Fanfic: Uma lição de vida | Tema: Originais

Capitulo 19 – Pena de si mesmo

Na casa de campo, agora todos estavam sentados nas cadeiras na área da casa confusos com tudo o que tinham acabado de ver e não demorou muito para que o interrogatório direcionado a Marcela começasse.

-Marcela o que esta acontecendo? – perguntou Heloisa com preocupação. – Porque o Tyler estava naquela cadeira de rodas?

- é o que ele tem? – perguntou Victor que já considerava Tyler um grande amigo e agora futuro cunhado também.

- O Tyler esta doente. – respondeu Marcela e olhou na direção de Fernando meio na duvida se ele já estava sabendo ou não. - o Tyler tem leucemia.

- Leucemia? – perguntou Victor arregalando os olhos. – mas isso é muito grave.

- eu sei. – falou Marcela ficando com os olhos marejados. - eu não quero perder o meu irmãozinho.

- mas ele pode fazer tratamento né? – perguntou Heloisa. – ele estava com aquela touca. Imagino que já começou.

- ele não pode fazer tratamento. Os medicamentos não fazem mais efeito porque a doença esta em estado avançado. – falou Marcela. – a única maneira de salvar a vida do Tyler é com um transplante de medula óssea, mas se ele não fizer esse transplante ele não vivera mais que um ano.

- que horror. – falou Heloisa ficando com os olhos marejados também. – isso não podia acontecer. O Tyler é uma pessoa incrível.

- pois é. – falou Marcela e Nathaniel a abraçou de lado a fim de consolá-la.

-porque não nos contou? – perguntou Heloisa. – porque ficou encarando isso sozinha?

- o Tyler não queria que ninguém soubesse. – falou Marcela. – principalmente a Caroline. Ele não queria que ela sofresse sabendo que ele esta doente. A intenção dele era até se afastar dela, mas depois de tudo o que eles viveram la no acampamento foi meio impossível.

- ele só contou para mim porque precisava de alguém para poder desabafar. – falou Fernando revelando aos amigos que ele já sabia. – alguém que não fosse da família. Eu queria tanto poder ajudá-lo.

- vamos todos fazer os testes e ver se somos compatíveis. –falou Nathaniel.

- só maiores de dezoito podem ser doadores. – falou Marcela. – eu queria fazer o teste, pois sendo a gêmea dele posso ter mais chances de ser compatível. Mas só posso doar daqui um ano e ate la ele estará morto.

- vocês são gêmeos? –falou Nathaniel pensando em uma possibilidade e Marcela assentiu. – Marcela não tem perigo de você ter isso também, tem?

- quando um gêmeo tem câncer as chances de o outro gêmeo ter também são grandes, mas eu fiz o exame e esta tudo bem comigo. – falou Marcela. – eu não tenho nada.

- então era esse o exame que você foi fazer aquele dia. – falou Heloisa e Marcela assentiu.

- coitada da Caroline. – falou Victor. – ela deve estar sofrendo muito com isso. Ela ama muito o Tyler.

Elizabeth e André chegaram a casa de praia com Caroline que já estava com os olhos inchados e o rosto vermelho de tanto chorar. Ela estava apoiada em Elizabeth e todos ficaram assustados quando a viram naquele estado.

- Caroline o que aconteceu? – perguntou Victor a olhando preocupado.

- eu perdi o Tyler. – falava ela entre o choro.

- como assim perdeu o Tyler? – perguntou Marcela com medo de qual seria a resposta de Caroline.

- Tia Liz, tio André cadê o Tyler? –perguntou Fernando. Desde pequeno, ele tinha acostumado a chamar os pais de Tyler de tio e tia e Tyler também chamava os pais do amigo da mesma maneira.

- ele fugiu. – falou Elizabeth. – ele pediu para a Caroline ligar para alguém ir buscá-los e quando ela entrou no posto de gasolina para fazer a ligação o Tyler fugiu.

- porque ele fez isso comigo? –perguntou Caroline e Heloisa e Marcela abraçaram a amiga também chorando.

- temos que encontrá-lo. – falou Fernando. – na situação dele é perigoso ficar andando por ai. Ele parecia estar fraco sentado naquela cadeira.

- ele esta. – falou Elizabeth. – ligamos para a policia e eles estão procurando ele pela cidade.

- ai galera eu acho que acabou o clima para diversão. – falou Victor. – assim que o Tyler aparecer é melhor voltarmos para casa.

- também acho. – concordou Nathaniel.

A policia continuava a busca por Tyler e quando já eram seis horas, eles encontraram Tyler caído no meio da rua e um dos policiais já foi verificar a pulsação e respiração para ver se ele ainda estava vivo.

- ele esta respirando lentamente. – falou o policial para o ajudante. – precisamos de uma ambulância agora. Ele precisa de atendimento médico urgente.

Sendo assim, o outro policial ligou para uma ambulância e logo Tyler estava sendo removido dali e sendo colocado na ambulância.

Na casa de praia, todos estavam reunidos na sala aflitos com a demora por noticias e Caroline tinha parado de chorar, mas a tristeza não passava de jeito nenhum.

- eu preciso de noticias. – falava ela. – eu preciso saber se ele esta bem.

- logo nós vamos ter noticias. – falou Fernando a olhando com muita pena. – o Tyler é um cara forte. Ele vai aparecer logo e vai estar muito bem.

- eu espero que você esteja certo Fernando. -falou Elizabeth e o celular dela começou a tocar. Ela atendeu já no segundo toque e logo descobriu que era uma ligação do hospital para onde tinham levado Tyler.

- a senhora é parente de Tyler Albuquerque? – perguntou o medico no outro lado da linha.

- sim. Eu sou a mãe dele. – falou ela. – onde meu filho esta? Já o encontraram?

- eu sou do hospital aqui da cidade e alguns policiais trouxeram o seu filho desacordado para ca. – falou o medico.

- ele esta bem? –perguntou Elizabeth. – como esta o meu filho? Ele esta machucado?

- aparentemente não tinha nenhum ferimento, mas estamos examinando o rapaz. – falou o medico.

- tudo bem. Eu estou indo para ai. – falou Elizabeth e desligou o telefone.

- encontraram ele? – perguntou Caroline agora esperançosa.

- encontraram. – falou Elizabeth. - ele esta em um hospital. Os policiais o encontraram desacordado e o levaram para la. Ele esta passando por exames.

- eu preciso falar com ele. – falou Caroline se levantando do sofá.

- eu e o André vamos para o hospital. – falou Elizabeth e André concordou. – vem com a gente.

- ta, tudo bem. – concordou Caroline.

- eu quero ir também. – falou Marcela se levantando do sofá e Fernando logo se colocou ao lado dela falando que ia também.

Os cinco foram para o hospital no carro de André e assim que chegaram la, Caroline correu ate a recepção e já perguntou se era naquele hospital que estava Tyler. A recepcionista confirmou.

Eles sentaram na recepção para esperarem algum medico aparecer por ali e quando isso aconteceu, Elizabeth correu ate ele para saber noticias.

- boa noite doutor. – falou ela. – eu sou Elizabeth Albuquerque.

- a mãe do Tyler. –falou o medico.

- isso. – falou ela. – eu preciso saber noticias do meu filho. Como ele esta?

- o Tyler não devia ter saído andando por ai sozinho no estado que ele se encontra, mas por sorte foi só um desmaio que não causou maiores danos. – falou o medido. – ele precisa se cuidar e repousar ate se recuperar totalmente dessa crise que ele teve devido a sua doença.

- podemos vê-lo? – perguntou Elizabeth.

- podem sim, mas preciso que entrem de dois em dois. – falou o medico.

- tudo bem. – falou Elizabeth. – podemos ir eu e o André e depois entram a Marcela e o Fernando. Depois a Caroline pode entrar sozinha. Eles tem muito que conversar.

- com certeza. – falou Caroline e Elizabeth entrou para ver Tyler junto com André, mas o rapaz estava dormindo. E quando Marcela e Fernando entraram para vê-lo, ele continuava dormindo.

Quando Caroline entrou no quarto, ela já entrou com os olhos marejados e foi se aproximando da cama lentamente. Em seguida, ela sentou em uma cadeira que tinha ao lado da cama dele e segurou a mão do rapaz.

- seu teimoso. – falou ela e passou a mão que estava livre pela testa do rapaz fazendo um breve carinho. – nos deu o maior susto. Você tem que ficar bem Tyler. Todos nós te amamos muito.

- Caroline. – falou Tyler abrindo os olhos lentamente e quando a viu, ele sorriu. –oi.

- oi. – falou ela e deu um sorriso entre lagrimas.

- desculpa ter deixado você sozinha la. – falou Tyler. – mas eu precisava ir.

- Tyler eu já falei que você não vai sair da minha vida assim. – falou Caroline. – eu não vou te abandonar porque descobri que você esta doente. Se você esta achando que vai ser um peso para mim acredite você não é.

- você é muito especial. – falou Tyler.

- garotas sem coração teriam feito isso. – falou Caroline. – eu não.

- se eu chegar a fazer o transplante vou ficar careca e feio. – falou Tyler.

- você não ficaria feio nem que quisesse. –falou Caroline e ele sorriu fazendo com que ela sorrisse também. –você vai sair dessa Tyler. E nos vamos ser muito felizes juntos.

- tomara. – falou Tyler e ela deu um selinho nele.

- te amo. – falou Caroline.

- eu também te amo Caroline. – falou Tyler sorrindo.

- você fica bem melhor sorrindo. – falou ela com um sorriso e o sorriso dele pareceu se alargar mais ainda.

Tyler passou a noite no hospital e no outro dia, de manhã, ele recebeu alta.

Os pais dele, Marcela e Caroline o esperavam na recepção do hospital e logo viram Tyler em uma cadeira de rodas sendo empurrado por uma enfermeira na direção deles.

- Tyler. – falou Caroline sorrindo e correu ate ele que se levantou da cadeira e a abraçou.

- oi linda. – falou ele com um sorriso.

- oi lindo. – falou ela enquanto os dois terminaram o abraço e eles se olharam sorrindo um para o outro.

Elizabeth sorriu ao ver os dois juntos e naquele momento ela já pode perceber que Caroline ajudaria muito o Tyler nessa fase difícil da vida dele.

- Tyler volta para a cadeira. – falou André e ele o olhou.

- para que pai? – perguntou Tyler. Ele não os cumprimentou porque já tinha visto a família mais cedo enquanto se arrumava para ir embora. – eu posso caminhar.

- é você pode caminhar, mas é melhor não abusar. – falou André.

- mas eu já descansei um dia todo preso aqui. – falou Tyler. – eu odeio hospitais.

- um futuro médico que odeia hospitais? – perguntou Caroline e o olhou com um sorriso divertido. – parece que temos um problema.

- eu não gosto de ser o paciente. – falou Tyler com uma careta e eles riram enquanto ele voltava para a cadeira.

André empurrou a cadeira de Tyler até o carro e só quando já estavam perto é que Tyler foi autorizado a levantar da cadeira para entrar no veiculo.

Eles voltaram para casa no mesmo dia e assim que chegaram em casa, Tyler foi direto para o seu quarto.

No quarto, ele viu um papel em cima da sua mesa de computador que ele logo percebeu que era o papel com o resultado de seu exame e então o pegou. E então ele encarou o resultado de seu exame outra vez e não demorou muito para que novas lagrimas começassem a escorrer por seu rosto e ele começasse a se questionar o porque de isso estar acontecendo com ele.

Tyler passou o dia todo no quarto deitado na cama já que tinham recomendado repouso a ele e ao julgar por seus olhos vermelhos e inchados, ele passou boa parte do dia chorando.

Quando Elizabeth o chamou para jantar, ele disse que estava sem fome, mas acabou cedendo depois de ela o chamar mais algumas vezes. Ele não comeu muito, mas pelo menos comeu alguma coisa.

Elizabeth o olhava com preocupação já que ele passou o jantar todo extremamente quieto. Nem parecia o Tyler alegre que todos conheciam.

- Tyler você esta bem? – perguntou Elizabeth apesar de já saber qual seria a resposta dele.

- eu não estou bem e nunca mais ficarei bem. – falou Tyler e depois de dizer isso ele se levantou da mesa e correu na direção da escada. Ele subiu os degraus com rapidez e assim que chegou ao quarto ele se jogou na cama outra vez.

Seu celular começou a tocar e ele ignorou a ligação sem nem ver quem estava ligando. 

O telefone tocou uma segunda vez e dessa vez ele olhou quem estava ligando. Era Caroline, mas mesmo assim ele não atendeu.

Não demorou muito para que o celular desse o seu toque de mensagem e Tyler viu que Caroline tinha enviado a uma mensagem preocupada para ele.

Tyler você esta bem? Eu te liguei, mas você não esta atendendo. Estou preocupada com você. Te amo.

Ele ignorou a mensagem, mas quando ia colocar o celular de lado disposto a não responder ele tocou de novo indicando que ela tinha mandado outra mensagem.

Será que você não quer falar comigo? Por favor, Tyler, não me ignore. Eu sei que você acha que se afastando de mim estará diminuindo a minha dor, mas não esta. Se não tem mesmo como evitar o pior eu quero aproveitar enquanto ainda tenho você aqui. Por favor não saia da minha vida assim.

Quando terminou de ler, Tyler já estava chorando outra vez desesperado e pensando em como era injusto isso acontecer com ele.

Caroline estava em sua casa, deitada em sua cama com um olhar triste direcionado ao celular e não demorou muito para que ela também começasse a chorar.

Laura escutou a filha chorar quando passou perto da porta e entrou no quarto para saber o que estava acontecendo.

- eu sabia que tinha acontecido alguma coisa. – falou ela enquanto se aproximava da cama e Caroline a olhou sem esconder as lagrimas. - Eu percebo quando você esta triste só pelo seu olhar Caroline.

Ela se sentou na beirada da cama e começou a acariciar os cabelos da filha.

- me conta o que aconteceu. – falou ela.

Caroline sentou na cama ao lado de sua mãe e disse:

- eu conheci uma pessoa no acampamento. Tyler Albuquerque. Ele é lindo, carinhoso, divertido, fofo. Acabei me apaixonando por ele sem nem perceber. E ele também se apaixonou por mim. Estamos namorando.

Ela deu um sorrisinho e depois começou a chorar de novo.

- O Tyler é um amor de pessoa. – falou Laura forçando um sorriso já que ela já conseguia imaginar o motivo das lagrimas da filha. - mas isso não é bom? Se vocês se amam porque você esta chorando?

- eu estou muito feliz de estar com ele, mas o Tyler não vai ficar muito tempo comigo. – falou Caroline.

- eu não estou entendendo. – falou Laura apesar de entender tudo.

- o Tyler descobriu que tem leucemia e os médicos não deram mais que um ano de vida para ele. – falou Caroline. – eu sei que se ele fizer um transplante ele pode se curar, mas e se não conseguirmos um doador? Ele vai morrer.

- o minha filha vem ca. – falou Laura e abraçou a filha. – se ainda tem uma chance nunca perca as esperanças.

- eu estou tentando. Mas esta difícil. – falou Caroline.

- Eu sei que é difícil, mas enquanto houver uma chance, não devemos perder as esperanças. – falou Laura e percebeu que Caroline precisava saber que ele era paciente de Bernardo.

- Eu o amo muito. – falou Caroline.

- ele é paciente do seu pai. – falou Laura e Caroline a olhou surpresa.

- Porque não me contaram? – perguntou Caroline. – ta, isso não teria mudado o que eu sinto por ele, mas eu merecia saber.

-não contamos porque foi um pedido do Tyler. – falou Laura a olhando com pena. – Naquele dia em que o Tyler passou mal no colégio, ele pediu que seu pai não te contasse. Seu pai precisava respeitar a decisão dele.

- eu entendo. – falou Caroline e deu um sorrisinho. – mãe o Tyler não quer falar comigo.

- porque não? – perguntou Laura.

- ele acha que será um peso para mim e que vai me fazer sofrer por causa das crises que ele terá durante a doença e ainda diz que vai ficar feio e careca quando fizer o transplante caso aconteça. – falou Caroline. – e ele disse que queria se afastar de mim para não me fazer sofrer quando ele morrer. Eu não consigo colocar na cabeça dele que o meu sofrimento vai ser inevitável. Se ele morrer, eu vou sofrer e se ele se afastar eu também vou sofrer. Eu o amo.

- eu sinto muito Caroline. – falou Laura. – mas o Tyler também te ama. Ele deve estar muito abalado com o que esta acontecendo, mas ele vai acabar percebendo que o melhor é aproveitar o tempo que resta. É só uma questão de tempo.

- eu espero que você esteja certa. – falou Caroline.

- eu queria poder ajudá-lo. Eu posso ser doadora? – perguntou Caroline e olhou para a mãe esperançosa.

- infelizmente não. – falou Laura. – para doar você teria que ter dezoito anos.

- e o que a gente pode fazer para encontrar um doador compatível? – perguntou Caroline.

- vocês podiam usar as redes sociais. – falou Laura pensando no assunto. – Muitas pessoas usam as redes sociais hoje em dia. Seria a melhor forma de pedir ajuda ao maior numero de pessoas possíveis em menos tempo. Assim as pessoas vão ver que ele esta precisando e com certeza vão aparecer pessoas dispostas a ajudá-lo.

- é uma boa ideia. – falou Caroline e deu um sorrisinho. – eu não vou desistir do Tyler sem lutar. Ele vai vencer essa doença.

- é assim que se fala filha. – falou Caroline e sorriu. – nós vamos ajudar o Tyler a passar por isso.

No outro dia, Tyler não foi para o colégio e Caroline só ficava olhando na direção do portão preocupada enquanto estava sentada em um banco com os amigos. Marcela tinha acabado de chegar e também estava com eles o que só dava mais certeza de que Tyler não viria.

- eu estou muito preocupada com o Tyler. – falou Caroline. – porque ele não veio para o colégio?

- ele se trancou no quarto e não quer comer. – falou Marcela que estava de mãos dadas com Nathaniel que estava sentado ao lado dela. – Eu também estou super preocupada. Minha mãe o convenceu a comer ontem, mas ele comeu muito pouco.

- Eu tentei ligar para ele, mas ele não atende o telefone. – falou Caroline para ela. – ele também esta ignorando as minhas mensagens.

- ele não quer falar com ninguém. – falou Marcela. – mal esta falando com os familiares. Os amigos de Nova York vieram visitá-lo e ele não quis recebê-los.

- nem comigo ele quis falar. – falou Fernando com uma carinha triste. – eu também tentei ligar.

- o Tyler nunca se recusou a falar com você. – falou Marcela.

- o Tyler deve estar sofrendo muito. – falou Victor. – a reação dele é até bem apropriada na verdade. Só não podemos deixar que continue assim.

- eu vou ir vê-lo hoje. – falou Caroline. – e eu só saio daquela casa depois que falar com ele. Nem que eu tenha que arrombar a porta do quarto dele.

- eu ajudo. – falou Marcela e ela deu um sorrisinho.

- oi gente. –falou Rebekah que eles nem viram que tinha se aproximado delas e ela os olhava com preocupação. Nem parecia a Rebekah chata e mal humorada do acampamento.

- oi. – eles falaram todos quase ao mesmo tempo e é lógico que todos estranharam o fato de a moça estar parecendo preocupada e fazendo parecer que ela tem um coração afinal.

- eu ouvi o Victor dizer que o Tyler esta sofrendo. – falou Rebekah.

- você sabe meu nome? – perguntou Victor parecendo surpreso.

- é claro que eu sei. – falou ela e não deu uma patada nele como de costume. – o que ele tem? Porque o Tyler esta sofrendo?

- o Tyler esta doente. – falou Caroline já ficando com os olhos marejados e Rebekah já pode perceber que era grave. – eu não consigo falar. Se ela ama tanto o Tyler como diz, sei como ela vai se sentir.

- e você se preocupa? –perguntou Nathaniel.

- eu tenho um coração Nathaniel. – falou Caroline.

- ele tem leucemia Rebekah. – respondeu Fernando e ela o olhou surpresa.

-o que? Leucemia? – perguntou ela só para confirmar que tinha ouvido bem e Fernando assentiu. – ele vai morrer?

- as chances dele são poucas. – respondeu Fernando. – a doença esta em estado avançado e a única maneira de salvar a vida dele é fazendo um transplante de medula óssea.

- e se ele não encontrar um doador e não fizer o transplante, ele só terá mais um ano de vida. - falou Marcela com os olhos marejados.

- o Tyler não pode morrer. – falou Rebekah e deixou as lagrimas rolarem. – ele é uma pessoa tão boa. É simpático com todo mundo e super alegre e alto astral. Isso não é justo.

- não podemos desistir sem lutar. – falou Caroline e todos a olharam. – minha mãe me deu uma ideia que realmente pode funcionar.

- que ideia? – perguntou Rebekah interessada.

- nos não podemos doar porque somos menores de idade. – falou Caroline. – os pais dele fizeram o teste e não são compatíveis. Precisamos achar um doador e a maneira de fazer esse pedido chegar ao maior numero de pessoas possíveis em menor tempo é usando as redes sociais. Se todo mundo compartilhar e pedir para os amigos compartilharem, muita gente vai ficar sabendo que ele precisa de ajuda.

- pode dar certo. – concordou Rebekah. – vamos fazer isso.

- é vamos ajudar o Tyler a sair dessa. - falou Victor.

- ele vai conseguir. – falou Marcela e deu um sorriso entre lagrimas.

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e ai esta mais um capitulo. :D 

Será que Tyler vai ficar muito tempo se recusando a falar com as pessoas? e a ideia para conseguir um doador será que vai funcionar? Comentem o que estão achando da história :D Beijinhos