Fanfic: Querido tio Trunks | Tema: Dragon Ball
Como eles não conseguiam sentir o ki de Pan decidiram ir cada um foi para um sítio diferente. Goten foi procura-la na floresta, Bra foi procurar por trás da casa e Trunks decidiu ir procurar prós lados do rio.
Trunks foi o primeiro a encontra-la. Ela estava sentada na borda do rio.
- Ah então estás aqui? – Disse Trunks.
- Quê? Assustaste-me. – Disse Pan.
- Desculpa não era minha intenção.
- O que é que queres?
- Eeeee, que mau humor. – Disse Trunks sentando-se ao lado dela. – Não me digas que é por teres feito 18 aninhos?
- Claro que não. Estou assim porque apesar de já ser uma mulher, ainda me tratam como uma criança. – Disse Pan muito zangada.
Por uns momentos Trunks ficou a olhar para Pan. “Ela está mesmo chateada. Pelos vistos ela não gosta mesmo que a tratem como uma miúda. Ta certo que ela já tem 18 anos, mas para mim será sempre uma menina.” Pensava Trunks.
- Desculpa Pan. – Disse Trunks olhando para o horizonte.
- Ahhh? – Pan ficou a olhar para ele sem perceber.
- Desculpa pelo que eu disse há pouco. Não percebi que te magoava tanto. Mas na verdade para mim tu serás sempre uma menina independentemente de teres 8, 18 ou até 38 anos.
- Mas eu já não sou nenhuma menina caso ainda não tenhas reparado. – Disse ela pondo-se de pé para que ele reparasse no seu corpo esbelto.
- Já reparei sim senhor. – Disse Trunks também pondo-se de pé. – Tu hoje estás muito bonita Pan. Esse vestido fica-te muito bem.
- Gostas?! Há muito que aguardava esta festa e fiquei muito triste quando soube que possivelmente não virias. A festa para mim já não tinha sentido.
- Mas o que estás a dizer? A festa é tua, não minha.
- Sim mas esta festa era especial. Eu queria que tu visses que eu já não sou nenhuma menina. Tenho 18 anos, já sou uma mulher. – Disse Pan aproximando-se de Trunks.
- O que é que estás a dizer Pan? Não estou a perceber onde queres chegar. – Trunks estava confuso mas algo lhe dizia que ele não ia gostar do que estava prestes a descobrir. - Mas talvez seja melhor eu não descobrir. É melhor voltarmos. Vamos? – Disse Trunks virando-se e preparando-se para voar.
- Espera. – Disse Pan agarrando-lhe o pulso e impedindo-o de ir. – Espera por favor Trunks. Eu preciso de te dizer uma coisa. Algo muito importante.
- Então diz, mas diz rápido antes que eles dêem pela nossa falta. – Disse Trunks soltando-se de Pan.
- É que eu queria que soubesses que já não sou mais nenhuma menina.
- Sim já disseste isso várias vezes.
- Sim eu sei, mas não é só isso. É que, bom… Lembras-te de quando viajamos juntos pelo universo?
- Sim. O que tem?
- Desde essa altura eu comecei a sentir uma amizade muito especial por ti.
- Obrigada por me dizeres, eu também senti uma amizade especial por ti.
-Sério?!
- Claro que sim. Uma daquelas amizades em que a gente aprende a não discutir porque apanha, onde aprende a não contrariar porque apanha onde aprende a…
- Ora Trunks não era disso que eu estava a falar.
- Não?! Então?!
- Eu estava dizendo que desde essa altura comecei a sentir algo muito especial por ti. Eu pensava que era amizade mas aos poucos percebi que não era. O que eu sinto por ti é outra coisa.
Trunks de repente ficou sério. Seu sexto sentido estava certo. Aquela conversa estava a tomar um rumo sem volta. Havia certas coisas que não deviam ser ditas. Ele não podia deixar ela continuar.
- Escuta Pan, se calhar é melhor nós irmos. Já está ficando tarde. E também eu não quero que digas nada que te venhas arrepender.
- Mas eu não quero ir. Eu quero te dizer tudo Trunks e tu vais me escutar. – Disse Pan usando na última expressão o seu típico tom autoritário.
- Mas teus pais e os meus podem estar á nossa procura.
- Isso não me importa. Há muito que espero este dia para te contar algo e não quero esperar mais pois acho que já esperei muito tempo.
- Pan… - começou Trunks a dizer mas Pan o interrompeu.
- Escuta Trunks, o que eu sinto por ti não é apenas uma simples amizade, é algo mais, algo bem mais forte do que isso. Tu até podes achar que eu sou uma menina e não acreditares mas a verdade é que aquilo que eu sinto por ti é amor. Eu amo-te.
Assim que Pan terminou de falar, um silêncio reinou entre os dois. Eles ficaram a olhar-se durante um bom tempo.
Pan tinha finalmente se declarado a Trunks mas temia a resposta que ele lhe daria. Trunks por seu lado ficou em estado de choque, não queria acreditar naquilo que tinha acabado de ouvir. Não dela. Não da Pan, a sobrinha Goten que é o seu melhor amigo, a filha de Gohan que é quase como um irmão mais velho para ele, não daquela menina que quando aprendeu a falar lhe chamava de “tio Tunks”.
- Trunks?! Ouviste o que eu disse? – Perguntou Pan perante o silêncio de Trunks.
- Ouvi mas preferia que não o tivesses dito.
- Mas porquê?
- Ora, como porquê Pan?! Isso é pergunta que se faça?! – Disse Trunks ficando enfurecido. – Olha bem para ti, olha para mim. Em primeiro lugar tu não passas de uma menina.
- Eu não sou nenhuma menina, já sou uma mulher. – Disse Pan interrompendo Trunks.
- Ah sim, tens 18 anos, grande coisa. Isso não te faz mulher, menina. E em segundo lugar tu és filha e sobrinha dos meus melhores amigos, na verdade sempre foste como uma sobrinha para mim, tu sabes disso.
- Mas eu não sou tua sobrinha, não te sou absolutamente nada. – Disse novamente interrompendo Trunks.
- Mas podias ser. E em terceiro lugar tu ainda és muito nova para saber o que é amor.
- Isso não é verdade, eu sei muito bem aquilo que sinto por ti. Sei que é amor.
- E em quarto lugar Pan. Tu para mim és e serás sempre como uma sobrinha de modo que o que eu sinto por ti não passa disso: amor de tio para sobrinha. – Disse Trunks mais calmo.
- Eu não acredito eu ti Trunks. Olha bem para mim. – Disse Pan agarrando os ombros de Trunks e forçando-o a olhar para si. – Diz-me que eu não te atraio em nada. Diz olhando nos meus olhos que não sentes nem um bocadinho de desejo por mim.
- Já chega Pan. – Disse Trunks soltando-se. – Pára com todo este disparate. Tu és bonita não o nego. Tens a quem puxar. A tua mãe quando tinha a tua idade também era muito bonita e tanto quanto sei também a tua avó o era. Mas o facto de te achar bonita não quer dizer que eu sinta desejo por ti porque não é verdade. E agora vamos voltar que já devem estar todos á nossa procura. – Terminou Trunks de falar, virando-lhe as costas de seguida.
Pan voltou a impedir que ele voltasse para junto dos outros, agarrando-o pelo pulso. Assim que Trunks se virou para a encarar esta passou os braços pelo pescoço de Trunks e encostou os seus lábios aos dele, beijando-o. A princípio ele ficou imóvel mas pouco depois ela sentiu que ele também estava a corresponder ao beijo mas tão depressa se apercebeu disso como ele a afastou no mesmo instante.
- Nunca mais voltes a fazer isto, Pan. Ouviste?! Nunca mais. Como eu já disse para mim és e serás sempre uma menina. Desculpa, mas é assim que te vejo. Praticamente te vi nascer e crescer, és sobrinha e filha dos meus melhores amigos, por isso serás sempre uma menina. – Disse Trunks que de seguida levantou voo e seguiu até perto dos seus amigos.
Pan ficou imóvel, no mesmo sítio onde Trunks a tinha deixado. Nunca tinha imaginado que este dia terminaria tão mal. No fundo tinha esperanças que ele sentisse o mesmo por ela e que quisesse ficar com ela.
- Mas onde é que eu tinha a cabeça quando pensei isso?! Ele não me ama. Para ele não passo de uma menina. Sei que nunca me amará.
Pan sentia o coração apertado. Nunca se tinha sentido assim. Era uma dor enorme. “Porque é que ele não me ama” pensava ela “não é justo, eu sei que o amo.” Depois Pan, não contendo mais a dor que sentia, simplesmente deixou que as lágrimas escorressem pela cara e se sentou no chão a chorar.
Autor(a): orisandrinha
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Entretanto Goten e Bra tinham voltado da sua procura por Pan e encontraram-se nas traseiras da casa da família Son. - Encontraste-a? Perguntou Bra. - Não. E tu? - Se eu a tivesse encontrado não te tinha perguntado, não achas?! - Ah, que engraçadinha. Olha vem aí alguém. É o Trunks. – Disse Goten assim que perc ...
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