Fanfic: Querido tio Trunks | Tema: Dragon Ball
- Mas ele não disse mais nada? – Perguntou Pan à amiga pela milésima vez desde que Bra chegara em casa depois de falar com Goten.
No dia anterior, assim que Bra entrara em casa, Pan foi logo enchendo-a de perguntas sobre como tinha corrido com o seu tio Goten. Bra contara-lhe tudo, ocultando, claro, a parte em que ficara a admirar o corpo esbelto e nu do seu tio.
- Eu desisto Pan. – Dizia Bra mostrando-se aborrecida com tantas perguntas. – Não sei mais que te hei-de dizer. Queres que invente coisas? Já te contei tudo ontem, três vezes, e já me fizeste repetir tudo hoje de novo. Já começo a ficar farta. E sai do meu quarto. Deixa-me dormir.
- Mas Bra…
- Sai… - Dizia Bra apontando para a porta.
Meio contrariada, Pan fez a vontade à amiga. Sabia que estava a aborrecê-la mas estava demasiado nervosa para agir de forma diferente. Sabia que tinha que se acalmar. Respirou fundo. Foi até à cozinha e bebeu um copo de água. Respirou fundo mais três vezes. De repente alguém tocou na campainha. Já se sentia um pouco mais calma. Foi abrir a porta e qual não foi o seu espanto quando deu de caras com um homem lindo que parecia ter saído de uma capa de revista de jovens modelos.
- Oi. – Disse o jovem meio envergonhado.
- Oi. – Respondeu Pan.
- Desculpe incomodar, eu sou o novo vizinho aqui do lado. Eu mudei-me ontem para cá e, peço desculpa, tou muito envergonhado por ter que lhe pedir isto mas será que não me pode emprestar um pouco de açúcar.
- Açúcar?! Claro. – Respondeu Pan enquanto ia até ao armário buscar o açúcar.
- Eu peço muitas desculpas mesmo por ter de lhe pedir mas eu esqueci-me de trazer e eu detesto tomar o meu café sem açúcar. Não sou como algumas pessoas que gostam do café puro. – Disse dando um largo sorriso mostrando os seus dentes brancos e direitinhos.
- Não se preocupe com isso. Eu por acaso também não gosto de café sem açúcar, por isso compreendo-o perfeitamente. Ora aqui tem. – Disse enquanto lhe dava o açúcar.
- Muito obrigada, menina…?!
- Pan.
- Pan. Tem um nome bonito, tal como a dona, na verdade.
- Obrigada.
- De nada. Fui sincero. Eu chamo-me Seiji. Logo à tarde eu vou às compras e depois devolvo-lhe está bem?
- Não se preocupe com isso. Pode ficar com o açúcar.
- De maneira nenhuma. Faço questão de lhe devolver. Assim se algum dia precisar de algo, sei que poderei contar consigo, não é mesmo?
- Ah, claro. – Disse Pan enquanto o acompanhava até à porta sendo seguida por Seiji.
- Claro que o mesmo vale para si. Se alguma vez precisar de algo, pode bater na minha porta, é mesmo aqui ao lado. – Disse Seiji apontando para a sua porta.
- Claro, muito obrigada. Se eu precisar de alguma coisa, saberei onde bater.
- Obrigada eu. – Disse Seiji levantando o açúcar e saindo de casa de Pan dando-lhe mais uma vez um largo sorriso branco enquanto se virava para a porta de sua casa.
Pan voltou a entrar dentro de casa e sentou-se no sofá. Já estava bem mais calma. Estava a ponderar se ia acordar a Bra para lhe falar do novo vizinho saído da capa de uma revista de modelos quando ouviu novamente a campainha.
“Não me digam que agora vem me dizer que também se esqueceu de trazer o café” pensava Pan enquanto abria a porta com um largo sorriso.
De repente Pan ficou sem reação. Aquela era a última pessoa que alguma vez imaginou ver à sua frente naquele momento.
- Bom dia menina Pan.
- Bom dia. – Disse Pan um pouco sem jeito.
- Posso entrar?
- Claro. Entre.
Pan convidou-a a entrar em sua casa. Era a gerente do prédio e estava com cara de poucos amigos. Na verdade aquela mulher não tinha uma cara lá muito simpática mas naquele momento estava ainda pior.
- Obrigada. – Disse enquanto entrava. Depois continuou – A minha visita aqui se deve exclusivamente por uma razão menina Pan.
- Ah sim?
- Ouvi dizer que ontem há noite houve uma grande confusão entre a menina e dois jovens rapazes na frente do prédio.
Pan ia interromper mas a mulher levantou a mão como que impedindo-a de dizer alguma coisa e continuou falando arrogantemente:
- Por favor não me interrompa, ainda não terminei. Se quer saber, a mim pouco me importa quantos namorados ou “amigos” a menina tenha ou o que faz com eles desde que não transforme o meu prédio numa bagunça. Este prédio é um verdadeiro lar para todos os que aqui moram e eu não vou permitir que alguém como a menina estrague a reputação deste prédio trazendo gente para brigar na frente da porta. Aconselho-a a ter mais cuidado com as suas amizades e advirto-a que se esta situação se voltar a repetir, terei que me reunir com todos os moradores do prédio e juntos tomaremos medidas drásticas em relação a si e à sua “amiga”. Isto era tudo o que eu tinha para lhe dizer. Tenha um resto de um bom dia. – Disse a mulher enquanto saída da casa de Pan e sem lhe dar qualquer chance de falar, de se defender.
- Aahhh… - Gritou Pan. – Esta mulher tira-me do sério.
De seguida foi em direção ao banheiro para tomar um duche e trocar de roupa.
Não muito longe dali, Trunks voava a grande velocidade em direção à casa de Pan. De repente toca o seu celular mas ele não atende. Volta a tocar. E mais uma vez. Por fim Trunks decide ver quem é e atende.
- ONDE É QUE TU ESTÁS, SEU MOLEQUE? – Gritou Vegeta do outro lado.
- P… p… pai?!
- ANDA IMEDIATAMENTE À MINHA BEIRA.
- Mas pai eu agora não posso. Estou longe e vou…
- NÃO QUERO SABER. EU DISSE PARA VIRES IMEDIATAMENTE À MINHA BEIRA. FAZ O QUE TE MANDO, SOU TEU PAI. E SE DEMORARES MUITO, VAIS-TE ARREPENDER. – Ordenou Vegeta enquanto desligava o celular sem dar uma chance para o Trunks falar.
- Oh não! O que é que eu faço agora? Se eu não for ter com o meu pai, ele é bem capaz de me dar uma tareia. – Dizia Trunks para consigo enquanto lançava um olhar na direção da casa de Pan.
De seguida deu meia volta e foi em direção à sua casa, ter com o seu pai.
Quando chegou em casa, encontrou o pai e a mãe a discutir no jardim. Não havia animais à vista. Todos estavam escondidos atrás das árvores. A briga era feia.
- Isso a mim não me importa. Faz como bem entenderes. – Dizia Bulma virando costas a Vegeta.
- Como é? – Vegeta agarrou Bulma pelo pulso e não a deixou seguir. – Não te importa? Eu sou teu homem, devias te importar.
- Tu és o quê?
- Sou teu homem. – Disse Vegeta bem alto para qualquer um ouvir.
De repente, Bulma cedeu e aproximou seu corpo ao de Vegeta deixando os seus corpos bem coladinhos.
- Diz isso mais uma vez. – Disse Bulma baixinho.
De repente Vegeta percebeu o que tinha acabado de dizer e ficou vermelho.
- Vá diz, só mais uma vez. – Insistiu Bulma.
- E… so… te… mem – Murmurou Vegeta.
- Ah? Não percebi nada.
- Ah tu sabes o que eu quis dizer.
- Não. Só sei se me disseres. Diz mais uma vez.
Então Vegeta respira fundo e fala bem alto:
- Eu sou teu homem. Estás satisfeit… - Vegeta é interrompido por Bulma que lhe dá um longo beijo.
Nesse momento, Trunks e todos os animais respiram fundo. A briga terminara.
- Err. – Interrompeu Trunks mas sem sucesso. Então voltou a insistir mas desta vez mais alto. – Err, err. Com licença.
Desta vez Trunks conseguiu que os pais se separassem e olhassem para ele. Assim que o viu Vegeta ficou todo envergonhado e gritou:
- O QUE É QUE ESTÁS AQUI A FAZER?
- Mas foi o pai que me chamou. – Disse Trunks atrapalhado.
- EU NÃO CHAMEI NING… - De repente Vegeta lembrou-se que ligara para o filho. –Ah sim já me lembro. Mas já não quero nada. Podes ir. Vai, vai.
- Como? Eu vim aqui de propósito para nada?
- Sim e depois? São as coisas da vida. Vai, vai lá onde tinhas que ir que agora tou ocupado.
- Mas tu ligaste para ele Vegeta? Para quê? – Perguntou Bulma.
- Ah, era para uma coisa mas já não interessa. – Disse Vegeta tentando disfarçar.
Vegeta tinha ligado ao filho para poder lutar com ele e assim descarregar a sua frustração por causa das discussões com Bulma. Mas não pretendia revelar isso a ninguém.
- Em todo o caso já estás livre filho, vai lá onde tinhas que ir que eu e a tua mãe vamos continuar com a nossa conversa lá dentro. – Disse Vegeta enquanto puxava Bulma pela mão em direção à casa.
- Ah não. Afinal só vim aqui perder tempo. De certeza que o meu pai só me chamou para poder descarregar em mim a discussão com a minha mãe. Ele faz sempre isso. – Disse Trunks para consigo mesmo. – Já perdi muito tempo. – Olhou para o relógio. Era quase hora do almoço. – Tenho de ir. – Disse ao mesmo tempo que levantava voo novamente.
Em casa de Pan, Bra continuava a dormir. Pan, por sua vez, já tinha tomado um duche e aproveitou para experimentar um lindo vestido azul da sua amiga. Como este lhe ficava muito bem decidiu calçar umas sandálias a condizer. Estava toda entusiasmada a arranjar-se. Parecia que ia ter um encontro. A diferença é que nem sequer fazia planos de sair de casa, e também não havia encontro com ninguém. Mas tal não a impedia de tentar se arranjar. Assim, fez umas ondas no seu cabelo, conforme Bra lhe tinha ensinado deixando-o solto e maquiou-se. Estava a dar um último retoque no batom quando ouve a campainha.
De repente ficou toda atrapalhada. Não queria que ninguém a visse naquele estado. Voltou a olhar-se ao espelho. “Até que não estou muito mal” pensava. E dado que só poderia ser o vizinho do açúcar ou a velha rabugenta da gerente do prédio, decidiu que não fazia mal nenhum ir naquela figura à porta.
Assim que abriu a porta, Pan paralisou.
Autor(a): orisandrinha
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