Fanfics Brasil - Capitulo 04 Angels and Demons

Fanfic: Angels and Demons | Tema: Mine-vondy


Capítulo: Capitulo 04

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Capitulo 04


Sigo pelo corredor que leva ao átrio central, um enorme salão dourado com um lustre belíssimo no centro. Vejo anjos da luz caminhando, saltitando, sorrindo, cantarolando ou fazendo coisas "fofas". Quando elas me vêem, se assustam e começam a cochichar entre si. Não as culpo, sou a única com roupas pretas em um ambiente "paz e amor” e que não está comprimentando ninguém. Mal educada? Um pouco, talvez. 
Mas quem se importa? Eu não me importo, isso é da minha natureza, não sou obrigada a falar ou sorrir para todos nesse universo, afinal sou um anjo da morte. Sou do tipo que explode rápido, não confia em ninguém, destemida, implacável e sem piedade, sem sentimentos. 
No átrio central tem espelhos por toda parte, quando vejo o meu reflexo entendo por que todos no átrio se assustaram. Estou com uma calça de couro preta, uma blusa regata preta e uma bota que vai até a panturrilha, mas o que chama atenção é meu rosto: estou com uma maquiagem pesada, sombra preta, lápis de olho, rímel, delineador e batom vermelho. Meu cabelo está jogado pro lado e os cachos descem até a cintura. 
Continuo observando meu reflexo quando Sparthus aparece me encarando, suspiro derrotada, sei que vamos dar inicio a uma discussão. 
– O que foi aquilo na biblioteca, Dulce? 
– Aquilo foi eu colocando sua querida filha no lugar dela – respondo ainda me olhando no espelho. 
– Não precisava de tudo aquilo. 
– Jura? A querida princesa do Mundo Superior queria me arrastar pelo braço pra fora do seu mundo – falo gritando. As pessoas que estão no átrio nos observam, somos o centro das atenções. Ótimo! 
– Ela não iria fazer isso, você não conhece a Natalia. 
– Não, Sparthus, você não conhece a Natalia. Ela não é esse anjinho de luz que você imagina – falo o encarando. 
– Tente entender, sua presença já a irrita e por você ser um anjo da morte ela te odeia ainda mais. 
– Oh que lindo, Sparthus, agora eu tenho que entender uma maluca que me odeia sem motivos? Me poupe. 
As pessoas nos olham assustadas, o clima está esquentando e, me conhecendo tão bem como eu me conheço, sei que falta pouco para que eu exploda. Mais anjos da luz se aproximam do átrio central por pura curiosidade, um anjo da morte está gritando e discutindo com o senhor supremo do mundo deles. 
– Se controla, você não está bem, deveria reconsiderar aquilo e tentar ser amiga dela. 
– Não seja idiota, Sparthus, você sabe melhor que ninguém que eu e Natalia não conseguimos respirar o mesmo oxigênio juntas, está mais do que claro que luz é a última coisa que existe nela – cuspo as últimas palavras na cara dele. 
Todos se surpreendem e prendem o ar, o átrio fica tão silencioso que eu consigo ouvir meus pensamentos. A questão é: existe um anjo da morte chamando o senhor supremo desses bocós pelo nome e dizendo que ele é um idiota e de quebra insinuando que a princesa é um anjo das trevas. Woow! Quanta ousadia. 
– Sabe que posso te matar pelo que acabou de falar, não sabe? – ele me questiona tentando manter a calma. – Vai em frente Sparthus, me mata! 
Silêncio sepulcral, claro que Sparthus pode me matar, mas uma coisa que eu e ele temos certeza é que ele jamais me matará, não importa o que eu faça. 
– Acho que foi uma péssima ideia ter deixado você aqui. 
– Tem razão, mas não se preocupe, estou resolvendo isso agora – respondo saindo do átrio correndo e dando impulso, abrindo as asas. 
– Dulce, volta aqui, por favor me perdoe! – ouço Sparthus gritando enquanto os outros anjos o observam. Um sorriso se forma em meus lábios, estou fazendo o senhor supremo do Mundo Superior me pedir perdão. 
Dulce 1 
Sparthus 0 
Continuo voando sem ter ideia de onde ir, nunca achei que pudesse me sentir mal por ter discutido com Sparthus, mas estou sentindo um certo desconforto. Ele mereceu, quem mandou defender aquela filha de Hades? Quero dizer, a filha dele. Fico me movimentando em círculos no ar, procurando algum lugar para ir, de repente sei exatamente para onde ir. Aumento a velocidade do meu vôo e desço mergulhando pelas nuvens, até que, sem perceber, estou de frente à casa. Estou procurando por ele. 
Uma parte de mim assume que isso é a maior burrice e loucura que já fiz, a outra parte tem certeza que eu tomei a decisão certa. São quase nove da noite, o que me faz concluir que eles estão dormindo, geralmente é isso que fazem após esses rituais chamados velório. Direciono-me a primeira janela: tem uma mesa e várias cadeiras, deve ser a cozinha. Continuo janela por janela até encontrar um quarto vazio, a janela está aberta. Na verdade é uma varanda com uma porta enorme em direção ao quarto. Antes mesmo de poder raciocinar sobre minha ação já estou dentro da varanda e um cheiro masculino e muito bom surge no ar. Tenho que me apoiar na coluna central da varanda, em parte porque ainda estou tonta e em parte por esse perfume deliciosamente tentador. 
– Dulce? – questiona aquela voz tão boa de se ouvir. Viro-me lentamente e o encaro. Isso foi um grande erro. Por todos os senhores desse universo esse garoto fica ainda mais lindo à luz da lua. Os olhos dele cintilam de tão belos e ele é bem mais alto do que eu imaginava.Esses olhos viciantes… Mergulho na imensidão desses olhos. 
– Esse é o seu nome, não é? Dulce? – confirmo com a cabeça. – Você consegue me entender? – isso me faz rir 
– Sim, consigo te entender – respondo por fim. Um pouco de pânico no início, não deveria ter falado. 
– Ok, você pode me dizer por que só eu estava te vendo hoje de manhã? 
– Não sei, não faço a mínima ideia, ainda estou tentando entender. 
– Isso já aconteceu antes com você? 
– Não, nunca. 
– Isso parece assustador – responde ele se aproximando, perfume masculino exala por todo ambiente e eu perco forças caindo de lado. 
– Ei calma, relaxa – diz ele me amparando nos seus braços. 
Sinto o contato de minha pele fria com a pele quente dele e isso causa um arrepio por todo o meu corpo. Ele é tão forte, tão lindo, tão humano... Humano! Essa palavra me tira do meu transe momentâneo. 
– Me larga garoto! 
– Ei, eu estou tentando ser legal. 
– Conheço sua espécie, vocês não foram criados para serem legais. 
– Não é bom começarmos nossa amizade xingando minha espécie. 
– E quem te falou que eu quero ser sua amiga? 
– Eu estou dizendo. 
– Não tenha tanta certeza, querido, a última coisa que quero de humanos é amizade – falo me aproximando dele. 
– Então podemos começar pela primeira coisa que você quer de mim. 
– Não banque o engraçadinho comigo, garoto... 
– Christopher – interrompe ele. 
– Que seja, Christopher. Eu posso te matar agora mesmo, sabia? 
– Mas não vai. 
– Por que não te mataria? 
– Porque você não consegue. 
– Não me subestime, Christopher – falo cerrando os olhos. 
– Então vai em frente, Dulce, me mata – diz ele acabando com o espaço existente entre nós. 
Nossos corpos estão tão perto que esbarramos um no outro, consigo ouvir a respiração compassada de Christopher junto com as batidas aceleradas do seu coração. Ele é um humano tão vulnerável a um toque meu, não conseguiria se defender nem se tentasse, ele é tão fraco, tão frágil, tão pequeno, tão lindo e está tão perto... Isso é perigoso. 
– Você se acha superior a mim, não é? Mas deixa eu te contar um segredo, nesse jogo sua espécie nunca ganha e sabe por que? Porque vocês são egoístas e manipuladores. 
– Não generalize, Dulce, eu sou diferente deles. 
– Isso chega a ser cômico sabia? Você tem ideia de quantas vezes eu ouvi essa frase na minha existência? 
– Me parece que não o bastante para acreditar. 
– Eu não acredito em nenhum de vocês, nenhum, por mais belos e inteligentes que sejam, esses são os piores. 
– Sinto muito te decepcionar senhorita, Dulce, mas você está errada em relação a mim. 
– Jura? Por que estaria? 
– Porque eu jamais fiz coisas egoístas, fui criado para ser altruísta e porque perdi minha mãe. 
– Isso não te faz diferente dos outros. 
– E o fato de só eu conseguir te ver? Acho que isso me torna bem diferente dos outros, não acha? 
Ok, tenho que admitir que essa foi boa, não encontro argumentos bons para essa pergunta e meu silêncio parece diverti-lo. 
– Então como ficamos? – questiona Christopher me encarando. 
– Não ficamos – respondo dando as costas a ele e saindo da varanda. 
– Ei, porque você sempre foge de mim? Do que você tem medo? 
– Eu não tenho medo de nada, você que deveria ter medo de mim – digo me aproximando dele. 
– Por que eu deveria ter medo de você? – questiona ele se aproximando ainda mais de mim. 
– Porque você é mortal e eu sou um anjo da morte, porque você não faz ideia de quem sou ou do que eu faço, porque você vive em um mundinho perfeito enquanto eu tenho que matar pessoas – rebato explodindo, furiosa. 
– Me conta. 
– O quê? – questiono sem entender. 
– Você disse que não sei quem é você ou o que você faz, então conta pra mim, quero saber quem é você – responde ele calmamente pegando um banco e sentado ao meu lado. 
– Você não pode estar falando sério – rebato totalmente incrédula. 
– Claro que estou, senta aqui. 
– Hoje não, quem sabe outro dia, nem sei o que estou fazendo aqui – respondo seguindo em direção à parte lateral da varanda. 
– Promete? 
– Anjos não fazem promessas – digo alçando vôo. 
– Estarei te esperando – grita ele. 
Passou algum tempo até eu realmente decidir voltar ao Mundo Intermediário, minha mente zunia com tanta informação a ser absorvida. Por que fui procurar por ele? Por que ele consegue me ver? Por que conversamos tanto? Por que fiquei nervosa com a aproximação dele? Tantas questões na minha mente e por mais que eu tente não encontro uma resposta para essas questões. 
Quando chego no meu lar os primeiros raios de sol já se apresentam e tudo que eu quero é deitar na cama e tentar organizar minhas ideias. Sei que mais tarde Pollito virá atrás de mim feito um louco por eu ter defendido Sparthus e sei que Maximus irá vociferar horrores por eu ter passado a noite na casa de Sparthus e preciso estar calma ao extremo para saber lidar com isso. Deito-me e fico olhando para o teto quando sem mais nem menos ouço a voz de Christopher chamando meu nome. "Promete?", "do que você tem medo?", "por que você sempre foge de mim?", ouço todas suas frases e me perco naquela doce voz, até que eu adormeço. 
– Dulce? Dulce? – ouço Chistian gritar praticamente em meu ouvido. 
– O que foi, Pollito? Isso é forma de me acordar? – falo ainda de olhos fechados. 
– Levanta dessa cama agora, temos que conversar – diz ele muito alterado. 
– Ok – respondo muito irritada. Sento-me na ponta da cama e o encaro. – Sobre o que quer conversar? 
– Sobre aquela palhaçada de ontem a noite na casa de Sparthus. O que deu em você para me explusar daquele jeito? 
– Eu te falei, fiz o que era melhor pra mim, não estava em condição de voltar com você – respondi calma. 
– Você percebeu o que fez? Você passou a noite no Mundo Superior. 
– E qual é o problema? – questiono um pouco irritada. 
– VOCÊ ESTAVA NA CASA DE SPARTHUS – grita ele. 
– Primeiro: não grita comigo porque não sou sua irmã. Segundo: sim, fui pra casa de Sparthus e terceiro: você não tem nada a ver com a minha vida – falei muito alterada. 
– Dulce, calma, eu só fiquei zangado porque você ficou do lado dele. 
– Eu não fiquei do lado de ninguém, Chistian, fiz o que achava melhor para mim – falei saindo do quarto, deixando umChistian furioso. 
Sinto necessidade de uma viagem longa e duradoura que me faça ficar calma o suficiente para não socar a cara de Pollito, nem quebrar tudo no quarto. Preciso ir para um lugar tipo o Japão, ou China, ou Singapura ou talvez apenas para um lugar simples e bem próximo, calmo e com alguém que realmente queira me entender e que esteja disposto a me ouvir. É, devo admitir, mas no momento eu preciso de Christopher. 



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Autor(a): Anna Uckermann

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Gente essa fic é da minha bff que n gosta de escrever entao eu gravo ela me contando e escrevo mas faz tempo que ela n vai la em casa falem comigo pelo o meu whats 8455991831659


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • Anny_Queiroz Postado em 02/01/2016 - 21:01:04

    Vc abandonou A fic¿? Se n pq Ta demorando pra postar¿? Continua please sua fic t td pra ter suceso Se for por o oucos favoritados eu posso divulgar sua fic Mas volta vai.

  • lorac Postado em 21/12/2015 - 10:34:19

    ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii continua please da top gatinha bjs.

  • Anny_Queiroz Postado em 18/12/2015 - 13:03:49

    Continua sério sua fic é d+, muito bem escrita e continua logo pfvr.

  • shines2 Postado em 17/12/2015 - 20:31:03

    UOU TOMA ESSA RATALIA RSRS continua está perfeita

  • shines2 Postado em 15/12/2015 - 12:28:13

    Olá sou nova leitora e posso dizer que sua FIC tem tudo pra ser Perfeita 1-e bem escrita 2-na minha opinião eu gostei da sinopse e 3-tem uma ótima história mais agora vou logo falando que sou bem estranha e maluca então se dizer alguma maluquice aí vc pode considerado normal rsrs AGORA só uma pergunta vai demorar pros vondys se encontrarem e vai tem hot ? Então continua porque pela sua história sei que vou amar :3


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