Fanfics Brasil - Capítulo 2 Amanhecer Contigo - AyA

Fanfic: Amanhecer Contigo - AyA | Tema: RBD, AyA, Ponny Love


Capítulo: Capítulo 2

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- É um homem extraordinário - disse o senhor Christopher com suavidade - Tem desenhado vários sistemas aeronáuticos que agora são usados em todas as partes. Planeja seus próprios aviões, tem trabalhado para o governo como piloto de provas colocando a ponto alguns aviões de alto segredo, tem escalado montanhas, pilotado barcos, feito mergulho em águas profundas. É um homem que se sente em seu elemento na terra, no mar e no ar, e agora está condenado a uma cadeira de rodas e isso está matando-o.
- O que ele estava praticando quando teve o acidente? - perguntou Anahí.
- Montanhismo. A corda se prendeu numa rocha em cima dele, e os movimentos a cortaram em duas. Caiu de uma altura de treze metros, em um leito rochoso, bateu e rolou e caiu outros sessenta metros. É quase a largura de um campo de futebol, mas a neve amorteceu a queda e ele se salvou. Mais de uma vez disse que, se tivesse caído dessa montanha no verão, não teria que viver como um entrevado.
- Me fale das lesões - disse Anahí, pensativa.


Christopher se colocou de pé.


- Posso fazer algo melhor. Tenho no carro seu histórico e suas radiografias. O doutor Norwood me sugeriu que trouxesse pra você.
- O doutor Norwood é um velho esperto - murmurou Anahí enquanto Christopher dobrava a esquina do terraço. Norwood sabia exatamente como despertar seu interesse, como apresentar a ela um caso em particular. Já estava interessada, tal e como pretendia seu mentor. Tomaria uma decisão depois de ver as radiografias e ler o histórico. Se não acreditasse que pudesse ajudar Alfonso Herrera, não o submeteria ao stress da terapia.


O senhor Christopher regressou em seguida com um grosso envelope marrom na mão. Entregou-o a Anahí e aguardou com expectativa. No lugar de abrir, ela se pôs a tamborilar com as unhas o envelope.


- Deixe-me estudá-lo esta noite, senhor Christopher - disse com firmeza - Não posso dar uma simples olhada e tomar uma decisão. Lhe direi algo amanhã de manhã.


Um indício de impaciência cruzou seu rosto, mas se conteve rapidamente e assentiu com a cabeça.


- Obrigado por pensar no caso, senhorita Portilla.


Quando ele se foi, Anahí ficou olhando para o Golfo por bastante tempo, contemplando as ondas eternas que se precipitavam até a praia com sua espuma turquesa e verde-mar e ferviam, brancas, ao arrastarem-se sobre a areia. Era uma sorte que suas férias estivessem no fim, que já tivesse desfrutado quase das duas semanas inteiras de perfeito sossego naquele pedaço da Flórida, sem fazer nada mais que passear pela praia. Já tinha começado a pensar vagamente no seu próximo trabalho, mas, ao parecer, seus planos tinham mudado de rumo.


Abriu o envelope, levou as radiografias à luz uma por uma e fez uma careta ao ver o dano que havia sofrido um corpo forte e cheio de vida. Era um milagre que não tivesse morrido no ato. Mas as radiografias tomadas depois de cada operação mostravam que os ossos haviam curado melhor do que se podia esperar. As articulações tinham sido reconstruídas; os pinos e as placas metálicas tinham recomposto seu corpo. Anahí inspecionou minuciosamente as últimas radiografias. O cirurgião era um gênio, ou o resultado era um milagre, ou talvez se tratasse de uma mistura das duas coisas. Não via razão física alguma para que Alfonso não pudesse voltar a caminhar, sempre e quando os nervos não tivessem ficado destruídos por completo.


Começou a ler o informe do cirurgião, concentrando-se em cada detalhe até que compreendeu exatamente quais lesões tinha e a quais tratamentos havia se submetido. Aquele homem voltaria a caminhar. Ela o obrigaria! Ao final, o informe mencionava que a falta de cooperação do paciente e a profundidade de sua depressão impediam seu restabelecimento. Anahí quase podia sentir a frustração do cirurgião ao escrever aquilo; depois de seus minuciosos esforços, depois do êxito inesperado de suas técnicas, o paciente se negava a cooperar.


Recolheu tudo e, quando se dispôs a voltar colocar tudo no envelope, viu que havia algo mais adentro: um pedaço de papel duro que não tinha tirado. Tirou e desvirou-o. Não era um pedaço de papel. Era uma fotografia.


Contemplou assombrada aqueles olhos verdes e risonhos, uns olhos que resplandeciam e nos quais dançava o gozo puro da existência. Christopher Uckermann era também muito astuto: sabia que poucas mulheres teriam podido resistir ao atrativo do homem que transbordava vida da fotografia. Anahí compreendeu que era Alfonso Herrera antes do acidente. Tinha o cabelo preto alvoroçado, e uma cara bem bronzeada e fendida por um sorriso brincalhão que deixava aparecer uma cativante covinha na sua bochecha esquerda. Só levava uns jeans curtos, e tinha o corpo intenso e musculoso e as pernas largas e poderosas de um atleta. Sustentava na mão um peixe de bom tamanho, e ao fundo se distinguia o azul profundo do oceano. De modo que também praticava a pesca submarina. Haveria algo que não fosse capaz de fazer? Sim, agora sim, se lembrou. Agora, não podia caminhar.


Queria recusar o caso só para demonstrar a Christopher Uckermann que não se deixava manipular, mas enquanto observava o rosto da fotografia compreendeu que faria o que ele quisesse, e aquela certeza a turvou. Fazia tanto tempo que não se interessava por um homem que lhe surpreendeu sua reação diante de uma simples fotografia.


Traçou com o dedo o contorno de seu rosto e se perguntou melancolicamente como teria sido sua vida se tivesse sido uma mulher normal, que amava a um homem e era correspondida, algo que seu breve e desastroso matrimônio tinha demonstrado ser impossível. Tinha aprendido a lição, mas nunca havia esquecido: os homens não eram para ela. Não estava pronta para ter marido e filhos. O vazio que havia deixado na sua vida a ausência total de amor teriam que enchê-la as satisfações que extraia de sua profissão e a alegria de ajudar aos demais. Talvez olhasse com enlevo a fotografia de Alfonso Herrera, mas as ilusões que se permitiria qualquer outra mulher ao contemplar sua beleza não eram para ela.


Aquelas fantasias eram uma perda de tempo porque sabia que era incapaz de atrair um homem como aquele. Seu ex-marido, Scott Hayes, lhe tinha ensinado através da dor e da humilhação que era uma loucura incitar a um homem ao que não se podia satisfazer.


Nunca mais. Tinha jurado a si mesma então, depois de deixar a Hayes, e voltou a jurar agora. Nunca voltaria a conceder a um homem a ocasião de lhe causar dano.



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Autor(a): livros adaptados aya

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Ao levantar a cabeça viu com certa surpresa que o sol já se havia posto por completo e que estava olhando a fotografia com os olhos entornados, sem vê-la em realidade, enquanto se debatia com suas lembranças. Se levantou, entrou e acendeu um abajur que iluminou o interior fresco da casa. Deixou-se cair num fofo sofá, jogou a cabeça pa ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 9



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  • francielle_oliveira Postado em 01/08/2016 - 01:46:26

    Posta mais!

  • fersantos08 Postado em 31/05/2016 - 13:54:11

    Oiie leitora nova! Só de ter lido a sinopse eu amei *---* começando a ler. Continuaaa

  • livros adaptados aya Postado em 30/05/2016 - 12:35:36

    Francielle_oliveira: Vou postar hoje mais sim querida, voce é minha xará.. beijoss

  • francielle_oliveira Postado em 30/05/2016 - 03:51:47

    adorando a fic! Posta mais!

  • ponyyaya Postado em 26/02/2016 - 13:22:42

    Continuaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • ponyyaya Postado em 19/02/2016 - 18:57:57

    Amo essa história **----------------------** Já pode postar mais kkkkkkkkk Continuaaaaaa

  • camillatutty Postado em 18/02/2016 - 00:44:14

    Ai, gente... Eu amo essa história! É muito linda!

  • tatianaportilla106 Postado em 17/02/2016 - 00:49:49

    Esse Poncho é meio ignorante

  • tatianaportilla106 Postado em 17/02/2016 - 00:47:33

    Continua <3


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