Fanfic: Uma lição de vida | Tema: Originais

Capitulo 11 – uma descoberta que pode mudar tudo

Naquela tarde, Tyler foi ao médico com sua mãe e assim que chegaram, eles deram o nome de Tyler na recepção e como da outra vez ele logo foi chamado pelo medico.

O medico os acompanhou ate a sala onde Tyler faria a coleta de sangue e quando o exame terminou, os dois voltaram para o consultório do médico.

- o exame fica pronto no máximo em três horas. – falou o medico. – vocês querem esperar ou preferem marcar outro dia para verem o resultado?

 - vamos esperar. – respondeu Elizabeth. – quero saber logo o que o meu filho tem.

- ótimo. – falou o medico. – então assim que eu tiver o resultado chamo vocês de novo. Se quiserem sair ou ir comer alguma coisa podem ir. O Tyler deve estar com fome já que deve estar sem comer desde cedo.

- realmente eu estou com muita fome. – falou Tyler fazendo uma careta e eles riram.

- então eu vou levar ele para comer alguma coisa. – falou Elizabeth se levantando da cadeira do consultório e Tyler começou a se levantar também. – até daqui a pouco.

- até daqui a pouco. - falou o médico e sorriu simpático. Os dois saíram do consultório logo em seguida.

Elizabeth levou Tyler para comer um lanche no shopping que ficava ali perto e voltaram para o hospital algum tempo depois.

Os dois sentaram nas cadeiras da recepção e Tyler ficou jogando joguinho no celular enquanto Elizabeth lia um livro, mas logo foram chamados pelo medico outra vez e o acompanharam até o consultório.

- e então doutor? – perguntou Elizabeth aflita com o resultado e o médico olhou para eles com preocupação. – o que o meu filho tem?

- o que foi doutor? – falou Tyler vendo a reação do médico. - O que eu tenho é grave?

- Tyler no seu exame de sangue apareceu algumas alterações nas plaquetas do seu sangue. – falou o medico.

- e o que isso quer dizer? – perguntou Tyler apesar de já ter entendido que algo estava errado.

- temos que fazer um outro exame para saber o porque dessa alteração. – falou o medico.

- que exame? – perguntou Elizabeth querendo saber mais. – você esta suspeitando de alguma coisa?

- tenho algumas suspeitas, mas não quero precipitar as coisas. - falou o médico. Preciso ter certeza primeiro. Não quero preocupá-los.

- mas eu quero saber. O que você esta achando que eu tenho? – perguntou Tyler o encarando. – me fala.

- Tyler eu acho que você pode estar com leucemia. – falou o médico.

- o que? Leucemia? – perguntou Tyler o olhando e algumas lagrimas já começaram a se formar nos olhos do rapaz.

- é só uma hipótese Tyler. – falou o médico com muita pena do rapaz. – não temos certeza de nada ainda.

- eu não posso ter essa doença. Eu não quero morrer. – falou Tyler se alterando e seus olhos ficaram marejados.

- se acalma Tyler. – falou o médico. – eu disse que não queria falar sem ter certeza olha só como você esta e nem sabemos se é isso mesmo que você tem.

- mas é uma hipótese. – falou Tyler e passou as mãos pelo rosto. – isso não esta acontecendo. Tem que ser um pesadelo.

Depois de dizer isso Tyler se levantou e na mesma hora viu tudo escurecer. E então caiu no chão desacordado.

- Tyler. – gritou Elizabeth se levantando da cadeira com certo desespero e se agachou ao lado do filho. Em seguida, ela começou a dar tapinhas de leve no rosto dele na intenção de acordá-lo, mas isso não aconteceu. – Tyler meu filho acorda.

- vamos levá-lo para um quarto imediatamente. – falou o médico e pegou Tyler no colo. Depois o levou para um quarto vago e o colocou em cima de uma maca.

- o que aconteceu? – perguntou Elizabeth e ela estava muito preocupada com o filho. – o que ele tem? Ele vai ficar bem?

- ele desmaiou. – falou o médico e a olhou. – foi uma noticia forte e ele se alterou muito e por isso deve ter desmaiado. Vamos ter que esperar ele acordar para fazermos o exame necessário e ver porque ele tem aquela alteração no sangue.

Algum tempo depois Tyler acordou e Elizabeth estava sentada em uma cadeira ao lado da cama dele.

- onde eu estou? – perguntou ele olhando ao redor meio desorientado.

- você esta no hospital Tyler. Você desmaiou e o médico te trouxe para ca. – falou Elizabeth e passou a mão no cabelo dele. – se acalma. Vai ficar tudo bem.

- eu vou morrer. – falou Tyler se lembrando do que o médico disse a ele. – eu tenho leucemia.

- Tyler não fala assim ainda nem sabemos se é verdade. É só uma hipótese. – falou Elizabeth e ela estava segurando as lagrimas com muita pena do filho.

- o nosso rapazinho acordou. – falou o médico assim que entrou no quarto e viu Tyler acordado conversando com Elizabeth. – vamos fazer o exame?

- vamos. – falou Tyler concordando. – que exame eu terei que fazer?

- o exame se chama Mielografia e se trata de uma biopsia da sua medula óssea. – falou o medico. – eu vou tirar uma amostra da medula do osso do seu quadril e essa amostra será enviada para analise em laboratório. Quando o resultado estiver pronto, entraremos em contato para marcar uma nova consulta e ver o resultado.

Tyler ouviu atentamente tudo o que o medico disse e depois foi fazer a biopsia com o médico. Nesse tempo de exame, Elizabeth se permitiu chorar diante da situação e pode desabafar um pouco o aperto que estava sentindo no peito.

Quando terminou o exame, Tyler e Elizabeth estavam indo na direção do carro, mas Tyler parou e disse:

- mãe eu posso ir aquele parquinho aqui perto?

- porque quer ir la? – perguntou Elizabeth.

- ele me trás boas lembranças. – falou Tyler e ficou com os olhos marejados. – estou precisando de boas lembranças.

- não fica assim Tyler. – falou Elizabeth e tentava ao máximo segurar as lagrimas. Ela precisava ser forte por Tyler. – você vai ver que quando viermos ver o resultado desse exame não vai dar nada. Vai ser só um alarme falso.

- eu espero que sim. – falou Tyler.

- pode ir ao parquinho sim, mas se você sentir algum mal estar me liga que eu venho te buscar. – falou Elizabeth.

- ta eu ligo sim. – falou Tyler e os dois se abraçaram.

Em seguida, Elizabeth entrou em seu carro enquanto Tyler começou a caminhar na direção do parquinho e assim que chegou perto e começou a olhar os brinquedos, ele começou a chorar outra vez.

- porque isso esta acontecendo comigo? – falava Tyler, mas logo começou a se lembrar de quando era criança e de todas as brincadeiras que ele e Caroline já brincaram naquele parque. Um sorriso surgiu entre as suas lagrimas apesar de ser um sorriso fraco.

- Tyler. – falou alguém se aproximando dele e ele reconheceu imediatamente a voz de Caroline o chamando.

- Caroline. – falou ele secando algumas lagrimas rapidamente e em seguida se virou de frente para ela.

- eu não esperava te encontrar aqui. – falou Caroline. – achei que eu era a única adulta que não tem filhos que vem passear por aqui.

- esse lugar me trás boas lembranças. – falou Tyler e sorriu. – quando eu tinha sete anos, eu brincava com uma garotinha aqui da mesma idade que eu. Viramos grandes amigos e nossos pais também eram amigos. Eu e ela éramos inseparáveis.

Caroline o olhava com os olhos arregalados percebendo a semelhança com a historia dela e de Tyler, seu amigo de infância.

- o que aconteceu com a menina? – perguntou Caroline querendo saber mais.

- eu tive que me mudar para Nova York com a minha família e nunca mais a vi. – falou Tyler e Caroline reparou a correntinha no pescoço dele. Os olhos dela já ficaram marejados. – Caroline o que foi? Seus olhos estão marejados.

- essa correntinha tem algum significado? – perguntou Caroline só para ter certeza de que era ele mesmo.

- foi ela que me deu essa correntinha antes de eu ir embora. – falou Tyler e sorriu. – ela disse que era para eu me lembrar dela quando olhasse para essa correntinha. Ela se chamava Caroline. Igual a você. E era minha vizinha.

- Tyler. – falou ela deixando as lagrimas rolarem e o rapaz ficou confuso com aquela reação até que Caroline pegou a correntinha em seu pescoço e mostrou a ele.

Ele olhou para a correntinha percebendo que era igual a dele e logo entendeu que Caroline era a garotinha que era sua amiga na infância e entendeu a reação dela. E agora os olhos dele também estavam marejados.

- é você. – falou ele deixando as lágrimas rolarem. – você é aquela garotinha que era a minha melhor amiga na infância.

- eu nem acredito que você esta aqui na minha frente de novo. – falou ela e os dois se abraçaram bem forte para matar a saudade de dez anos de distancia. Os dois já tinham se visto antes e passado vários momentos juntos depois desses dez anos, mas ate então não sabiam que eles já tinham sido amigos.

- nossa. – falou Tyler quando eles terminaram o abraço que durou vários minutos. – parece até história de filme.

- pois é. – falou Caroline e os dois se aproximaram de um dos bancos da pracinha onde se sentaram para poderem continuar conversando. – quem diria que íamos nos reencontrar depois de tantos anos.

- e é incrível que mesmo sem saber que já fomos amigos na infância, fizemos amizade de novo e viramos grandes amigos. – falou Tyler sorrindo.

- quando a amizade é verdadeira, nem o tempo e a distancia fazem com que ela acabe. – falou Caroline e sorriu. – eu estou tão feliz de saber que o Tyler que me faz tão bem hoje é o mesmo Tyler que alegrava mais os meus dias a dez anos atrás.

- Eu estou muito feliz. – falou Tyler e durante esse tempo em que estava com Caroline, ele conseguiu esquecer totalmente o que tinha acontecido no hospital a alguns minutos atrás.

Caroline e Tyler ficaram um tempo conversando sobre vários assuntos e Tyler contou a ela como era morar em nova York e também contou varias histórias e aventuras que viveu por la. Caroline também contou algumas histórias que viveu aqui no Brasil nesse tempo e os dois também trocaram facebook e numero de telefone para não perderem nunca mais o contato um com o outro.

No outro dia, Caroline e Tyler foram para o colégio como todos os dias e na saída, tinham combinado de ensaiarem a valsa na casa de Tyler já que ele tinha se oferecido para ensiná-la.

- Tyler. – falou Fernando se aproximando deles junto com Marcela, Heloisa e Victor. – vamos indo?

- vamos sim. – falou Tyler. – Tchau Caroline. Até mais tarde.

- tchau. Até mais tarde. – falou Caroline sorrindo e ele e Fernando se afastaram do colégio indo na direção de um carro e Marcela os seguiu.

- que história é essa de até mais tarde? – perguntou Heloisa sorrindo.

- O Tyler me convidou para ser o par dele no baile. – falou Caroline e sorriu também.

- sério? – perguntou Heloisa.

- é sério. – falou Caroline rindo da reação dela.

- que ótimo. Ficar ouvindo conversinha de menininha. – falou Victor sem muita animação.

- relaxa Victor. Duvido que vocês garotos também não conversam sobre garotas quando estão sozinhos. – falou Heloisa.

- talvez. – falou Victor e eles começaram a andar na direção do caminho para casa, mas continuavam conversando.

- mas voltando ao assunto, você ainda não falou porque o Tyler disse até mais tarde. – falou Heloisa.

- eu falei para o Tyler que não sabia dançar valsa e ele disse que sabia dançar. E ele perguntou se eu queria que ele me ensinasse. – falou Caroline. – ele disse que teve que aprender para dançar na festa de quinze anos da irmã do Fernando que era namorada dele na época. Eu aceitei as aulas e marcamos de nos encontrar na casa dele hoje a tarde para ele me ensinar.

- ai que tudo amiga. – falou Heloisa com empolgação. – que fofos.

- a tenho mais uma novidade. – falou Caroline.

- mais uma? – perguntou Victor.

- lembram do Tyler, aquele meu amigo de infância? – perguntou Caroline a eles.

- lembro. Você já me contou essa história. – falou Heloisa. – você ainda tem a correntinha que representa a amizade de vocês.

- pois é. Eu encontrei ele. – falou Caroline e Heloisa e Victor a olharam surpresos.

- encontrou ele? Como? – perguntou Victor. – ele esta em Nova York.

- não esta mais. O Tyler que é meu amigo agora, é o mesmo Tyler que era meu amigo quando éramos crianças. – falou Caroline.

- ta brincando? – perguntou Heloisa e Caroline disse que não. – o Tyler é o Tyler da infância?

- isso ai. – falou Caroline. – parece que era mesmo para a gente ser amigos.

- mais que amigos. – falou Heloisa e ela riu. – que bom que encontrou ele amiga.

- também estou muito feliz. – falou Caroline sorrindo.

Tyler chegou em casa junto com Marcela e os dois jogaram as mochilas em cima do sofá e correram até a mesa para almoçarem junto com os pais.

- e ai como foi a escola hoje? – perguntou Elizabeth.

- as aulas foram um tédio como sempre. - falou Marcela enquanto colocava arroz em seu prato.

- foi normal. – falou Tyler terminando de colocar a salada em seu prato. – uma amiga do colégio vai vir aqui em casa hoje. Precisamos aprender a dançar valsa para o baile de boas vindas do colégio e como ela não sabe dançar eu vou ensiná-la.

- que legal já fez amizades no colégio. – falou Elizabeth sorrindo.

- é fiz. Mas não vão acreditar quando eu contar quem é ela. – falou Tyler.

- quem é? – perguntou Elizabeth com curiosidade.

- Caroline Maldonado. – falou Tyler e todos na mesa o olharam com surpresa.

- você a encontrou. – falou Elizabeth e sorriu.

- então era ela mesmo. – falou Marcela e sorriu.

- era. Mas quando a conheci, não sabíamos disso. E mesmo assim viramos amigos. – falou Tyler com empolgação. – descobrimos ontem que já tínhamos sido amigos na infância.

- isso é muito legal Tyler. – falou Elizabeth.

- e você Marcela? – perguntou André olhando para a filha. – vai dançar valsa com quem?

- estou esperando alguém me convidar. – falou Marcela. – mas por enquanto não recebi nenhum convite.

- vai receber. – falou André e sorriu. – só quero que ele te respeite.

Caroline chegou em casa e também contou a mãe dela que tinha reencontrado o seu amigo de infância e contou como tudo aconteceu. E também contou que ia ensaiar a valsa na casa dele.

Algum tempo depois, Caroline chegou à casa de Tyler e tocou a campainha. A porta logo foi aberta por Tyler e ela sorriu quando o viu.

- Caroline. Oi.  – falou Tyler e sorriu.

- oi Tyler. – falou Caroline ainda sorrindo.

- entra. – falou Tyler e deu espaço para que ela entrasse.

- obrigada. – falou ela e entrou na casa.

- quem era Tyler? – perguntou Elizabeth entrando na sala.

- mãe essa é a Caroline. – falou Tyler e apontou para a amiga ao lado dele.

-a famosa Caroline. Que bom finalmente poder conhecê-la. – falou Elizabeth sorrindo e foi na direção de Caroline abraçando-a em seguida. – seja bem vinda a nossa casa.

- obrigada. – falou Caroline e sorriu.

- Caroline essa é a minha mãe. Elizabeth. – falou Tyler. – mas acho que você lembra dela.

- Lembro sim. ela não mudou muito. É muito bom te rever senhora Elizabeth. – falou Caroline.

- a não. Senhora não. Me chame só de Elizabeth. Faz eu me sentir mais jovem. – falou Elizabeth e eles riram.

- Porque você disse a famosa Caroline? – perguntou Caroline.

- o Tyler falou muito de você. Tipo, ele falou de você o tempo todo desde que te conheceu. – falou Elizabeth.

- não exagera mãe. – falou Tyler corando e Caroline riu.

- é a verdade. – falou Elizabeth e riu da reação do filho.

- bom nós temos uma aula. Vamos estar la no meu quarto. – falou Tyler para mudar de assunto e era notável que ele estava bem constrangido.

- tudo bem. Comportem-se. – falou Elizabeth e os dois foram para o quarto de Tyler.

Quando entraram no cômodo, Caroline viu que o quarto dele era diferente do quarto de outros rapazes da idade dele.

- seu quarto é bem bonito. – falou Caroline olhando para o quarto super arrumado de Tyler. – ele é arrumadinho. Geralmente garotos tem os piores quartos do mundo. Cheios de bagunça, roupa e comida jogada para todos os lados.

- eu sempre gostei de tudo organizadinho. – falou Tyler. – alguns garotos do colégio achavam que eu era gay.

- mas um quarto organizado é sempre melhor. – falou Caroline.

- com certeza. – falou Tyler. – vamos começar?

- vamos sim. – falou Caroline e Tyler começou a explicar para ela os passos enquanto os dois tentavam dançar devagar.

Caroline acabou pisando no pé de Tyler sem querer e ficou super envergonhada. Seu rosto ficou vermelho.

- desculpa. Eu sou uma desastrada. – falou ela rindo super constrangida.

- não tem problema. – falou Tyler rindo. – eu conhecia os riscos.

- você é tão legal. – falou Caroline e sorriu.

- eu tento ser. – falou ele sorrindo também. – ta vamos de novo.

- tem certeza? – perguntou Caroline.

- meus pés aguentam mais umas pisadas. – falou Tyler e os dois riram mais uma vez. E em seguida, eles repassaram os passos que Tyler tinha ensinado a ela e apesar de ainda estar meio insegura, ela melhorava a cada nova tentativa.

- esta aprendendo. – falou Tyler para ela depois de várias tentativas.

- pois é. Achei que seria impossível. – falou Caroline.

- o professor é bom né. – falou Tyler e eles riram.

- convencido. – falou ela e eles ficaram se olhando por uns instantes, mas o olhar foi interrompido com a mãe de Tyler o chamando na cozinha. Ela queria que os dois fossem tomar café da tarde. E eles foram.

Mais alguns dias se passaram e chegou o dia de Tyler ver o resultado da biopsia e saber a verdade.

Assim que entraram no consultório, os dois sentaram nas cadeiras em frente a mesa do medico e o olharam aflitos. Ele segurava o papel com o resultado do exame.

- bom dia. – falou o médico e forçou um sorriso.

- bom dia. – falaram Elizabeth e Tyler ao mesmo tempo.

- Tyler as noticias não são boas. – falou o médico e olhou para Tyler com tristeza. – realmente você tem leucemia.

- não. – falou Tyler e as lágrimas já começaram a escorrer por seu rosto dando inicio a um choro desesperado. – eu não posso estar com essa doença isso tem que ser mentira. Eu devo estar em um pesadelo.

- calma Tyler. – falou Elizabeth com os olhos marejados e abraçou o filho.

- eu sinto muito. – falou o médico.

- me diz que isso é mentira doutor. – pediu Tyler chorando muito e se soltou dos braços da mãe para olhar para o médico novamente.

- eu queria poder te dizer isso Tyler, mas é verdade. – falou o médico e entregou o exame para Tyler. – eu sinto muito mesmo.

- eu vou pegar uma água para você – falou Elizabeth se levantando da cadeira e foi até o filtro onde pegou água para Tyler. As mãos do rapaz estavam tremulas devido ao nervosismo e Elizabeth voltou a sentar em sua cadeira.

- Eu não quero morrer. Sou muito novo para morrer. – falava Tyler.

- Tyler se acalma. Bebe um pouco dessa água. – falou Elizabeth e deu o copo com água para Tyler. Ele bebeu e se acalmou um pouco, apesar de ainda estar nervoso com a noticia.

- quanto tempo eu tenho de vida doutor? – perguntou Tyler.

- Tyler não fala assim. – falou Elizabeth o olhando. – você não vai morrer.

- Leucemia mata. – falou Tyler.

- tem tratamento. –falou Elizabeth e olhou para o médico. – não é verdade doutor Maldonado? Ele pode fazer a quimioterapia não é?

- O caso do Tyler é delicado. – falou o médico. - A doença esta em um estado avançado e os medicamentos não fazem efeito.

- nem quimioterapia? – perguntou Elizabeth.

- nem a quimioterapia. – falou o médico.

- quanto tempo? – perguntou Tyler novamente.

- o seu problema pode ser resolvido com um transplante de medula óssea Tyler. – falou o médico.

- então eu não vou morrer? – perguntou Tyler.

- infelizmente no seu caso a doença já esta em estado um pouco avançado como eu já disse. Se não encontrarmos logo um doador você não vai sobreviver mais que um ano. – falou o medico.

- um ano. Só me resta um ano. – falou Tyler e começou a chorar de novo. Elizabeth o abraçou novamente.

Depois da consulta, Elizabeth levou Tyler para casa e assim que entraram na casa André os esperava na sala junto com Marcela e os dois estavam aflitos. Os olhos de Tyler estavam vermelhos de tanto chorar.

- e então? Qual foi o diagnostico? – perguntou André preocupado e já sabia que não era nada bom devido aos olhos vermelhos de Tyler.

-o Tyler tem mesmo leucemia. – falou Elizabeth e Marcela ficou com os olhos marejados.

- eu sinto muito filho. – falou André Albuquerque e abraçou o filho.

- Ele vai fazer tratamento não é mãe? – perguntou Marcela e agora ela estava com um medo enorme de perder seu irmão gêmeo.

- não. – falou Elizabeth e André olhou para ela surpreso quando terminou o abraço com Tyler.

- porque não? – perguntou André sem entender. – Tyler você não esta se recusando a fazer o tratamento pelo fato de que vai ficar careca, esta?

- claro que não. – falou Tyler. – ia ser péssimo ficar assim, mas eu quero viver. Esse não é o problema.

- a doença esta em estado avançado. – falou Elizabeth. – a única maneira de salvar a vida do Tyler é fazer um transplante de medula óssea.

- então vamos achar um doador. –falou Marcela. – não vamos desistir.

- temos que encontrar um doador urgente. – falou Elizabeth. – se não o Tyler não vivera mais que um ano.

- um ano? – falou André. – é muito pouco tempo. Achar um doador compatível pode demorar.

- eu vou morrer. Só tenho um ano para viver uma vida toda. – falou Tyler e já estava chorando de novo. – eu sonhava em me formar na faculdade, me casar, ter filhos e formar uma linda família feliz. E envelhecer ao lado da mulher amada.

- Tyler você vai fazer tudo isso. – falou Elizabeth e ela estava com algumas lagrimas escorrendo por seu rosto.

- eu e o Tyler somos gêmeos. – falou Marcela e todos olharam para a moça que parecia preocupada. – se ele tem leucemia, será que eu corro o risco de ter também?

- não. – falou Tyler se recusando a aceitar isso. – você não pode ter isso também. Já é sofrimento o bastante eu estar morrendo disso. Não é justo.

- Tyler depois que você saiu do consultório eu perguntei ao médico se teria algum risco de a Marcela ter isso também. – falou Elizabeth e agora todos olharam para ela. – ele disse que quando um irmão gêmeo tem câncer, as chances de o outro irmão ter também aumentam bastante, mas pode ser que não aconteça.

- eu quero fazer os exames. – falou Marcela. – eu quero saber se tenho alguma coisa.

- vamos levar você ao medico. E já aproveitamos para fazer os testes e ver se somos compatíveis para ser o doador do Tyler. – falou Elizabeth.

Marcela concordou e depois de muita choradeira Tyler foi para o quarto dele.

E la começou a pensar em Caroline. Nos bons momentos que tinha vivido com ela no acampamento, mas logo ele se lembrava novamente da doença e as lagrimas voltavam a cair de seus olhos.

Quando deu a hora do jantar, Tyler ouviu Elizabeth o chamando para ir comer, mas ele estava sem fome e sem vontade de sair do quarto para fazer qualquer coisa.

- Tyler vem jantar. – ele ouviu Elizabeth falando agora bem perto do quarto dele e logo ela abriu a porta entrando no cômodo em seguida.

- eu estou sem fome. – falou Tyler olhando na direção dela.

- Tyler você precisa se alimentar. – falou Elizabeth.

- para ficar forte, crescer e ter uma vida saudável? – perguntou Tyler. – eu não tenho mais essa ultima alternativa.

- Tyler não fala assim. Nós vamos enfrentar isso juntos e você vai ficar bom. – falou Elizabeth.

- seja realista. Eu vou morrer em um ano. – falou Tyler deixando algumas lagrimas rolarem e Elizabeth estava com muita pena do filho. Tudo o que ela queria era poder ajudá-lo de alguma maneira.

- não você não vai. – falou Elizabeth segurando as lagrimas. – você não vai morrer Tyler. Eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance, vou gastar até meu ultimo centavo para tentar achar uma cura para você.

Ao terminar de dizer isso Elizabeth já estava chorando e Tyler a abraçou forte.

- eu estou desesperado. – falou Tyler chorando muito. – estou com muito medo.

- vai ficar tudo bem. – falou Elizabeth acariciando o cabelo de Tyler ainda abraçada com ele. Eles ficaram abraçados por mais alguns segundos antes de terminarem o abraço.

- agora me fala você encontrou a Caroline no colégio hoje? – perguntou Elizabeth secando as lagrimas.

- encontrei. – falou Tyler com um olhar triste.

- o que foi? Não gostou de reencontrá-la? – perguntou Elizabeth ao ver a reação de Tyler. – você gosta tanto dela.

- é claro que gostei de encontrar a Caroline. – falou Tyler. – mas, eu estou apaixonado por ela e não posso dizer a ela o que sinto. Se ela sentir o mesmo e começarmos a namorar, ela vai sofrer mais ainda quando eu partir.

- você vai contar para ela sobre a doença? – falou Elizabeth.

- eu não quero que ela sofra sabendo da minha doença. – falou Tyler com os olhos marejados outra vez. – não quero que ela se acostume a me ter por perto porque eu não vou ficar por muito tempo.

- a escolha é sua, mas acho que você devia contar a ela. Ela merece ter o direito de decidir se quer ficar ao seu lado ou se afastar. – falou Elizabeth. – mas você decide. Vou aceitar a sua decisão. Vamos jantar?

- eu estou sem fome. – falou Tyler. – é sério.

- come pelo menos um pouquinho Tyler. – falou Elizabeth.

- ta bom. – falou Tyler se convencendo de que mesmo sem fome ele precisava se alimentar e então ele foi para a cozinha junto com Elizabeth.

Ao chegarem na cozinha, eles encontraram André e Marcela já sentados a mesa a espera deles e logo eles sentaram a mesa também.

- e então como esta se sentindo Tyler? – perguntou André.

- no momento eu estou bem, mas não consigo parar de pensar na doença. – falou Tyler. – e estou sem fome nenhuma. Deve ser algum novo sintoma.

- deve mesmo. – falou Marcela e resolveu fazer uma brincadeira para descontrair um pouco. – você sempre esta com fome.

- é verdade. – falou Tyler e sorriu.

- ai pelo menos um sorrisinho. – falou Elizabeth.

Eles se serviram e começaram a jantar e Tyler comeu um pouco, mas logo sentiu um enjôo e fez cara feia ao mesmo tempo que levou a mão a boca.

- Tyler esta tudo bem? – perguntou Elizabeth vendo a reação de Tyler.

- não. – falou Tyler e levantou da mesa rapidamente correndo na direção do banheiro logo em seguida.

Alguns segundos depois ele voltou para a cozinha com algumas lagrimas nos olhos.

- Tyler o que foi? – perguntou Elizabeth preocupada e todos ali também pareciam bem preocupados. – o que aconteceu?

- foi um enjoo. – falou Tyler e riu. – agora vou ficar sentindo enjoo igual mulher grávida.

- que humor negro Tyler. – falou Elizabeth. – esta se sentindo melhor?

- depois de jogar todo o meu jantar fora, estou me sentindo melhor. – falou Tyler.

- eu sinto muito. – falou Elizabeth se levantando da mesa e em seguida abraçou Tyler.

Marcela estava com os olhos marejados.

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Mais um capitulo postado e dessa vez com muitas revelações hein.

Finalmente Tyler e Caroline descobriram que são amigos de infancia.

E tambem estão apaixonados um pelo outro, mas agora Tyler descobriu que esta doente. Será que ele vai ficar bem?

Como será que Caroline vai reagir quando descobrir sobre isso?

Vamos ver o que acontecerá nos proximos capitulos. rsrsrsrs. Comentem o que estão achando da história :D Beijinhos