Fanfic: Razão vs Emoção - DyC | Tema: Rebelde, Vondy

Depois de pedir permissão pros meus pais, eu e Maite fomos até a casa de Eddy. Ele era muito rico e sua casa era incrível. As nove horas chegamos, já tinha começado a festa. Procurei Rodrigo a minha volta, não encontrei.

- Ele vai vir, gatinha. –Disse Maite, lendo meus pensamentos e depois piscou pra mim.

- Eu sei. –Sorri fraco.

Fomos levadas até o salão. Havia um palco gigante lá, alguma banda iria tocar, com certeza. Tinha muita gente, acho que o colégio todo e mais um pouco. Mane veio até nós.

- Eai princesas. – Deu um beijo em Maite e me cumprimentou com um beijo no rosto.

- Oi Mane. –Sorri.

- Oi amor. –Mai sorriu e abraçou ele de lado. Mane segurava duas bebidas e entregou uma pra Maite e outra pra mim.

- Podem ficar com essas, vou pegar outra tequila pra mim lá no frigo. Vem comigo, amor? –Segurou Mai pela cintura.

- Vou sim. –Pausou e olhou pra mim. - Dul, você procura o Rodrigo sozinha?

- Eu me viro, vão lá. –Sorri pra eles.

- Ok, te vejo por ai. – Acenou com a cabeça, pois suas mãos estavam ocupadas abraçando Mane e segurando a tequila.

- Mai, não bebe muito. – Alertei, ela revirou os olhos e assentiu. Logo após os dois saíram em busca do Frigo.

Eu adentrei o pessoal pra procurar o Rodrigo. Nesse monte de gente fica extremamente difícil encontrar alguém. Bufei. Me sentei em uma das mesas perto do palco e ouvi algumas garotas comentarem sobre a banda pouco conhecida que iria tocar esta noite. Não prestei muita atenção, continuava buscando meu ex com o olhar. Vinte minutos passaram e nada. Minha tequila já tinha quase acabado e eu estava um pouco zonza. Decidi ir la fora ver se ele estava chegando. Dei um ultimo gole e sai. A rua estava molhada e escura, além de vazia. Eu estava um pouco tonta, estranho. Ignorei o fato de estar quase caindo na rua e resolvi entrar, porém antes de chegar na porta escutei um gritos vindo do fim da rua. Como eu não estava raciocinando muito bem por algum motivo desconhecido, fui até metade da rua pra averiguar, escutei a voz de Rodrigo pedindo socorro. Corri até la, tinha um beco, haviam uns sete homens brigando, e apenas dois defendendo Rodrigo. Eu entrei no meio ao ver eles socando meu ex na barriga e depois no rosto e ele cair pra trás.

- PAREM, POR FAVOR. – Fui até ele e me abaixei pra ajudá-lo. Eu cambaleei. Não posso estar bêbada, foi só uma bebidinha, não sou fraca pra bebida.

- Tirem essa garota daqui. – Um homem de cabelos castanhos claros disse, muito irritado. Na escuridão não deu pra ver seu rosto muito bem. Mas guardei muito bem sua voz.

- O que a gente faz com esses imbecis, Casillas? –Dessa vez um moreno disse, segurando um dos caras que havia ajudado Rodrigo pelo pescoço.

- Vamos dar um jeitinho neles. – Ele puxou Rodrigo pela camisa, eu me segurei nele.

- Deixa ele em paz, por favor. – Comecei a chorar, ainda tonta.

- O que ela ainda faz aqui, inferno? –Ele virou pra um loiro com piercing na sobrancelha. – Tira essa intrometida daqui. –Exigiu.

O garoto loiro com piercing veio até mim, parecia mais tranqüilo, me segurou pra longe enquanto o “Casillas” e outros dois morenos batiam em Rodrigo.

- Nãaaaaao, me larga. –Eu chorei mais ainda, me debatendo. O outro rapaz que ajudava Rodrigo tentou ajudá-lo novamente, mas o “Casillas” sacou uma arma, apontou pra ele e atirou em sua cabeça, o cara caiu morto. Tremi de medo, o desespero me consumiu e comecei a chorar mais. Ainda estava tonta.

- Vamos dar um jeito nesse imbecil do Rodrigo agora. –Casillas segurou meu ex na parede e apontou arma pra ele. – Chega de mancadas, Reyes.

- NÃO! –Berrei. Chorando. Minha vista escureceu por um momento.

- Pelo amor de Deus, Christian, tira essa menina chata daqui! –Esbravejou.

- RODRIGO! –Olhei pros olhos dele, ele estava amedrontado, ai meu deus, vão matá-lo, não pode ser. Não, por favor.

- Vamos, ruivinha. – O tal do Christian me levou pra fora do beco.

Casillas voltou a apontar a arma pra Rodrigo. O moreno que segurava um amigo de Rodrigo estava ao lado dos outros dois morenos e do cadáver. Apenas ouvi um tiro vindo do fundo do beco e minha vista escureceu novamente. Vi um garoto vir chamar os cinco.

- Gente, entrem logo, a sua banda tem que tocar agora.

- Já estamos indo. –Disse o moreno que segurava o amigo de Rodrigo. Ele o jogou no chão e ouvi outro tiro.

Eu estava tremendo e chorando muito. O que esses animais estavam fazendo, e por que? Não estava entendendo nada. O loiro me soltou e os cinco foram embora, eu cai no chão. Fui correndo até Rodrigo, o vi estirado no chão, e foi a ultima coisa que vi antes de cair no chão frio e úmido. O que tinha na minha bebida?

Fiquei meio brisada antes de pegar no sono totalmente, era como se o céu estivesse cheio de estrelas pulando, era estranho. No fim de tudo, não estava entendendo nada... Eu estava fora de mim, era como se eu não tivesse processado o que aconteceu na minha frente. Muitos efeitos surgiram, senti minhas pernas formigarem e minha respiração virar algo interessante. Perdi todos meus sentidos aos poucos.

Acabou que antes de pegar no sono, eu só conseguia ter certeza de uma coisa:

Eu sabia o que iria escrever no meu trabalho. 

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