Fanfic: Emergência | Tema: Rebelde
Dulce Narrando:
Depois que as aulas acabaram, eu não voltei para casa. Preferi ficar dando voltas com meu carro e decidi parar em frente a um bar qualquer. Entrei sem nem olhar para as poucas pessoas que estavam ali dentro e fui direto para o balcão.
Sempre me disseram que a bebida fazia com que nos esquecêssemos do nossos problemas e como nunca tinha testado essa teoria, nunca soube se era verdade. Agora, eu iria testá-la. Me virei para o barman e pedi vodka, a primeira coisa que me veio em mente.
Senti alguns olhares em cima de mim mas não me atrevi a procurar saber quem eram as pessoas que me olhavam. Eu só queria anestesiar minha dor, meus problemas e tudo aquilo que estava me dilacerando. O barman me olhou de cima a baixo antes de me estender o copo com líquido de uma cor transparente. fiquei olhando para o copo por alguns minutos antes de pegá-lo e levá-lo a boca. Bebi tudo de uma vez só e senti o líquido descer queimando pela minha garganta, o que me fez cuspir um pouco a bebida e tossir com todo o fervor logo em seguida.
eu não conseguia parar de tossir e eu sentia minha garganta queimar cada vez mais. O barman me olho com deboche, mas nada disse. Pensei enfiar minha cara debaixo de um buraco negro de tanta vergonha. Me senti patética, mas me recusei a desistir.
- Hey, traga-me mais uma dose!. - Eu estava decidida. O barman Soltou uma risadinha mas não deixou de fazer oque eu pedi.
Muitas pessoas conseguiam beber aquilo na maior tranquilidade. porque eu não podia conseguir também?
O barman colocou o copo em minha frente. Não me olhou, mas percebi que ele tinha um sorriso bem sarcástico no canto dos lábios. Fiquei olhando o copo por mais minutos do que a primeira vez e senti coragem se esvaindo cada vez mais. Ainda podia sentir a minha garganta queimando e não sabia se iria querer passar por aquilo de novo.
- Aposto 10 pratas que você não vai conseguir beber tudo sem cuspir. - A voz rouca me fez dar um pulo, de tanto susto.
Estava tão concentrada em tentar beber a vodka que nem percebi que alguém vinha se sentar ao meu lado. Levantei meu rosto para olhar para o intrometido que tinha vindo falar comigo, louca para dar um fora nele. Infelizmente, quando olhei para dizer, sumirem da minha mente que acabará ficando enevoada. Minha voz parecia ter sumido e até a queimação na garganta não incomodava mais.
O homem ao meu lado era lindo, nunca tinha visto alguém com uma beleza tão arrebatadora como aquela e não, eu não estava exagerando. Era um daqueles caras que você se sentia corada só de olhar para ele. Com pinta bad boy, usava roupas pretas dos pés a cabeça e era bem decolado. Tinha olhos castanhos escuro, um sorriso torto onde um canto da sua boca se erguia mais do que outro e cabelos castanhos.
Essa era a definição do homem em minha frente. Poderia ser confundido com o céu da escuridão, onde as estrelas e a luz, com certeza faziam uma festa quando o viam.
- Como sabe que eu não vou conseguir? - me surpreendi ao ver que não tinha gaguejado.
O homem misterioso deu uma pequena risadinha, mas não me senti insultada.
- Você nunca bebeu antes, se quer mesmo começar um vício juvenil escolha algo mais fraco. Mas, jugando pela sua expressão facial e o jeito desnorteado que chegou até aqui, aposto que está fugindo dos problemas e quer esquecê-los bebendo, estou certo? - Minha boca se escancarou com oque o homem misterioso disse. Eles estava certo, totalmente certo.
- É, você está certo. Você não é nenhum tipo de mutante não né? - Perguntei, dando uma risada.
- Se existisse algo desse tipo por aí, eu com certeza seria um. - Ele inclinou um pouco a cabeça para trás, sorrindo. - Mas não é preciso ser um expert para saber que você esta aqui pelos motivos que eu cite. Uma boa observação já dá para tirar conclusões precisas. - Deu de ombros.
- Então você estava me observando? - Perguntei, esperando deixá-lo sem resposta.
- Fiquei curioso. Principalmente quando vi você tossindo ao beber a vodka. - Abaixei a cabeça envergonhada. - Mas diga- me, que problemas uma menina como você pode ter? Notas ruins? Namorado babaca?
- Não chegou nem perto dessa vez. São apenas problemas familiares. - Suspirei resoluta.
- Que tipo de problemas? - Perguntou, de forma curiosa e afoita demais.
- Acho melhor eu não lhe contar...vim aqui para tentar esquecê-los e não para lembrar deles. - Lhe mandei um olhar desconfiado. Ele pareceu se tocar e mudou totalmente.
- É, você está certa. Mas parou para pensar que amanhã você se lembrará dos seus problemas novamente? A bebida só vai fazer com que se esqueça temporariamente, isso se você se esquecer deles. Acredite em mim, não vale a pena. - Ele deu um sorriso quase simpático. Os outros sorrisos que me dera pareciam...perigosos demais, com um toque sombrio que me dava arrepios.
Apesar de o rapaz ser lindo e até um pouco divertido, tinha algo nele que me incomodava. Não percebi no início mas agora eu quase podia sentir algum tipo de ameaça vindo de dentro de seus olhos. Algo perigoso, quase...fatal.
- É, você está certo. - Dei um sorriso nervoso e totalmente desajeitado.
- Acho melhor eu ir, está ficando tarde e tenho algumas coisas para fazer. - Ele se levantou e eu me senti parcialmente aliviada.
- Então tchau. - Respondi rapidamente.
- Sabe tenho a impressão de que em breve, nos veremos novamente. - Ele se aproximou de mim, dando um sorrisinho e eu senti algo muito ruim em sua frase. Antes que eu pudesse ter qualquer outra relação, ele se afastou, indo embora do bar rapidamente.
Tentei colocar meu pensamentos em ordem, talvez, só talvez, tudo fosse invenção da minha cabeça mas eu simplesmente não conseguia parar de sentir espamos dentro do meu peito, alertando-me de que aquele homem transbordava maldade.
- Ele não fez nada com você, Dulce. - Falei baixinho para mim mesma, na tentativa de me tranquilizar.
Os olhos dele... tinha algo em seus olhos que era cruel. Eu estava com medo, não sabia de onde vinha toda essa aversão, mas não podia ignorar o alerta que apitava dentro da minha cabeça.
Olhei para o copo de vodka cheio e intocado. Peguei no copo e bebi seu conteúdo de uma vez só.Queimou minha garganta e eu comecei a tossir, então deixei duas notas de dinheiro em cima do balcão e saí do bar o mais rápido possivel, decidida a não voltar ali para não correr o risco de encontrar aquele homem de novo. Um homem lindo, que transbordava elegância e perigo, oque na minha opinião era uma combinação fatal.
Eu faria de tudo para não cruzar seu caminho novamente.
Autor(a): melany
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
A cama estava levemente desarrumada enquanto meu corpo frágil, estava encolhido. Meu rosto, estava escondido debaixo dos lençóis de seda caríssimos que meu pai me deu de natal. Eu chorava copiosamente desde ontem a noite e não tinha coragem de colocar minha cabeça para fora dos lençóis para ver se já havi ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
ceci_vondy Postado em 15/12/2015 - 23:56:33
Tomara que o Ucker comece a ver a Dulce com outros olhos, não aguento vê-la sofrer
-
ceci_vondy Postado em 15/12/2015 - 23:55:16
Continuaaa pfv, estou amando, e tô com muita pena da Dulce, oq será que eles vão fazer com ela?
-
ceci_vondy Postado em 23/10/2015 - 22:22:15
Continua! estou amando <3