Fanfic: Angels and Demons | Tema: Mine-vondy
Ao chegar na casa, passo por aquela típica choradeira de velorio e foco na alma a ser recolhidaUma mulher, não tinha 35 anos, muito bonita, morena, cabelos cacheados e com traços meigos no rosto. Ela era muito jovem. Dou uma pequena vasculhada pela sala e vejo pessoas sozinhas ou amparadas por outras pessoas. Existem aqueles que nem sabem quem é a defunta e um homem parado próximo ao caixão, que deduzo ser o viúvo. No outro lado da sala há um rapaz encostando na parede, olhando para o teto com as mãos no bolso da calça jeans que ele usa.
De repente me vejo olhando mais do que deveria para o cara encostado na parede, ele deve ser o que os humanos chamam de adolescente, é alto, meio moreno, cabelos lisos, olhos castanhos e... Espera ai, é impressão minha ou ele está me olhando? Impossível! Nós, anjos, somos invisíveis para os humanos, eles não podem nos ver a menos que um de nós queira ser visto, o que, no meu caso, não é o que eu quero.
Ele continua olhando na minha direção com um olhar fixo e perplexo, isso me preocupa. Tento pensar que ele não está me olhando, é só pegar a alma, pôr no medalhão e levar para Sparthus, certo? Errado.
Sinto uma tensão percorrer meus músculos, sinto que minha asa pesa duas mil toneladas, eu não deveria estar retribuindo o olhar dele, devia estar indo embora mas não estou. Continuo parada olhando para aquele garoto.
Meu pânico aumenta quando vejo ele se aproximar de mim, ele anda lentamente como se eu fosse uma borboleta que pudesse ir embora a qualquer momento. E pro meu bem seria melhor eu ir mesmo. A alma já está no medalhão, é só bater as asas e sair daqui, mas eu continuo parada.
Ele continua me olhando com uma expressão estranha e continua seguindo na minha direção, até que ele para perto de uma garota e fala:
– Você ta vendo alguma coisa estranha naquela direção? – pergunta apontando pra mim.
– Não, porque? Você está vendo algo?
– Não, esquece – responde ele. Após esse pequeno diálogo ele se aproxima ainda mais de mim e sussura:
– Você não é uma miragem, né? – Eu o olho e começo a rir. – Ei, porque ninguém ta te vendo, quem é você? – Perguntas demais, hora de voltar pro meu mundo.
Ando em direção à porta da casa e ele continua me seguindo, isso me incomoda. Por que ele está conseguindo me ver? Nenhum humano em 150 anos de existência conseguiu me ver. Por que ele consegue? – Ei, achei que você tinha morrido. – Fala pollito bem na hora que saio da casa.
– Seu humor é contagiante, pollito. – Digo exasperada.
– Desculpa, é que você demorou tanto que eu...
– Relaxa, já estou pronta, vamos? – Falo abrindo minhas asas.
Sinto a presença do garoto bem em cima de mim e um arrepio percorre minha espinha até a ponta das minhas asas. Se ele demonstrar que está me vendo terei problemas e, no momento, estou fugindo de problemas.
Para minha sorte e alivio ele não esboça nenhuma reação quando vê annie, aje como se não nos visse e agradeço mentalmente a ele por isso.
– Vamos, dulce? – insiste pollito.
Eu não quero sair, não quero deixar aquele humano intrigante sem antes perguntar um monte de coisas, nossas trocas de olhares se tornaram muito mais intensas e agora ele tem uma vantagem sobre mim: ele sabe meu nome.
Droga! Ele sabe meu nome! Eu não sei nada sobre ele a não ser que ele consegue me ver, isso não é justo. Finalmente abro as asas e dou impulso para cima, tentando alcançar pollito e ao mesmo tempo mantendo meus olhos ainda no garoto.
– Algum problema? – questiona pollito.
– Não, tudo bem, eu estou só um pouco aérea.
– Percebe-se – responde ele sorrindo.
– Você vai ao mundo superior comigo?
– Não, estou de folga, lembra? – diz ele.
– Lembro sim, te vejo mais tarde – respondo despedindo-me dele.
Tento me concentrar no que exatamente aconteceu lá embaixo: um garoto, pela primeira vez em um século e meio, conseguiu me ver e eu não sei como. Sei que Maximus jamais explicaria algo para mim. Mesmo sendo tão aberto comigo quando se trata de humanos ele não gosta de muitas perguntas. Mas quem sabe Sparthus me diga alguma coisa? Talvez ele saiba de algo, vale a pena tentar, né? Chego ao Mundo Superior e logo sou anunciada a Sparthus, que não demora muito a aparecer.
– Olá, dulce.
– Oi, Sparthus.
– Tem algo pra mim?
– Tenho sim, acho que vocês estão com sorte, duas almas em um dia – respondo lhe entregando o medalhão.
– Obrigado. Você não quer entrar um pouco? – questiona Sparthus.
Gostaria de entender por que Sparthus me trata tão bem. Ele é o anjo supremo do Mundo Superior, deveria me odiar já que ele e Maximus se odeiam tanto. Desde o início da minha existência Sparthus se mostra prestativo e atencioso comigo e, apesar de não saber o motivo, acho muito estranho, porque Hello! Eu sou um anjo da morte!
– Na verdade eu gostaria de te fazer uma pergunta. Posso?
– Depende, se for sobre a guerra da divisão não vou te falar nada.
– Não é sobre isso.
– Então pode falar – diz ele sorrindo.
Sparthus é muito bonito, isso qualquer anjo pode perceber. Ele é moreno, alto, tem olhos e cabelos pretos e é dono de um sorriso que meu Deus! Nunca vi um sorriso tão lindo. Me admira que a essa altura Sparthus não seja casado. Sim, anjos também casam.
Temos algumas leis para isso, claro, mas nada impede que os anjos se casem e tenham filhos, isso me leva a pensar em outra questão: quem é a mãe de natalia? Ok, isso não é da minha conta. Como sou um anjo do mundo intermediário não me é permetido casar. Essa foi uma das leis estabelecida por Maximus. Não queremos nosso mundo cheio de crianças chorando ou correndo, atrapalhando nossa ordem. Nada de crianças. Nada de casamentos.
Sigo Sparthus por um dos vários caminhos do Mundo Superior, aqui é tudo tão calmo, tão cheio de rosas, luz e sorrisos que chega a me dar vertigem. Esse lugar é super lotado, tem anjos por todo os lados e almas vagando por uma parte do átrio superior. Chegamos à casa de Sparthus e tenho que admitir, nunca vi tanto dourado na minha existência.
Sparthus me guia até sua biblioteca e tenho que segurar minha boca pra ela não se abrir com a grandiosidade do local. A biblioteca é toda banhada a ouro, o teto é uma cúpula com desenhos da guerra da divisão, livros e mais livros. Por toda a sala mais e mais livros, uma mesa com uma cadeira enorme atrás e duas de frente para ela.
– Fique à vontade, vou levar essa alma para natalia e já volto. – confirmei com a cabeça.
Continuei explorando a sala, mais ao fundo tem uma pequena sala de recepção com dois sofás e uma mesa no centro. Nas paredes tem fotos de Sparthus, natalia, anjos da luz e de uma mulher muito linda. Ela tem cabelos negros, lábios grossos emoldurados em um sorriso belíssimo, mas o que realmente chama a atenção nela são seus olhos.
Eu particulamente já tinha visto olhos azuis, mas como os dela? Nunca. Era um tom de azul tão intenso, tão envolvente, tão chamativo e intrigante que faz você passar horas e horas mergulhando naqueles olhos. E isso não é tudo… É a mesma cor dos meus olhos. Não existe diferença nenhuma, é como se tivesse tirado os olhos dela e posto em mim. Ela é realmente muito linda.
Aproximo-me ainda mais do quadro e sinto como se já tivesse visto ele em algum lugar. Quando toco no rosto da mulher sinto uma leve vibração e tenho um pequeno flashback.
Flashback on
– Minha doce Amélia – dizia a mulher do quadro.
– Nossa doce Amélia – responde uma voz masculina e, apesar de não ver seu rosto, sei que é Sparthus.
– Nossa doce Amélia – repete a mulher.
Flashback off
De repente me vejo olhando mais do que deveria para o cara encostado na parede, ele deve ser o que os humanos chamam de adolescente, é alto, meio moreno, cabelos lisos, olhos castanhos e... Espera ai, é impressão minha ou ele está me olhando? Impossível! Nós, anjos, somos invisíveis para os humanos, eles não podem nos ver a menos que um de nós queira ser visto, o que, no meu caso, não é o que eu quero.
Ele continua olhando na minha direção com um olhar fixo e perplexo, isso me preocupa. Tento pensar que ele não está me olhando, é só pegar a alma, pôr no medalhão e levar para Sparthus, certo? Errado.
Sinto uma tensão percorrer meus músculos, sinto que minha asa pesa duas mil toneladas, eu não deveria estar retribuindo o olhar dele, devia estar indo embora mas não estou. Continuo parada olhando para aquele garoto.
Meu pânico aumenta quando vejo ele se aproximar de mim, ele anda lentamente como se eu fosse uma borboleta que pudesse ir embora a qualquer momento. E pro meu bem seria melhor eu ir mesmo. A alma já está no medalhão, é só bater as asas e sair daqui, mas eu continuo parada.
Ele continua me olhando com uma expressão estranha e continua seguindo na minha direção, até que ele para perto de uma garota e fala:
– Você ta vendo alguma coisa estranha naquela direção? – pergunta apontando pra mim.
– Não, porque? Você está vendo algo?
– Não, esquece – responde ele. Após esse pequeno diálogo ele se aproxima ainda mais de mim e sussura:
– Você não é uma miragem, né? – Eu o olho e começo a rir. – Ei, porque ninguém ta te vendo, quem é você? – Perguntas demais, hora de voltar pro meu mundo.
Ando em direção à porta da casa e ele continua me seguindo, isso me incomoda. Por que ele está conseguindo me ver? Nenhum humano em 150 anos de existência conseguiu me ver. Por que ele consegue? – Ei, achei que você tinha morrido. – Fala pollito bem na hora que saio da casa.
– Seu humor é contagiante, pollito. – Digo exasperada.
– Desculpa, é que você demorou tanto que eu...
– Relaxa, já estou pronta, vamos? – Falo abrindo minhas asas.
Sinto a presença do garoto bem em cima de mim e um arrepio percorre minha espinha até a ponta das minhas asas. Se ele demonstrar que está me vendo terei problemas e, no momento, estou fugindo de problemas.
Para minha sorte e alivio ele não esboça nenhuma reação quando vê annie, aje como se não nos visse e agradeço mentalmente a ele por isso.
– Vamos, dulce? – insiste pollito.
Eu não quero sair, não quero deixar aquele humano intrigante sem antes perguntar um monte de coisas, nossas trocas de olhares se tornaram muito mais intensas e agora ele tem uma vantagem sobre mim: ele sabe meu nome.
Droga! Ele sabe meu nome! Eu não sei nada sobre ele a não ser que ele consegue me ver, isso não é justo. Finalmente abro as asas e dou impulso para cima, tentando alcançar pollito e ao mesmo tempo mantendo meus olhos ainda no garoto.
– Algum problema? – questiona pollito.
– Não, tudo bem, eu estou só um pouco aérea.
– Percebe-se – responde ele sorrindo.
– Você vai ao mundo superior comigo?
– Não, estou de folga, lembra? – diz ele.
– Lembro sim, te vejo mais tarde – respondo despedindo-me dele.
Tento me concentrar no que exatamente aconteceu lá embaixo: um garoto, pela primeira vez em um século e meio, conseguiu me ver e eu não sei como. Sei que Maximus jamais explicaria algo para mim. Mesmo sendo tão aberto comigo quando se trata de humanos ele não gosta de muitas perguntas. Mas quem sabe Sparthus me diga alguma coisa? Talvez ele saiba de algo, vale a pena tentar, né? Chego ao Mundo Superior e logo sou anunciada a Sparthus, que não demora muito a aparecer.
– Olá, dulce.
– Oi, Sparthus.
– Tem algo pra mim?
– Tenho sim, acho que vocês estão com sorte, duas almas em um dia – respondo lhe entregando o medalhão.
– Obrigado. Você não quer entrar um pouco? – questiona Sparthus.
Gostaria de entender por que Sparthus me trata tão bem. Ele é o anjo supremo do Mundo Superior, deveria me odiar já que ele e Maximus se odeiam tanto. Desde o início da minha existência Sparthus se mostra prestativo e atencioso comigo e, apesar de não saber o motivo, acho muito estranho, porque Hello! Eu sou um anjo da morte!
– Na verdade eu gostaria de te fazer uma pergunta. Posso?
– Depende, se for sobre a guerra da divisão não vou te falar nada.
– Não é sobre isso.
– Então pode falar – diz ele sorrindo.
Sparthus é muito bonito, isso qualquer anjo pode perceber. Ele é moreno, alto, tem olhos e cabelos pretos e é dono de um sorriso que meu Deus! Nunca vi um sorriso tão lindo. Me admira que a essa altura Sparthus não seja casado. Sim, anjos também casam.
Temos algumas leis para isso, claro, mas nada impede que os anjos se casem e tenham filhos, isso me leva a pensar em outra questão: quem é a mãe de natalia? Ok, isso não é da minha conta. Como sou um anjo do mundo intermediário não me é permetido casar. Essa foi uma das leis estabelecida por Maximus. Não queremos nosso mundo cheio de crianças chorando ou correndo, atrapalhando nossa ordem. Nada de crianças. Nada de casamentos.
Sigo Sparthus por um dos vários caminhos do Mundo Superior, aqui é tudo tão calmo, tão cheio de rosas, luz e sorrisos que chega a me dar vertigem. Esse lugar é super lotado, tem anjos por todo os lados e almas vagando por uma parte do átrio superior. Chegamos à casa de Sparthus e tenho que admitir, nunca vi tanto dourado na minha existência.
Sparthus me guia até sua biblioteca e tenho que segurar minha boca pra ela não se abrir com a grandiosidade do local. A biblioteca é toda banhada a ouro, o teto é uma cúpula com desenhos da guerra da divisão, livros e mais livros. Por toda a sala mais e mais livros, uma mesa com uma cadeira enorme atrás e duas de frente para ela.
– Fique à vontade, vou levar essa alma para natalia e já volto. – confirmei com a cabeça.
Continuei explorando a sala, mais ao fundo tem uma pequena sala de recepção com dois sofás e uma mesa no centro. Nas paredes tem fotos de Sparthus, natalia, anjos da luz e de uma mulher muito linda. Ela tem cabelos negros, lábios grossos emoldurados em um sorriso belíssimo, mas o que realmente chama a atenção nela são seus olhos.
Eu particulamente já tinha visto olhos azuis, mas como os dela? Nunca. Era um tom de azul tão intenso, tão envolvente, tão chamativo e intrigante que faz você passar horas e horas mergulhando naqueles olhos. E isso não é tudo… É a mesma cor dos meus olhos. Não existe diferença nenhuma, é como se tivesse tirado os olhos dela e posto em mim. Ela é realmente muito linda.
Aproximo-me ainda mais do quadro e sinto como se já tivesse visto ele em algum lugar. Quando toco no rosto da mulher sinto uma leve vibração e tenho um pequeno flashback.
Flashback on
– Minha doce Amélia – dizia a mulher do quadro.
– Nossa doce Amélia – responde uma voz masculina e, apesar de não ver seu rosto, sei que é Sparthus.
– Nossa doce Amélia – repete a mulher.
Flashback off
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Autor(a): Anna Uckermann
Este autor(a) escreve mais 26 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Capitulo 3 Isso é estranho? Muito. Se estou confusa? Demais. Mas acho que não é um bom momento para falar com Sparthus sobre isso. Olho para a descrição do quadro."MINHA QUERIDA E ETERNA HELENA (1875)" 1875? O ano que eu passei a existir. Esse quadro tem a minha idade! Quero encher Sparthus de perguntas. Quem era Helena? Que ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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Anny_Queiroz Postado em 02/01/2016 - 21:01:04
Vc abandonou A fic¿? Se n pq Ta demorando pra postar¿? Continua please sua fic t td pra ter suceso Se for por o oucos favoritados eu posso divulgar sua fic Mas volta vai.
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lorac Postado em 21/12/2015 - 10:34:19
ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii continua please da top gatinha bjs.
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Anny_Queiroz Postado em 18/12/2015 - 13:03:49
Continua sério sua fic é d+, muito bem escrita e continua logo pfvr.
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shines2 Postado em 17/12/2015 - 20:31:03
UOU TOMA ESSA RATALIA RSRS continua está perfeita
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shines2 Postado em 15/12/2015 - 12:28:13
Olá sou nova leitora e posso dizer que sua FIC tem tudo pra ser Perfeita 1-e bem escrita 2-na minha opinião eu gostei da sinopse e 3-tem uma ótima história mais agora vou logo falando que sou bem estranha e maluca então se dizer alguma maluquice aí vc pode considerado normal rsrs AGORA só uma pergunta vai demorar pros vondys se encontrarem e vai tem hot ? Então continua porque pela sua história sei que vou amar :3