Fanfic: Querido tio Trunks | Tema: Dragon Ball
Assim que amanheceu, Goten foi até casa de Bulma para falar com o Trunks.
Quando lá chegou foi recebido por Bulma.
- Bom dia Goten. Está tudo bem? Estás aqui tão cedo. Entra. – Disse Bulma enquanto acompanhava Goten até à sala.
- Não é assim tão cedo Bulma. Mas desculpa se atrapalho.
- Não, não atrapalhas nada e realmente não é muito cedo mas acredito que para ti, sim. Segundo a tua mãe, és um preguiçoso para sair da cama.
- Ela às vezes exagera. – Disse Goten meio envergonhado.
Nesse instante entra Vegeta na sala. Olha para Goten e diz em tom de desdém:
- Hupf, tu aqui outra vez? Qualquer dia mudas-te para cá, não?
- Vegeta! – Diz Bulma em tom de censura. – Não tem mal nenhum ele vir cá. Eu não me importo. E depois para além de ser o melhor amigo do nosso filho, é também filho dos nossos amigos.
- Fala por ti. – Continua Vegeta. – Eu não tenho amigos nenhuns. Muito menos aquele idiota do Goku. Hupf…
- Não ligues Goten. Hoje ele acordou de mau humor. Já tomaste o pequeno-almoço. Senta-te.
- Ah, não, obrigada Bulma. – Disse Goten. – Eu vim falar com o Trunks. É importante. Ele está?
- Esse é outro malandro. – Diz Vegeta. – Não sei o que estes pivetes pensam da vida. Só pensam em se divertir, sair com “as miúdas” e curtir, como vocês dizem. Mas quando se fala de treinar, nem querem saber.
Bulma olha com cara feia para Vegeta mas este não se deixa intimidar e olha para o lado com o nariz empinado.
- O Trunks ainda deve estar a dormir. – Diz Bulma. – Mas podes ir lá ao quarto dele.
- Mas é claro que ainda está a dormir. – Intervém novamente Vegeta. – Aquele lá chegou a casa a meio da noite. Não sei por onde andou mas de certeza que não esteve a trabalhar e muito menos a treinar.
- VEGETA!!! – Grita Bulma. – Importas-te de te calar um bocado. Hoje tas insuportável.
- E como é que querias que estivesse, depois do que me fizeste ontem?
- Mas eu não fiz nada…
- Pois não. O problema é esse…
Goten aproveita a confusão para sair dali e ir ao quarto do Trunks.
Pelo caminho ia pensando nas palavras de Vegeta. O que será que ele queria dizer com Trunks ter chegado a meio da noite a casa?
Quando chegou ao quarto de Trunks, bateu na porta e entrou. O quarto estava ás escuras e ele foi tacteando a parede até encontrar o interruptor e acendeu a luz do quarto.
Junto à cama estavam cerca de seis latas de cerveja vazias. E Trunks estava deitado de barriga para cima, por cima dos cobertores e ainda com a mesma roupa que tinha no dia anterior.
Goten foi até às janelas do quarto e as abriu uma a uma para entrar ar fresco para dentro do quarto.
Trunks acorda com o barulho.
- Ah? Como? O que é que se passa? Quem anda aí? – Diz Trunks assustado com o barulho.
- Sou eu. Não achas que são horas de estares a pé? Pensei que já ias estar de saída para a empresa. – Disse Goten.
- Tu? Não esperava ver-te tão cedo.
- Não é assim tão cedo quanto isso. Já viste as horas?
- Trunks eleva o pulso e olha para o relógio. No mesmo instante dá um pulo da cama.
- Oh não, já são estas horas? O meu pai vai-me matar. – Diz Trunks. E depois levando as mãos à cabeça: – Ai, ai, ai. A minha cabeça vai explodir. O que é que faço?
- Aviso-te já que o teu pai está de mau humor. Eu estava a vir para aqui para o quarto e ele e a tua mãe ficaram a discutir na sala.
- Oh não, definitivamente é hoje que eu morro. – assim que terminou de falar lembrou-se das palavras do amigo no dia anterior: “Mais tarde acertarei contas contigo”, dissera Goten. Definitivamente o dia não estava a começar bem.
Trunks olhou para Goten muito sério e Goten retribuiu-lhe o olhar. Por fim diz Goten:
- Precisamos de falar.
- Sim. Eu sei. Apenas te peço que seja noutro lugar.
- Por mim tudo bem.
- Certo, então vamos. – Diz Trunks dirigindo-se à janela.
- Um momento. – Interrompe Goten o quase levantar voo de Trunks.
- Sim?!
- Nem penses que vais comigo nesse estado. – Diz Goten olhando para Trunks de cima a baixo.
- Não?
- Tens a roupa toda amarrotada, cabelo despenteado, cheio de olheiras e cheiras mal. Vai tomar um banho enquanto eu espero por ti.
Trunks olhou para Goten com ar desconfiado. Goten estava a ser demasiado… normal para quem tinha feito uma ameaça no dia anterior. Em todo caso, não tinha escolha e sabia que ele tinha razão.
Cerca de 15 minutos depois saíram os dois em direção às montanhas. Pararam perto de um rio, bem no centro de uma floresta.
Goten foi o primeiro a falar:
- Podes começar a falar.
- Que queres que te diga? Nem sei por onde começar. Pergunta e eu respondo.
- Não. As perguntas vêm depois. Agora quero ouvir a tua versão, a tua história.
Trunks estava muito nervoso. Respirou fundo e começou a falar:
- Não sei o que ela te contou, em todo caso eu vou-te contar tudo conforme aconteceu e depois tu tiras as conclusões. É verdade que sempre vi a Pan como uma criança, pela proximidade das nossas famílias e tudo ela era quase como uma sobrinha também para mim. Foi assim durante muito tempo, anos. Foi assim até há bem pouco tempo. – Trunks fez uma pequena pausa. Ele tentava escolher as melhores palavras para falar com o amigo. – Entretanto nós saímos os quatro juntos algumas vezes. Deves-te lembrar de a minha irmã querer sair á noite com a Pan e de usar aqueles mini vestidos que punha o meu pai doido e acabava obrigando-me a ir com ela para tomar conta dela. Uma vez que ela recusava-se a vestir umas calças como o meu pai mandava, nós dois acabávamos por ir junto com elas. – Goten permanecia em silêncio, apenas ouvindo. – Numa dessas noites, não me lembro do porquê, tu e a Bra desapareceram durante algum tempo e eu acabei ficando sozinho com a Pan. Ei, tem calma meu, não olhes para mim assim, não aconteceu nada, sério. No entanto a dada altura eu percebi que muitos dos caras que estavam perto, estavam olhando para a Pan e foi nessa altura que eu olhei verdadeiramente para ela e percebi o quanto ela era bonita, percebi que já não era uma menina como eu estava acostumado a vê-la mas sim uma mulher. Nesse instante senti o meu coração bater mais forte e tentei ignorar essa sensação. O tempo foi passando e cada vez que eu estava com ela ou a via, sentia sempre uma forte batida no meu coração. Percebi que era melhor eu me afastar. Foi o que fiz. Se bem te lembras, no aniversário da Pan, eu cheguei mesmo no fim da festa. Não foi por causa do trabalho como falei no dia, eu podia ter chegado cerca de 3 horas antes mas não o fiz. Estive até à ultima a pensar se ia ou não à festa. Imaginava que ela iria estar muito bonita e não me enganei. Na verdade ela estava tão linda que quando a vi nem a reconheci. De início até pensei que seria a tua nova namorada e que eu ainda não a conhecia mas quando disseste que era a Pan, eu fiquei sem chão. Parecia que de repente o meu coração tinha parado, acredita que até hoje não sei explicar como consegui reagir tao depressa. Logo depois ela desapareceu, fomos todos procurar por ela. Por coincidência, eu acabei por encontrá-la. Foi quando ela se declarou a mim.
De repente Trunks calou-se à espera de uma reação de Goten enquanto pegava numa pequena pedra que estava ao seu lado e a jogava no rio. Como não obteve qualquer reação do amigo continuou:
- Aquilo apanhou-me de surpresa. Não estava nada à espera. Tentei argumentar dizendo que ela ainda era uma menina, que a considerava como sobrinha, que ela não sabia o que era o amor, enfim, foi tudo em vão pois ela não aceitou nenhum dos meus argumentos. Como se não bastasse, ela acabou por me beijar. Discuti com ela, ordenei que nunca mais voltasse a fazer isso e saí de lá deixando-a sozinha. Vocês queixaram-se que eu estava esquisito quando cheguei à vossa beira. Agora já sabes o porquê. A partir daí deixamos de falar ou mal nos falavamos, até ontem. Quando a vi no parque com outro fiquei fulo. Tentei ignorá-la mas foi em vão. Acabei indo atrás dela até à entrada do edifício, onde nos encontrastes. Resumindo: tentei convencê-la a não sair mais com o outro enquanto a lembrava que era a mim que ela amava. Então, quando ela voltou a assumir o seu amor por mim, eu não consegui me conter e acabei beijando-a. Foi quando tu chegaste e estragaste tudo. – Disse Trunks dando um sorriso para o amigo. – Nem sequer tive a oportunidade de lhe dizer que o sentimento era mútuo, que eu também a amava.
Finalmente Trunks terminara de falar e ficou à espera de uma reação do amigo.
Passado alguns segundos, que para Trunks pareceram horas, Goten fala finalmente:
- Sabes que a Pan não é uma mulher como as outras que costumamos sair, certo?
- Sim, eu sei. – respondeu Trunks muito sério olhando o amigo nos olhos.
- Sabes que apesar dela parecer muito forte, na verdade ela tem um coração doce, gentil e vai sofrer muito se algum dia lhe quebrares o coração, certo?
- Sim, eu sei.
- E sabes que se algum dia lhe quebrares o coração, eu e a minha família vamos quebrar-te todos os ossos que tens no corpo, certo?
- Sim, eu sei.
- Ótimo. Então o que é que ainda estás aqui a fazer? – Goten dá um sorriso pro amigo. – Vai logo ter com a minha sobrinha e confessa-lhe tudo, meu.
Trunks sorri com as palavras do amigo.
- Obrigada Goten, obrigada por me entenderes, obrigada por me apoiares.
- De nada. Tenho a certeza que se fosse ao contrário, farias o mesmo por mim. – Disse Goten muito sério.
Tão sério que Trunks ficou com a sensação que um dia teria que apoiar o amigo em algum amor quase impossível como o seu. Mas Trunks depressa esqueceu essa sensação.
- Claro que sim.
- Não te esqueças que é bom assumires logo o vosso amor perante as nossas famílias. Vais ter que falar com o meu irmão.
- Sim, eu sei. Falarei com a Pan e se ela estiver de acordo falaremos com o teu irmão ainda hoje. Não quero desperdiçar nem mais um minuto da minha vida. Quero poder ficar com a Pan logo.
Depois disto, Trunks despediu-se de Goten e foi em direção à casa de Pan para lhe falar.
Autor(a): orisandrinha
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- Mas ele não disse mais nada? – Perguntou Pan à amiga pela milésima vez desde que Bra chegara em casa depois de falar com Goten. No dia anterior, assim que Bra entrara em casa, Pan foi logo enchendo-a de perguntas sobre como tinha corrido com o seu tio Goten. Bra contara-lhe tudo, ocultando, claro, a parte em que ficara a admirar o corpo esbelto ...
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