Fanfic: Amanhecer Contigo - AyA | Tema: RBD, AyA, Ponny Love
- Anahí, posso falar com você? Em particular, por favor - Christopher tinha o semblante rígido de tensão, e Anahí o olhou com estranheza, perguntando-se à que se devia a amargura que refletia seu rosto.
Olhou mais além dele, para a porta do escritório, e ele leu seu pensamento.
- Ela está jogando xadrez com Alfonso - disse trabalhosamente e, metendo as mãos no bolso, se aproximou das portas que davam ao pátio.
Anahí vacilou só um momento e logo o seguiu. Não queria que falassem deles, mas por outro lado sabia que Christopher não tentaria nada com ela, e odiava sentir-se culpada por ser amável com ele.
Dulce continuava se esforçando para ser sua amiga, e Anahí havia descoberto que aquela jovem era muito querida. Era como Alfonso, possuía sua mesma franqueza, sua disposição para enfrentar desafios. Às vezes Anahí tinha a inquietante impressão de que Dulce podia confrontá-la melhor por baixo do disfarce de sua amizade, mas parecia cada vez mais que aquela idéia procedia de sua própria desconfiança e não de um ato premeditado de Dulce.
- As coisas não vão bem? - perguntou a Christopher com calma.
Ele soltou uma risada amarga e esfregou a nuca.
- Você já sabe que não. Não sei o porquê - disse cansadamente - Tenho tentado, mas tenho a impressão de que ela nunca vai me querer como quer Alfonso, que nunca serei para ela tão importante como ele, e isso faz que quase me ponha doente ao tocá-la.
Anahí escolheu suas palavras com sumo cuidado, como se escolhesse flores silvestres.
- É lógico que você está um pouco ressentido. Eu vejo estas coisas constantemente, Christopher. Um acidente assim sacode a todas as pessoas relacionadas ao paciente. Se é uma criança que fica ferida, pode produzir rancores entre os pais, e entre os outros filhos. Em circunstâncias como estas, uma pessoa somente leva a parte do leão enquanto se refere às atenções, e aos demais não lhes agrada.
Christopher curvou para cima um canto de sua boca severa.
- Faz com que me pareça tão mesquinho e egoísta... - disse.
- Não é isso. É uma reação humana - sua voz estava carregada de afeto e compaixão, e ele passeou o olhar sobre seu terno rosto - As coisas vão melhorar - assegurou-lhe.
- Tão cedo como para salvar meu casamento? - perguntou ele com esforço - Às vezes quase a odeio, e é muito estranho, porque a odeio por não me querer como eu a quero.
- Por que você joga nela toda a culpa? - disse Anahí - Por que não dirige parte desse ressentimento contra Alfonso? Por que não o odeia por monopolizar sua atenção?
Ele começou a rir. - Porque não estou apaixonado por ele - respondeu - Não me importa a quem ele dê atenção..., a menos que ele machuque você.
Ela se estremeceu, assombrada, e abriu arregalou os olhos. Na penumbra do crepúsculo reluziam como água cristalina, tão profundos e insondáveis como os de um gato.
- Como poderia me machucar? - perguntou com voz rouca.
- Fazendo com que você se apaixone por ele - Christopher era muito astuto - Notei que você mudou nestas duas últimas semanas. Antes era muito bela, e Deus o sabe, mas agora é arrebatadora. Resplandece. Essa roupa nova, seu olhar, até sua forma de caminhar..., tudo se transformou. Ele precisa de você agora, por isso não pensa em mais ninguém. Mas o que acontecerá depois? Quando volte a caminhar, continuará olhando como se tivesse os olhos pregados em você?
- Já tive outros pacientes que se apaixonaram por mim - respondeu ela.
- Não duvido, mas você já se apaixonou antes por um paciente? - perguntou implacavelmente.
- Não estou apaixonada por ele - Anahí se sentiu na obrigação de negar, de se afastar daquela idéia.
Não podia estar apaixonada por Alfonso.
- Reconheço os sintomas - disse Christopher.
Apesar de que acabava sendo embaraçoso falar de Dulce, Anahí preferia infinitamente fazer isso a falar de Alfonso, e reagiu bruscamente.
- Não construí nenhum castelo de areia - assegurou-lhe, fechando os punhos para não tremer - Quando Alfonso puder caminhar, passarei para outro trabalho. Sei disso. Sei desde o princípio. Sempre estabeleço uma relação pessoal com meus pacientes - acrescentou, rindo um pouco. Era só isso, a atenção normal que prestava a um paciente.
Christopher moveu a cabeça de um lado a outro, divertido.
- Você vê muito claramente os demais - disse - mas está cega consigo mesma.
O velho pânico, familiar na forma mas estranho em sua essência, contraiu-lhe o estômago. Cega. Essa palavra, a palavra que Christopher havia usado. Não, pensou dolorosamente. Não estava cega, mas se empenhava em não ver.
Autor(a): livros adaptados aya
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Havia levantado um muro entre si mesma e tudo o que a ameaçava; sabia que estava ali, mas enquanto não tivesse que olhá-lo, podia se esquecer dele. Alfonso havia forçado-a em duas ocasiões a afrontar o passado que havia deixado para trás, sem se dar conta do suplício que lhe havia custado em termos de dor. Agora Christopher, ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 9
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francielle_oliveira Postado em 01/08/2016 - 01:46:26
Posta mais!
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fersantos08 Postado em 31/05/2016 - 13:54:11
Oiie leitora nova! Só de ter lido a sinopse eu amei *---* começando a ler. Continuaaa
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livros adaptados aya Postado em 30/05/2016 - 12:35:36
Francielle_oliveira: Vou postar hoje mais sim querida, voce é minha xará.. beijoss
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francielle_oliveira Postado em 30/05/2016 - 03:51:47
adorando a fic! Posta mais!
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ponyyaya Postado em 26/02/2016 - 13:22:42
Continuaaaaaaaaaaaaaaaaa
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ponyyaya Postado em 19/02/2016 - 18:57:57
Amo essa história **----------------------** Já pode postar mais kkkkkkkkk Continuaaaaaa
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camillatutty Postado em 18/02/2016 - 00:44:14
Ai, gente... Eu amo essa história! É muito linda!
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tatianaportilla106 Postado em 17/02/2016 - 00:49:49
Esse Poncho é meio ignorante
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tatianaportilla106 Postado em 17/02/2016 - 00:47:33
Continua <3