Fanfic: Angels and Demons | Tema: Mine-vondy

Capitulo 3

Isso é estranho? Muito. Se estou confusa? Demais. Mas acho que não é um bom momento para falar com Sparthus sobre isso. Olho para a descrição do quadro.
"MINHA QUERIDA E ETERNA HELENA (1875)" 
1875? O ano que eu passei a existir. Esse quadro tem a minha idade! Quero encher Sparthus de perguntas. Quem era Helena? Quem era Amélia? O que aconteceu com elas? E por que quando toquei no quadro vi aquilo? Mas uma coisa de cada vez. 
– É um belo quadro, não é? – quase morro de susto quando sinto Sparthus bem atrás de mim. Às vezes esqueço que ele consegue ser rápido e silencioso. 
– Ela é muito bonita. 
– É meu quadro favorito. 
– Não é dificil saber o motivo – respondo e ele sorri. – É a sua esposa? 
– Era, ela morreu. 
– Sinto muito. 
– É claro que sente. 
– Ela é a mãe de natalia? 
– É sim. Mas acho que você não veio aqui para falarmos sobre isso, não é? – ele fala me apontando o sofá da sala de recepção. 
– Tem razão – respondo sorrindo e me sento no sofá. 
– Devo imaginar que seja algo realmente muito importante, já que te fez entrar no Mundo Supremo. 
– Não é tão importante, é só uma duvida. 
– Qual? 
– É possivel um humano me ver mesmo que eu não queira? 
– Não, por que? – questiona ele. 
Não sei por que devo contar a verdade a ele. É estranho, mesmo não confiando em ninguem, além do pollito, eu sempre me sinto à vontade com Sparthus e isso me dá medo. Essa estranha confiança que tenho em Sparthus não me parece certa por 3 motivos: 
1. Ele é um anjo supremo da luz. 
2. Eu sou um anjo da morte. 
3. Esse tipo de relação nunca acaba bem. 
Bem, talvez eu não conte toda a verdade a ele. 
– Bem, porque tive a impressão de que uma humana me viu hoje. 
– Uma humana? – questiona ele. 
– É, ela olhou na minha direção e franziu o cenho. Eu achei estranho. 
– Ela esboçou reação? Tipo gritou, chamou outra pessoa ou desmaiou? 
– Não, ela só me olhou, franziu o cenho e depois desviou os olhos – respondi da forma mais calma e natural possivel. Sou boa em mentir. Aprendi com os humanos. 
– Talvez seja coisa da sua cabeça, ela talvez estivesse pensando em algo. É impossivel um humano nos ver sem que nos mostremos. 
– Então não há nenhuma forma dela ou qualquer outra pessoa me ver? 
– Não. 
– Tudo bem, era só isso, obrigada pela ajuda. 
– Não precisa agradecer, sabe que amo te ajudar. 
– Sei sim – digo sorrindo e me levantando do sofá. 
– Se precisar de ajuda é só falar, ta? 
– Ok. Obrigada mais uma vez – digo estendendo a mão para Sparthus que hesita antes de pegar a minha. Aquela vibração ocorre de novo e um novo flashback acontece. 

Flashback on 

– Você é a gravida mais linda desse universo, sabia? – diz Sparthus beijando Helena que estava dobrando roupas de bebê, sentanda em uma cadeira num quarto totalmente rosa. 

Flashback off 

O quarto era lindo, tinha um berço, um guarda-roupa e uma poltrona branca com rosa, mas o que me chamou a atenção foi o que estava preso no berço, parecia com algo que eu já vi antes, só não lembro onde. 
– dulce? dulce, você está bem? – ouço annie falando baixo. 
– O que aconteceu? Onde estou? 
– Você desmaiou, está no Mundo Superior – responde ele segurando minha mão e alisando meu cabelo. 
– Você se sente melhor? – questiona Sparthus 
– Sim, eu estou bem. Já posso ir pra casa – digo levantando-me do sofá e caindo novamente em cima dele. 
– Bem, acho melhor deixar ela descansar um pouco, talvez seja melhor ela passar a noite aqui – fala Sparthus. 
– Nem pensar, ela vai comigo para o Mundo Intermediário, nem que seja nos braços. 
– Mocinho, acho melhor você reconsiderar, ela não pode sair nesse estado – fala Sparthus pacientemente. 
– Mocinho? Eu tenho 100 anos! Não sou um mocinho. 
– Jura? Eu tenho 3 milênios! Acho que você é um mocinho sim e diria que muito imprudente – rebate Sparthus cerrando os punhos. 
– É? Por quê? 
– Se eu fosse você não estaria discutindo com o anjo supremo do Mundo Superior dentro da biblioteca dele – responde Sparthus se aproximando de pollito que depois dessa ameaça desiste de rebater. 
– Sparthus, deixa de ser idiota! E, pollito, eu posso decidir o que eu quero fazer e agora eu quero ficar com Sparthus. 
– Mas, dulce… – fala pollito. 
– Não tem "mas, dulce", eu vou passar a noite aqui, amanhã eu volto. 
– E quanto ao Sr. Maximus? O que digo a ele? 
– Com o Maximus eu me resolvo, agora vai. 
– Tudo bem – responde ele saindo da biblioteca. Passamos um bom tempo em silêncio, não sabia exatamente o que fazer, como começar o assunto, mas sabia que tinha que começar de alguma forma. 
– Vou preparar um quarto pra você, dulce – diz ele se retirando. 
– Você sabe por que eu fiquei, não sabe, Sparthus? 
– Sei sim e não sei se vou poder te ajudar – responde ele me deixando só na sala. 
Alguns minutos se passam e eu não aguento o tédio. Finalmente levanto do sofá e fico admirando o quadro de Helena. Aqueles olhos... E quem foi Amélia? E, o mais importante, onde ela está agora? Fico uns minutos pensando nessa questão quando ouço a porta da biblioteca ser aberta violentamente e se chocar na parede. Imagino que seja o "furacão natalia", o porquê dessa menina me odiar tanto é um mistério para mim. 
– O que você está fazendo aqui? 
– Oi, natalia. 
– Responde a pergunta. 
– Passei mal e desmaiei, seu pai pediu para que eu passasse a noite aqui. 
– Você não vai passar a noite aqui, você vai voltar para o seu mundinho agora – diz ela puxando meu braço. – Você não pertece a esse mundo, não quero você aqui. 
– É uma pena que você seja apenas a filha do anjo supremo e não a rainha suprema, né? 
– Escuta aqui garota... – diz ela avançando em cima de mim. 
– Escuta aqui você, mimadinha. Você pode até ser a filha do senhor supremo, mas para mim você vale menos do que a pior alma existente nesse universo. Então se você pretende existir por muito tempo é bom não cruzar o meu caminho. Eu sou boa em ser legal, natalia, mas sou muito melhor sendo má. Não me teste – falo segurando os dois braços dela nas costas, encostando-a na parede. 
– Algum problema, meninas? – ouço Sparthus perguntando. 
– Nenhum, Sparthus, acho que deixei tudo claro como a água. Não foi, natalia? – digo empurrando os braços dela e saindo da biblioteca. 

dulce 1 X natalia 0

shines2:valeu e continuando