Fanfic: A secretária [ adaptação ] | Tema: vondy
Narração por Christopher
Repeti as palavras dela na minha cabeça sem parar, o epítome de um disco arranhado. Eu dificilmente me arrependeria de ter ficado de joelhos para fazê-la sentir prazer – e me satisfazendo também por tabela – mas, sempre me arrependeria de não ver o rosto dela enquanto murmurava aquela frase maravilhosa para mim.
Senti cada músculo do meu corpo ficar tenso quando aquelas palavras escaparam dos lábios de Dulce. A alegria foi tão demasiada que por um segundo eu não consegui respirar, não consegui pensar, não pude fazer nada a não ser sentir o coração tremulando sob o meu peito.
Uma vez que me tornei capaz de colocar aquela alegria exultante sob controle, eu tinha toda a intenção do mundo de ficar de pé e confessar que não apenas a desejava – ao extremo – desde o primeiro momento em que a vi, mas também queria contar como havia me apaixonado por ela com a mesma rapidez, e que soube, irrevogavelmente, que jamais seria feliz amando outra pessoa que não fosse ela, ou casando com outra mulher, ou tendo qualquer outra carregando os meus filhos na barriga.
Dulce soltou um riso nervoso, trêmulo, e deslizou o corpo pela parede na frente da minha figura imóvel. Ela correu uma mão vacilante pelos próprios cabelos enquanto eu me ajoelhava numa posição de pura súplica à sua frente. Eu nunca havia sido tão dela quanto naquele momento, e ela nem sabia disso.
A expressão de Dulce era provavelmente tão inebriada quanto a minha, devido à quantidade copiosa de álcool que ambos consumimos nas últimas horas. Sem mencionar o orgasmo que eu havia acabado de proporcionar a ela, pensei orgulhosamente.
Estendi as mãos para pressionar meus dedos em torno da clavícula delicada dela, pronto para confessar meu amor eterno, imortal, fodamente épico por aquela mulher, quando o mundo real caiu abruptamente sobre os meus ombros.
"Ah, eu estou tãão bêbada." Dulce riu, num tom que beirava o nervosismo, sem me encarar nos olhos enquanto mexia nos cabelos. "A culpa é inteirinha de Christian, ele foi o causador disso tudo."
Minha cabeça despencou sobre o ombro dela, me aproximando daquele aroma vicioso, enquanto senti um espasmo apertado e doloroso no peito. Era uma martelada forte sobre a minha esperança.
Claro que ela estava bêbada. Eu sentei lá ao lado dela, vendo Christian servir um drinque após o outro no copo de Dulce, assim como todos nós estivemos bebendo durante a noite toda. E, além disso, como é que eu poderia levar a sério uma declaração de amor feita durante um orgasmo? Quantas vezes eu mesmo tinha gargalhado de histórias de amigos no colegial ou na faculdade que disseram algo sem intenção no calor do momento? Eu não mais me sentia orgulhoso, isso era certo.
"Estou nas mesmas condições." Admiti ainda incapaz de tirar meus olhos da linha do pescoço dela. Envolvi meus braços em torno dos ombros de Dulce, puxando-a para o meu peito, como uma forma de me assegurar de, no mínimo, ter a presença física dela. Ela derreteu sob meu toque, sem demonstrar qualquer resistência, se encaixando perfeitamente como eu sempre soube que ela ficaria ao meu lado.
A perfeição e certeza disso tudo me aniquilava por dentro. Será que eu deveria simplesmente admitir que a amava, e que se danassem as conseqüências que viriam com a manhã? Será que ela levaria minha declaração a sério quando ela própria tinha acabado de dizer que me amava, porém completamente bêbada?
Dulce involuntariamente respondeu minhas perguntas silenciosas para mim.
"Não vou me lembrar de absolutamente nada pela manhã," ela riu, com a voz abafada contra a minha camisa, "então, você vai ter que me lembrar que te devo por essa coisa fodástica que acabou de fazer comigo."
"Vou abrir uma conta," prometi mantendo um tom leve, enquanto tomava um resfolego cheio do aroma dela enquanto me inclinava para trás.
Dulce curvou-se para frente antes que eu pudesse pegar ao menos um relance de seus olhos naquele corredor escurecido, e esperou até que meu lábio superior estivesse entre os seus para murmurar, "e eu vou me certificar de acertar essa dívida... com juros."
Ela sugou meu lábio com sua boca, roçando a língua em mim num movimento muito sensual que fazia minha mente dar rodopios. Eu me senti –mal – pelos pensamentos pecaminosos que varreram automaticamente minha cabeça, considerando que eu sentia muito mais por ela do que essa simples necessidade carnal. Mas quando os dentes de Dulce morderam meu lábio superior ainda capturado na sua boca, eu não pude evitar um gemido baixo que reverberou pelo meu peito, ou o modo como me espremi contra o corpo dela, ou ainda a maneira suave que inclinei a cabeça de Dulce para invadi-la com a minha língua.
Ela me deixou dominar o beijo por alguns segundos até que finalmente atacou os meus cabelos, fechando seus punhos na minha nuca, puxando firmemente, enquanto sua língua empurrava a minha, explorando minha boca de forma devastadora.
Gemi ainda preso naquela boca, querendo-a, amando-a com tanto fervor, enquanto simultaneamente percebi a fúria de seu beijo. Ainda era a coisa mais passional e incrível, como sempre, mas eu podia sentir a mudança no comportamento dela em relação aos nossos beijos anteriores.
"Dulce," arfei, enquanto me afastava para poder respirar. Rocei o queixo dela com a ponta do meu nariz, tencionando focar minhas atenções na curva do seu pescoço, gracioso como o de um cisne, enquanto ela também ofegava, mas fui impedido. Senti as mãos de Dulce tomando conta de tufos do meu cabelo de novo, meus olhos reviraram automaticamente, e ela começou a beijar meu pescoço.
Não, ok, certo, pra ser honesto, ela estava atacando minha jugular, sugando e mordendo minha pele como se quisesse beber meu sangue. Minha virilha se contorcia de modo doloroso agora e eu estava surpreso por minha ereção não ter rasgado a barreira formada pelo meu jeans a essa altura. Tentei raciocinar, tentei ligar a raiva dela com suas motivações, mas então a boca de Dulce violava a minha mais uma vez e eu me perdi totalmente.
Nós teríamos ficado lá, ajoelhados de frente um para o outro eternamente, se meu celular não tivesse vibrado no bolso da calça. E eu realmente não precisava de nada vibrando nesse momento...
Interrompi nosso beijo ao atender o telefone. A música alta indicava que era alguém do nosso grupo, antes mesmo de eu poder ouvir a voz retumbante de Poncho pelo fone.
"Sai de cima da Dulce, maninho! Melina irritou todos nós então, estamos indo para casa!"
Alfonso deu uma carona em suas costas para Dulce até o carro, e Anahí se aninhou ao lado dela no banco de trás durante o trajeto até em casa. Àquela altura, eu já estava recuperando quase completamente minha sobriedade e fiquei grato pela distância física de Dulce – ou tão feliz quanto eu poderia ficar por não tocá-la – já que isso me permitia alguns momentos de lucidez.
Dulce obviamente não fazia ideia da profundidade dos meus sentimentos por ela.
Como ela podia pensar, em momento algum, que eu preferiria Melina ao invés dela?
Qualquer uma ao invés dela? Passei os últimos meses disposto a vender minha alma se tivesse a chance de superar minha fixação por ela, e nada do que fiz funcionou, nenhuma distancia que eu lutei para manter, nenhum tom de hostilidade que eu apresentava com relação a ela. Quando a beijei pela primeira vez, eu estava cedendo, desistindo, admitindo que minha alma não me pertencia mais; era dela.
Quando sentamos juntos hoje à noite, fiquei tão contente simplesmente porque estava com Dulce, aquecido em seus braços frágeis. Quem se importava se Melina, uma garota de quem eu não lembrava há anos, estava conversando comigo; eu podia estar ouvindo Stuart Little se queixando nas minhas orelhas que ainda assim estaria perfeitamente feliz no abraço da minha Dulce.
Vê-la dançando com um estranho, ver as mãos de outro homem nos quadris dela, em volta da sua cintura fina me fez perceber que eu jamais seria capaz de abrir mão dela. Eu já tinha brincado comigo mesmo sobre isso antes, mas a realidade realmente tomou forma ali, naquele instante. Era quase libertador.
Eu jamais deixaria Dulce escapar. Era definitivo para mim.
Observei enquanto ela fechava seus olhos e corria suas mãos pelo cabelo de Anahí no banco de trás do carro, como se fosse uma mãe confortando sua filha.
De agora em diante, eu faria as coisas do jeito correto. Chega de erros. Eu tocaria no assunto amanhã para ver se ela se sentia confortável em ser oficialmente a minha namorada. Eu já sabia que Dulce gostava de mim, que ela confiava em mim agora que superamos aqueles últimos dias, e que se sentia atraída por mim. Eu usaria tudo que me favorecesse. Endeusaria o corpo dela até que ela suplicasse a por/ra do meu nome em lamúrias.
Quando chegamos em casa, Anahí, Dulce e Christian – que bebeu mais que todos nós juntos – estavam adormecidos. Poncho e eu tivemos que levar Christian pra cima, enquanto Maite ria de como estávamos ridículos com nosso irmão esparramado entre nós dois. Anahí foi facilmente carregada por Alfonso, e logo restou apenas Dulce, piscando sonolenta enquanto eu a acomodava em meus braços.
"Eu devo pagar aquele favor agora?" Dulce perguntou, sorrindo para mim enquanto eu abria a porta do meu quarto com o ombro. Revirei os olhos, porque sério, ela estava tão bêbada que não conseguia nem ficar sobre os dois pés e queria me pagar o tal favor que na verdade não me devia? Havia sido tão prazeroso pra mim quanto para ela.
"Vamos apenas te colocar pra dormir, am..." me interrompi aí, incapaz de chamá-la assim até que ela percebesse que era de verdade, e não somente algum apelido bobo. Liguei a luminária ao lado da cabeceira e me virei para a cama com Dulce ainda em meus braços; um sorriso torto brincava nos meus lábios ao perceber que era a segunda noite seguida que eu colocava Dulce na minha cama sem realmente dormir ao lado dela.
Os seus braços envolveram meu pescoço enquanto eu tentava faze-la se deitar, e ela começou a me beijar suavemente com pequenos selinhos por todo meu rosto e pescoço – ainda com certa medida de mordidas provocantes – que me envergonho de dizer que me excitavam ferozmente.
"Vai se juntar a mim, Sr. Uckermann?" Fo/deu. Não me chame assim. Meu autocontrole perto dela era tênue na melhor das hipóteses, imagine agora, quando meu anjo tentava me puxar pra cima dela sobre a cama.
"Anjo, eu não acho que seja uma boa ideia." Não havia jeito de eu subir naquela cama com ela agora. Se eu fizesse isso, Dulce permaneceria pura por outros dois, talvez três minutos.
Ela soltou seus braços do meu pescoço, fazendo um biquinho adorável enquanto revirava os olhos para minha recusa. "Você não é nada divertido..." provocou.
Desci pelo corpo dela e removi seus sapatos; em seguida puxei a manta e os lençóis cobrindo-a até o pescoço. Eu teria tirado o vestido também, mas não havia autocontrole suficiente no momento para isso. Tocar a pele nua de Dulce agora seria demais.
"Já volto, Dulce." Falei, embora ela mordia um de seus lábios por estar obviamente perdida em seus próprios devaneios.
Peguei duas aspirinas e um copo de água do meu banheiro como uma medida preventiva da ressaca intensa que ela teria pela manhã.
Quando voltei para o quarto, apesar de não ter se passado muito tempo, Dulce tinha dado um jeito de chutar os lençóis e a manta para os pés, e arrancou o vestido do corpo; agora, ela estava deitada de costas com nada cobrindo sua pele além de uma calcinha minúscula. Estaquei na porta do banheiro, segurando o copo firmemente em uma mão, enquanto o tesão corria por mim com forças renovadas.
"O vestido estava incomodando," Dulce murmurou, percebendo minha presença. "Agora, você vai ficar aí parado olhando para mim?"
Limpei a garganta com um pigarro, e me forcei a ficar calmo até estar sentado na ponta do colchão. Dulce virou de lado para me contemplar, fazendo seus seios se espremerem deliciosamente, lembrando-me de como haviam ficado com meu membro aninhado entre eles.
Pare de ficar pensando nisso, Christopher, eu dizia para mim mesmo pela centésima vez desde a tarde de hoje. Já havia sido difícil o bastante ter passado a noite com a minha língua grudada naquela pele de sabor incrível; ela provavelmente me achava um Neandertal.
"Dulce, tome esses comprimidos, por favor, querida? Vai te ajudar com a dor de cabeça amanhã." Estendi minha mão para ela com o remédio enquanto Dulce observava meu rosto sob o foco da luz da cabeceira da cama.
Enfim, ela se aproximou e passou a língua achatada sobre a minha palma, engolindo os comprimidos. Eu estremeci com a sensação da língua quente e molhada dela, me amaldiçoando por ser tão bruto. Dulce tomou um gole da água enquanto eu segurei o copo nos lábios dela.
"Hmm, você tem um sabor gostoso." Ela murmurou para mim, e essa foi minha deixa para ficar de pé antes que eu pulasse em cima dela.
Puxei as cobertas de volta, enquanto me torturei roubando uma olhadela no tecido entre as pernas de Dulce, sentindo um ciúme irracional pelo simples fato de que aquela peca ínfima de roupa a apalpava de modo tão pessoal.
"... Noite, Christopher," ela pronunciou docemente, enquanto eu caminhava até a porta.
"Boa noite, anjo."
Eu te amo.
Autor(a): vondyvida
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Narração por Dulce No minuto em que rolei na cama e abri meus olhos, senti como se houvesse um filho da mãe em miniatura martelando meu cérebro. Fechei os olhos novamente contra aquelas pontadas doloridas, e depois de alguns instantes o tormento pareceu cessar gradativamente e eu fui capaz de abrir minhas pálpebras ma ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 77
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anne_mx Postado em 22/09/2022 - 02:00:26
Até é legal mas só tem sexo praticamente, aí as vezes torna-se entediante...mas foi uma fanfic legal <3
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renatinha_ Postado em 27/01/2016 - 01:20:50
Amore...vamos fazer segunda temporada??? Você tem tudo para ser um sucesso. Não deixe morrer assim. Pense no assunto.
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renatinha_ Postado em 18/01/2016 - 18:40:09
Sdds dessa fics. Quando teremos 2° temporada??????
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cakaumoura Postado em 04/01/2016 - 11:25:13
Que pena que já acabou, Amei essa fic
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vondy.portinon Postado em 03/12/2015 - 22:07:38
Se alguem ler meu comentario, me ajudem a divulgar minha fanfic... Link: http://fanfics.com.br/fanfic/50539/meu-vizinho-infernal-vondy-dyc-vondy-amor-dul ce-maria-christopher-uckermann-rbd Acho que gostarão!
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millamorais_ Postado em 03/12/2015 - 01:09:08
Ahhhh cara como foi corrido pra mim chegar até aqui mas enfim aqui estou eu, muitas emoções, lágrimas, sorrisos e rã kkk deixa quieto kkkk Amei :*
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stellabarcelos Postado em 27/11/2015 - 03:48:39
Impossível não amar essa história! Amei cada segundo! É Hot na medida certa, tem tanto romance, tanto amor... É até difícil explicar! Muito obrigada por adaptar pro meu casal favorito e parabéns! Amei muito!
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renatinha_ Postado em 27/11/2015 - 01:38:39
Não sei se comentei aqui antes, mas acompanhei toda a adaptação. Primeiramente parabéns pela coragem. Acredito que quando criamos algo podemos pecar no desenvolvimento, agora dar continuidade é pior...você poderia ser rejeitada pelos leitores e mesmo assim assumiu o risco de finalizou com sucesso essa fics. Sinto agora aquele vazio de final de livro, realmente gostei do seu olhar e carinho nessa história...ser fã dela realmente foi o casamento perfeito. Continue escrevendo e nos avise sobre suas novas fics, faço questão de te acompanhar nesses futuros trabalhso também. Abçs.
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marimari17 Postado em 26/11/2015 - 23:02:32
Asas ao meu Deeeeeeeeus PARA TUDO BRASEL LACRAÇÃO TA PASSANDO. como todo vez q vc termina uma fic eu faço um texto esse não vai ser diferente... eu quero primeiramente te agradecer por me mostrar e fazer as melhores fics da minha vida pq MEU SEM OR eu te amo demaaaais! cada sentimento q vc me proporciona eu te agradeço muuuuito! quero agradecer tbm a essa fic lacração pq né Sr. Ukcermann.... falo nada! quero te desejar tudo de bom, uma boa faculdade pq vc passoooooou um feliz Natal e um feliz ano novooo. gosto muito de vc então continue com essas fics ❤💕
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millamorais_ Postado em 26/11/2015 - 21:30:23
Esse comentário abaixo é meu o/