Fanfic: ♥ Sem Limites ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Dulce entrou no escritório e encarou Anahí.

- Pela sua cara você não ta bem.

Any: O que você acha? Queria que eu estivesse como?

Dulce: Como foi sua primeira noite como uma mulher casada?

Any: Estranho... Muito intenso, constrangedor e estranho. - suspirou.

Dulce: Mas você já morou com o Alfonso antes, pensei que seria a mesma coisa pra você.

Any: É, deveria, mas não foi... E pra piorar hoje de manhã ele me roubou um beijo e eu fiquei sem reação.

Dulce: Você ainda o ama Any, ta estampado na sua cara como um letreiro piscando... Você acha que ele mudou?

Any: Não fica me dizendo essas coisas e não me faz uma pergunta dessas. - suspirou andando pela sala inquieta. - E você acha que ele mudou?

Dulce: Eu não sei, às vezes acho que sim pelo tanto que ele sofreu quando você sumiu, o fato dele morrer de ciúmes do Lucca, ter te perdoado e não feito nada porque você não contou da Mariana pra ele, o jeito como ele a aceitou como filha dele todo bobo apaixonado... Isso me faz acreditar nele, mas ai eu penso nas mentiras, na traição dele, a chantagem que ele te fez pra vocês se casarem e fico sem saber o que pensar. - deu de ombros. - Às vezes ele fez isso porque tava desesperado pra ficar com você, outras por algum interesse oculto, sei lá. Durante todo o tempo que você sumiu ele ficou pesquisando sobre seu pai, eu não acho que ele esteja atrás de você por dinheiro, ele poderia ter conseguido isso há muito tempo com o Guilherme.

Any: Eu sei. - mordeu o lábio.

Dulce: Ah eu não sei Any, quem tem que decidir se o Poncho mudou ou não é você.

Any: Eu sei... É que eu fico tão confusa, quando eu paro pra pensar nisso não consigo resolver se ele mudou ou não, eu tenho vontade de acreditar nele, mas eu tenho muito medo dele me enganar de novo... Sem contar que me dói saber que ele transou com a Brenda quando estava comigo. - seus olhos marejaram. - E ver ela no cartório esfregando o relacionamento dela na minha cara me deixou com muita raiva.

Dulce: Eu entendo amiga... Entendo perfeitamente. - respondeu assentindo.

Anahí respirou fundo afastando as lágrimas e forçou um sorriso.

- É melhor pararmos de falar nisso... Me conta alguma coisa sobre você, qualquer coisa. - forçou um sorriso.

Dulce sorriu e tratou de ajudar a amiga a se distrair.

No almoço Alfonso levou a filha pra casa dos pais. Jackeline sorriu toda derretida quando o viu chegar.

- Ah minha bonequinha. - estendeu os braços.

Alfonso sorriu e entregou a menina pra mãe, em seguida os dois se sentaram no sofá.

Jackeline: Como você esta meu amor?

Alfonso: Ah eu poderia estar melhor, mas tudo bem. - deu de ombros.

Jackeline: Como foi ontem? - estudou as feições dele.

Alfonso: Ah não foi tão ruim... Eu só queria que ela me perdoasse, será que eu vou ter que pagar por essa idiotice o resto da vida? - a encarou desanimado.

Jackeline: Oh meu amor não fica assim. - acariciou o ombro dele. - As coisas vão melhorar agora que vocês estão casados, com a convivência vocês vão se conhecer melhor e a Any vai ver que você mudou.

Alfonso: Tomara mãe, esse casamento não vai ter fundamento se ela não me perdoar.

Jackeline: Ela ta muito machucada, deixa ela recuperar o orgulho dela, enquanto isso você tem que ter paciência com ela e se por no lugar dela querido... Pensa como você ficaria no lugar da Any.

Alfonso: Eu sei que eu fui um grande idiota. - suspirou.

Jackeline: Sim, mas você esta arrependido e cedo ou tarde Any vai enxergar isso. - sorriu.

Alfonso forçou um sorriso e encarou a filha. No fim era Mariana quem estava lhe dando forças.

Susi sentou no sofá ao lado de Christian e Maite.

- Pois é gente eu fui totalmente pega de surpresa.

Maite: Mas se ele te chamou pra morar com ele é porque a coisa ta séria né?

Susi: Sim, mas sei lá gente eu fiquei com medo.

Chris: Medo de que? Você devia aproveitar. - sorriu.

Maite: Eu concordo com o Chris, esse Lucca gosta de você, aproveita. - sorriu.

Susi: Acham que eu devo sair do apartamento que eu consegui graças a Any e ir morar com ele?

Maite: Esse Lucca é um cara lindo, educado, que encontrou uma garota gente boa, que o aceitou e aceitou filha dele, qual problema vocês ficarem juntos, ele ta divorciado não ta?

Susi: Ai gente eu to com medo, não esse tipo de medo, é mais apreensão sabe? Fico pensando se a Vitória vai se adaptar a mim e ao pai dela juntos, o que a Branca vai pensar quando souber de tudo, se eu e o Lucca vamos dar certo a longo prazo... Ah sei lá. - deu de ombros.

Chris: Olha pra uma garota tão doidinha você até que amadureceu bastante.

Susi: Run olha só quem fala. - sorriu.

Chris: Culpa dessa aqui. - apontou Maite e a puxou abraçando-a.

Susi sorriu vendo os dois se beijarem, entendia muito bem do que Chris estava falando.

Alfonso chegou em casa no fim da tarde achando que não encontraria Anahí em casa. Surpreendeu-se quando a encontrou na cozinha com uma taça e uma garrafa de vinho vazia.

- Any o que esta fazendo?

Any: Cadê a Mariana?

Alfonso: Ela vai dormir com meus pais hoje lembra? Você concordou. - respondeu.

Any: Hum... Verdade. - respondeu num suspiro.

Alfonso: Você ta bem? - se aproximou com cuidado.

Anahí fez bico e negou com a cabeça, seus olhos marejaram de repente.

Alfonso: Any o que foi? - puxou a cadeira e sentou na frente dela.

Any: Nada... Eu to meio zonza, enjoada. - fez careta.

Alfonso: Você bebeu demais é melhor tomar um gole de café.

Any: Eu mesma pego. - falou meio mole e devagar ficou em pé.

Alfonso observou ela cambalear até a pia. Anahí conseguiu segurar a xícara, mas a mesma estourou na mão dela.

- Merda! - abanou as mãos.

Alfonso se aproximou correndo quando viu o sangue e percebeu que ela tinha se cortado. Colocou as mãos dela dentro da pia e abriu a torneira deixando a água limpar tudo.

- Esquece a xícara e vem comigo vou fazer um curativo na sua mão. - sorriu.

Anahí o encarou parecendo desconfiada, mas o seguiu.

Alfonso segurou a mão dela que não estava machucada e não pode deixar de aproveitar aquele contato pra lembrar de como a mão de Anahí era quente e macia. Com cuidado ele a sentou no sofá.

- Espera aqui. - pediu e deu as costas.