Fanfic: Emergência | Tema: Rebelde
O sol invadiu as frestas de minha janela e eu abri os olhos vagarosamente. Pensei com certeza que tinha mais um dia para enfrentar, quando o que eu mais queria era ficar dormindo. De preferência para sempre.
A minha vida tinha tudo para ser perfeita, mas ela não era. Mora em uma mansão localizada na cidade do México e tenho tudo o que qualquer garota da minha idade sonharia ter: Carro, glamour, festas e diversão. Mesmo possuindo tantas coisas legais e ser vista pelos meu colegas de escola como " a menina mais rica de todo o colégio", eu não tinha o amor de meu pai e isso me deixava triste.
Eu tentei me convencer de que era apenas o jeito dele de me tratar mas com o tempo, percebi que ele sentia algum tipo de aversão por mim que nem eu mesma entendo. Apesar dele me dar tudo o que tenho, ele mal me olha nos olhos e na maioria das vezes, quando não está no trabalho, está trancado dentro do escritório e exige que ninguém o interrompa. Isso é inadmissível e inaceitável para ele.
Ás vezes, eu me sinto como uma intrusa dentro da minha própria casa, é como se eu não pertencesse aquele lar e a todas aquelas regalias que me cercam. Eu não tenho felicidade dentro de mim. Minha mãe Blanca, me trata bem. Ela é a única ali dentro que realmente se preocupa com meu bem estar. O físico e o emocional.
Amigos verdadeiros, eu tenho poucos. Anahí, Zoraida, Derrick e Diego. Eles são as únicas pessoas que eu sei que nunca me desapontariam. Consigo distinguir quem se aproxima de mim apenas por interesse, por eu ser rica e ter muitos privilégios, como poder estar nas festas mais badaladas do momento, onde apenas pessoas ricas e famosas o suficiente como meu pai e seus acompanhantes, podem entrar.
E eu, tenho que fingir que está tudo bem quando estou perto dos meu amigos. Eu interpreto, finjo ser alguém que não sou para que eles continuem acreditando que sou a menina mais rica e feliz que eles já conheceram, apesar de na maioria das vezes, eu mesma tentar me convencer que sou daquele jeito. Ás vezes, parece que estou encenando mais pra mim do que para eles e quando chego em casa, fico exausta emocionalmente por ter que dar tantos sorrisos falsos para as pessoas que não merecem que eu minta tanto.
A minha mais triste e profunda realidade é que estou mais sozinha do que nunca, mesmo que eu pareça estar cercada por uma multidão. Eu sempre estarei sozinha..
Sozinha, sozinha, sozinha, sozinha.
Me levantei da cama relutante e praticamente me arrastei até o banheiro, onde fiz minha higiene matinal e tomei um longo banho. Desci as escadas e encontrei meu pai parado de costa para mim enquanto falava por telefone. Ele parecia alterado. Seus ombros estavam rígidos e pareciam ser feitos de pedras. Fiquei parada ao pé da escada, com medo de atrapalhar a suposta conversa que ele estava tendo ao telefone.
- Eu sei, Harry! Mas o que eu posso fazer? Eu e a Blanca já fizemos de tudo para achar essa garota mas parece que ela Sumiu do mapa! - Gelei quando ouvi o que meu pai dizia ao telefone. que garota era essa que meus pais procuravam? - Preciso que continue procurando! Tenho certeza de que ela está ainda viva! - Urrou irritado com a relutância de Harry, seu braço direito. - Ela é irmã adotiva da Dulce. - Minha garganta ficou seca na hora, mas obriguei meus pés a se mexerem e sem fazer muito barulho, me escondi atrás de uma pilastra que estava localizada na sala.
Minha mãe apareceu na sala no instante seguinte para a minha sorte, pela porta da frente.
-Querido, fale baixo. Dulce pode ouvir! - fiquei horrorizada com oque minha mãe dissera.
Eles estavam escondendo algo de mim. Ou melhor, alguém de mim. Provavelmente minha ... irmã.
Fernando deligou o telefone na hora e olhou para trás, como se tivesse me procurando, como que para se certificar que eu não estava ouvindo a conversa ás escondidas.
- Já disse um milhão de vezes para não me chamar de querido. - Disse, rispidamente.
Minha mãe assentiu resoluta e saiu. Fernando permaneceu mais alguns segundos na sala, apenas divagando enquanto olhava a imagem da minha mãe pela janela.
- Desculpe. - Ele murmurou mais para ele do que para qualquer outra pessoa. Pela primeira vez, meu pai não estava com uma carranca em seu rosto e sim, com um semblante de arrependimento. Fernando balançou a cabeça em negativa e saiu pela porta como um foguete e assim, eu pude respirar aliviada.
Não tão aliviada afinal, eu tinha acabado de descobrir que eles tinham mais segredos do que eu pensava. Segredos que não dividiam comigo. Segredos que não conseguiam dividir nem com eles próprios.
Autor(a): melany
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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ceci_vondy Postado em 15/12/2015 - 23:56:33
Tomara que o Ucker comece a ver a Dulce com outros olhos, não aguento vê-la sofrer
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ceci_vondy Postado em 15/12/2015 - 23:55:16
Continuaaa pfv, estou amando, e tô com muita pena da Dulce, oq será que eles vão fazer com ela?
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ceci_vondy Postado em 23/10/2015 - 22:22:15
Continua! estou amando <3