Fanfic: Querido tio Trunks | Tema: Dragon Ball

Bra chega na casa de Goten e é recebida por Chichi.

- Bra, querida, entra. – Diz Chichi.

- Obrigada. Eu sei que já está um pouco tarde mas será que eu posso conversar com o Goten?

- Claro querida. Mas não queres jantar connosco primeiro? Nós íamos agora jantar.

- Ah não, obrigada Chichi. Eu realmente precisava conversar com o Goten, vai ser rápido.

- Bom… tudo bem. Tu é que sabes. O Goten está no quarto dele. Podes ir lá ter. Sabes o caminho.

- Sim, obrigada.

Então Bra dirigiu-se ao quarto de Goten, cumprimentando Goku pelo caminho. Quando chegou à porta do quarto de Goten, bateu mas ninguém respondeu. Voltou a bater e nada. Decidiu ver se a porta estava aberta e estava, então resolveu entrar fechando a porta atrás de si.

Assim que entrou no quarto Bra respirou fundo, deu uma olhada pelo quarto e verificou que não tinha ninguém dentro. Ia preparar-se para sair do quarto quando ouviu barulho vindo do chuveiro. Concluiu que Goten estaria tomando banho. Então decidiu esperar por ele.

Resolveu deitar-se um pouco na cama de Goten. Assim que se deitou sentiu o cheiro de Goten nos cobertores e na almofada. Assim ficou por um bocado até que adormeceu.

Goten sai do chuveiro apenas com uma toalha enrolada na cintura e assusta-se quando vê um vulto de alguém na sua cama mas depressa percebe que é Bra.

Ele aproxima-se da cama pensando: “O que é que ela está aqui a fazer na minha cama”. Ele tenta chamar por ela para acordá-la mas tudo o que consegue é fazer com que ela se vire e fique de frente para ele.

Então ele fica um bom bocado olhando para ela mas ela acorda e ao vê-lo olhar para ela assusta-se e quase dá um grito pois ele tapa-lhe a boca e impede-a de gritar.

- Calma. – Diz Goten enquanto tira-lhe a mão da boca. – Calma.

- O que é que estás aqui a fazer? – Pergunta Bra.

- Isso pergunto-te eu, não achas? Este é o meu quarto.

- Ah é verdade. Mas e porque é que estás só com uma toalha? Por acaso pretendias fazer alguma coisa?

- Sim, pretendia. Pretendia fazer o que sempre faço depois de um banho: vestir-me. Ou por acaso achas que tomo banho de roupa? – Assim que termina de falar Goten levanta-se mas por azar a toalha cai no chão deixando-o completamente nu.

Ambos ficam vermelhos no mesmo instante. Bra tapa os olhos e vira a cara ao lado.

- Goten, seu idiota. – Diz Bra.

- Desculpa, não tive culpa, a toalha caiu. – Diz Goten meio atrapalhado enquanto se tapa com as mãos. – Por favor, fecha os olhos para eu me vestir, afinal tas no meu quarto e não posso ir-me vestir para o corredor.

- Tá mas despacha-te. – Diz Bra continuando com os olhos tapados.

Ou pelo menos assim pensava Goten. Mas sem que ele percebesse ela entreabriu um bocadinho os dedos das mãos e admirava o corpo de Goten.

Assim que se vestiu, Goten disse:

- Já podes abrir os olhos.

- Tava a ver que não. Demoraste tanto. E depois falas que as mulheres é que demoram.

- Ah ah ah, que piada. – Disse Goten em tom seco, sem sequer se rir. – E agora podes me dizer o que vieste aqui fazer? Hoje não estou com bom humor.

- Sim, eu sei.

- Sabes? – Por momentos Goten pensou que talvez a Pan lhe tivesse contado o que acontecera.

- Claro que sei. Ainda há pouco quando eu tava a entrar em casa e tu a sair, nem sequer olhaste para mim e nem um olá me deste. Tavas mesmo rabugento. Aliás, mais rabugento que o costume, se é que é possível.

Antes que Goten pudesse lhe responder, Chichi bateu à porta e entrou:

- Com licença meninos, trago-vos aqui um pequeno lanche e um sumo.

- Obrigada mamã mas não era preciso. A Bra não vai demorar.

- Ora Goten, onde estão os teus bons modos?! A Bra ainda vai pensar que estás a manda-la embora.

- Ah, não se preocupe Chichi, eu já conheço o Goten e não ligo nenhum ao que ele diz mas é verdade que realmente não me vou demorar.

- Bom que seja. Divirtam-se meninos. – Disse Chichi enquanto saía do quarto do filho.

Assim que Chichi saiu, Goten e Bra ficaram em silêncio. Goten pegou num sandwich que a mãe trouxera e num copo de sumo e entregou para Bra.

- Obrigada. – Disse ela.

- De nada. – Respondeu Goten. – Então quer dizer que hoje resolveste vir cá de propósito para reclamar porque eu não te dei um olá, é isso?!

- Que disparate, claro que não. E eu lá me ia dar ao trabalho de me importar sequer com isso.

- Até pode ser, no entanto atiraste-me com isso à cara ainda há pouco. – Disse Goten enquanto se aproximava de Bra e sentava ao lado dela na cama ficando a olhar para ela.

- Tens razão. – Respondeu Bra virando a cara ao lado. – No entanto isso foi para justificar que já sabia que estavas de mau humor, lembras-te?!

- Ta bem Bra. Vamos ao que interessa. Diz lá, porque vieste aqui? – Pergunta Goten ao mesmo tempo que leva o copo do seu sumo aos lábios para beber.

- A Pan contou-me tudo o que aconteceu.

No mesmo instante Goten engasga-se com a bebida.

-Ei tem calma. Tas bem? – Pergunta Bra.

Goten tenta controlar-se. O sumo tinha ido pelo canal errado e ele estava um pouco atrapalhado para conseguir respirar.

Assim que ele se acalmou, Bra soltou uma gargalhada ao ver o amigo aninhado e com lágrimas nos olhos.

- Quem diria que um simples sumo seria capaz de te fazer ficar tão desesperado ao ponto de chorares.

- Não sei onde está a piada. Eu fiquei mesmo mal. – Disse Goten muito sério ainda tentando recuperar a respiração.

- Sim eu acredito, desculpa. – Disse Bra, desta vez mais séria.

De seguida Goten sentou-se novamente na cama ao lado de Bra.

- Então ela contou-te tudo foi? – Perguntou Goten.

- Sim.

- E tu vieste aqui fazer o quê exactamente?

- Falar contigo.

- Sim isso eu já percebi, eu quero saber é o que tu queres me dizer?

- Em primeiro lugar, Goten, quero que saibas que vim aqui conversar contigo, não discutir. Até podemos discordar em algumas coisas mas não vamos discutir, combinado?

- Pronto. Já vi que a coisa vai ser feia.

- Só se tu o quiseres.

- Ok. Combinado. Sem discussões. – Concordou por fim Goten.

- Ótimo. Diz-me Goten, qual é exactamente o problema em a Pan e o Trunks ficarem juntos?

Goten respirou fundo, a conversa ia ser longa e se calhar não ia conseguir cumprir com o combinado de não discutir.