Fanfic: Querido tio Trunks | Tema: Dragon Ball
Mais tarde, bem mais tarde, Videl lembrou-se que a filha ainda não tinha regressado. Apesar de Bra ter dito que Pan não demoraria a voltar a verdade é que ainda não tinha vindo.
- Gohan, querido.
- Sim querida.
- Eu estou preocupada.
- Preocupada com o quê?
- Com a nossa Pan. A Bra disse que ela tinha saído e não demoraria mas ela ainda não voltou.
- Mas a Pan está no quarto dela.
- Tens a certeza?
- Claro, se quiseres podes ir lá confirmar.
- Como é que sabes?
- Esqueceste que eu consigo sentir o ki dela?
- É mesmo, esqueço sempre. Mas eu não percebi ela voltar.
- É normal, estavas ocupada nessa altura. – Disse Gohan com um sorriso maroto fazendo Videl corar.
- Tens razão. Eu vou ver como ela está. Pode ser que ainda esteja acordada, vou-lhe perguntar se gostou da festa.
- Ta bem querida.
Depois que Videl saiu do quarto, Gohan sentou-se na cama pensativo. Tinha a certeza que alguma coisa tinha acontecido com a filha, seu ki estava diferente, parecia que ela tinha alguma coisa que a perturbava e muito. Mas brevemente iria descobrir o que se passava. Ninguém melhor que a sua esposa para falar com a filha e conseguir com que esta desabafasse. Desde sempre tinham tido uma boa relação. Gohan tinha a certeza que se alguma coisa de facto se passasse, Pan contaria á sua mãe.
Após falar com Trunks, Pan tinha ficado a chorar durante um bom tempo. Já era bastante tarde quando as lágrimas finalmente pararam e Pan decidiu voltar para casa. Já todos tinham ido embora, até seus avós e tio já tinham voltado para casa e seus pais estavam no quarto. Silenciosamente ela subiu até ao quarto dela, tomou um banho e deitou-se na cama e sem que se apercebesse as lágrimas voltaram a cair pela sua face. A dor que há pouco tinha sentido ainda continuava no seu peito. Tinha imaginado a reacção de Trunks de várias formas mas nunca que ele reagiria de forma tão cruel, tão indiferente. Ela tinha-a tratado como se ela fosse uma criança, pior, tinha a tratado como se ela fosse uma coisa repugnante ao afasta-la imediatamente de si mesmo e dizendo que jamais poderia amá-la.
Pan estava a chorar quando ouviu barulho na porta. Ela sentiu o ki da mãe e como não queria que esta a visse chorando, rapidamente limpou as lágrimas e puxou os cobertores para cima da cabeça fingindo dormir.
Videl entrou no quarto da filha e foi em silencio ate á cama, depois sentou-se e ficou a pensar “18 anos, foi há 18 anos que nasceste minha querida. Foi o melhor dia da minha vida, ver-te nascer. Agora estás uma mulher, uma linda mulher. Estou mesmo a imaginar, daqui a nada o teu pai á porta de casa a expulsar todos os partidos que apareceram por aqui para te pedir em namoro. Bem que a tua avó tinha razão, ela dizia que quando fosses mais velha irias quebrar muitos corações com a tua beleza. É tão bom quando se é jovem.” Pensava Videl sorrindo. Depois voltou a olhar para a cama onde estava a filha e saiu do quarto indo ter com o seu marido.
- Então viste-a? – Perguntou Gohan.
- Ela estava a dormir enrroladinha no cobertor.
- Hum! A dormir é?! – Disse Gohan sabendo que a filha estava bem acordada embora não soubesse do porque da mentira por parte da Pan, definitivamente alguma coisa estava mal.
- Sim, é perfeitamente normal. Afinal hoje foi um dia muito cansativo. Estou desejosa de me deitar a dormir. – Dito isso Videl deitou-se ao lado do marido e adormeceu.
Gohan ficou acordado ainda por um bocado a pensar. Alguma coisa de grave devia ter acontecido. Ele tinha a certeza que a filha não estava bem e para ela enganar a mãe fingindo estar a dormir a coisa devia ser mesmo séria. Esteve quase para ir falar com a filha mas achou melhor deixá-la resolver os seus próprios problemas, só assim ela cresceria. E se Pan precisasse de ajuda com certeza iria pedir.
Passada uma semana, Pan estava sozinha em casa quando o telefone toca, era Bra.
- Finalmente amiga, bons ouvidos te ouçam. Há tempos que não dizes nada.
- Olá Bra, eu estou bem sim, obrigada por perguntares e tu como tas?
- Ah, ah, que piada… Mas eu também estou bem. Olha Pan estás perto do computador?
- Bem pode-se dizer que sim, porquê?
- Entra no msn. – disse Bra.
Passados 2 minutos Pan já ta no msn e com a câmara ligada.
- Olá amiga tas boa? – Disse Bra.
- E só agora é que perguntas? – respondeu Pan.
- Ah vá lá não sejas respondona. Então amiga e novidades? Gostaste da festa? Divertiste-te?
- Claro que sim. Afinal a festa era para mim. – Disse Pan tentando disfarçar o quanto lhe fazia doer ao pensar naquele dia.
- Ainda bem então. Ai amiga tou tão feliz
- Porquê? – Perguntou Pan espantada.
- Como porquê? Por acaso na sabes que dia é hoje?
- Claro que sei não sou tolinha…
- Então também sabes que falta precisamente um mês para começar as nossas aulas. – Disse Bra feliz da vida.
- Bom isso de facto eu nem me lembrava. Mas não sabia que tavas assim tão ansiosa pelo começo das aulas Bra.
- Ora, e não tou, pelas aulas não, tou ansiosa é para conhecer os nossos colegas. Eu estou mesmo a imaginar, aqueles gatinhos todos…
- Bra a mãe ta a chamar por ti. – Disse Trunks interrompendo a conversa ao entrar no quarto de Bra em apenas calções de banho e de seguida virando-se para sair do quarto continuou – Ela ta na sala á tua espera.
- Espera Trunks. – Chamou Bra. – Anda aqui dar um alô á Pan.
Trunks hesitou um pouco mas perante a insistência da irmã acabou por ceder.
- Olá Pan. – Disse meio sem jeito.
- Olá Trunks. – Disse Pan sentindo que a qualquer momento o seu coração iria sair-lhe pelo peito fora.
- Tudo bem?
- Sim e contigo?
- Também. – Respondeu Trunks.
- Nossa, que ânimo que vocês têm a falar um com o outro… Bom de qualquer forma enquanto eu vou á mãe ver o que ela quer fica aqui e conversa um pouco com a Pan para ela não ficar sozinha.
Trunks acabou por se sentar na cadeira de Bra, meio sem jeito e sem saber o que dizer. Pan por seu lado também ficou calada a olhar para baixo, para as teclas do computador, para todo lado menos para o Trunks.
Por fim, Trunks acabou por quebrar o silêncio:
- Ansiosa pelo inicio das aulas?
Pan ficou surpreendida pelas palavras dele e resolveu deixar-se levar.
- Sim, muito.
- Fico feliz por ti. Lá vais poder conhecer novas pessoas, gente da tua idade. Tenho a certeza que vais gostar.
Pan não queria acreditar que o Trunks lhe estava realmente a dizer aquilo. Será que estava a insinuar que ao conhecer outras pessoas da idade dela iria perceber que o seu amor por ele não era verdadeiro? Pois bem, iria fazer o seu jogo.
- Sim Trunks, tens toda a razão. Estou ansiosa para conhecer os meus novos colegas, principalmente os rapazes. Tenho a certeza que não me vai faltar pretendentes. Quem sabe eu finalmente conheça um homem de verdade que me sabe dar valor.
- Escuta Pan…
- Cheguei… - disse Bra entrando no quarto. – Então que estavam a falar?
- Nada. – disse Trunks levantando-se e saindo do quarto.
- Ei que mau humor… - Disse bra. – Aconteceu alguma coisa entre vocês?
- Não, claro que não. Olha que tal se fossemos sair este fim de semana? – disse Pan mudando de assunto.
- Oba… Finalmente algo divertido… Conheci uma pastelaria muito boa, tem uns bolos incríveis, temos de ir lá.
- Ok, por mim pode ser. Depois não te venhas queixar que engordaste.
- Não te preocupes com isso minha querida amiga, desse mal eu não sofro. – disse Bra soltando uma gargalhada.
Finalmente começaram as aulas.
Como já estavam à espera, não faltavam rapazes bonitos na escola e todos eles babavam ao ver as duas amigas passarem. Bra divertia-se muito a ver aqueles olhares de admiração, já Pan pouco se importava. A única pessoa que ela realmente queria nem sequer a via como mulher.
De forma que o tempo foi passando. Os admiradores eram cada vez mais mas havia um em especial, Akihiko. Akihiko era da turma das duas amigas, e se interessou pela Pan. Os dois davam-se bem. Um dia ele decide convidá-la para sair.
- Escuta Pan, gostavas de ir ao parque de diversões este fim de semana? – Disse o jovem meio tímido.
- Parque de diversões?! Claro que quero. Faz tempo que não vou a um. Vou falar com a Bra a ver se ela pode. – disse já virando as costas.
- Espera. – Ele agarrou-lhe o pulso e não a deixou seguir. – Na verdade, eu gostava que fossemos só nós os dois.
- Hum?! Só nós os dois?! Como assim?! Tipo um encontro?! – Disse Pan meio sem jeito.
Autor(a): orisandrinha
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- Ahh, sim. Isso se quiseres, claro. – Disse Akihiko envergonhado. - É que, bom, não sei. Desculpa, apanhaste-me de surpresa. Posso te responder amanhã? – Disse Pan não querendo dar um não de cara. - Claro que sim. Então depois diz-me alguma coisa. Bom, eu vou até ali falar com a rapaziada. – Disse Akihiko ...
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