Fanfic: ♥ Sem Limites ♥ FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

Guilherme fechou a cara e se trancou no escritório, apoiando o rosto nas mãos lembrou das palavras de Anahí.

[...] Any: E onde esse pai estava nos últimos 12 anos? Onde estava o pai quando me jogou naquele orfanato no mesmo dia que descobri que a minha mãe morreu?... Esse é o respeito que vc ganhou de mim e eu nem comecei.
Guilherme: Não me ameace.
Any: Eu não sou de ameaçar, ameaço vc por fotos há 12 anos, eu vou começar a agir agora e se não me aceitar nessa casa a imprensa vai saber que vc tem uma filha de quem nunca falou... Como sua carreira de senador vai ficar depois disso hein?
Guilherme: Você não faria isso.
Any: Você não me conhece. - respondeu arqueando as sobrancelhas. [...]

Guilherme: Se ela vai fazer mesmo algo contra mim, preciso descobrir o que será e impedi-la antes de agir, mas como? - suspirou sem resposta.

A música tocava alto, a batida soava por todo balcão chacoalhando as paredes. Anahí engasgara nos primeiros copos de bebida que Poncho e seus amigos lhe ofereciam, mas há essa altura o nível de álcool estava tão alto que com sede ela bebia qualquer coisa sem mais diferenciar gostos e cheiros.

Paulo: Ai sua amiga ficou doidona rapidinho. - sorriu encarando Any dançando com Chris e duas garotas.

Poncho: Ela nunca deve ter bebido na vida, o mais próximo que chegou ao álcool deve ter sido vinho com hóstia durante as missas. - riu zombando dela.

Paulo: Bom, não sei se é o efeito do álcool, mas que ela ta dançando super bem e me deixando doido ta?

Poncho: Olha pra Bruna, ela ta ali do lado da Any ta vendo? Deixa ela te ver babando pra outra. - sorriu.

Paulo: Por isso eu vou beber mais e curtir a festa.

Any se aproximou deles cambaleando e se apoiou em Poncho.

- Onde eu pego mais tequila.

Paulo: Pra alguém que veio de um convento vc entende de bebidas, achei que só conhecesse vinho. - sorriu.

Any: Ah, já te falaram de onde eu vim? - sorriu encarando Poncho que deu de ombros.

Paulo: Relaxa, só me tira uma dúvida onde aprendeu a dançar assim... Muito bom.

Any: Com as freiras rezando “Pai Nosso” é que não foi. - respondeu rindo sendo acompanhada por eles.

Paulo: Velho vc é de outro mundo, acho que sou capaz de virar padre pra conhecer noviças como vc.

Any: Acredite minha ultima vocação na vida é pra ser noviça, mas chega de papo, quero mais tequila.

Poncho: Any acho melhor vc parar ou vai passar mal.

Poncho riu e a acompanhou deitando ao seu lado.

- E agora o que vamos fazer?

Any: Vamos pra casa... Tenho que pensar como começar a me vingar deles.

Poncho: Alguma idéia?

Any: Ainda não. - respondeu negando com a cabeça. - Mas ta tudo rodando demais pra eu conseguir me concentrar em algo. - riu fechando os olhos.

Poncho: Acho melhor voltarmos então. - sorriu e ficou de pé com certa dificuldade.

Any: Com medo Alfonso?

Poncho: Garota uma coisa que vc deve saber sobre mim... Eu não tenho medo de nada. - a puxou.

Any: Então empatamos, garoto... Pode dirigir agora, vai ser péssimo perder o controle por vomitar no volante.

Poncho: Você é nojenta! - fez careta.

Any: E se vc não fosse dedo duro eu até que poderia te achar bonito. - sorriu debochada e pulou dentro do carro.

Poncho riu a encarando e entrou no carro.

Guilherme se levantou da cadeira ao ouvir a porta da sala bater e os gritos de Anahí invadir a casa.

- BOM DIA FAMILIA!

Guilherme: Você esta bêbada Anahí. - esbravejou entrando na sala.

Any: Eu bêbada? Imagina eu só topei alguns copos de tequila, whisky, vodka, cerveja, vinho e... Qual nome daquela bebida amarela que lembra flor Poncho? Margarida?

Poncho: Marguerita Any! - respondeu sorrindo.

Any: Isso mesmo... Muito boa por sinal.

Guilherme: Isso é tudo culpa sua. - apontou o dedo pra Alfonso. - Você levou ela pra beber.

Any: Hei a culpa não foi dele e vc pensa que é quem pra mandar em mim.

Guilherme: Não quero vc perto da minha filha, seu marginal. - esbravejou.

Any: Agora eu sou sua filha? Viu Poncho acabei de ganhar um pai. - sorriu com ironia. - Pois fique sabendo que eu to pouco me importando pro que vc pensa e Poncho e eu nos tornamos ótimos amigos goste vc o não... Inclusive à noite vamos sair de novo né? - sorriu dando o braço pra Poncho apenas pra provocar o pai.

Guilherme: Aonde vão?

Any: Não é da sua conta, quer saber olhar pra sua cara ta me dando vontade de vomitar eu vou subir, vou dormir pra me preparar pro nosso passeio mais tarde né Poncho? - sorriu o olhando.

Poncho: Uhum! - assentiu concordando.

Any: Com licença cavalheiros. - sorriu e subiu.

Poncho: Da licença. - sorriu e subiu logo atrás.

Guilherme: Isso não vai ficar assim... Não vai mesmo. - respondeu furioso.

Jackeline se levantou da cama e enxugou o rosto quando Thomas abriu a porta do banheiro.

- Chorando de novo?

Jackeline: Não tenho direito de sentir saudades do meu único filho? Ao contrário de vc eu tenho sentimentos.

Thomas: Acha que fiquei feliz com o que tive que fazer? Acha que eu queria que meu único filho fosse um marginal? Acha que foi pra isso que o eduquei?

Jackeline: Então trás ele de volta pra casa.

Thomas: Não Jackeline... Enquanto Poncho tiver o que quiser, enquanto lhe darmos tudo ele nunca tomará jeito.

Jackeline: Você não entende que longe de casa pode ser pior?

Thomas: Pelo menos eu não sou obrigado a vê-lo se afundando.

Jackeline: E não vai fazer nada pra impedir isso também né? - o olhou furiosa.

Thomas: Chega não quero mais brigar com vc... Eu to indo pro trabalho, depois nos falamos.

Jackeline: Só volto a falar com vc depois que trazer nosso filho de volta pra casa. - cruzou os braços.

Thomas a encarou e suspirando deu as costas sem dizer nada. Ao ficar a sós Jackeline se jogou na cama e abraçou a foto do filho.

Peter atendeu a campainha e sorriu ao ver Dulce.

- Olá.

Peter: Olá menina, entre.

Graciella: Quem é Peter? - perguntou se aproximando.

Peter: A amiga da senhorita Anahí.

Graciella: Ah sim, entre querida. - sorriu e foi até ela. - Como esta?

Dulce: Bem... Vim ver como esta a Any, ela ta em casa né?

Graciella: Esta dormindo... Saiu à noite e chegou agora pouco, mas fique a vontade... Você estudou com ela né?

Dulce: Sim... Nos conhecemos há 06 anos. - respondeu estranhando o rumo da conversa.

Graciella: Que bom que minha sobrinha fez amizade com alguém lá, que eu me lembre ela não se dava bem com as internas... Vocês dormiam juntas lá?

Dulce: Sim! - assentiu.

Graciella: Então são muito próximas? - sorriu e Dulce assentiu desconfiada. - E como era a Any no orfanato? Ela falava muito da gente pra vc?

Dulce: Senhora se esta me usando pra arrancar informações sobre a Any pode esquecer... Acredite ou não, ela só me disse que queria se vingar de vcs, que faria isso quando voltasse, mas só me disse isso. - se levantou.