Fanfic: Amanhecer Contigo - AyA | Tema: RBD, AyA, Ponny Love
Ao levantar a cabeça viu com certa surpresa que o sol já se havia posto por completo e que estava olhando a fotografia com os olhos entornados, sem vê-la em realidade, enquanto se debatia com suas lembranças. Se levantou, entrou e acendeu um abajur que iluminou o interior fresco da casa. Deixou-se cair num fofo sofá, jogou a cabeça para trás e começou a idealizar a terapia, ainda que, naturalmente, não poderia fazer planos concretos até que conhecesse ao senhor Herrera e pudesse avaliar seu estado com mais precisão. Sorriu um pouco, iludida. Ela gostava dos desafios mais que qualquer outra coisa, e tinha a sensação de que o senhor Herrera iria se opor com uma resistência tenaz. Teria que estar sempre alerta, conservar o domínio da situação e utilizar a incapacidade de Herrera como recurso. Fazê-lo chatear-se a ponto de estar disposto a atravessar o inferno contanto que se recuperasse e se livrasse dela. Por desgraça, teria realmente que passar por um inferno. A reabilitação não era um picnic.
Havia tido pacientes difíceis outras vezes, pessoas as quais a incapacidade deixava tão deprimidas ou cheias de ira que se fechavam ao mundo por completo, e ela adivinhava que Alfonso Herrera havia reacionado dessa maneira. Tinha sido um homem sumamente ativo e vital, um atleta, um temerário autêntico. Anahí pensava que ver-se confinado em uma cadeira de rodas estava matando seu espírito. A Alfonso Herrera não importava viver ou morrer; não lhe importava nada.
Essa noite dormiu profundamente, sem sonhos que a perturbaram, e se levantou muito antes do amanhecer para dar sua costumeira corrida pela praia. Não corria de verdade, contando os quilômetros e aumentando constantemente as distâncias; corria por prazer, até cansar, e logo seguia caminhando e deixava que a sedosa espuma das ondas banhasse seus pés descalços. Os primeiros raios de sol começavam a sair quando regressou a casa; tomou um banho e começou a fazer as malas. Tinha tomado uma decisão, de modo que não via necessidade de perder tempo. Estaria pronta quando o senhor Christopher voltasse.
Ele nem sequer se surpreendeu em ver suas malas.
-Sabia que aceitaria o trabalho - disse sem hesitação.
Anahí arqueou uma sobrancelha.
- Sempre está tão seguro de si mesmo, senhor Christopher?
- Por favor, me chame de Christopher - disse ele - Nem sempre estou tão seguro, mas o doutor Norwood me falou muito da senhorita. Acreditei que aceitaria o trabalho porque era um desafio, e, quando a vi, compreendi que tinha razão.
-Terei que falar com ele sobre esse assunto de revelar meus segredos - disse em brincadeira.
- Não todos - replicou ele, e algo em sua voz a fez se perguntar o que sabia dela - Ainda lhe faltam muitos.
Anahí pensou que Christopher era astuto demais e, virando-se bruscamente para suas malas, lhe ajudou a levá-las ao carro. O seu era de aluguel e, depois de fechar a casa e devolver o carro, estava pronta para sair.
Mais tarde, quando se encontravam em um avião privado voando para o oeste, rumo a Phoenix, começou a interrogar Christopher sobre seu paciente. Quais eram seus gostos? E suas fobias? Quais eram seus interesses? Queria conhecer sua educação, suas opiniões políticas, suas cores favoritas, o tipo de mulheres com as quais havia saído, ou como era sua mulher, se estivesse casado. Sabia por experiência que as esposas sentiam ciúmes da relação íntima que desenvolviam o terapeuta e seu paciente, e lhe gostaria saber todo o possível de uma situação antes de entrar em cena.
Christopher sabia uma quantidade surpreendente de coisas a respeito da vida privada do senhor Herrera, e por fim Anahí lhe perguntou que relação os unia.
A firme boca de Christopher se torceu.
- Pra começar, sou seu vice-presidente, assim que conheço bem seus negócios. Também sou seu cunhado. A única mulher com a que terá que tratar é minha esposa, Dulce, que também é sua irmã menor.
- Por que diz isso? - perguntou Anahí - Vivem na mesma casa que o senhor Herrera?
- Não, mas isso não significa nada. Desde o acidente, Dulce não tem deixado de agoniar-se, e estou seguro de que não lhe fará nenhum bem que você chegue e lhe tire o papel de protagonista. Sempre adorou Alfonso até o ponto da obsessão. Quase ficou louca quando pensamos que ele ia morrer.
- Não permitirei nenhuma interferência na terapia - lhe advertiu ela tranquilamente - Supervisionarei o horário do senhor Herrera, suas visitas, suas comidas e até as chamadas que recebe. Espero que sua esposa compreenda.
- Tentarei convencê-la, mas Dulce é igual a Alfonso. É ao mesmo tempo teimosa e decidida, e tem a chave da casa.
- Então farei trocarem as fechaduras - disse Anahí em voz alta, completamente em sério. Por mais que fosse a amante irmã de seu paciente, Dulce Christopher não iria cantar de galo, nem se intrometer na reabilitação.
- Bem - disse Christopher, e enrugou sua testa austera - Gostaria de voltar a ter minha esposa.
Começava a parecer que Christopher tinha algum outro motivo para desejar que seu cunhado voltasse a caminhar. Evidentemente, nos dois anos que transcorreram desde o acidente, a irmã de Alfonso havia abandonado o marido para ocupar-se dele, e seu abandono começava a erodir seu matrimônio. Anahí não queria se meter naquela situação, mas tinha se comprometido a aceitar o caso, e jamais traía a confiança que depositavam nela.
Devido à diferença horária, era só meio tarde quando Christopher a levou de carro ao luxuoso bairro residencial das redondezas de Phoenix, aonde vivia Alfonso Herrera. Esta vez conduzia um Lincoln branco, cômodo e elegante. Enquanto se aproximavam do alpendre da casa de estilo fazenda, Anahí notou que esta também parecia elegante e cômoda. Chamá-la de casa era como chamar de vento um furacão. Era uma mansão. Misteriosa, guardava seus segredos ocultos atrás de seus muros e mostrava aos olhos curiosos só uma bonita fachada. O jardim era precioso, uma combinação de plantas desérticas autóctones e vegetação exuberante, produto de uma irrigação cuidadosa e seletiva. O caminho da entrada chegava até a parte de trás, onde Christopher lhe disse que estava a garagem, mas se deteve diante dos arcos da fachada.
Ao entrar no enorme vestíbulo, Anahí pensou que tinha entrado no jardim do éden. Reinava na casa uma atmosfera de serenidade, uma simplicidade majestosa forjada pelas frescas lajotas marrons do piso, as paredes lisas e brandas e os tetos altos. A fazenda estava construída em forma de U ao redor de um pátio aberto e fresco, em cujo centro havia uma fonte de mármore rosa que lançava ao ar água clara. Anahí podia ver tudo aquilo porque a parede interior do vestíbulo era uma vidraça que abarcava do solo ao teto.
Autor(a): livros adaptados aya
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Todavia estava muda de assombro quando o repique de uns saltos sobre as lajotas captou sua atenção, e ao girar a cabeça viu aproximar-se uma jovem alta. Tinha que ser Dulce. Tinha o cabelo vermelho, os mesmos olhos verde acastanhados, as mesmas límpidas feições. Mas não sorria, como o homem da fotografia. Seu olhar era col&eac ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 9
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francielle_oliveira Postado em 01/08/2016 - 01:46:26
Posta mais!
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fersantos08 Postado em 31/05/2016 - 13:54:11
Oiie leitora nova! Só de ter lido a sinopse eu amei *---* começando a ler. Continuaaa
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livros adaptados aya Postado em 30/05/2016 - 12:35:36
Francielle_oliveira: Vou postar hoje mais sim querida, voce é minha xará.. beijoss
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francielle_oliveira Postado em 30/05/2016 - 03:51:47
adorando a fic! Posta mais!
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ponyyaya Postado em 26/02/2016 - 13:22:42
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaa
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ponyyaya Postado em 19/02/2016 - 18:57:57
Amo essa história **----------------------** Já pode postar mais kkkkkkkkk Continuaaaaaa
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camillatutty Postado em 18/02/2016 - 00:44:14
Ai, gente... Eu amo essa história! É muito linda!
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tatianaportilla106 Postado em 17/02/2016 - 00:49:49
Esse Poncho é meio ignorante
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tatianaportilla106 Postado em 17/02/2016 - 00:47:33
Continua <3