Fanfics Brasil - 40 - Tweedles**. A secretária [ adaptação ]

Fanfic: A secretária [ adaptação ] | Tema: vondy


Capítulo: 40 - Tweedles**.

2453 visualizações Denunciar


 


**Tweedles são personagens fictícios do livro de Lewis Carroll, "Through the Looking Glass". Os irmãos Tweedle Dee e Tweedle Dum nunca se contradizem, mesmo quando um deles, de acordo com a rima presente no livro, "concorda em brigar".


 


 


Narração por Dulce


 


 


Me agarrei ao homem parado próximo a mim, minhas unhas cor de rosa se afundando nas mangas caras de sua camiseta. Ele me segurou com igual vigor, seus braços ao redor dos meus ombros trêmulos, me prendendo em um abraço protetor.


"O que nós vamos fazer?" Perguntei com uma voz tímida, encarando o lindo rosto dele com olhos arregalados e temerosos. O homem esfregou meu ombro de maneira tranqüilizadora, enquanto devolvia meu olhar com uma expressão similar estampada no lugar de sua fisionomia geralmente serena.


"Eu não sei, Dulce," ele me disse com a voz pesada, "Eu simplesmente não sei."


Antes que eu pudesse formular um plano, uma voz alta e retumbante invadiu nosso esconderijo, me fazendo pular nos braços dele.


"VOCÊS, SEUS FUJÕES, ESTÃO FERRADOS!"


Ao som da fúria de Poncho, o braço de Christian caiu do meu ombro, nós dois rindo tanto que ficou difícil manter a nossa pose assustada.


"Continuamos escondidos, ou você acha que devemos correr dele?" Christian me perguntou, enxugando uma lágrima de seus olhos. Eu mal pude ver este gesto com a pouca luz que entrava pelas frestas da porta do closet.


"Pfft. Qual é a pior coisa que o Poncho pode fazer?" Zombei, toda indiferente.


"Ele poderia sentar na gente, Dulce bobinha." Christian falou completamente sério, reprimindo a vontade de rir. "Aquele Mamute já pulou em cima de mim, e eu juro por deus, me senti um anão sendo violentado por um lutador de sumô."


Limpei minha garganta pomposamente e o censurei, "Na verdade, eu acho que o termo politicamente correto seria "pessoa pequena", Chris."


"EU VOU ENCONTRAR VOCÊS, SEUS SAFADOS!" Poncho parecia estar muito mais perto agora. Christian e eu estávamos escondidos no pequeno closet dos muitos banheiros de Christopher, provavelmente deixando Poncho maluco por ter de procurar em cada cantinho da enorme cobertura até nos achar.


Faltavam cinco dias para a minha viagem a Londres, e Anahi e Maite haviam convencido Christopher a deixá-las fazerem uma "festa de despedida" na casa dele. Nem Christopher e nem eu estávamos muito entusiasmados em celebrar a minha partida, mas Anahi e Maite argumentaram que eu tinha a responsabilidade de me despedir corretamente dos meus amigos de NY.


Responsabilidade. De novo.


Responsável ou não, eu tinha decidido que a minha festa seria a oportunidade perfeita para uma pequena vingança do Judas  Alfonso Uckermann.


Desde que descobriu que eu tinha feito planos mirabolantes para conquistá-lo, Christopher estava sendo ainda mais convencido que o habitual, sugerindo perversões sexuais insanas para nós fazermos (a maioria delas envolvendo ele tendo completo e absoluto controle sobre o meu corpo). Então, quando e disse a ele repetidas vezes que eu preferia transar com um pato a ceder às suas exigências machistas, ele, usando a sua voz mais sedutora, acrescentou algo como, "mas você tinha me desejado por tanto tempo, querida."


Apesar do fato de eu tê-lo deixado fazer todas aquelas coisas depravadas comigo (basicamente porque eu queria mesmo aquele gostoso), eu estava pronta para uma pequena revanche contra ele e o seu estúpido irmão por ter aberto aquela bocona.


Christian esteve mais do que disposto a me ajudar no plano de vingança, e nós tínhamos confabulado durante as últimas semanas de forma que tudo estava preparado para a festa desta noite.


Sendo assim, quando Poncho finalmente encontrou o closet onde nós estávamos escondidos, nós estávamos completamente prontos para ele, parados lado a lado e sorrindo feito dois anjinhos.


"Será que vocês dois poderiam me explicar por que metade de Nova Iorque está pensando que eu sou alguma espécie de GIGOLÔ?" Poncho esbravejou quando colocamos os pés para fora do armário, sacudindo o seu telefone na nossa cara como se ele fosse alguma evidência irrefutável.


Christian e eu nos olhamos, paramos por um momento e então caímos na risada. Nós tínhamos entrado em contato com todas as mulheres solteiras que conhecíamos e sugerimos a elas para ligar para o Poncho. Aquele era o Estágio Um da Campanha da Vingança, como Christian tinha nomeado. Pela maneira com que Chris estava montando a estratégia da nossa pequena missão, eu poderia jurar que ele havia sido algum ditador militar numa vida passada.


"Seria porque nós dissemos a todas elas que você estava solteiro, era podre de rico e estava procurando por um pouco de diversão?" Eu perguntei, sorrindo conforme o choque tomava conta de seu rosto. "Oh, e por acaso eu mencionei que TOODAS essas garotas foram convidadas para a festa de hoje à noite?"


"A Anahi me fez dormir no sofá depois da DÉCIMA QUINTA ligação! Ela me chutou da minha própria cama depois de estar morando na minha casa por DOIS DIAS!" Poncho falou indignado.


"Uh... Mas você não tem, tipo, uns seis quartos de hóspedes?" Christian perguntou solicitamente, mordendo seu lábio para não rir.


Poncho agitou os braços enquanto respondia ao irmão. "Sim, mas a Anahi disse que eu tinha que dormir no maldito sofá, algo sobre o simbolismo da punição ou qualquer outra merda!" Então ele apontou aquele dedo enorme na minha cara. "Não pense que eu não sei o porquê de tudo isso! Você está me fazendo pagar por ter contado ao Christopher que você estava atrás dele! Mas deixe eu dizer uma coisinha, Tweedle Dum e Tweedle Dee... Vocês vão chamar TODAS aquelas mulheres e livrar o meu traseiro do maldito sofá!"


Christopher escolheu aquele momento para chegar, parecendo exausto. A sua carranca se desfez quando ele pôs seus olhos em mim, deixando claro que ele havia estado me procurando desde que Chris e eu desaparecemos depois da chegada de Poncho. Então ele percebeu a agitação toda de Poncho, assim como os sorrisos maquiavélicos idênticos meu e de Christian.


"O que aconteceu?" Ele sorriu, como se fosse participar de qualquer pegadinha que estivesse sendo armada pra cima de Poncho.


Oh, Christopher.


Nós armamos pra você, também...


"Nada demais, irmãozinho." Christian deu de ombros casualmente. "Eu e a Tweedle Dee aqui estamos prestes a dar o troco no Poncho por ele ter aberto a sua bocona pra você."


"O QUE DIABOS VOCÊ QUER DIZER COM "PRESTES"? Vocês já me fizeram pagar!" Poncho rugiu, andando de lá pra cá feito um maníaco.


"Oh, nãão..." Eu o corrigi, dando para ele e para Christopher um amplo sorriso, "Isso foi só pra chamar a sua atenção. Agora é que vem a verdadeira vingança."


Christopher parecia distraidamente divertido com a coisa toda, mais preocupado em me tirar de perto de Christian para assim poder ficar agarrado em mim. "E por que tudo isso mesmo?" ele perguntou enquanto sua mão acariciava meus cabelos lisos.


Acho que eu devo ter
babado um pouco com o seu toque tão educado, mas o olhar presunçoso e satisfeito de Christopher me trouxe rapidinho à realidade. Era por isso que eu estava me vingando.


"Porque ele contou a você que eu, uh..." Deixei a frase pela metade, sem saber como explicar tudo de forma amena. Mas Poncho não tinha nenhum escrúpulo em se tratando de delicadeza.


"Que ela queria fazer a festa com a sua virilha!" ele soltou, ainda parecendo estar a ponto de partir pra cima de Christian e mim igual a um lutador de sumô.


A expressão de Christopher murchou quando Chris e eu o encaramos. Sua mão saiu dos meus cabelos enquanto ele dava um passo para trás, parecendo um homem acuado por dois animais selvagens.


"Ah," ele disse todo nervoso, lançando um olhar para a porta aberta como se considerasse correr até ela, "por que eu tenho a sensação de que serei incluído nisso também?"


"Talvez porque você tem sido um convencido miserável nestas últimas semanas, e realmente merecesse tudo isso?" Perguntei a ele perigosamente, avançando conforme ele se afastava.


As costas de Christopher atingiram a parede enquanto ele olhava em pânico para os seus dois irmãos. "Bem... Eu odeio decepcionar vocês, mas vocês dois não estão muito melhores do que eu nessa história."


Christian bufou e jogou um braço sobre os ombros largos de Poncho.


"É... nós meio que discutimos isso," Christian riu, tentando manter sua voz a mais doce possível. Ele e Christopher haviam conversado sobre toda a história de Victor mais cedo naquela semana, mas eles ainda se tratavam um pouco diferente por causa da briga. "E concordamos que todos precisamos de um pequeno incentivo negativo."


"Incentivo negativo?" Christopher perguntou nervosamente, olhando rápido para mim como se eu fosse tacar uma granada armada dentro de suas calças.


"Bem, veja só... nós tivemos a ajuda do incentivo positivo para que Poncho faça o que nós queremos." Eu esclareci no meu melhor ronronado-perigoso. "Tudo o que temos que fazer é explicar para ele que nós contaremos a todas aquelas garotas que ele está fora do mercado, e então ele concordará com tudo o que quisermos."


"E o que vocês querem, seus merdinhas?" Poncho perguntou sacudindo seu ombro para que Christian retirasse seu braço de cima dele.


"Ponpon." Christian pigarreou para anunciar formalmente a tortura que tínhamos planejado para esta noite. "Dulce e eu criamos uma lista de desafios que você deve cumprir antes que nós concertemos o seu pequeno... problema de gigolô. Incentivo positivo."


"E qual é o meu incentivo negativo?" Christpher repetiu, se encolhendo quando Christian e eu nos viramos para ele, como se se arrependesse de atrair a atenção para si.


Abafei uma gargalhada. Contar com a participação de Christopher seria muito menos trabalhoso do que se a brincadeira fosse apenas com Poncho. Pisquei algumas vezes para afastar as lágrimas de riso e andei até Christopher até estarmos frente a frente, e então agarrei sua camiseta em meus punhos.


"Por favor, Christopher?" Implorei na minha melhor voz-sedução. "Por favor, brinque com a gente? Eu tenho feito tudo o que você quer ultimamente," (é claro que deixei de lado a parte em que ele não precisou torcer meu braço em minhas costas para me fazer participar das suas fantasias sexuais lascivas). "Você não quer me fazer feliz também? Por favor?"


"Isso. Não. É. Justo." Christopher gemeu para mim, embora parecesse que ele não quisesse nada além de me puxar em seus braços e me confortar de todas as formas possíveis, e ao mesmo tempo parecesse querer me estrangular.


Oh, mas eu era diabólica. "Por favor?" Perguntei novamente em um tom baixo, afundando meu rosto no seu pescoço. "Por favor, brinque comigo? Por favor?"


Embora isso parecia estar surtindo efeito, eu sabia que precisava usar todas as minhas armas para fechar o negócio. "Além do mais, não pense que vai me ter em sua cama novamente até eu ter visto um pouco de humilhação pública. Você merece isso, Sr. Uckermann."


"Merda." Christopher gemeu, mas foi um gemido de rendição desta vez, enquanto seus braços fortes me prendiam de encontro ao seu peito. "Sua trapaceirinha."


Ha. Greve de sexo, a melhor negociação do mundo. Rapidamente lancei a ele um sorriso triunfante e me virei para cumprimentar Christian com um toquezinho de mão.


"Vamos ver quem é que manda agora!" Christian cantarolou pulando sem parar, entusiasmado, enquanto Christopher e Poncho o olhavam com desgosto.


Até o momento em que Christopher e Poncho foram informados sobre a sua série de desafios, cerca de vinte pessoas – uma combinação dos nossos colegas de trabalho, amigos da faculdade e outros conhecidos – já haviam chegado para a festa. Anahi tinha convidado pessoalmente cada pessoa com quem eu me dava bem, além de um monte de gente aleatória que nem ela, Maite, ou os meninos conheciam.


Eu estava eternamente grata também por Anahi não ter convidado Pablo; estou bem certa de que não daria em boa coisa se ele e Christopher ficassem próximos um do outro por um longo período de tempo. Pablo e eu tínhamos conversado apenas algumas vezes desde o jantar com Christopher, e em todas elas ele havia tentado flertar descaradamente comigo, enquanto eu lhe aplicava um gelo no nível de Miranda Priestly, de O Diabo Veste Prada.


"Já podem começar" Christian sussurrou para Christopher e Poncho enquanto nós quatro voltávamos à área principal do apartamento. Havia uma música conhecida tocando baixinho, mas eu sabia que o volume aumentaria conforme a noite transcorresse.


Anahi e Maite lançaram para nós quatro olhares assassinos por termos desaparecido enquanto elas ficavam recepcionando as pessoas, e Christopher e Poncho lançaram olhares assassinos para mim e para Christian enquanto eles se encaminhavam aos nossos convidados.


"Vá pegá-los, Tigrão," sorri para Christopher e dei um leve tapa em seu traseiro, arrancando um sorriso involuntário dele. Christian e eu aguardamos, parcialmente escondidos na cozinha, enquanto ele e Poncho começavam a cumprir seus desafios ridículos.


Os desafios de Christopher eram:


Ignorar as primeiras cinco pessoas que o cumprimentar.


Terminar cada frase com as palavras, "de acordo com a profecia".


Perguntar para no mínimo seis pessoas qual é o gênero delas, e quando elas responderem, rir histericamente.


Os desafios de Poncho eram:


Se referir a todo mundo como "Dave", mesmo quando as pessoas o corrigirem.


Após cada frase, dizer "Mew" em um sotaque Jamaicano ruim.


Deixar a braguilha aberta, e quando as pessoas lhe apontarem, dizer a elas "desculpe, mas eu realmente prefiro ela assim."


Christian e eu passamos horas difíceis vasculhando a internet pelos melhores desafios que pudéssemos encontrar, e nos decidimos por estas três humilhações para cada irmão.


Mas valeria a pena todo o esforço. Natalia, uma vaca que morava no vigésimo andar e que costumava ser uma das secretárias de Christopher, e Eddy Vilard, o paquerador oficial do escritório, foram as duas primeiras vítimas da dupla de comediantes E&E.


"Hey, gente!" Eddy disse em voz alta assim que Maite pegou seu casaco. Christopher era quem estava mais próximo a ele, embora ele não tivesse a permissão de retribuir o cumprimento e tivesse que ficar lá parado, parecendo um imbecil.


"Olá, Sr. Uckermann," Natalia ronronou para ele, tornando ainda mais hilário quando Christopher não fez nada além de ficar a encarando com cara de tacho.


Antes que a tensão ficasse ainda maior, (e antes que Christian e eu partíssemos algumas costelas tentando não rir), Poncho chegou, com um sorrisão no rosto e dando tapinhas nas costas de Eddy.


"Dave!" ele disse com sua voz retumbante, piscando para nós por sobre o ombro. "Que bom que você veio, Mew! E olha..." ele se virou para Natalia, que lançava para Christopher olhares raivosos, "...você trouxe Dave com você. Que gracinha, Mew." O sotaque Jamaicano dele era tão ruim que parecia levemente com Alemão.


Eddy e Natalia estavam parados entre os irmãos Uckermann, parecendo estar considerando seriamente se havia sido uma decisão sábia terem vindo à festa.


"Hum, Alfonso... O meu nome é Eddy, e essa é a Natalia." Eddy disse a ele delicadamente, se aproximando e tentando ser discreto. "E a sua braguilha está aberta, cara."


Poncho olhou para baixo, deu para Christian e para mim outra olhadela e disse a Eddy em uma voz descontraída, "Desculpe, Dave, mas eu realmente prefiro ela assim."


Então ele simplesmente saiu, deixando um Eddy atônito e uma Natalia boquiaberta. Antes que qualquer um dos dois conseguisse se recuperar, e agora que ele já tinha ignorado os sentimentos dos dois o suficiente, Christopher limpou a garganta polidamente e foi ao encontro de Natalia.


"Com licença, mas de acordo com a profecia," ele falou de maneira cortês, "qual é o seu gênero?"


Parecia que Natalia iria correr a qualquer momento atrás de Maite para pegar seu casaco de volta. "Uh... feminino?" ela respondeu, como se aquela fosse uma pergunta capciosa.


Christopher parou, olhou de volta para nós, encarou Natalia e então caiu na risada.


Agora Eddy e Natalia o fitavam como se ele estivesse usando uma camisa-de-forças. Era brilhante; ainda mais quando Christopher nos mostrou o seu dedo do meio durante o ataque de risos.


"Tweedle Dum," sussurrei para Chris, "nós somos fodásticos."


"Tweedle Dee," ele respondeu com um sorriso pretensioso, "nós somos mesmo."


Em algum ponto próximo ao final da noite eu tive que dar uma escapada para apanhar alguns pratos adicionais para o pessoal que estava servindo a comida. Eu pessoalmente achei a necessidade de uma equipe só para servir comida ridícula, mas Anahi tinha insistido nisso e Christopher tinha, é claro, insistido em pagar.


Tinha sido difícil bancar corretamente a anfitriã com Christopher e Poncho como as atrações da noite. Na verdade havia sido um choque Christopher ter concordado com a brincadeira dos desafios, especialmente considerando que ele certamente sabia que eu nunca negaria mesmo sexo a ele. E eu sabia também que ele estava se divertindo com as reações que provocava nas pessoas, se aquele sorriso inconsciente era indicação de alguma coisa.


Mesmo secretamente satisfeito consigo mesmo, eu deveria prever que Christopher nunca deixaria a ameaça de abstinência passar batida.


Eu estava parada na despensa escura próxima à lavanderia, usando a luz que se infiltrava do corredor para tentar encontrar os pratos, quando a porta de repente se fechou às minhas costas. Os barulhos da festa e a pouca luz de que eu dispunha foram abruptamente cortados.


Achando que a porta tinha simplesmente se fechado sozinha, resmunguei e me virei para abri-la, mas congelei no lugar quando ouvi o som da chave sendo girada.


Por favor, que seja o Christopher... Por favor, que seja o Christopher... Por favor, que seja o Christopher...


"Você está me devendo uma, Anjo. Me devendo mesmo." A sua voz suave chegou até mim, e eu fiquei tão agradecida por ser ele – e não algum serial killer – que nem me importei em forçá-lo a acrescentar "de acordo com a profecia".


"Nem mesmo pense nisso, Christopher," o alertei, embora a minha voz trêmula traísse o meu desejo. "Nós temos convidados nos esperando."


"Convidados esses que acham que eu sou um maluco." Christopher argumentou em um tom doce visivelmente falso. "Então eu acho que nenhum deles daria a nossa falta por alguns minutos. Além do mais, a sensação de perigo ao transar com a minha garota em uma despensa enquanto sessenta pessoas vagueiam pelo meu apartamento é uma coisa que não pode ser desperdiçada."


Embora eu realmente quisesse testar a teoria do "ninguém-sentirá-a-nossa-falta", Anahi ficaria totalmente enfurecida se eu rasgasse o meu mini vestido da Vera Wang. Então eu rapidamente tentei contornar Christopher na escuridão, uma parte de mim esperando alcançar a maçaneta da porta a tempo, e outra parte querendo que Christopher me pegasse no meio do caminho.


E ele pegou. As suas mãos vieram rápidas sobre meus ombros, me puxando de volta de maneira que nossas testas estavam encostadas uma na outra e ele estava me pressionando com seu peso contra as prateleiras.


"Tentando fugir de mim, cordeirinho?" ele rosnou, mordendo meu pescoço em uma ameaça. "Vou ter que ensinar alguma obediência a você."


Mas. Que. Porra.


Ninguém iria sentir a nossa falta por alguns minutos.


Bênção. Vão com Deus.


Pressionei seu nariz no meu, então eu estava respirando contra sua boca, "Vamos lá então, me dê o seu melhor."


Christopher fez um som gutural sexy antes de seus lábios cobrirem os meus, sua língua se enrolando dentro da minha boca e me fazendo engasgar. Ele começou a tocar minha língua com a sua e a chupar, as mãos presas na barra do meu vestido. Ele rapidamente me livrou de minhas calcinhas, puxando-as pelas minhas pernas para que eu pudesse pisar fora delas.


Quando a falta de oxigênio estava me dando vertigens, Christopher me virou e me forçou para a frente, de modo que agora eu estava com meus braços apoiados na parte mais baixa da prateleira à minha frente para manter o equilíbrio.


Ele empurrou seus joelhos de maneira brincalhona no interior de minhas pernas para me fazer abri-las mais, uma ação que foi recompensada por dois de seus dedos mergulhando em meu corpo ansioso, bombeando para dentro e para fora rapidamente. Seu corpo pressionado contra o meu, sua ereção forçando minhas costas, me informou que ele estava mais do que pronto para mim.


"Mmm..." Christopher grunhiu enquanto eu sentia sua boca molhada e ávida percorrer meus ombros e meu pescoço. "Eu amo o cheiro e a sensação de ter você toda molhada e impaciente por mim."


"Talvez eu esteja fantasiando com o Vin Diesel de novo." Provoquei o Sr. Convencido, mesmo enquanto afundava a cabeça em meus braços à minha frente.


Christopher riu, um som arrastado e meio sonolento que eu reconhecia como a sua risada quando ele estava excitado. É claro que ele sabia quem é que causava aquilo em mim. "Pra mim não importa, desde que seja eu quem colha todos os benefícios."


Então eu o ouvi lutar impacientemente com seu cinto e o ruído do zíper sendo aberto de forma brusca. Ele soltou um silvo quando libertou sua ereção, angulando meus quadris com sua outra mão. Nós dois gememos quando a sua carne tocou meu sexo, e em seguida, com um único impulso de seus quadris, Christopher estocou dentro de mim.


Christopher apertou minha cintura com força para me trazer de encontro ao seu corpo, rebolando seus quadris para se afastar. O ritmo furioso que ele criou me deixou arfando e me contorcendo por mais contato, minhas mãos agarrando fortemente a prateleira diante de mim enquanto ele me controlava.


Os rosnados de Christopher se transformaram em grunhidos frenéticos e suas mãos abandonaram meus quadris para segurarem as barras da prateleira mais alta, usando isto como apoio para poder se impulsionar com mais força, cada estocada me fazendo ficar na ponta dos pés.


"Toque-se." Ele rosnou para mim em um tom desesperado. "Você vai gozar comigo agora."


Eu rapidamente levei uma mão para baixo, para onde nós estávamos conectados, formando um "V" com dois dedos e deixando Christopher senti-los escorregar por sua extensão. Precisei de apenas alguns estímulos até estar me contraindo, meu orgasmo fazendo eu gemer alto o nome de Christophe.


Ele desacelerou assim que eu me recuperei de meu orgasmo, obviamente tendo segurado o seu próprio por um tempo, e, mantendo-se enterrado profundamente em mim, eu senti seu líquido em meu corpo enquanto ele gemia meu nome.


Depois de uma pausa prolongada, Christopher me ajudou a voltar a ficar ereta, nos inclinando contra a prateleira até conseguirmos estabilizar nossa respiração. Seu braço estava em volta da minha cintura e seu corpo virado de frente para o meu, e eu sabia que se eu não fizesse nada naquele momento, nós acabaríamos caindo no torpor-pós-sexo.


"Certo," eu finalmente falei, me rebolando para baixar o vestido. "Você vai primeiro, e eu te encontro lá fora."


"Besteira, amor." Christopher balbuciou, puxando minha mão insistentemente. "Me dê alguns minutos, traga esse belo par de seios pra cá, e eu sou capaz de mais um round... e mais outro... e mais outro..."


Rolei meus olhos, mesmo sem Christopher poder ver o gesto. "Por mais tentadora que essa oferta seja," e ela era mesmo muito tentadora, "você precisa esperar até nós termos nos livrado de todo mundo. Agora rapa fora."


Christopher soltou um suspiro desapontado e andou até a porta, "Eu irei cobrar – com juros – mais tarde. Venha me encontrar quando você parecer menos desgrenhada, minha coisinha gostosa."


E o bandido simplesmente saiu pela porta.


Assim que me ajeitei no banheiro o suficiente para ser vista em público (embora ainda estivesse com um sorriso débil que entregava o fato de recém ter sido pega de jeito por um cara delicado igual a um cavalo), todo mundo parecia um pouco mais relaxado que antes, e a festa estava claramente indo bem. Entreguei os pratos com quarenta minutos de atraso para a equipe da cozinha, que me deu sorrisos amarelos pela minha demora.


Enquanto procurava por Christopher, eu tive a estranha sensação que sempre tenho quando vejo diferentes partes da minha vida se misturando – neste caso meus amigos do trabalho despreocupadamente dançando e bebendo com as pessoas que Anahi, Maite e eu tínhamos conhecido na faculdade. Minha mente estava evitando reconhecer que eu não veria nenhuma dessas pessoas por pelo menos um ano, mesmo enquanto eu memorizava seus rostos e palavras gentis durante a noite.


Não consegui localizar nenhum dos Uckermann ou as minhas amigas, apesar de ouvir algumas conversas escandalizadas sobre o comportamento "suspeito" de Poncho e Christopher. Depois de me esgueirar pela multidão na sala de estar escura de Christopher (recebendo um sinal positivo de Karla – que com certeza reparou nos meus cabelos desgrenhados), eu finalmente ouvi a risada estrondosa de Maite se sobrepor à música, vinda do corredor que dava para a cozinha.


Ela, Anahi, Poncho e Christian estavam todos rindo de Chritopher, que estava de costas para mim e ainda também exibia uns cabelos medonhos.


"Eu não posso acreditar em como você está comprometido com esse castigo," Anahi sorriu para ele, dando uma batidinha em seu braço com o seu punho miúdo. Evidentemente Anahi e Maite estavam sabendo da brincadeira, o que significava que os meninos já tinham cumprido todos os seus desafios agora.


"Eu acho que o amor pelo perigo dos desafios está crescendo dentro de mim, de acordo com a profecia." Christopher disse, e eu sabia que ele estava sorrindo só pela forma como sua voz saiu. Pelo menos aquele bundão estava usando a sua frase "de acordo" de novo. "Então, qual é o meu desafio, Any?"


"Você conhece aquela, uh... moça fofinha do seu departamento de RH?"


"Doreen, Mew?" Poncho se intrometeu, seu sotaque Jamaicano nem um pouco melhor depois de usá-lo a noite inteira. Nenhum deles havia percebido a minha presença ainda, então aproveitei a chance para espioná-los enquanto podia. "Por que ela está aqui, falando nisso? Ela é a maior cretina desse planeta, Mew."


"Ela veio com a Michelle depois do trabalho," Anahi explicou impacientemente, gesticulando para Poncho, "e eu quero que você ande até ela, Christopher, fique de joelhos, ponha suas mãos no estômago dela e pergunte para quando é o bebê."


Todos eles caíram na gargalhada enquanto Christopher enterrava a cabeça em suas mãos e a balançava, inconformado.


"Ela vai me chutar no meio das pernas, de acordo com a profecia" ele gemeu, abafado por suas mãos.


"Ha! Aposto que essa vai ser a pergunta mais difícil que você fará na vida, Mew." Poncho, com a barra da camiseta saindo pelo zíper aberto, riu.


"Qual é," Christophe zombou, e assim como eu sabia que ele estava sorrindo antes, agora eu sabia que ele estava revirando seus olhos. "Isso vai ser como um passeio no parque depois de ter pedido a Dulce em casamento, de acordo com a profecia."


Ele lembrava daquilo?


A súbita rigidez dos ombros de Christopher deixou claro que ele não teve a intenção de deixar aquilo escapar. Ele resfolegou assim que se deu conta do que havia feito.


Maite foi a primeira a falar, perguntando a ele em um tom de voz perigoso, "E há quanto tempo foi isso?"


Eu fui a segunda a quebrar o silêncio.


Assim que meu cérebro confuso registrou o que Christopher havia acabado de dizer eu soltei um gritinho surpreso, anunciando minha presença.


"CHRISTOPH UCKERMANN, VOCÊ SE LEMBRA DISSO?"


 




 


 


Só eu que ri demais com esse capitulo Mew ? HSUAHSUAHS


e comentem o que estão achando de acordo com a profecia ! amo vocês



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): vondyvida

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Narração por Christopher   Dulce Maria ia me matar. Eu estivera abusando da sorte por algumas semanas, provocando-a incessantemente sobre ter pedido ajuda aos meus irmãos para me seduzir (coisa que ainda me deixava vertiginosamente satisfeito cada vez que eu pensava sobre isso). Mas agora eu estava certo de que ela ia realmente me matar. Anahi, ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • anne_mx Postado em 22/09/2022 - 02:00:26

    Até é legal mas só tem sexo praticamente, aí as vezes torna-se entediante...mas foi uma fanfic legal <3

  • renatinha_ Postado em 27/01/2016 - 01:20:50

    Amore...vamos fazer segunda temporada??? Você tem tudo para ser um sucesso. Não deixe morrer assim. Pense no assunto.

  • renatinha_ Postado em 18/01/2016 - 18:40:09

    Sdds dessa fics. Quando teremos 2° temporada??????

  • cakaumoura Postado em 04/01/2016 - 11:25:13

    Que pena que já acabou, Amei essa fic

  • vondy.portinon Postado em 03/12/2015 - 22:07:38

    Se alguem ler meu comentario, me ajudem a divulgar minha fanfic... Link: http://fanfics.com.br/fanfic/50539/meu-vizinho-infernal-vondy-dyc-vondy-amor-dul ce-maria-christopher-uckermann-rbd Acho que gostarão!

  • millamorais_ Postado em 03/12/2015 - 01:09:08

    Ahhhh cara como foi corrido pra mim chegar até aqui mas enfim aqui estou eu, muitas emoções, lágrimas, sorrisos e rã kkk deixa quieto kkkk Amei :*

  • stellabarcelos Postado em 27/11/2015 - 03:48:39

    Impossível não amar essa história! Amei cada segundo! É Hot na medida certa, tem tanto romance, tanto amor... É até difícil explicar! Muito obrigada por adaptar pro meu casal favorito e parabéns! Amei muito!

  • renatinha_ Postado em 27/11/2015 - 01:38:39

    Não sei se comentei aqui antes, mas acompanhei toda a adaptação. Primeiramente parabéns pela coragem. Acredito que quando criamos algo podemos pecar no desenvolvimento, agora dar continuidade é pior...você poderia ser rejeitada pelos leitores e mesmo assim assumiu o risco de finalizou com sucesso essa fics. Sinto agora aquele vazio de final de livro, realmente gostei do seu olhar e carinho nessa história...ser fã dela realmente foi o casamento perfeito. Continue escrevendo e nos avise sobre suas novas fics, faço questão de te acompanhar nesses futuros trabalhso também. Abçs.

  • marimari17 Postado em 26/11/2015 - 23:02:32

    Asas ao meu Deeeeeeeeus PARA TUDO BRASEL LACRAÇÃO TA PASSANDO. como todo vez q vc termina uma fic eu faço um texto esse não vai ser diferente... eu quero primeiramente te agradecer por me mostrar e fazer as melhores fics da minha vida pq MEU SEM OR eu te amo demaaaais! cada sentimento q vc me proporciona eu te agradeço muuuuito! quero agradecer tbm a essa fic lacração pq né Sr. Ukcermann.... falo nada! quero te desejar tudo de bom, uma boa faculdade pq vc passoooooou um feliz Natal e um feliz ano novooo. gosto muito de vc então continue com essas fics &#10084;&#128149;

  • millamorais_ Postado em 26/11/2015 - 21:30:23

    Esse comentário abaixo é meu o/


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais