Fanfic: Príncipe do Crime #Vondy | Tema: Vondy, superação.

Pov`s Dulce

Mais tarde naquela mesma noite, aquela senhora de cabelos castanhos que vi poucas vezes no salão, me trouxe água e comida. Agradeci á Deus mentalmente porque, apesar da situação não me deixariam morrer de fome, estava completamente faminta.

Enquanto comia ela permanecia de pé, inclinada, como se admirasse uma atração de circo exposta numa vitrine.

_ O que tanto olha? - Paro. E a encarou desconfiada, ela recua como se acordasse de um transe.-

_ Eu? Ér.. Nada. - Pigarreou, arqueei uma sombrancelha.- Só que te vendo assim de perto lembrei de uma pessoa que conheci, mas que não vejo à anos.- Ela me olhou um tanto abismada, mas tentou disfarçar.-

_ Bom, a senhora deve estar precisando de boas lentes então, pois deve estar enxergando coisas! - sorri cínica, ela arregalou os olhos.- Eu tenho certeza de que nunca, alguém como você, conheceria pessoas de bem como eu.- abafei uma risada.-

_ Mas olhe só como você é revoltada garota! Eu não tenho um terço de culpa pelo o seu destino é nem mesmo pelo o que te aconteceu! Aqui, só faço a contabilidade!- me levantei dando uma gargalhada sarcástica.-

_ Como se fazer a contabilidade de um lugar como esse não fosse nada de errado...- Ela abriu a boca para retrucar, mas desistiu.-

_ Quer saber, eu não tenho obrigação de ficar te ouvindo em plena madrugada.- Deu duas batidinhas na porta, que logo foi aberta.- Se Ucker não tivesse me mandado trazer essa maldita comida, lhe deixaria morrer de fome!- Gritou e saiu pela porta.-

_ Ótimo!- Gritei para que ela também escutasse, logo depois que o corredor ficou calmo caí na gargalhada.-

De uma coisa eu sabia:

Essa mulher podia ser de tudo. Exceto perigosa. É até difícil imaginar como ela veio parar em um negócio tão bem arquitetado como esse. Quando digo bem arquitetado, quero dizer que é algo que as pessoas nem desconfiam a existência. Sair daqui será mais difícil do que eu pensei.

Não paro nem um segundo se quer de sonhar com a saída que Anahí me mostrou. Tenho certeza de que dou conta, já passei com Daniel por lugares ainda menores para fugir das agressões de Papai. O problema na verdade, é eu estar presa nesse maldito cubículo. Já  verifiquei cadeados, correntes, e telas de aço. Inutilmente devo admitir, são todas muito bem instaladas e bem resistentes.

Talvez eu consiga ajuda de Caio. Parece precipitado dizer, mas gostei dele. E algo nele me passa confiança, pode ser pelo simples fato de a nossa pequena conversa ter me levado a crer que ele é o cara do balcão. Sim, me lembro dele na primeira noite. Ele estava ali, mas não encarava nem falava com nenhuma das garotas da boate.

E agora sei o porquê. Ele é refém deles assim como todas nós.

Minha vista vai ficando turva, a cabeça girando. De repente, não vejo mais nada.

Pov`s Christopher 

Estava de pé lá pelas 11h. Apesar de querer dormir ainda mais. Enfim, como eu ia dizendo acordei um pouco cedo por causa de alguns, digamos.. "Assuntos Pendentes".

Que na verdade são os caras que estavam rondando a boate naquela noite. Pois é , temos bons homens, ou melhor dizendo, eles não dormem em serviço. O lugar ficava bem distante da cidade em uma casa que parecia cair aos pedaços, sempre trocamos se lugar quando se trata dessas questões. É  mais difícil levantar suspeitas.

O porão era definitivamente o maior e mais cheio de tralha que já vi. No centro dele estavam os dois indivíduos amarrados em cadeiras com sacos na cabeça. Estalo os dedos em sinal para que um de meus capangas se aproximasse.

_ Pode acordar.- Digo com falsa alegria. E com um puxão ele retira o que me impedia de reconhecer os rostos. Os dois estavam com a face coberta de sangue seco, e feridas abertas brutalmente por todo o corpo.-

_ Uckermann!- Sibila um deles irritadiço, pela boca escorria sangue.- Já deveria imaginar que algo tão infantil e ridículo viria de um garoto e suas babás!- gargalhou, Herald avançou mas o parei.- Não  consegue ser como nós, que agimos instantaneamente e a sangue frio! Me mata logo desgraçado! Me mata porr/a! - Grita. Minha paciência se esgota, empunho minha escopeta com uma mira perfeita em sua testa.-

_ O que ratos como vocês faziam em meu território?! - Ele apenas sorriu.- Acho bom você  falar! - destravo o gatilho, ele nem se abalou, continuou a sorrir.-

_ Podem continuar com isso o dia todo. Dá minha boca, não sairá nada. - Maneou a cabeça cheio de sí.-

_ Pelo amor de Deus! Cara, fala pra ele, eu não  aguento mais isso aqui! - o outro ao lado gemeu. Sorri abertamente, lhe lançando um olhar de obviedade.-

_ Não. Pode me torturar à vontade, sou leal a minha família.

_ Você sabe muito bem que eles não  são nossa família, não estão nem aí se morrermos aqui. Não vão dar falta. Mas eu preciso viver, tenho pessoas que dependem de mim...- Ele diz o encarando em súplica .-

_ Você tem filhos?- Me dirijo à ele com um olhar afiado.-

_ Não confie nele imbecil, mesmo se contarmos ele irá acabar com a nossa raça!- Gritou o outro, o loiro fechou os olhos com força e assentiu.-

Me aproximo dele calmamente. Fico à sua altura e sussurro.

_ Se você colaborar, sairá daqui ileso. Assim como sua família. - Ele me olhou temeroso.- E então? O que vai ser?

_ Não, é mentira, ele vai matar todos! -Rolei os olhos e fiz sinal para meus homens que de pronto entenderam, calaram ele com uma pancada no joelho.-

_ E aí, é com você.- Ele engoliu em seco.-

Ele suspira pesadamente e após uma longa pausa se pronúncia.

_ Era para ser uma invasão.- Diz com a voz trêmula.- Daqui uns dias íamos invadir a boate e tomar posse de tudo. Seria um triunfo em tanto para os víboras...

_ Ah. - Olhei para o careca.- Sabe, vocês não  tomariam minha boate nem se eu não soubesse!- Grunhi irritado.-

_ Seu traíra! Eles irão cobrar sua falsidade!- Repetia sem parar, me levantei e acenei para Hugo.-

_ Você sabe o que fazer.- Disse e me direcionei para porta.-

_ Senhor Uckermann, o que fará comigo?- congelei no momento lembrando das palavras de meu pai. " Não tenha dó, ou na primeira oportunidade pisaram em você..."

O encarei ignorando completamente o passado.

_ Tá livre. - Sorri para ele, que me retribuiu com o olhar brilhando.-

_ O-Obrigado, muito, muito obrigado senhor!- Agradeceu. Maneei a cabeça como um cumprimento amigável.-

_ Mas senhor...-Hugo protestou.-

_ É para fazer exatamente o que estou mandando. Ele é um homem livre, cumpriu o que prometeu. -Olhei para Herald.- Solte-o.-Ordeno. E assim deixo o porão.-

Me sentia leve. Era a segunda vez na vida que fazia algo assim, sempre segui as regras e normas de meu pai, mas no fundo, uma voz me dizia para ter compaixão daquele homem. E foi o que fiz.

Só podia estar enlouquecendo, esse não é  o meu normal...

Oi lindas do meu coração, obrigada de verdade por estarem de volta.😍😘 

Só queria avisar que não postarei todos os dias por falta de tempo.

Espero que compreendam e continuem sempre por aqui..

Bjus e até a próxima.