a chegada dos policiais. Ela sabia que Alfonso não queria deixá-la sozinha por mais do que alguns segundos e ele correu até a cozinha para pegar gelo com mais rapidez do que seria humanamente possível.

Ele a colocou no colo e segurou o gelo perto de seu rosto, assim como fizera na noite em que a conhecera, e disse, em tom suave:

- Sinto muito Anahi. Eu devia ter vindo aqui para fora com você.

- Não é culpa sua ele ter vindo até aqui atrás de mim. Como você disse mais cedo, nenhum de nós poderia ter adivinhado o que ele faria. Mas tenho certeza de que ele não vai me machucar mais.

- Não. - Alfonso concordou em voz baixa. - não vai. Sabe por quê?

- Porque ele quer manter os dentes que você deixou na boca dele. E, depois que ele descobrir que há mais cinco pares de punhos como os seus...

- Você tem razão. Ele está morrendo de medo, mas não por causa do que eu fiz, não por causa do que eu disse.

- O que você quer dizer?

Ele sorriu para ela, um sorriso tão cheio de amor e respeito que tirou o fôlego de Anahi.

- O motivo de ele não machucar mais você, querida, é porque você o derrotou. Ele não precisava da minha surra para garantir que não chegasse perto de você mais uma vez. Você já tinha vencido a batalha. O golpe da tesoura foi genial. E sua mira, perfeita.

Ele parecia um pouco envergonhado.

- Você não precisava que eu entrasse na briga... Eu só não consegui me controlar. Não depois de ter passado a semana toda com vontade de quebrar a cara dele.

Anahi não se importava se sorrir fazia doer seu maxilar recém-ferido. Ela não teria conseguido conter o sorriso por nada. Alfonso acreditava nela.

Ele não era o único. Ela finalmente acreditava em si mesma também.

- Sabe o que eu percebi esta semana?

- Que eu sou o deus do sexo?

A gargalhada que reverberou por ela parecia levar toda a dor embora.

- Sim, Sr. Gostosão, você com certeza é um deus do sexo. Mas eu também percebi que gosto de fazer parte de uma equipe. Com você.

Ela não sabia se já havia visto Alfonso tão feliz, nem mesmo quando ela lhe dissera que se apaixonara por ele.

E ela estava tão feliz quanto ele. Porque não estivera apenas procurando carinho durante toda a vida... Ela também procurava fazer parte de algo maior que ela mesma.

Uma família. Ela queria saber que fazia parte de uma família que a amava, independentemente de qualquer coisa.

Sempre.

Para sempre.

Nesse momento, as sirenes gritaram pelos portões do Vinhedo Herrera. Anahi falou com os policiais e viu quando colocaram o ex-marido no baco traseiro de uma das viaturas.

- Como está se sentindo, querida?

Alfonso não havia soltado a mão dela por um único segundo, e conforme os carros da polícia se afastavam, ela virou-se entre os braços dele e descansou a cabeça em seu peito largo.

- Estou um pouco triste - ela admitiu - Todos aqueles anos... Fico tentando dizer a mim mesma que não foram desperdiçados.

Ela levantou o rosto para olhar nos belos olhos dele.

- Eles me trouxeram a você.

Antes que ela percebesse o que ele estava fazendo, Alfonso abaixou-se, apoiado em um dos joelhos, no meio do jardim. Estendeu a mão para o arbusto com alfazemas e puxou um caule florido.

- Anahi Portilla, eu amo você.

Ela adorava ouvir aquelas três palavras que enchiam sua alma de calor... e felicidade sem fim. Porém, mesmo que ele nunca mais as dissesse, ela saberia como ele se sentia apenas de olhar em seus olhos.

- Quer casar comigo?

Anahi não tinha mais dúvidas de que era uma mulher forte. Também não tinha mais dúvidas de que era uma mulher forte. Também sabia que não precisava ser forte com Alfonso.

O que era muito bom, pois suas pernas logo ficaram fracas, seus olhos estavam molhados e tudo que pôde fazer foi concordar com a cabeça e sussurrar:

- Sim.

Enquanto isso, Alfonso prendeu a alfazema ao redor do dedo dela.

E, quando ele levantou e a beijou, Anahi ficou maravilhada ao perceber que seu conto de fadas não estava acabando, no final das contas.

Estava apenas começando.

Fim!!!

Acabou, adorei os comentários e a companhia de vcs aqui nessa história. Até a próxima, com nosso casal amado!!! Obrigada, Bjs!!!