Fanfic: ♥ Sem Limites ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Graciella estreitou as sobrancelhas, mas pegou a pasta e sentou na cama. Folheou os papéis e Ucker encarou vendo a expressão dela se tornar séria.
- Onde encontrou isso?
Ucker: Consegui imprimir tudo no banco com a ajuda do Alfonso... Sabe o que mais me estranha, não foi o pai ter recebido uma alta quantia de dinheiro pelo meu tio, foi essa conta e esse depósito terem ocorridos 10 dias depois da morte da minha tia... E sabe o que mais me estranha?... O fato de vcs nunca terem falado da Any, o fato do pai mesmo sendo um excelente advogado não ter feito nada pra tirar a Any daquele convento... Por que isso mãe? Por que me0u pai subiu 00000na vida do nada? Por que esse depósito? Por que nunca levou eu ou Maite pra visitar a Any?

Graciella: Seu pai é um bom homem filho, um excelente advogado.
Ucker: Eu não duvido, até hoje achava que ele tinha enriquecido por conta própria.
Graciella: Eu vou te explicar querido... Só não culpe eu e seu pai pelo que fizemos. - respondeu com tristeza.
Ucker assentiu e sentou na cama encarou a mãe esperando ela falar.
- Guilherme amava Mariana... Ele sempre foi louco por ela, dava a vida por ela e quando Anahí nasceu, seu tio se sentia o homem mais completo do mundo... Mas quando Mariana morreu ele ficou muito mal, não conseguia encarar as pessoas, nem olhar pra própria filha, então decidiu viajar e encarregou a mim e seu pai de colocarmos Anahí naquele convento.
Ucker: Por que não recusaram mãe?
Graciella: Porque no começo achamos que ele só precisava de um tempo, que logo tiraria Any daquele lugar, Guilherme amava Any, pai e filha eram loucos um pelo outro e seu pai e eu pensamos que ele só estava atordoado, ele dizia que não conseguiria olhar pra Anahí porque veria Mariana e que por isso precisava de um tempo longe dela pra se reerguer.
Ucker: Entendo! - assentiu tentando imaginar como o tio se sentia.
Graciella: Cerca de 10 dias depois Guilherme voltou de viajem e quando pensamos que ele tiraria Anahí do convento ele nos confessou que por enquanto não poderia conviver com ela, que na viajem que havia feito, ganhara novos contatos e que passaria os próximos meses fora do México em negócios, uma forma de aplacar a dor que ele sentia... E em troca de mantermos Anahí naquele convento, de não fazermos nada pra tirar ela de lá, Guilherme nos concedeu essa casa, que ninguém sabe, mas esta no nosso nome, meu, do seu pai, seu e da sua irmã.

Ucker: Que?
Graciella: Isso mesmo e além disso, naquele mesmo dia ele abriu uma conta no nome da empresa de advocacia do seu pai e fez um depósito de 750 mil pesos, uma fortuna que com o empenho do seu pai se triplicou.
Ucker: Então meu tio deu essa casa pra gente, mais a empresa e 750 mil pesos em troca de vcs deixarem a Anahí naquele convento?
Graciella: Sim e também afastada de vc e da Maite... Anahí permanecia no convento sem o contato do pai e dos primos e em troca ganhávamos a casa, o escritório e mais o dinheiro.
Ucker: Por isso eu nunca a visitei, por isso vcs nunca fizeram nada. - se levantou da cama. - Mãe como podem ter feito isso?
Graciella: Seu pai e eu conversamos muito antes de aceitar, achamos que Guilherme mudaria de idéia depois.
Ucker: Mas ele não mudou e o tempo foi passando.
Graciella: E a raiva da Anahí crescendo... Depois dos 10 anos ela começou a entender porque eu nunca a levava pra casa e ai começou a me odiar, desprezar a mim e seu pai e a ter uma raiva do Guilherme... Todo esse tempo ela nutriu esse rancor pela gente, enfiou na cabeça que a abandonamos.
Ucker: E não acha que ela ta certa em pensar assim? - acusou furioso.
Graciella: Tem, mas nunca pensamos que a coisa ficaria assim, nunca achamos que ela ficaria 12 anos lá, mas o tempo foi passando e quando vimos ela estava parada na porta da nossa casa, com o olhar frio, adulta jurando se vingar de todo mundo.

Ucker: E ela tem razão... Ela sabe que o pai dela comprou vcs pra que a mantivessem lá?
Graciella: Não sei... Desde que chegou já tentei me aproximar, sempre tentei me aproximar dela, eu sentia culpa em ter que manter ela naquele lugar, então lhe mandava presentes, a visitava, mas com o tempo ela parou de confiar em mim e apesar de aceitar os presentes que eu lhe mandava, na maioria das vezes ela não queria me ver.
Ucker: Sinceramente eu teria feito o mesmo... Eu achava vc e o pai duas pessoas idôneas, achei que a Anahí queria descontar em vcs, a raiva que sentia do pai, mas ela tem razão em querer se vingar de vcs também... Todos vcs deixaram ela na mão e essa história de que ela não foi no enterro da mãe deve ser verdade também né? 
Graciella: Como sabe disso?
Ucker: A amiga dela me contou... É verdade né?
Graciella: Sim! - assentiu suspirando.
Ucker: Sabe o que é pior de tudo isso... É que além de estar decepcionado com vcs, não vou poder fazer nada contra a Anahí, como vou impedi-la de uma coisa que ela tem toda a razão em querer fazer?
Graciella: Você sabe de alguma coisa?
Ucker: Não mãe, porque a prima que deveria ter crescido comigo, como uma irmã, não confia em mim e nem em ninguém dessa casa por culpa do que vcs fizeram a ela. - esbravejou.
Graciella: Nos perdoe filho. - se levantou chorando. - Não queria que as coisas chegassem a esse ponto.
Ucker: Eu vou dar uma volta, preciso esfriar a cabeça e pensar no que houve, depois a gente se fala. - respondeu e deu as costas.
Graciella sentou na cama e encarou os documentos, o dia em que pagaria por seus erros havia chegado e agora seus filhos estavam contra ela.

Anahí encarou o teto branco e suspirou não conseguindo dormir. Cerrando os punhos deu um murro no colchão. Estava furiosa com Guilherme e principalmente com Alfonso que havia sumido.
- Onde vc se meteu Alfonso?... É óbvio que não viria me visitar, não posso confiar em vc, menos ainda... Gostar de vc! - fechou os olhos com força e se lembrou de quando se beijaram, dos lábios dele sobre os dela.
Quando deu por si estava com os dedos contornando os lábios e os afastou rapidamente.
- Eu jurei pra mim que eu nunca mais confiaria em alguém e não vou quebrar minha promessa confiando justamente em vc Alfonso, não vou. - cerrou os punhos decidida.
Dulce desceu as escadas de casa e abriu a porta. Parou assustada ao ver Ucker no portão.
- O que faz aqui?
Ucker: Precisava conversar com alguém. - suspirou desolado.
Dulce estranhou o jeito dele, mas desceu os degraus e abriu o portão. Ao ver Dulce tão perto Ucker a abraçou.
- O que aconteceu?
Ucker: Você tinha razão... Meu tio Guilherme comprou meus pais pra que eles deixassem Anahí naquele convento.
Dulce: Como vc descobriu isso?
Ucker: A gente pode sair daqui, dar uma volta? No caminho eu te explico.
Dulce: Claro, vamos. - assentiu sorrindo e saiu fechando o portão.
Ucker: Seus pais não vão reclamar?

Dulce: Eles saem em meia hora num voo pra Bélgica, esqueceu que eles viajam pra caramba?
Ucker: É verdade. - sorriu assentindo. - Vamos nessa então.
Dulce sorriu e caminharam pelas ruas do México um conseguindo descontrair na presença do outro.

Poncho chegou na festa e cumprimentou Chris, ficou sério ao ver Paulo.
- Ainda não te desculpei pelo que fez a Anahí. - ficou sério, mas sorriu em seguida o cumprimentando.
Paulo: Olha quem veio. - sorriu e chamou uma moça.
Poncho sorriu com malícia ao ver Brenda.
- Ta me seguindo garota?
Brenda: Eu cheguei primeiro. - sorriu arqueando as sobrancelhas.
Poncho: Ta a fim de dançar? - sorriu puxando a mão dela.
Brenda: Claro como não vou dançar com vc. - sorriu com malícia.
Poncho riu e a puxou pra pista.
Chris: As vezes eu acho injusto um cara ter a sorte que esse infeliz tem.
Paulo: Infeliz somos nós não ele. - sorriu e foram até o bar pegar bebidas.