Fanfics Brasil - Primeiro Beijo Amor à Prova

Fanfic: Amor à Prova | Tema: Kaleido Star


Capítulo: Primeiro Beijo

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I.


Logo que amanheceu, aproximadamente às cinco da manhã, May decidira treinar um pouco. Desde que Mia havia dito que poderia demorar aproximadamente um mês e meio para finalizar o roteiro da peça, a moça havia relaxado quanto ao quesito treinar arduamente todos os dias. Quando entrou no ginásio, deparou-se com o jovem de longos cabelos prateados treinando seus movimentos e piruetas no ar. Aproximou-se da rede de proteção e ficava a olhá-lo treinar.


- Meus treinos começaram a virar atração? – Leon perguntou para a moça que o olhava, mas sem desviar suas atenções do trapézio em que estava.


- Não sabia que os treinos eram secretos. – rebateu a pergunta dele com a mesma frieza.


- E não são. – simplesmente respondeu.


- Porque treina tanto? Você sabe muito bem que o roteiro só estará pronto daqui a um mês e meio. Não acha que deveria dar uma parada e relaxar um pouco? – atreveu-se a questioná-lo, queria poder tirar dele as respostas que queria, e que para ela eram óbvias. Mas precisava ter a real certeza e descobrir de uma vez por todas o que estava escondido debaixo de toda aquela indelicadeza.


- Virou minha analista? – perguntou, mas em momento nenhum parou seu treinamento para olhar para a moça.


- Não, não virei. Só acho que algo anda lhe incomodando e pensei que poderia querer conversar sobre isso.


- E o que te fez pensar que eu me abriria para você? – agora estava interessado no que a garota falava. Será que ela achava que ele era desses de ficar contando seus segredos mais íntimos para qualquer pessoa? Apesar de que sentia algo no fundo de si que queria dividir as tristezas que sentia. Mas não, não com a May.


- Talvez porque eu saiba o motivo de seus treinos incessantes. O motivo pelo qual você anda mais irritado que de costume, e o porquê de escutar todas as nossas conversas que dizem respeito a certa pessoa. – a garota foi direto ao ponto que mais o atormentava, não imaginava qual poderia ser a reação dele ao vê-la jogando tudo em sua cara. Mas uma coisa havia aprendido naqueles cincos anos, Leon não faria nada a ela.


No momento que escutou a chinesa mencionar que sabia de seus motivos, ou melhor, de seu motivo pelo qual andava diferente, o jovem perdeu o equilíbrio e deixou-se cair sobre a rede de segurança. Não podia acreditar que as coisas estavam tão explícitas. Mas será que May realmente sabia, ou era somente uma forma de fazê-lo prestar atenção nela.


Quando a garota viu a reação do rapaz, abriu um sorriso de canto. Ela conseguira chegar ao ponto que queria abordar, e isso significava que ela estava no caminho certo quando dizia que Sora era o motivo pelo qual ele estava tão diferente nos últimos dias. Bastava agora fazê-lo se abrir com si.


- A que exatamente você se refere? – desceu da rede de segurança e dirigiu-se até onde a jovem estava. Não podia deixar que mais ninguém ouvisse aquela conversa.


- A Sora. – a jovem foi direta e objetiva. Precisava dizer logo para ele que sabia de seus motivos e partir para o que tinha em mente. Não conseguia mais vê-lo daquela maneira.


O jovem sentiu um choque percorrer por todo seu corpo. Não era possível que ela realmente soubesse de tudo que se passava com ele e sem ele nem ao menos dizer a ela. Devia estar deixando esse sentimento pela garota transparecer demais e isso o deixava preocupado. Mas o que diria a May? Que ela estava certa ao afirmar tal coisa? Não, não poderia dizer a ela. Aquilo poderia ser apenas um teste e ela estar usando da certeza de algo para tirar informações verdadeiras dele. Não se deixaria cair tão fácil no joguinho dela.


- Minha parceira? O que te faz pensar que minha parceira é o motivo para eu estar mudado? – aproximou o rosto do da jovem. Encarava-a friamente e sem mostrar sentimentos nenhum. Não podia deixar transparecer que estava incomodado com o fato dela saber de parte da verdade.


- O que me faz pensar? É simples. Você sempre teve certo medo dela desde que a viu pela primeira vez. Ela sempre lhe desafiava, coisa que nenhum outro ousava fazer a não ser Yuri.


Ao ouvir o nome do acrobata de cabelos loiros, Leon sentiu uma raiva súbita. Aquele nome não lhe agradava e agora era por outros motivos.


- Isso não prova nada. Confesso que me senti um tanto que receoso com o fato dela me enfrentar e se parecer muito com minha irmã Sophie. Mas continuo a afirmar que isso não prova nada.


- Concordo com você. Isso não prova nada, até que você se viu apaixonado por ela. A partir daí as coisas começam a fazer um pouco mais de sentido e começam a virar uma prova concreta. – falava com convicção. Sabia que estava certa quanto a tudo que falava.


- Apaixonado por ela? – Leon foi pego de surpresa por esta afirmação da jovem. Ele realmente estava apaixonado pela jovem de madeixas rosadas?


- Isso. – a chinesa concordou com ele.


-Não me faça rir. Você veio até aqui me importunar com essas suas suposições sem fundamento? Ela é apenas minha parceira. – terminou de falar e foi em direção a porta de saída do ginásio. Não conseguia mais ficar ali olhando para a jovem de madeixas escuras e sabendo que ela já sabia de tudo que se passava com si. “Ela é minha parceira, e pelo que me parece é somente isso que sou para ele, um parceiro; pensou. Após se retirar do ginásio, o jovem se dirigiu para seu apartamento, precisava esclarecer a mente e ficando ali na presença de May ele não conseguiria.


o-o-o-o-o-o-o-o


Era aproximadamente meio dia em Paris. O dia não estava muito ensolarado e fazia um pouco de frio. Sora estava dentro do carro com Yuri, indo em direção ao restaurante em que iriam almoçar para depois fazerem um tour pela cidade. Chegando ao restaurante, Yuri sai do carro e vai até o outro lado abrir a porta para Sora sair. Depois entrega as chaves de sua Ferrari para o manobrista e os dois entraram no estabelecimento. Foram recebidos pelo Maître.


- Sejam Bem vindos ao L´Avenue. Os senhores têm reserva?- perguntou simpaticamente o Maître.


- Temos sim; respondeu o jovem de cabelos loiros. – Está no meu nome, Yuri Killian.


O Maître foi até o balcão para ver qual era a mesa reservada para o casal. Depois pediu que eles o acompanhassem. Levou-os até sua mesa. As mesas ficavam todas do lado de fora, em volta do estabelecimento.


- Aqui está o cardápio senhor; o maître entrega a Yuri o cardápio com um sorriso simpático no rosto. – Bon appétit; depois se afastou da mesa deixando os dois a sós.


- Parece ser bem badalado aqui. – a jovem comentou como quem não quer nada.


- E é. Esse é um ótimo restaurante para apreciarmos um bom almoço.


Fizeram seus pedidos. Depois o saborearam, enquanto conversavam animadamente sobre muitas coisas, como o trabalho no Kaleido Stage e Sora perguntava como estava indo o trabalho que Yuri estava tendo com as telas e se ele estava ansioso com a exposição que era na noite daquele dia.


Depois de terminarem de almoçar, Yuri pagou a conta e se foram fazer turismo por Paris. Yuri estava muito feliz que Sora estava ao lado dele naquele tour. Queria aquilo há muito tempo, mas não deveria ser egoísta a ponto de pedir que ela largasse seu maior sonho para vir para a França e ficar ao seu lado.


Os dois passaram pela Torre Eiffel, Catedral de Notre Dame, a Bastilha, Arco do Triunfo, Pantheon, Museu d’Orsay, Jardim de Luxemburgo, Museu de Louvre, Museu Rodin. Passaram momentos maravilhosos juntos, riam e brincavam. Todos que passavam e viam os dois juntos se divertindo imaginavam que eles eram um lindo casal juntos. Mas eles nem imaginavam que as pessoas pensavam aquilo e estavam se sentindo tão bem juntos que era como se tudo a volta deles houvesse parado no tempo.


Quando foi anoitecendo, o ex acrobata levou a jovem até a residência de Rosetta. Afim de que ela pudesse se arrumar para a noite que lhes aguardavam. Quando chegou à propriedade dos Passel, Yuri saiu do carro e foi abrir a porta para a jovem sair.


- Obrigada Jovem Yuri. – a moça saiu do carro sendo ajudado por Yuri que segurou na mão dela a fim de ajudá-la.


- Não precisa agradecer. – abriu um sorriso no mínimo sedutor, mas que encantaria qualquer garota.


- E Obrigada também por esse dia maravilhoso que você me proporcionou. Adorei conhecer Paris com você. – a moça sorriu, e as maças de seu rosto esquentaram um pouquinho quando ela se pegou pensando em tudo que haviam feito naquele dia e de que como havia sido maravilhoso.


- Como eu já disse, não precisa me agradecer. E ainda temos a noite pela frente minha querida. – ainda sorrindo, o jovem levou a mão até o rosto da jovem e acariciou-o com as costas de sua mão.


Ao sentir o toque suave do rapaz em seu rosto, Sora sentiu o corpo todo estremecer. Não sabia bem o que estava sentindo, e porque sentia aquele bem estar tão grande dentro de si. Apenas uma coisa ela sabia, adorava ficar ao lado de Yuri.


Depois que se despediram a jovem de madeixas rosadas entrou em casa e foi até o quarto de Rosetta, queria encontrá-la e lhe contar tudo que havia passado com o jovem de cabelos loiros. Quando bateu a porta, a garota de cabelos avermelhados abriu e pediu que Sora entrasse.


- Como foi o passeio de vocês? – a garota de cabelos avermelhados perguntou ansiosa para saber de todos os detalhes que aconteceram.


- Foi maravilhoso. Ele me apresentou muitos pontos turísticos e muitos que você já até tinha me levado para conhecer, mas com ele é como se fosse mágico. – começou a jovem. Quando ela falava de como havia sido o passeio com o ex acrobata, seus olhos adquiriam um brilho diferente.


- Então você gostou de estar ao lado dele? – Rosetta olhava como a amiga ficava ao falar do jovem que a levara para passear. Será que ela estava gostando dele? Será que aquilo poderia ser início de alguma coisa? Por mais que ela sabia que os dois poderiam se machucar se tentassem alguma coisa, mas preferia o Yuri ao grosso do Leon.


- Adorei. Ele sabe como tratar bem uma garota. – se jogou deitada na cama. Ficava a contemplar o teto. O que aquilo que ela sentia em relação a ele poderia ser?


- Você sabe que ele sempre gostou de você não é? – a moça perguntou a amiga


- Não diga bobeiras Rosetta. Somos apenas amigos.


- Amigos? Você pode até querer apenas a amizade dele, mas ele com certeza não quer somente isso de você. E além do mais você tem que ser feliz e aproveitar que ele quer lhe proporcionar isso. Vai fundo amiga.


- Eu não sei. – o semblante da acrobata ficou sério. Será que era possível que ele gostasse dela? Mas seria certo dar uma chance a ele? Não, não devia ficar pensando naquelas coisas. Aliás, Layla gostava muito dele e ele demonstrava que sentia algum carinho por ela.


- Veremos no que isso vai dar.


Sora ficou em silêncio, apenas ouvindo seus pensamentos. Ficava imaginando se era por isso que ele havia a convidado para ir junto dele na exposição. Ele poderia estar sentindo alguma coisa por ela. Mas era melhor deixar isso de lado e apenas deixar as coisas acontecerem do que se preocupar antes da hora com aquilo não iria lhe fazer bem algum.


A jovem foi para seu quarto. Pegou a toalha e entrou no banheiro para tomar uma boa ducha. Depois começou a se arrumar para aquela noite. Momentos depois Rosetta entrou no quarto com mais duas amigas dela e começaram a produzir a jovem que acompanharia Yuri.


o-o-o-o-o-o-o-o


Era por voltas das 8 da noite quando o ex acrobata passou na casa de Rosetta para buscar sua companheira naquela noite que prometia. Estacionou o carro, retirou o celular do bolso e começou a digitar uma mensagem para a jovem.


No momento que as meninas haviam terminado de se arrumar e de arrumar a mais nova estrela, a moça ouviu o toque de seu celular indicando que uma mensagem havia chegado. Quando abriu a mensagem, tomou um susto ao ver de quem era.


Boa noite estrela radiante. Já está pronta? Estou aqui embaixo te esperando. Beijos.”


A mensagem era dele. Yuri havia a chamado de estrela radiante. Não entendia o porquê de ele agir daquela forma com ela, mas apenas deixava-se pensar que era apenas uma grande amizade que ele sentia por si e nada demais como a amiga de madeixas avermelhadas havia pensando.


Despediu-se das meninas, que logo também iriam para a exposição, e desceu para não deixar que o jovem esperasse demais. Enquanto descia as escadas, ficava a pensar naquele dia maravilhoso que havia passado com ele e como aquela noite poderia ser agradável.


O mordomo abriu a grande porta da frente e Sora saiu, avistando Yuri encostado em sua Ferrari. “Como ele consegue ser charmoso quando quer”; a moça pensou e ao mesmo tempo balançou a cabeça tentando dispersar os pensamentos. Não poderia estar pensando aquilo de um amigo, um grande amigo.


Quando o jovem se deu conta que a acrobata estava se aproximando, ficou hipnotizado. Tamanha era a beleza que aquela moça tinha. Ficou sem fala e sem reação. A cada dia que passava ela mostrava para ele que podia ser mais incrível que poderia parecer.


- Boa noite jovem Yuri. – a moça o cumprimentou. Mas ele ainda parecia petrificado, como se tivesse vendo um verdadeiro anjo a sua frente. Apesar de que para ele, Sora era a personificação de um anjo, um belíssimo anjo. – Algo errado? – ela estava preocupada com ele, era estranho vê-lo daquele jeito, sem reação.


O jovem olhava extasiado para a acrobata a sua frente. Ela estava realmente linda e ele nem sabia o que dizer, estava literalmente diante de um anjo. “Como ele é linda, e está mais linda ainda nesse momento.”; balançou a cabeça, tentando dispersar os pensamentos. “Vamos Yuri, diga algo a ela.”; dizia a voz dentro da cabeça dele.


- Você está maravilhosa! – enfim ele conseguiu dizer. Depois de tantos minutos de espera, enfim ele tinha dito o que tanto queria que ela ouvisse naquele momento. – Você é um verdadeiro anjo. Está belíssima e me hipnotiza com tamanha beleza.


- Obrigada, jovem Yuri. Fico lisonjeada com seus elogios. – a moça sentiu as bochechas ficarem um pouco quentes e logo percebera que sua pele deveria estar um pouco mais rosada com o elogio do rapaz. Não sabia dizer bem o porquê, mas sentia uma felicidade interna sem tamanho ao ouvir o rapaz proferir tais palavras.


Yuri logo se apressou a abrir a porta do carro para a moça entrar. Imaginava como seria a reação dos fotógrafos de plantão ao verem ele chegar com a acrobata em seu carro. Como ele queria poder dizer a todos que ela era dele. Somente dele.


o-o-o-o-o-o-o-o-o


A limusine que levaria Rosetta e suas amigas havia chegado. As meninas entraram e o motorista deu partida, levando-as a exposição da Galeria Belas Artes.


Ao chegarem lá, foram recebidas por inúmeros fotógrafos e repórteres que queriam fazer uma matéria com ela de qualquer jeito. Aliás, fazia um bom tempo que a mais nova acrobata não ia a eventos importantes na cidade das luzes.


Entraram na Galeria e lá avistaram o casal de amigos, Sora e Yuri. Yuri estava conversando com um de seus conhecidos sobre aquela magnífica exposição e sobre o futuro do jovem pintor. Rosetta se aproximou dos três.


- Boa Noite a todos! Yuri eu poderia tirar a Sora de você só um pouco?


- Claro! – respondeu a pergunta com um sorriso e voltou-se para a sua companheira. – Divirta-se!


A moça retribuiu com um sorriso angelical e se retirou com a amiga de cabelos avermelhados. A acrobata não sabia ao certo o que a amiga pretendia, mas imaginava que boa coisa não era.


- Você quer falar algo comigo? – a mais nova estrela do Circo de São Francisco perguntou a amiga.


- Sora, o que você acha de Yuri? – perguntou a queima roupa. Não podia mais ficar dando voltas, deveria ser objetiva se quisesse obter uma resposta ainda aquela noite.


- E qual seria o motivo da pergunta? – a acrobata rebateu com outra pergunta. Não queria demonstrar o quão nervosa estava com aquela pergunta nada discreta da amiga. “Aonde ela pensava em chegar me indagando assim?”; pensou a moça.


- Apenas me responda!


- O Yuri é um grande amigo meu. Ele é uma pessoa fantástica, estar com ele é magnífico. É um ótimo acrobata e excelente pintor. – apenas respondeu o que tanto a amiga queria saber, aliás, era isso que achava dele.


- Somente um amigo? Não consegue ver ele de outra forma? – continuava a bater na mesma tecla. Precisava chegar ao ponto certo para que assim ela pudesse cair em sua rede.


- Rosetta! Por que isso agora?


- Sora, já se passaram 5 anos. O Yuri voltou a lhe procurar, e ainda a convidou para vir na estréia de sua exposição. Você acha que isso é somente uma coincidência? Para mim essas coisas não existem. – Rosetta começou a expor os fatos para a amiga. – Por quanto tempo você vai esperar que um alguém se declare pra você, mesmo sabendo que isso é algo impossível de acontecer? Você precisa viver a sua vida e dar chances de outros estarem presentes nela.


Prestava atenção em tudo que a amiga lhe dizia. Não conseguia acreditar que ela mencionara em alguém que a muito ela vinha tentando esquecer, mas que cada vez que tentava esquecer lembrava-se mais ainda. O que Rosetta estava lhe dizendo fazia sentido. Não podia ficar a vida toda esperando alguém que não se tocava e não dava valor aos seus sentimentos. Ela sentia que precisava de alguém para amá-la, mas não aguentava mais esperar que algo impossível acontecesse. Será que realmente Yuri a via diferente? Será que ela deveria dar uma chance para o amor, mesmo não sendo daquele alguém que ela esperava? Suas perguntas não tinham respostas. Mas ela podia encontrar, bastava procurá-las.


- Eu entendi aonde você quer chegar. – a moça somente disse isso. Ela havia mudado muito desde a apresentação do Lago dos cisnes, havia amadurecido. E não deixaria mais nada atrapalhar sua possível felicidade.


o-o-o-o-o-o-o-o


Logo depois de cumprimentar todos ali no evento e conversar com velhos amigos. O jovem foi atrás de sua musa. Queria encontrá-la ali e passar o resto da noite ao lado dela. Quando estava procurando-a, avistou a moça na varanda da Galeria admirando a beleza de Paris a noite.


Começou a se aproximar lentamente, não queria tirá-la de seus pensamentos. Ela ficava linda daquele jeito. Parou ao lado dela e ficou a contemplar a cidade apenas iluminada pelas luzes, luzes de todas as cores e efeitos.


- É uma vista belíssima. – o jovem disse como quem não quer nada.


Sora ouviu uma voz familiar, e quando olhou para o lado era ele que estava lá. “Como será possível que não notei sua aproximação?”; pensou.


- É nostálgico.


Ficaram ali admirando a beleza da cidade, juntos, por um tempo e depois entraram novamente na Galeria e curtiram o restante da noite que tinham. E ambos queriam que aquela noite nunca acabasse. A noite do evento foi indiscutivelmente maravilhosa.


Quando terminou, o jovem foi levá-la para casa. Sua vontade não era essa, mas era a coisa mais certa a se fazer. Dentro do carro, às vezes ele se pegava prestando atenção nela e não no trânsito.


- Você é um perigo pra mim, sabia? – o jovem voltou a olhar para a direção.


- Sou? – a moça olhou para ele e fazendo ele novamente voltar sua atenção a ela, e naquele momento seus olhos se cruzaram. “Que sensação estranha. Por que estou assim?”; sentiu a face se aquecer e virou-o rosto não o encarando mais. “Por quanto tempo você vai esperar que um alguém se declare pra você, mesmo sabendo que isso é algo impossível de acontecer?”; as palavras de Rosetta não saiam de sua mente.


Percebeu o desconcerto da jovem e se pegou sorrindo disso. Adorava vê-la com a pela rosada devido a suas palavras terem tamanho efeito nela. “Ela fica linda quando está envergonhada”.


- Sim, você é. Quando abre esse sorriso digno de um anjo, não consigo não olhar pra você.


Sentiu um tremor passar por todo seu corpo, chegando ao coração e o mesmo acelerar rapidamente. Ele havia dito que ela tirava a concentração dele e que ele não conseguia parar de olhá-la. “Você sabe que ele sempre gostou de você não é?”; novamente as palavras da amiga vinham a sua mente. Aquilo estava a martirizando, mas não podia tomar atitudes precipitadas. Ele podia somente estar a elogiando como um amigo faz.


- Então não irei mais sorrir.


- Por que não? Eu adoro o seu sorriso. – perguntou voltando a olhá-la.


- Porque poderemos sofrer algum acidente e você pode nunca mais me ver sorrir. – sabia que tinha pegado pesado demais no exemplo que dera. Mas não conseguia pensar na hipótese de ela ser a causadora de um acidente de carro.


- Tudo bem – respondeu sorrindo.


Quando chegaram a casa de Rosetta, a mesma já se encontrava, pois havia saído mais cedo da exposição.


Os dois sabiam o quanto era difícil se despedirem naquele momento. Muita coisa havia mudado e uma delas era o sentimento que estava dentro de seus corações, não sabiam explicar, mas algo ali dentro falava mais alto do que qualquer pensamento racional. E naquele momento, sem haver resistência, seus lábios se encontraram, como a muito queriam, num beijo terno e apaixonado.


- Boa noite minha musa. – se ele tinha começado a expressar seus sentimentos não era agora que deveria reprimi-los.


- Boa noite. – ela conseguiu apenas responder aquilo. Seus pensamentos estavam todos desgovernados. Ela não sabia o que pensar depois daquele beijo que a muito ela queria.


Eles não sabiam, mas enquanto despediam-se lá embaixo alguém ficava a olhá-los com um olhar de vitória. Afinal, conseguira o que tanto queria. Eles estavam começando a descobrir que suas vidas eram destinadas a ficaram unidas.


CONTINUA...



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Autor(a): bellamamiya

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